terça-feira, 29 de novembro de 2005

Aonde é que pára o fair play?


Taça Elite Futsal (2ª mão da 2ª eliminatória)
26 de Novembro 2005, 22.00 horas

A. C. Bulloni, 6
Bayern Monchique, 5
Jogo na Escola Secundária de Valongo
Árbitros: Paulo Pereira e
Bulloni – António; Cardoso [cap.] (3), Rogério, Pinto (1) e Helder (2).
TR: Paulo Costa
Bayern M. – Lipe; Domingues, Tony [cap.] (3) e Arnaldo (1); Ricardo (1).
Jogaram ainda: Pascoal, Nando e Canhão.
TR: Vitor Coutinho
Ao intervalo: 2-2
Marcha do marcador: 0-2; 2-2; 2-4; 4-4; 4-5; 6-5.

Pau que nasce torto...


Os bávaros não se devem queixar da arbitragem. Foram eliminados porque perderam a cabeça demasiado cedo. Precisavam de marcar oito golos mas só marcaram cinco. Mas que há historias para contar, disso não tenhamos duvidas.

Era de antemão uma tarefa dificil aquela a que se propunha o Bayern: - vencer por 5 golos de diferença, ou perder por quantos golos fossem mas marcar 8 para poder ser repescado. Não era fácil não, ainda por cima contra uma equipa muito forte, aquela que é provavelmente a grande candidata á vitória final.
Tudo começara (mal) na semana anterior. Com apenas 6 elementos e contra um adversário na máxima força, os bávaros deram na 1ª mão uma vantagem muito confortável aos homens de laranja. Muito confortável e quase decisiva tendo em conta o valor da equipa de Valongo. Para juntar ao role de adversidades a equipa do Bayern já tinha feito um jogo neste mesmo dia. Ás 9 horas da manhã no pavilhão do Fluvial os bávaros tinham garantido a conquista da Taça Fair Play numa competição com 10 equipas. Assinalável! Mas o cansaço de um jogo pela manhã estava lá...
Os árbitros indigitados (do AC Miragaia e do Inter Desportivo) previsivelmente não apareceram. Felizmente Paulo Pereira da organização fez o favor de comparecer para garantir que tudo correria bem. Bem mal para o Bayern pois para segundo árbitro apareceu um “dirigente” do CT04, equipa que como o Bayern pretendia atingir as meias finais através da repescagem. Escusado será dizer o quanto isto tem de pouco ético mas...
Para ajuda-lo na tarefa os restantes colegas da sua equipa posicionaram-se num banquinho em pleno recinto de jogo, 1 metro atrás dele. Será que não há bancadas no pavilhão onde os elementos que não estejam ligados ao jogo possam assistir á partida???
Frases como “marca falta, marca falta” foram ouvidas frequentemente por parte destes “árbitros auxiliares”, que condicionaram a actuação de um “árbitro” já de si condicionado pelos interesses pessoais em jogo. É o sistema em pleno funcionamento...
Não ver um penalty claro é algo que pode perfeitamente acontecer. Haviam muitos jogadores dentro da área (eventualmente) a tapar a visão do árbitro mas não ver duas entradas pelo campo dentro do treinador do Bulloni, agitando vigorosamente os braços e com um tom de voz desapropriado, é algo dificil de engolir ainda para mais quando as entradas acontecem do seu lado e com o intuito de o pressionar a ele mesmo. Enfim, são situações que não alteram o marcador do jogo. Não foi o treinador que marcou os golos ou que impediu que a sua equipa sofresse mas este tipo de comportamento cria uma instabilidade emocional e ferve com as emoções dos jogadores. O treinador do Bulloni deveria ter sido admoestado com pelo menos um amarelo em cada uma das entradas e consequente expulsão do campo mas isso não aconteceu. Nem mesmo quando furioso chutou uma bola para o telhado...
Por tudo isto é dificil endireitar uma situação que já vem torta de nascença.

Mas passemos ao jogo com bola. Á partida até havia uma boa noticia: o Bulloni só tinha 5 elementos para esta partida. Pena é que do cinco titular só um não estava presente, mas o Bayern poderia ter aproveitado esse facto para pensar no apuramento directo e não apenas na repescagem. As coisas até estavam a correr bem, pese embora a grande exibição (nota 9) de António na baliza dos laranjas. Á semelhança do que acontecera na 1ª mão também aqui o guardião António foi o melhor jogador em campo.
Os bavaros até chegaram a estar a vencer por 2 golos mas depois em lance de felicidade, Vitor ganhou um ressalto a dois bávaros e isolou Roger na cara do golo. Este golo desanimou os bavaros e ainda por cima, pouco depois Helder ganhou a linha e ultrapassou Lipe que saiu sem convicção, fazendo o empate. A partir daqui os bavaros perderam discernimento, já não sabiam se estavam a jogar para ganhar por quatro, se jogavam para marcar oito golos. A arbitragem não ajudava á calma. Um penalty tinha já ficado por marcar e na marcação de um livre dentro de área em que a barreira deveria estar em cima da linha, tal não aconteceu. Ficou sim meio metro á frente do golo e sempre em movimento para a frente.

Na segunda parte, Vitor Coutinho tentou Domingues a redes avançado e o Bayern conseguiu estar mais tempo e com mais perigo em cima do adversário mas os golos não surgiram com a cadência esperada. Na baliza bávara é que foram aparecendo, mais do que a encomenda e o suficiente para o Bulloni ganhar o jogo mas isso nem era o mais importante.
Qualificação justa dos homens de Valongo mas que peca por excesso de arrogância. Não se admite que numa competição que tem como principal bandeira o fair play, um jogador marque um golo e passe a bailar por entre os elementos do banco da outra equipa. Por acaso fizeram isso com o Bayern que é uma equipa de grandes homens (não apenas grandes jogadores), caso contrário, contra uma equipa de indole semelhante ao Bulloni esse jogador poderia já não sair dali a pé.
Será que os homens do Bulloni pensavam que os bávaros tinham tanta pressa porque achavam que ainda conseguiam em cinco minutos que faltavam, anular uma desvantagem de cinco golos?

Os homens do Bayern

Filipe (5) No primeiro golo não teve hipoteses mas no segundo deveria ter posto um fim á jogada nem que para isso tivesse de fazer falta sobre o adversário. O certo é que ontem a baliza nem era um problema...
Tony (7) Marcou três golos em cinco ou seis oportunidades e lutou sempre mas o fisico não deu para muito mais. Saiu estoirado.
Domingues (6) Empenhado na criação da superioridade numérica, esteve bem nesse papel e até chegou a tentar o remate mas sem sucesso. A defender foi infeliz nalguns golos. De assinalar que acreditou sempre.
Arnaldo (6) A estrela da companhia até entrou bem mas na segunda parte já lhe faltou o discernimento. Voltou a assumir a marcação de um penalty mas novamente atirou á figura do redes e voltou a falhar como na 1ª mão.
Ricardo (6) Abriu o activo mas de resto andou sempre algo escondido entre os adversários que tinham muito maior porte atlético. Teve algumas oportunidades de marcar mas o redes cobre bem a baliza e é rápido a sair dos postes. Sofreu ainda um penalty.
Pascoal (7) A sua presença é autoritária. Recupera muitas bolas com o seu posicionamento e a jogar na antecipação mas no lançamento do ataque falhou alguns passes que não lhe são habituais.
Nando (4) Não era propriamente o jogador que a equipa precisava para este jogo mas tentou ajudar. Comprometeu no 2º golo.
Canhão (5) Á semelhança do jogo da manhã voltou a estar parco em ideias.

Enviado Especial: Tino Vilas

14 foguetes a fechar a festa


Torneio Homenagem aos Bombeiros Voluntários (9ª jornada)
26 de Novembro 2005, 9.00 horas

D. H. L., 2
Bayern Monchique, 14
Jogo no Pavilhão do Fluvial, em Lordelo do Ouro
Árbitros: Tózé Ribeiro e José Bexigueiro
D. H. L. – Pedro (1); Costa [cap.] (1), Bigodes e Gordillo.
TR: Paulo Costa
Bayern M. – Domingues; Tony (4), Nuno [cap.] (3) e Arnaldo (6); Ricardo (1).
Jogaram ainda: Canhão.
TR: Vitor Coutinho
Ao intervalo: 1-7
Marcha do marcador: 1-0; 1-7; 2-7; 2-14.

Superioridade numérica permitiu um festim na ultima jornada

Apenas na ultima jornada chegou a grande goleada do torneio. Um resultado historico, nada dissociável da inferioridade numérica que a DHL tinha mas reconfortante e encorajante para o dia que os bávaros iriam ter. Foi pena o terceiro lugar ter ficado ali tão perto.

Chegou ao fim o torneio homenagem aos Bombeiros Voluntários com motivos de festa para os bávaros e alguma pompa na “cerimónia” de encerramento. Foi uma manhã fria e chuvosa, com os céus a ribombarem intensamente e a regarem de forma abundante as esperanças bávaras no terceiro lugar. A manhã começou precisamente com os bávaros a defrontarem a modesta DHL. Levantar cedo ao sabado de manhã não é algo que se faça de ânimo leve e a falta de jogadores por parte da equipa de amarelo terá tudo a ver com isso, mas sendo apenas quatro elementos, foram mesmo assim corajosos a ponto de enfrentarem o jogo.
Os bavaros entraram algo encabrunhados. O facto de se jogar contra um adversário tão fragilizado tira ânimo e alegria e não foi uma grande surpresa quando os bavaros sofreram o primeiro golo. Em boa hora isso aconteceu pois abanou com a atitude e fez o Bayern despertar. Até ao intervalo marcaram sete golos, com o capitán em plano de destaque com remates certeiros de meia distância. Apesar da equipa jogar com os olhos postos em Ricardo este não conseguiu marcar na primeira parte. A ânsia de colocar a bola no pivot fez com que se perdessem alguns golos mais...
Na segunda parte o figurino foi o mesmo com os bavaros a marcarem outros sete golos e a sofrerem mais um. O destaque vai para Arnaldo que apontou seis golos e com isto passava para a frente da tabela dos melhores marcadores do torneio. Filipe Rocha do Finibanco tinha no entanto um jogo fácil pela frente e teria apenas de marcar três golos para recuperar a liderança dos artilheiros. Fê-lo é verdade, mas a custo. O Finibanco apenas derrotou a Esegur por 4-3 e foram precisamente três os golos que Filipe Rocha marcou. Foi um prémio merecido para o avançado ex-Infesta por tudo o que fizera durante a competição, vencer este troféu com 15 golos.

Já tou fodido! [n.d.r. – Tony e o Sr. Neca acabaram de comer um bacalhauzito assado para empurrar duas garrafas de Ponte da Barca, enquanto viam a primeira parte do Gil vs. FCP]. O resto da crónica vai ser escrito no intervalo desse jogo e á luz desse... estado de espirito. Cá vai...

Ainda na tabela dos artilheiros, Paulo Costra (DHL), Jerónimo (Robbialac) e Ricardo (Fidemaia) ficaram nas posições seguintes com 12 golos. Depois, Quim Zé (capitão do Fidemaia) com 10 golos e para fechar Tiago (Rest. Cabeça de Peixe), Pedro (DHL) e Ricardo & Tony (ambos do Bayern) com 9 golos fecham a tabela dos melhores marcadores da prova.

Quanto á melhor defesa a competição foi renhida com o Finibanco a vencer com 18 golos sofridos. Logo a seguir o Fidemaia com 19, depois o Café Espaço 77 com 20 e o Bayern (Lipe em grande) com 21.

Ainda não falamos da classificação final. O Finibanco venceu o ultimo jogo e sagrou-se campeão com 24 pontos (em 27 possiveis). O Fidemaia ocupou a segunda posição com 21 pontos, mercê de duas derrotas, precisamente contra o Finibanco e nesta ultima jornada contra o Café Espaço 77 que ficou assim em terceiro. O Bayern que ficaria em terceiro caso o Café perdesse ficou-se desta forma pelo quarto lugar mas leva para casa a Taça Disciplina onde se destacou por ver apenas 3 amarelos em toda a competição.

O Bayern sai dignificado da competição e será com toda a certeza alvo do respeito adversário no próximo torneio. Em popularidade ombreia já com o famoso Bayern Munique tendo sido mesmo confundido com o emblema germânico em mais que uma ocasião, tendo Julio “Garganta” Silva, organizador do evento, sido useiro e vezeiro nessa confusão.
Para a posteridade ficaram as imagens da festa bávara. Imagens que poderão ver no site do clube a inaugurar brevemente.
A Taça do 4º lugar fica a guardo do capitão Nuno Silva e o troféu fair-play ficará sob a alçada de Ricardo Coutinho, dois elementos que militam no Bayern há largos anos. Daqui para a frente não faltarão taças...

Os homens do Bayern

Domingues (7) Actuação sem problemas. É certo que sofreu dois golos mas a ideia era mesmo não dificultar muito a tarefa aos contrários, pois não se podia correr o risco da admoestação. Foi uma manhã tranquila.
Nuno (7) O melhor em campo. Fez os 40 (?!) minutos na totalidade e esteve em plano de evidência com 3 golos (todos de meia distância) e 5 assistências. É com toda a justiça que leva a taça para casa.
Tony (7) Equilibrado, marcou 4 golos e deu 2 a marcar. Marcou um belo golo após slalom.
Arnaldo (7) Eficaz mas também a complicar um pouco. Fez duas assistências e rematou 6 vezes com sucesso, tornando-se com 14 golos o 2º melhor marcador da competição.
Ricardo (7) O matador ficou em casa mas deu lugar ao assistente. Apenas 1 golo mas 4 assistências fazem dele o melhor passador da equipa, junto com Arnaldo. Para se lembrar das atitudes irreflectidas que deve corrigir leva para casa o troféu Disciplina.
Canhão (6) Voltou a não estar muito bem, com alguns passes defeituosos e mesmo alguma displicência na hora de passar. Até no remate esteve infeliz chegando a fazer abanar a trave na segunda parte.

Enviado Especial: Tino Vilas

sexta-feira, 25 de novembro de 2005

A ultima jornada está aí

Há ainda muita coisa em jogo para decidir.
Quem será o campeão? Será que o Bayern chega ao terceiro lugar? E será que vai conseguir manter o primeiro lugar na tabela do Fair-Play?
O Bayern defronta a DHL; a Esegur poderá entregar o titulo ao Finibanco; a Auto Sueco sem aspirações defronta a Robialac que ainda pretende roubar o 4º lugar ao Bayern; Restaurante Cabeça de Peixe vs. Tranquilidade será por certo muito equilibrado; Café Espaço 77 e Fidemaia encontram-se no ultimo jogo sendo que uma derrota para os homens do Café (única equipa que nunca perdeu) poderá fazer o Bayern ascender ao pódio...
Tudo isto e muito mais, amanhã, a partir das 9 horas da manhã.


A Palavra ao entendido

A poucas horas do encerramento do Torneio de Homenagem aos Bombeiros a realizar no Pavilhão do Fluvial, quisemos ouvir Tózé, “treinador honorário” do Bayern, observador privilegiado e conselheiro dos bávaros. Uma conversa franca, sem rodeios e sem papas na lingua, onde o treinador “ribeirinho” faz uma análise superficial á equipa e aos jogadores e onde reafirma a disponibilidade (ainda que condicionada) em ajudar os bávaros no futuro.
Da conversa animada ressalta uma critica frontal ás crónicas dos jogos que vem a publico:


Tózé – Não tem jeito nenhum. Eu vejo os jogos e vejo algumas crónicas e nas notas que dão aos jogadores parece que não estão a falar dos mesmos jogos que eu vi. Houve um jogo no inicio com a Esegur em que todos os jogadores tiveram a mesma nota. Não pode ser! Eu dava um 10 ao Tony naquele jogo. Esteve impecável! Já ao nº 2 dava um 2. Como é que podem ter a mesma nota?
Se eu estivesse envolvido no processo, se eu fizesse parte da equipa... se eu fosse o treinador era eu que dava as notas. Mas dava logo no balneário e á frente das pessoas e explicava o porquê das notas. Assim é que deve ser. Tu tens um 5, tu tens um 7, tu tens um 2. Era assim. Para eles saberem que estiveram mal (ou bem) e melhorar no próximo jogo. Esforçarem-se mais para melhorar a nota. Senão qual é o interesse de dar as notas?
Blog do Bayern – Ás vezes torna-se necessário proteger um jogador. A nível psicológico o jogador pode quebrar...
Tózé – Não tem nada que quebrar. Tem é de se esforçar para melhorar. Se só se dá as notas por dar não se ganha nada com isso. Se é só uma questão de vaidade... Podias ter estado melhor mas pronto toma lá um 7, então não vamos a lado nenhum.

BB – Mas como é que vê a equipa?
Tózé – A equipa é boa de uma maneira geral mas nota-se que falta ali uma vertente táctica mais vincada...
A equipa tem de jogar mais em bloco e nunca perder a concentração. Não se pode sofrer um golo e perder a cabeça. Deixar a táctica pré definida. Cada um por si em vez do 1-3 em que se defende.

"O Nuno é um senhor"

Eu gosto muito do capitão! Quer vocês queiram, quer não, o Nuno é um senhor cá atrás. É um gajo forte e com presença. É certinho...
Aquele nº 2 o Jonny... se calhar está a ser mal aproveitado... só que ele dentro do campo anda perdido...

BB - Então e os outros?
Tózé – O Filipe precisa de muito treino a nivel fisico e técnico principalmente. Mas nota-se que o rapaz gosta daquilo e quer aprender. Precisava de passar umas horas com ele...
O “Pontapé Canhão” precisa de levantar a cabeça na altura de decidir. Fode as paredes todas e as tabelas.
O Arnaldo tem boa técnica mas tem de jogar mais para a equipa. Ás vezes parece que quer resolver sozinho.
O Ricardo tem de trabalhar mais para a equipa e falar menos com o árbitro.
O Tony tem de trabalhar mais a nível fisico. Corre 10 minutos e vai-se abaixo... e tem de ter mais posse de bola e mais calma a passar. Nesse aspecto, o que o Arnaldo tem a mais o Tony tem a menos. O Arnaldo agarra-se demasiado á bola, o Tony não se agarra o suficiente. Mas o Arnaldo é forte, é resistente. Aguenta bem o jogo.

"Domingues é um bom jogador"

BB – Então e o Domingues?
Tózé - Ai o barbudo... é um bom jogador! É talvez o mais completo da equipa. É um polivalente, tanto joga atrás como á frente, como na baliza.

O Ricardo tem de ser mais humilde e reclamar menos. O moço não é pêco! Ele tem qualidades. Se ele jogar bem a pivot, a distribuir e com a velocidade do Tony e do Arnaldo temos um caso sério.

BB - E a táctica para amanhã?
Tózé – Eu penso que o que interessa é não deixar fugir a Taça da Disciplina. Entre o 3º e o 4º só muda o tamanho da taça. É maior um bocadinho, mas a Taça Disciplina é muito impostante para uma equipa e deve ser um orgulho.
Muito cuidado: - já vi muitas equipas a perderem a Taça Disciplina no ultimo jogo.

quinta-feira, 24 de novembro de 2005

É o Mangueirinha!



Dito e feito!

O craque pediu e aí está: para a posteridade, eis alguns dos momentos em que Rica está envolvido no universo bávaro. Quando não o vemos a festejar no campo é porque está a facturar fora das quatro linhas, fazendo jus ao cognome, não é verdade «Sereia» Inês? O puto da nossa equipa, vermelho-e-branco por dentro e por fora. Um diamante em lapidação. Sigam-no no Mundial da Alemanha ou no Torneio do Fluvial, onde ainda pode ser o melhor marcador.

quarta-feira, 23 de novembro de 2005

Ai, meu Deus!



Liga Betadine (500ª jornada)
21 Outubro 2005, 21.30 horas

Bayern Monchique, 6
AC Miragaia, 8
Jogo na Escola da Boa Nova, em Leça da Palmeira
Árbitro: Ficou na «jarra»
Bayern M. – Filipe; Tony (2), Nando (1), Ricas e Bizkoito
Jogou ainda: Arnaldo (3)
TR: Vitor Coutinho
AC Miragaia – Primaço; Nando, Ruben (3), Mário (1) e Válter (2)
Jogou ainda: Vitó e Rufa (1) e falta descobrir quem marcou o outro
TR: Félix Magano
Marcha do marcador: 0-3; 1-3; 1-4; 5-4; 5-6; 6-6; 6-8

Lipe envergonhado

E tem razões para isso. O guardião bávaro foi o protagonista da noite e logo pelos piores motivos. Encaixou dois monumentais «frangos» que entram directamente para a galeria do anedotário e ainda teve sérias responsabilidades noutros tantos. Foi uma noite para (não) esquecer.
Mau ensaio, bom jogo. Assim se espera, já que no próximo sábado a equipa joga muito do seu futuro a curto prazo: de manhã, o objectivo é alcançar o último lugar do pódio e conquistar a Taça Fair-Play no Torneio do Fluvial e à noite dar o tudo por tudo na segunda mão da segunda eliminatória da Taça Elite, frente ao forte conjunto do Bulloni.
Ilações a retirar sobre o último confronto com o AC Miragaia: Lipe, afinal, não pode sair da baliza e jogar como elemento mais avançado. Não tem pés para isso e depois desconcentra-se na sua principal missão: evitar golos. A equipa, naturalmente, acusou a falta de ligação com Ricas (estreia) e Bizkoito (que só a espaços pode dar o seu contributo à equipa). De resto, também se notou algum resguardo, até porque os compromissos mais sérios vêem aí. O AC Miragaia, muito mais motivado, e sob a batuta de Ruben, ganhou bem, embora a margem mínima espelhasse melhor o que se assistiu em campo.

Os homens do Bayern

Lipe faz história

Filipe (2) Sem comentários. Nunca tal nota tinha sido atribuída…
Nando (6) Muito esforçado. Às vezes, pouco clarividente. Um golo com a ajuda de Vitó e uma assistência soberba para o golo de Tony.
Tony (6) Integrou e protagonizou alguns dos melhores momentos da equipa. Excelente golo de cabeça.
Rica (5) Acusou, naturalmente, a falta de entrosamento com a equipa. Dentro e fora do campo. Mas tem potencial.
Bizkoito (5) Irreverente, dele espera-se sempre mais qualquer coisa. Está cansado. E isso reflecte-se no seu jogo ofensivo e feito em profundidade.
Arnaldo (6): Alguns lances de relevo num jogo de poupança física e mental. Melhor a atacar.

Enviado Especial
Jorge Nuno PC

sábado, 19 de novembro de 2005

Agri-doce


Torneio Homenagem aos Bombeiros Voluntários (8ª jornada)
19 de Novembro 2005, 12,20 horas

Café Espaço 77, 2
Bayern Monchique, 2
Jogo no Pavilhão do Fluvial, em Lordelo do Ouro
Árbitros: Tózé Ribeiro e José Bexigueiro
Café 77 – Carvalhido; Adão (1), Meliante, Pidé e Cocain.
Jogaram ainda: Nabais, Noverça e Quintas (1).
TR: Carlos Bica
Bayern M. – Filipe; Tony (2), Nuno [cap.] e Arnaldo; Ricardo.
Jogaram ainda: Canhão e Jonny.
TR: Vitor Coutinho
Ao intervalo: 1-2
Marcha do marcador: 0-2 ; 2-2.

Na estreia das camisolas um empate com sabor a... possivel vitória


O resultado não desagrada mas podia ser melhor. Os bávaros tiveram os dois pombos na mão mas não tiveram arte para os segurar... ou para “caçar” mais. O empate teve um sabor amargo mas poderá ficar adocicado. Tudo dependerá dos resultados da ultima jornada.

Domingues lesionado, Nando cansado e Pascoal ocupado. O panorama não era bom mas nem por isso a descrença estava presente. Vitor Coutinho soube motivar os seus jogadores e estes entraram confiantes em campo. Também não era para menos. Estava em jogo a disputa do terceiro lugar, estreavam-se as fardas novas (muito bonitas por sinal) e o facto de a “Esegur” (concorrente na Taça Disciplina) ter levado dois amarelos nesta jornada, dava aos bávaros alguma margem de manobra. Margem essa que Ricardo faria questão de gastar com a amostragem de um amarelo a si, punindo uma falta por trás sobre um adversário.

O Bayern começou muito bem, algo que até nem é habitual e aos dois minutos já estava em vantagem. Trocavam bem a bola, com a calma que o primeiro golo oferecia e não demorou muito até marcarem novo golo. As oportunidades nem eram muitas mas a eficácia estava em níveis pouco razoáveis de excelência.
Infelizmente o segundo golo trouxe tudo de bom e de mau que normalmente acarreta. Por um lado a confiança de uma vantagem de dois golos, por outro lado o medo de arriscar sem necessidade e a obrigatoria marcação mais alta e mais apertada em que o adversário passou a actuar, fez o jogo virar de figura.
Tony saiu e entrou Canhão. Assistiu-se então a um “encolher” dos bávaros. O Bayern parecia acobardado com Canhão, Nuno e Arnaldo a não sairem para o ataque, ficando os três a estorvarem-se atrás e a darem ao adversário a hipotese de apertar o cerco e aproximar-se da baliza de Lipe.
Daí até ao golo não demorou muito, mas diga-se que só aconteceu devido a um erro de Canhão que praticamente passou a bola a um contrário. Se tal não acontecesse parecia dificil que o Café conseguisse reduzir pois os bávaros embora com dificuldades em sair estavam a defender muito bem.

Na segunda parte o desassossego continuou no meio campo bávaro mas o Bayern conseguiu pelo menos equilibrar um pouco a disputa e chegou a criar oportunidades de marcar. Ricardo teve uma oportunidade de correr meio campo e enfrentar apenas o redes, mas precipitou-se com um passe mal feito para Arnaldo. Nuno teve oportunidade com uma bola a “cair do céu” (ao seu jeito) mas mandou ao lado. Tony já muito perto do final, podia ter dado outro colorido ao resultado mas em esforço também atirou ao lado. Isto já depois dos homens do Café terem chegado á igualdade, num lance com alguma sorte á mistura.

O empate é justo e espelha a igualdade de valores entre as equipas. O Bayern falha o objectivo de alcançar o terceiro lugar mas pode ainda aspirar a tal feito. Para isso basta que na ultima jornada tudo decorra dentro da normalidade. E o normal será o Bayern defrontar e vencer o 8º classificado, a “DHL” e o Café perder (mais que naturalmente) com o segundo classificado “Fidemaia” que ainda está na luta pelo titulo. Isto é o que a lógica diz, mas como se sabe no futebol a lógica é uma batata e se repararmos que o “Café Espaço 77” é a unica equipa em prova que nunca perdeu (tem 4 vitórias e 4 empates), chegamos á conclusão que o terceiro lugar para os bávaros poderá não ser tão fácil como parece.

Na Taça Disciplina o Bayern deu mais um passo rumo á conquista do troféu. Ou por outra, a “Esegur” deu uma ajudinha... O Bayern tem agora três pontos e a menos que leve algum cartão no próximo jogo, os seus adversários directos (Finibanco, Fidemaia, Robialac e Esegur) com quatro pontos na tabela, nada poderão fazer para o impedir.

E os equipamentos? São bonitos! Caem mesmo bem. Pena é que não haja um troféu para a equipa mais bem vestida... Estaria entregue!


O Filme dos Golos ao minuto

2 m Corrida de Tony pela esquerda. Arnaldo apercebe-se e faz o passe longo desde o seu meio campo. A bola é colocada na área onde Tony em esforço e antecipando-se ao redes consegue tocar no esférico logo após este ter batido no chão.
8 m Ricardo tenta romper para a esquerda, deixa de calcanhar para Arnaldo. Este controla em progressão, sofre a carga e consegue mesmo assim fazer o passe que desmarca Tony na direita. Este com calma e sem ajeitar remata para a baliza.
18 m Canhão encostado á linha direita tenta o passe curto mas este é interceptado. Adão corre então para a baliza sendo perseguido por Nuno e Canhão mas consegue rematar ao ângulo ainda de fora de área.
30 m Da direita para o centro, Quintas deixa em Cocain que marcado por Nuno e Arnaldo apenas consegue tocar novamente para Quintas. Este fica livre o tempo suficiente para almejar a baliza de Lipe.

Os homens do Bayern

O banco traiu Coutinho

Apenas dois homens no banco, condicionaram as escolhas de Mister Coutinho para esta partida. Se em termos de quantidade a relevância não é grande (visto o jogo ser no pequeno pavilhão do Fluvial), já em termos de qualidade a diferença foi muita...
Filipe (7) O melhor elogio que se pode fazer é dizer que não teve culpas nos golos, mas também se pode dizer que esteve atento e concentrado e contou com a preciosa ajuda dos postes.
Nuno (7) Há muito que não o viamos assim. Pareceu bastante mais confiante e até subiu amiude e com perigo no terreno. Com isto ganha Nuno e ganha a equipa que adquire outra mobilidade. Teve inclusive oportunidade de marcar o golo vitorioso numa dessas subidas mas o remate saiu ao lado. A defender esteve certinho como habitual.
Tony (7) Marcou os dois golos da equipa e poderia ter feito um terceiro já no final mas saiu um bocadinho ao lado e já não conseguiu manter os 100% de eficácia. Mas nem só de golos viveu Tony. Teve ainda os habituais cortes precisos e... preciosos. O melhor em campo! Há duvidas?
Arnaldo (7) Duas assistências magistrais e uma outra que não foi aproveitada com êxito. Mais uma... manhã mágica ainda que nem sempre ao mesmo nível e com o senão de não ter ganho o jogo.
Ricardo (6) Jogou para a equipa como no lance do segundo golo e de resto parece que nem teve oportunidades de rematar. Limitou-se então a ser util e a receber as bolas no meio campo contrário sempre que para isso era solicitado.
Canhão (4) Uma manhã infeliz. Dois lances capitais registam isso: - teve uma arrancada pela direita com um adversário á perna mas preferiu o remate (ainda de longe), quando tinha Arnaldo e Ricardo no centro e na esquerda completamente sós. A seguir deu uma bola ao adversário que resultou no 1-2. Depois disso (e mesmo antes) nunca se encontrou.
Jonny (5) Entrou no periodo mais dificil para os bávaros, quando o adversário tentava a todo custo reduzir. Teve dificuldades em se integrar porque a equipa também não estava a carburar. Na segunda parte esteve mais activo mas registou muitas perdas de bola no ataque.

Enviado Especial: Tino Vilas

sexta-feira, 18 de novembro de 2005

Dores de cabeça para Coutinho



Diarreia, cães e constipações

É um Bayern a fazer das fraquezas forças aquele que irá alinhar frente ao Café Espaço 77. Tony andou a semana toda a borrar-se, mas felizmente nas últimas horas o jogador já declarou ter capacidade para «SOLTAR UM FLATO SEM ME CAGAR TODO» e em escutas telefónicas também foi possível confirmar a tranquilidade do carismático jogador, pois caso contrário «preocupava-me jogar neste estado sendo o equipamento branco». Um caso para reflectir…

Ai, o cão!

Também Capitán: da outra vez foram as escadas, agora foi a vez do cão dar um arranque imprevisto o que forçou ainda mais os joelhos calejados do El Gran Capitan. O jogador não está a cem por cento, mas promete um jogo à leão, até porque continua a ser seu objectivo ultrapassar Mangueira e «Jerónimo» na lista dos melhores marcadores.

Canhão sem pólvora

Outro caso: o menino está constipado e não quer enfrentar a mãe. Compreende-se, porque mãe é… mãe. Se fosse a esposa, não havia qualquer problema. De qualquer modo, o ainda recente jogador bávaro já confirmou a sua presença, pois não pretende falhar a estreia dos novos equipamentos. E promete rematar muito e, desta vez, acertar na baliza.

Mingues só a laser

É o grande ausente. Já o foi na segunda-feira, volta a sê-lo nesta jornada.
Aí está a explicação em discurso directo: «O meu fisioterapeuta já me tinha dito para eu não forçar (mesmo p/o jogo da 2mão), mas já lhe disse que tenho de jogar (ele tinha-me recomendado 20 dias seguidos de fisioterapia sem esforços!!!). Da perna direita, se calhar, só a laser é que dá para desfazer o q tenho!!!! Em princípio segunda ou terça começo a correr.... Em princípio deve dar para a segunda mão».

Jonny não abandona

O «fascista» diz que não abandona a equipa nos momentos difíceis e promete comparecer para mais uma vez soltar o seu génio estranhamente escondido. É mais uma oportunidade para ver Jonny The Bravo. Não percam!

E há mais, muito mais

Rica, Nokas, Nando e Lipe também estão lá

Fêmea é hipótese, mas à hora do fecho desta edição ainda não nos tinha sido possível apurar

Baptismo dos novos equipamentos


Branquinho ganhou

Contagem decrescente para a estreia dos novos equipamentos. Após concorrida votação «on-line» o branquinho à Real Madrid com uma lista vermelhinha à Olympiakos recebeu a preferência dos cibernautas e a realidade está aí: o Café Espaço 77 é o adversário no dia em que se estreia a nova farda bávara, um equipamento alternativo para ser utilizado sempre que a situação exigir. Um sinal da evolução dos tempos e do clube.

quarta-feira, 16 de novembro de 2005

O calhambeque



«Xaveco» tem dificuldade a pegar

Não dá para resistir: aí está a carripana do Jonny que quase já nem anda e para pegar ou é de empurrão ou com o recurso aos mágicos cabos. É a carripana do momento. Pegar ou largar! O homem diz que há uma panelinha para o tirar da equipa. Provavelmente, tem razão. É que nem o calhambeque o ajuda…

Para o El Gran Capitán




SAD capricha no pedido do carismático bávaro

É a prova cabal que a SAD não dorme em serviço e tenta satisfazer todos os pedidos dos seus dedicados atletas. O Capitán pediu, os responsáveis do clube acederam ao manifesto. Aí estão elas para ajudar El Gran Capitán (com a devida autorização da fantástica Pulguinha) na adaptação dos novos joelhos adquiridos recentemente a um cadáver. Capitán promete explodir já na próxima partida. Aguardem.

Caso queiram baptizar as novas meninas estejam à vontade…

Onde pára a meia?


O caso da semana

Terça-feira, dia 15, 21.19 horas. Na ressaca da derrota do dia anterior, António Silva, director desportivo, contacta Arnaldo Martins, assessor de imprensa do glorioso Bayern. Leiam o diálogo:
T – Fdx, fico fodido! Já falta um par de meias…
A – Crl, e agora?
T – Deve ter sido o Lipe. Já da outra vez ficou-me com um par de meias…
A – Devia-se ter distribuído um a cada um e pronto. Agora, cada a um a ir buscar o seu ao saco… deu nisto. Queres que ponha no blog?
T – [Sorriso] É, faz isso. O Canhão também já tinha dado essa ideia.
A – Ok, my friend.

Um episódio que promete desenvolvimentos…

Noite fria... BM gelado!


Taça Elite Futsal 2005 (1ª mão da 2ª eliminatória)
Jogo na Esc. Sec. Da Boa Nova em Leça, ás 21.30h

Bayern Monchique, 1
A. C. Bulloni, 5
Bayern M. – Filipe; Toni, Canhão, Arnaldo[cap.] (1) e Ricardo.
Jogou ainda: Nando(1)
Treinador: Vítor Coutinho
A.C. Bulloni – António; Cardoso [cap.](2), Rogério (2), Faria (1) e Helder.
Jogaram ainda: Vítor, Salvador, Pinto.
Treinador: Santana Lopes
Ao intervalo: 1-3
Marcha do marcador: 0-2; 1-2;1-5.


Quem se dirigiu na noite de 14/11 ao pavilhão da E. S. da Boa Nova, estava á espera de um jogo equilibrado. Após o final da partida os adeptos Bávaros retornaram para casa desiludidos com a prestação da equipa visitada, pois esta não conseguiu dar replica ao forte conjunto do AC Bulloni.

1-5 O que dizer?


Quem olha para o resultado fica com a ideia que o adversário é demasiado forte para o conjunto do BM, mas, apesar da diferença de 4 golos e do melhor futebol evidenciado temos que dizer que foi um dia em que quase tudo correu mal aos bávaros.

A modesta exibição teve atenuantes tais como a ausencia de 3 elementos: Nuno "el Capitan" continua a poder fazer apenas 1 jogo por semana devido ás limitações físicas. Domingues tenta recuperar de um problema num gémeo (e o fisioterapeuta já disse que não vai recuperar para sabado). Pascoal por motivos de força maior (ou seja conjugais, a mulher já o tinha deixado sair muitas vezes esta semana!!!) também não pôde dar o seu contributo. A ausência destes 3 elementos só por si não era motivo suficiente para haver um desvantagem tão grande no marcador, mas com apenas 1 jogador no banco para "rodar", mau desempenho defensivo (a nível táctico e de marcações), a má transição defesa/ataque ( mais de 60% dos passes a sair da defesa, foram "parados" no meio campo por parte dos jogadores do AC Bulloni, o que não permitiu ao BM estar a jogar no meio campo ofensivo) e as ocasiões claras de golo falhadas (apesar de poucas) ajudaram a essa diferença.

Problemas??? Quais?

Um dos factores que mais saltou á vista, foi a ineficácia com que o BM sai para o ataque, pois ou se consegue fruto de um lance individual passar a linha do meio campo ou raras são as vezes em que se consegue "construir" uma jogada com inicio, meio e fim... Falta algo a este BM... apesar de até agora se ter saído bem na maioria dos encontros efectuados nota-se que quando defronta uma equipa que jogue um futebol mais "tradicional", isto é, trocas de bola sistemáticas até aparecer um jogador livre, os jogadores mais adiantados irem buscar a bola ao meio campo defensivo e o jogador de trás subir para criar desequilíbrios, são muitas as dificuldades sentidas para os lados de Monchique.

Mas foi só isso que falhou??

Infelizmente não, durante o jogo os jogadores do BM perdem por alguns minutos (ás vezes fatais) qual o posicionamento a ter e qual o jogador a marcar.
Motivos para isso... o estar a perder, com os bávaros a irem sem cabeça para a frente não se preocupando se alguém fica atrás (3 ou 4 vezes ficaram jogadores adversários sozinhos no meio campo de Monchique), a maneira como se defende (enquanto uns estão a defender individualmente outros estão á zona) e a ocupação dos espaços (varias foram as vezes em que 3 jogadores do BM estavam no mesmo lado do campo).Durante o jogo poder-se ia ter feito uma defesa alta (marcar á saída da área adversaria) para ver se o AC Bulloni conseguia responder. Os minutos de desconto tem de ser melhor utilizados, a concentração tem de ser mantida durante os 40 minutos (infelizmente o BM parece ter tendência a entrar no jogo desconcentrado).

Houve alguma coisa de bom???

Claro que sim....todos os jogadores deram o máximo, não houve ninguém que desistisse de jogar/correr de tentar sempre chegar a um melhor resultado e de tempos a tempos foram mesmo capazes de criar perigo ao aparecer jogadores em situação possível de fazer golo e outros pequenos pormenores que mostram que há uma boa equipa para ser trabalhada.

O que se pode esperar da 2ª mão...

Rectificar a imagem do 1º jogo e... sonhar (4 golos no futsal é uma vantagem muito confortável mas não é decisiva).

Cuidados a ter...

- na marcação é muito importante não deixar o capitão receber a bola na nossa entrada de área.
- tentar anular o melhor jogador deles (Faria, o de cabelo curto).
- ter atenção ás entradas em diagonal do nº 5 (que é muito rápido).


O filme dos golos…

2 m 0-1 Remate do lado esquerdo, a bola após ter sido desviada por um defesa atravessa a área bávara e vai ter a Rogério (nº 5), que com a parte de fora do pé e um remate ao ângulo, inaugura o marcador.
8 m 0-2 Bola na ala direita do ataque do A.C.B. que é passada para o lado esquerdo, onde aparece sozinho Cardoso que de 1ª faz o golo. Lipe e Canhão poderiam ter feito mais...
12 m 1-2 Jogada de Arnaldo na esquerda que faz o passe para Ricardo no meio. Este não chega á bola, mas aparece Nando a encostar a redondinha nas malhas…
14 m 1-3 Lançamento mal marcado pelos homens de laranja. A bola encontrava-se em andamento e totalmente dentro do recinto de jogo. O árbitro não sancionou e a bola foi enviada para a cabeça do avançado do A.C. Bulloni que cabeceia picado batendo (mal) Filipe (naquele que foi provavelmente o lance do jogo). Nando também não fica isento de culpas pois encolheu-se e perdeu assim a bola dividida.
21 m 1-4 Faria recupera uma bola e foge pelo centro esquerda com Nando e Canhão a estorvar, mas mesmo assim consegue colocar o esférico entre o poste e Filipe(!).
31 m Penalty falhado! Arnaldo marcou á figura de António um penalty que o redes cometera sobre Tony.
37 m 1-5 Mais uma vez Rogério vem em contra-ataque, passa por um defesa, passa for Filipe (já fora da área ) e limita-se a encostar para o golo final…

Os homens do BM

Filipe (5) – Nota-se que com o acumular dos jogos está mais confiante mas, falta ainda marcar presença na Baliza com o chamar a atenção dos seus companheiros sobre a forma como defendem e outros pequenos pormenores que vai de certeza adquirir com a experiência acumulada nestes jogos a “doer”. Saiu mais vezes dos postes do que é habitual (uma melhoria) , mas poderia ter feito mais no 4º golo (pelo menos reagir ao lance). Não foi por ele que a derrocada aconteceu...
Canhão (5) – Esforço, valentia, mas ainda pode defender melhor, visto que ainda é uma posição recente e falta-lhe alguma experiência. Deu muito espaço ao adversário e ficou ligado ao 2º golo quando não viu o jogador nas suas costas (foi avisado já tarde por Filipe).
Ainda foi lá ao ataque dar uma ajuda, mas a bola esbarrou no poste.
Tony (5) – O que dizer? Lutou, correu até ficar sem fôlego, tentou criar desequilíbrios mas infelizmente não foi aquele Toni que quando tem oportunidade faz sempre o seu golo, ontem por uma vez em cada parte poderia ter feito o gosto ao pé (ainda assim ganhou um penalty devido á sua insistência).
Arnaldo (5) - O maestro tentou passar, fintar, defender e fazer golos (foi o mais rematador) mas não era o seu dia, desgastou-se muito a vir buscar a bola atrás (até nos pontapés de baliza) mas depois ou o passe não estava a sair bem (era difícil descobrir um jogador livre) ou quando saia, não havia ninguém para depois jogar com o recebedor da bola (a maior parte das vezes Ricardo).
Até o penalty saiu mal... pouca sorte num jogo de sacrifício e em que tentou remar contra a maré.
Ricardo (5) – o Matador não marcou mas a culpa não é so sua (destaca-se o empenhamento defensivo em que Ricardo melhorou imenso).
Não teve tarefa facil a jogar sozinho na frente, pois quando teve a bola não existiu o apoio a vir de trás para ele tabelar e a maior parte das vezes a bola não chegava em condições aos seus pés, mas também têm de se “mostrar” mais aos colegas para receber a bola. De certeza que vai subir de forma já nos próximos jogos.
Nando (5) – Entrou bem (fez logo o golo) mas depois esteve ao nível da equipa, lutador, forte a defender mas os passes também não lhe saíram bem. Esteve ligado ao 3º golo (tem de ganhar a bola de cabeça). Transmitiu mais raça á equipa mas não foi suficiente.

Enviado “espacial”: Peter Mike

sábado, 12 de novembro de 2005

BM de Boa M...


Torneio Homenagem aos Bombeiros Voluntários (7ª jornada)
12 de Novembro 2005, 9 horas

Bayern Monchique, 6
Auto Sueco, 0
Jogo no Pavilhão do Fluvial, em Lordelo do Ouro
Árbitros: Tózé Ribeiro e Quim Bexigueiro
Bayern M. – Filipe (1 pen.); Tony, Nuno [cap.] (1) e Jonny (1); Domingues.
Jogaram ainda: Arnaldo (2), Ricardo (1) e Canhão.
TR: Vitor Coutinho
Disciplina: Ricardo (Amarelo por mão na bola)
Auto Sueco – Zenga; Ancelloti, Vierchowod e Ravanelli [cap.]; Massaro.
TR: Arrigo Sacchi
Disciplina: Ravanelli (Amarelo por mão na bola)
Ao intervalo: 1-0
Marcha do marcador: 5-0.

Fraco, fraquissimo!


Um jogo que tinha todos os condimentos para uma goleada histórica, serviu apenas ao Bayern para consolidar a quarta posição na tabela. Apesar de ser uma goleada os bávaros fizeram uma exibição a roçar o “embaraçoso”.

Quem não viu o jogo e atentar unica e exclusivamente ao resultado pensará que foi uma vitória brilhante mas a verdade é que a exibição dos bávaros foi muito pobrezinha. Nenhum jogador do Bayern esteve ao seu verdadeiro nível e mesmo o treinador Vitor Coutinho falhou em mais do que um aspecto. Senão repare-se no seguinte: - a Auto Sueco é uma equipa modesta que á partida para esta sétima jornada ocupava a penultima posição da tabela. A juntar á fragilidade já conhecida esta equipa apresentou-se com apenas cinco elementos para jogar, sendo que dois deles são já veteranos de muitas guerras, logo o factor fisico iria ter um peso determinante no desenrolar do encontro.
O Bayern apresentava-se quase na máxima força, apenas sem Nando e Pascoal, mas com os trunfos suficientes para golear o frágil adversário. No entanto e não sendo um “expert” do futsal, sou apologista de que uma equipa deve entrar em campo com aquele que for no momento o seu melhor cinco...
A partida começou com o Bayern a apresentar Arnaldo, Ricardo e Canhão... mas no banco. Um "Banco Galáctico" dir-se ia.
Do lado contrário foi fácil perceber que a Auto Sueco tinha apenas dois objectivos nesta partida: - o primeiro era adiar o máximo possivel o primeiro golo bávaro e o segundo era após o primeiro golo, tentar não sofrer muitos mais. Os dois objectivos foram semi-alcançados. De facto só aos 18 minutos da primeira parte é que o Bayern conseguiu inaugurar o marcador por Ricardo, a meio metro da linha de golo, a emendar um remate de Arnaldo ao poste. Até aí o Bayern tinha dominado totalmente o jogo, não deixando o adversário respirar, pressionando logo á saida da área, mas em termos ofensivos fora um desfilar de ataques perdidos. Ora por inoperância das linhas atacantes, ora por precipitação na altura de chutar, ora mesmo por clara desinpiração nos remates, o que é certo é que o Bayern demorou mais de um quarto de hora para marcar a um adversário tão claramente inferior. A falta de golos gerava ansiedade e alguns nervos e o resultado visivel disso foi um cartão amarelo mostrado a Ricardo por dar mão numa bola que ía já para fora. O amarelo coloca em risco a “candidatura” do Bayern ao prémio “fair play” pois é o segundo visto pelos bávaros na competição, o que os coloca em igualdade pontual com a “Esegur”.
Muito antes do amarelo a Ricardo, já o mister Coutinho tentara alterar o rumo da partida fazendo entrar Arnaldo, mas quando o fez... tirou Tony. Depois disso entrou ainda Ricardo mas novamente a troca deixou algo a desejar pois quem saiu foi Domingues. Uma no cravo, outra na ferradura!
O intervalo chegou e com ele o merecido descanso para os homens da Volvo!

Na segunda parte a história foi quase idêntica e só mesmo no finalzinho com três golos nos ultimos três minutos, é que o Bayern esticou a diferença no marcador e chegou á goleada (mais que obrigatória).
Aos 6 minutos Arnaldo marcou a passe de Ricardo e só aos 13 minutos voltou novamente a marcar, desta vez por Jonny que entretanto já atirara á trave, a responder afirmativamente ao cruzamento de Domingues.
A vitória estava garantida mas o gosto continuava amargo...
Aos 17 minutos, Ravanelli (claramente o melhor dos mecânicos) cortou com a mão uma disputa de bola aérea com Ricardo. O árbitro marcou o penalty e admoestou o veterano jogador com o amarelo. De referir que um penalty algo semelhante já deveria ter sido assinalado mais cedo aquando de um corte com o braço na área da “Auto Sueco”, mas na altura Quim Bexigueiro nada assinalou.
Da marcação do penalty surgiu então o quarto golo bávaro por intermédio de Filipe que pediu para executar a penalidade.
Um minuto depois Ravanelli deveria ter sido expulso por nova mão na bola, mas a equipa de arbitragem (dadas as circunstâncias de não haver ninguém mais no banco) decidiu perdoar a expulsão. No minuto seguinte, Tony tabelou com Nuno no meio campo e este embalou ainda que pressionado para a baliza onde rematou de forma imparável para o quinto golo. Logo a seguir, em jogada rápida e em superioridade numérica os bávaros fizeram o ultimo golo da partida. Ricardo meteu em Tony na direita, este devolveu a Ricardo que teve de travar e passar de calcanhar para Arnaldo na esquerda. Este rematou fazendo o golo.

A vitória do Bayern é justissima e só peca por escassa mas a exibição foi muito pobrezinha. Foi provavelmente a pior exibição bávara no torneio mas curiosamente foi também a maior vitória do Bayern e o unico jogo até ao momento em que os bávaros não sofreram qualquer golo (embora tenham existido algumas oportunidades para que tal acontecesse).
Na próxima jornada (a penultima), os bávaros vão defrontar o “Café Espaço 77” num jogo que ditará qual das duas equipas ficará no terceiro lugar (aquele que é o actual objectivo do Bayern). O Café tem neste momento 3 pontos de vantagem e aos bávaros só a vitória interessa para atingir tal desiderato. De referir que o Café actua de preto e branco facto que deverá promover a estreia da nova farda bávara (branco e vermelho). De assinalar ainda que o jogo será realizado ás 12,20 horas, horário que é uma novidade para o Bayern que sempre jogou ás 9 horas da manhã.

Os homens do Bayern

Filipe (6) Marcou um golo na execução de um penalty e podia também ter marcado na sequência de um livre mas o remate á entrada da área saiu muito alto e torto. Na baliza esteve bem mas abusou das defesas com os pés criando ressaltos e nunca acabando definitivamente com o perigo.
Nuno (5) Marcou um golo que já lhe fugia há cinco jornadas mas tal não apaga a imagem de um “Capitán” descrente a atacar e excessivamente preocupado com a sua zona de jurisdição. O adversário era fraquinho e Nuno poderia ter aproveitado para arriscar um pouco mais no ataque. Nas raras vezes que o fez, nunca foi com garra e convicção. Um capitão não pode baixar a cabeça...
Tony (6) O coração da equipa. Um coração frustrado pela falta de golos, nem sempre racional, mas sempre a “bombar”. Podia ter aberto o activo mas atirou ao poste e de resto durante a partida nunca esteve feliz no remate. Seja como for não fica á espera que a felicidade lhe bata á porta, preferindo trabalhar muito para que se não for a “qualidade” do ataque a marcar, que seja ao menos a “quantidade” a fazê-lo.
Jonny (5) Marcou o seu primeiro golo no torneio e falhou outros três que pareciam certos, assinalando assim da melhor forma que foi possivel a sua estreia a titular. O golo não esconde no entanto debilidades técnicas e tácticas que Jonny ainda tem de ultrapassar. Um pormenor que salta á vista é que a bola sai quase sempre “enrolada” dos seus pés, dificultando a tarefa dos colegas que a recebem.
Domingues (5) Cansado? Parece óbvio que sim. Tem-se ressentido de velhas lesões e a sobrecarga de jogos só atrasa a recuperação. Exibição modesta de um atleta que já é fundamental na manobra da equipa mas que hoje esteve em dia menos bom.
Arnaldo (6) O melhor em campo porque... alguém tinha de o ser. Marcou dois golos o que por si só já o distingue da falta de pontaria colectiva e foi provavelmente o mais esclarecido dos bávaros. Assumiu a necessidade de marcar mas tentou incutir mais calma á equipa. De notar que após a sua entrada a equipa ganhou mais posse de bola.
Ricardo (6) Cumpriu a sua função mesmo sem ser brilhante. Esteve em quatro dos seis golos da equipa mas falhou o seu objectivo pessoal de alcançar o topo dos melhores marcadores. Revelou no entanto um sentido altruista habitualmente escondido.
Canhão (5) De repente parece que o tempo voltou para trás. Já tinha ameaçado na quinta feira e hoje voltou mesmo a ser o “canhão” de outros tempos. Um jogador precipitado na hora do remate, sem pontaria e sem capacidade de eleger quais as situações de remate e quais aquelas em que o passe ao lado é mais apropriado. Apenas por uma vez acertou na baliza num remate forte que o redes defendeu.

Enviado Especial: Tino Vilas

sexta-feira, 11 de novembro de 2005

BM quer dizer Bela Máquina



Taça Elite (2ª eliminatória)

AS4H, 3
Bayern Monchique, 4
Jogo no Pavilhão Gimnodesportivo Brás-Oleiro, em Águas Santas
Quinta-feira, dia 10 de Novembro, às 23 horas
Bayern Monchique – Lipe; Tony, Canhão, Arnaldo (1) e Rica (1)
Jogaram ainda: Domingues (2), Pascoal e Nando
TR: Vítor Coutinho
Marcha do marcador: 1-0; 1-3; 3-3; 3-4

Venha o próximo!

Vantagem bem gerida

Tranquilidade e inteligência. Dois atributos que definem a boa exibição de uma «Bela Máquina» que, através de uma grande força interior e muita alma, foi capaz de confirmar em bom estilo a passagem à etapa seguinte da prova e superar um adversário a quem era atribuído o favoritismo, não só em consequência do seu estatuto (campeão em título) mas também face ao seu potencial futebolístico. Afinal, não houve papão e os bávaros discutiram a partida olhos-nos-olhos, acabando por brindar as suas fantásticas «Sereias Negras» com mais uma vitória e o consequente apuramento para a ronda seguinte.

Entrar a dormir

Não foi feliz a entrada em cena dos pupilos de Vítor Coutinho. A vantagem de quatro golos (6-2) da primeira mão era confortável, mas o mister fez notar que entrar em campo com inteligência não implicava ficar apenas à espera do adversário, pois ao menor erro podia ser a morte do artista. Mas, se calhar, nem todos tinham tocado na bola e já Lipe recolhia a bola no fundo das redes: Arnaldo prontamente assumiu a responsabilidade do lance, já que em demonstração de excesso de confiança deixou passar a bola por debaixo das pernas pensando que o guardião bávaro estaria mais perto. Felino, o avançado da casa foi mais rápido, fintou o número 21 dos bávaros e atirou a contar. Tratou-se de um golpe desagradável, ainda mais porque se estava numa fase de aquecimento dos motores. Foi o que deu entrar a dormir, Arnaldo...

Nokas factura

Foram algo penosos esses minutos iniciais, não por carência de aplicação, isso nunca esteve em causa, mas por clara desafinação de peças fundamentais na manobra bávara, com passes a perderem-se e o bloco a indiciar alguma precipitação, sobretudo na zona central, onde Arnaldo (Nokas como Lipinha o baptizou), o elemento charneira, tardou a entrar a sério na discussão. Assistiu-se a uma estranha descomplexidade táctica, com Tony em zonas muito adiantadas, assim como Canhão, e Nokas muito recuado, o que também, verdade seja dita, não foi devidamente explorado pelos homens da casa. Após uma primeira ameaça, Nokas facturou mesmo, num remate à entrada da área (podia ter assistido Domingues do outro lado), igualando assim a partida. No lance, o guardião local parece não ter ficado ilibado de responsabilidades.

Berro de Mingues

Os soluços no funcionamento da máquina foram-se tornando menos evidentes e, gradualmente, os bávaros transferiram o epicentro dos acontecimentos para a baliza do AS4H. Domingues esbanjou uma excelente oportunidade (assistência de Pascoal) mas viria a redimir-se antes do intervalo ao dar vantagem à sua equipa, após tabelinha na área com Rica. Um berro bávaro que fechou a primeira parte. Bonito.

Brincar com o fogo...

O início do segundo tempo marca o período mais consistente da equipa. Com Nokas, Pascoal e Mingues em campo, a música é outra. Os restantes solistas souberam acompanhar a orquestra e foi sem surpresa que o marcador se avolumou, proeza de Rica (insistente na recarga), após jogada de contra-ataque iniciada por Nokas e sequenciada por Pascoal. O futebol bávaro ampliava-se em segurança, extensão e profundidade, ao ponto do adversário não encontrar grandes soluções para dar um ar de sua graça. Os remates de longe eram as excepções. E foi precisamente num desses lances que Canhão se deixou antecipar por um adversário (enquadrado com a baliza) e este prontamente disparou de longe, traíndo Lipe que não viu a bola a partir.

Erro imperdoável

Nem tudo foi perfeito. O melhor exemplo é o acto que antecede o 3-3. Nunca Pascoal deveria ter saído quando a bola se encontrava na zona defensiva bávara. Bastou esse ligeiro desequílibrio, essa fracção de segundos, para o adversário chegar ao 3-3, apesar de todos os esforços dos elementos que estavam em campo. A partida estava quase no fim, a eliminatória praticamente no campo, mas não havia necessidade... Um erro imperdoável que não se deverá repetir.

Truque de laboratório

O jogo caminhava para o final. Todos já tinham percebido que o Bayern iria mesmo seguir em frente. Mas para fechar em beleza faltava a cereja no cume do bolo. Arnaldo é carregado à entrada da área, ligeiramente descaído para a direita. Falta que o mesmo se encarregou de converter (isto apesar de Tony ter tido um hiato momentâneo ao pedir para cobrar o livre), dando indicação a Tony que iria executar o livre que tinha sido estudado horas antes na bancada. E assim foi: simples e bonito. Simulação, toca na direita, Tony assiste Domingues, que em esforço entre os defesas, faz o desvio para o fundo da baliza. 3-4. Um triunfo justíssimo frente a um grande adversário que nunca virou a cara à luta e que demonstrou «fair-play» ao longo dos 40 minutos. E quando é assim vale a pena!
Arbitragem positiva. Um ou outro lapso (compreensíveis) não mancham uma actuação equilibrada. E o melhor elogio que se pode fazer é que não teve interferência no resultado final.

Um-a-Um

Lipe (7) – Seguro
Tal como aconteceu com a equipa, o jogo começou por não lhe correr bem. Surpreendido pelo golo inicial, o guardião bávaro não se deixou afectar e esteve quase sempre seguro entre os postes. Na retina, uma excelente defesa na primeira parte, a desviar para canto um remate cruzado. No segundo golo, está tapado pelos companheiros e no último o remate é já dentro da área, muito à queima. Denotou ligeira precipitação na reposição de bolas (um aspecto a rever) mas deixou imagem positiva.

Tony (7) – Cortes precisos
Desgastou-se num vaivém constante e acabou por pedir a substituição. Tentou ser rigoroso a tapar os caminhos de penetração para a sua baliza, mas não conseguiu criar os desequílibrios que pretendia quando resolveu aventurar-se no meio-campo contrário. Mas assinou meia dúzia de cortes precisos e mostrou bom sentido posicional no sector recuado. A atacar não teve, de facto, um alto rendimento. Valeu a assistência primorosa para Mingues no último golo da noite.

Canhão (7) – Perdulário
Fartou-se de arrancar por ali fora, vincando a sua força e instinto de remate. Esteve perto de marcar mas foi infeliz na finalização (aquele chapéu...). Também não escapou à fase de menor controlo da equipa, mas soube levantar-se e arrancar uma exibição positiva, assente no empenho e determinação. Uma noite perdulária. Em duas/três ocasiões podia ter servido companheiros melhores posicionados. Mas começa, finalmente, a estar melhor entrosado com a equipa. Dentro e fora do campo.

Arnaldo (7) – Lavar a face
Nokas não sabe jogar mal, mas ontem iniciou mal a partida, estando intimamente ligado ao primeiro golo que a equipa sofreu. Mas teve o mérito de não baixar a cabeça e assumiu a responsabilidade de pegar no jogo, embora nem tudo lhe tenha saído de feição. A verdade é que deixou o seu perfume nas quatro linhas, num conjunto de detalhes que serviram para lavar a face após o desnorte inicial: fez o primeiro golo e iniciou o terceiro e o quarto.

Rica (7) – Golinho da ordem
Tem momentos geniais, outros em que se esconde e parece alhear-se do jogo. Mas está lá o golinho da ordem, num lance revelador do seu sentido de oportunidade e instinto «matador». E ainda combinou bem com Mingues no segundo golo. Lutou bravamente, tentou ajudar a defesa, mas no ataque não foi desconcertante. E pode sê-lo. Basta acreditar mais nas suas capacidades.

Domingues (7) – Indispensável
Um jogador com esta garra só pode ter o rótulo de indispensável. Mesmo limitado (virilhas, gêmeos e joelhos), e entregou-se de corpo e alma ao desafio. A sua entrada dinamizou o ataque e até disfarçou alguma falta de inspiração de alguns companheiros. Falhou dois golos praticamente feitos, mas teve a arte de assinar outros dois. Um gigante! Na atitude e no carácter. O homem do jogo.

Pascoal (7) – Presença de respeito
Encaixa em qualquer equipa. Pela presença, pelo espírito, pelo carácter que dá mostras dentro e fora do campo (até aos chuveiros). Um poço de força que oferece enorme consistência à equipa. Ninguém passou por ele em finta curta ou corrida e esteve sempre no momento certo para desarmar o adversário. Contributo preciosíssimo. Jogador banal!? Quem foi o palhaço que disse isso?

Nando (7) – Raça
Não abusou dos carrinhos e esteve à altura dos acontecimentos. Não foi o herói da primeira eliminatória mas também não borrou a pintura. Sempre a dar indicações, com o intuito de ajudar à organização defensiva. Quando esteve apertado, colocou a bola longe e é isso que se lhe pede. Um jogo inteligente de um jogador que começa a perceber qual é realmente a função na equipa. Foi precioso a defender. Excelente atitude.

Reportagem – Curiosidades

Jogo esteve em risco

A partida ficou marcada ainda pelo facto de se ter colocado a hipótese de a mesma ser adiada. Em causa um pedido dos responsáveis do AS4H, que alegavam não ter atletas suficientes para o encontro. Apesar da nossa boa vontade, não nos foi possível corresponder ao pedido, porque o mesmo foi feito com apenas 24 horas de antecedência e alguns dos nossos atletas já tinham pedido folgas nos seus empregos e trocado horários para estarem presentes. Ainda assim, a história teve um final feliz, pois o jogo acabou mesmo por se realizar. Um abraço aos atletas do AS4H pelo «fair-play» que demonstraram. Os campeões também se distinguem na atitude.

As curtas

Pascoal e as merdas do costume
«Mister, foi coincidência termos sofrido o 3-3 quando saí...»
Nokas brinca com Pasc no banco
«Tony não está habituado ao peso da braçadeira. Quase que a deixa cair»
Alguém no balneário manda boca pró barulho
«Ganhámos porque o Jonny não jogou»
Mister observa
«Esta equipa joga melhor à noite. De manhã não é a mesma coisa»
Mister reage à entrada de Pasc no balneário de fato e gravata
«Quem é? É o presidente do clube?»
Capitán já no final enquanto todos se despem
«Sofro mais quando estou de fora»

quinta-feira, 10 de novembro de 2005

Quem lhe dá boleia?



Nando lança apelo

É notícia de última hora. Movido pela infinita vontade de envergar mais uma vez as cores bávaras e ajudar a equipa com o seu futebol construtor, Nando via sms lançou o seguinte apelo: «Preciso que alguém vá ter comigo à Rádio Popular do Dragão às 22.20 horas». Quem o pode ajudar?

quarta-feira, 9 de novembro de 2005

O nosso modelo


Escolham o novo equipamento

Azul-bebé ou branco-e-vermelho? Votem! A sua opinião também conta. Ao fim de um ano de existência, a administração da SAD decidiu encontrar um equipamento que seja uma alternativa ao original negro-douro. Tony, em mais uma demonstração de multiplicidade de funções, foi o modelo escolhido para desfilar na passerelle da sua casa, perante a perplexidade da gata Tigra. Que dizem? Equipamentos da marca Desportreino: camisola (com número), calção e meia: 15 heróis. Uma questão para a assembleia-geral deliberar rapidamente.

Parabéns, Bayern




Do Sarrabulho ao Tuareg (passando por Valongo)

Uma noite inesquecível. A família bávara reuniu-se no «Sarrabulho» em Leça da Palmeira e rapidamente atacou no bacalhau e na carne de porco à alentejana. Seguiu-se o bolo que teve de sofrer uma intervenção cirúrgica para passar de Dayern Monthique para o original Bayern Monchique. Mas tudo correu bem. O bolo deu a volta à barriga e toca a zarpar para Valongo, onde Tony António se estreou nas lides do apito dourado. Um serão animal, no sentido positivo do termo. A noite acabou no Tuareg com os resistentes a assistiram a um show de dança do ventre e a fumarem cacete de Tutti-Frutti. Parabéns, Bayern!

O «mal-amado»


Jonny Bravo

Erro de Casting, Flop, desespero, de tudo já se murmurou um pouco, mas Jonny continua igual a si próprio e mantém a absurda convicção que é um galáctico. A última votação foi a gota de água. Apenas um misericordioso voto para Jonny, que assim se confirma ser o «mal-amado» da equipa.

Mas Bravo não desiste e promete explodir, após ter quebrado o «black-out». Ele já avisou. Sábado pode haver merda. É o caso do mês.

sábado, 5 de novembro de 2005

Não houve “O Crime Perfeito”


Torneio Homenagem aos Bombeiros Voluntários (6ª jornada)
5 de Novembro 2005, 9 horas

Finibanco, 3
Bayern Monchique, 2
Jogo no Pavilhão do Fluvial, em Lordelo do Ouro
Árbitro: Tózé Ribeiro
Finibanco – Uno [cap.]; Brazuca (2), Oitobelli, Sinco e Kuatro.
Jogaram ainda: Novel e Careca (1).
TR: Carlos Pinto & Sottomayor
Bayern M. – Filipe; Canhão (1), Nuno [cap.] e Arnaldo; Ricardo (1).
Jogaram ainda: Jonny, Domingues, Tony e Nando.
TR: Vitor Coutinho
Ao intervalo: 2-2
Marcha do marcador: 1-0; 1-2; 3-2.

Assalto ao (Fini)banco ficou-se pela intenção


Bávaros foram surpreendidos pela táctica adversária, num jogo em que chegaram a estar á frente e tinham tudo para roubar os três pontos aos homens do banco.

O Bayern entrou desconcentrado e nos primeiros minutos andou a cheirar a bola. O Finibanco dominou os primeiros da partida. Um dominio consentido e que pecava essencialmente num certo descontrolo posicional que chegava a apresentar Nuno como o jogador mais avançado. Descontrolo esse que só terminou quando a equipa sofreu o primeiro golo aos 5 minutos. Depois do golo foram os bávaros a tomar conta da partida.
Canhão, com muita personalidade fez o empate e logo a seguir foi Ricardo a passar o Bayern para a liderança do marcador.
Infelizmente e á semelhança do ultimo jogo para a Taça Elite, o Bayern retraiu-se como se a vitoria estivesse já garantida e não fosse preciso jogar mais. Aproveitaram os homens do Finibanco que decidiram “castigar” o Bayern pela ousadia de se ter adiantado no marcador. Careca entrou para jogar como guarda redes avançado, colocando os bavaros num quarto escuro, sem saberem para onde se virarem, tamanha era a superioridade conseguida com mais um jogador na frente. Antes mesmo do empate, o Finibanco ainda conseguiu mandar uma bola ao poste num lance confuso em que a defesa bávara tremeu.
O empate apareceu a 6 minutos do final da primeira parte com o mérito a ir todo para o nº23 dos “brancos” que rapidissimo conseguiu tabelar na área e apontar o seu segundo golo.

A segunda parte foi uma replica dos ultimos minutos da primeira, com os homens do Finibanco a usarem amiude o redes para criar a superioridade no meio campo do Bayern e sem que os atletas bávaros conseguissem contrariar essa situação. Manietados neste colete de forças apenas por duas ou três vezes o Bayern conseguiu criar perigo. Recordamos um chapéu de Domingues que pecou por excesso, um remate frontal de Arnaldo a embater no corpo de Careca que em desespero atirara a “carcaça” para a zona de remate e a jogada mais perigosa dos bavaros em toda a partida, com Tony na direita a meter a bola tensa e cheia de intencionalidade no poste mais distante, onde Domingues apareceu a concluir... ao lado.
Já o Finibanco teve inumeras oportunidades para marcar, com Filipe a parar algumas bolas que iam para golo e a fraca pontaria dos “brancos” a ajudar a que se mantivesse o empate. O golo vitorioso acabaria no entanto por aparecer a 5 minutos do fim, por intermédio do joker de luxo que o Finibanco usou (e abusou mesmo) e que finalmente cumpriu o seu propósito. Careca acabou por ser o homem da partida, actuando como redes avançado e conseguindo o golo vitorioso.
Apesar da derrota, o Bayern mantém o quarto lugar, agora com a companhia do Restaurante Cabeça de Peixe e falha o objectivo de alcançar o segundo classificado. Já o Finibanco mantém as suas aspirações de chegar ao primeiro lugar ocupado pela Fidemaia.

O Filme dos Golos ao minuto

4’ Nuno deu espaço a Brazuca e este foi-se aproximando da área até desferir o remate. Lipe poderia ter feito mais...
5’ Canhão recebe na esquerda e penetra pelo meio até encontrar espaço e chutar. O redes defendeu para a frente e o mesmo Canhão fez a recarga vitoriosa.
7’ O Golo mais bonito! Arnaldo na esquerda do meio campo vem atrás buscar a bola que depois bombeou para a entrada da área onde Ricardo apareceu a concluir com um vólley perante a saida do redes.
14’ Jogada de envolvência pelo centro com Brazuca a meter na área para Sinco e a fugir a Domingues aparecendo depois a finalizar a tabelinha em plena área.
35’ Uma de muitas jogadas de superioridade numérica criada pelo redes do Finibanco, com a particularidade de por esta vez ter dado em golo. Careca (o redes) recebeu no meio e chutou sem oposição já muito perto da área.

Os homens do Bayern

Filipe (6) Acabou por ser o melhor em campo dos bávaros, apesar de no primeiro golo se esperar algo mais dele. Fez bastantes defesas com os pés e ajudou a fazer durar o sonho...
Nuno (5) Deu muito espaço ao adversário e não conseguiu de inicio manter-se na sua posição e fazer os colegas manterem as suas. De uma forma geral espera-se mais do Capitán...
Canhão (6) O seu golo é demonstrativo de categoria e uma forte afirmação pessoal. Caminhava para uma bela exibição mas saiu no pico da sua performance. Depois disso não voltou ao mesmo nível.
Arnaldo (6) Por vezes genial, outras vezes complicativo. Hoje a balança pendeu mais para a segunda hipotese. Positivo o passe que fez para o 2-1. Negativo a preocupação com a arbitragem.
Ricardo (6) Cumpriu o seu papel na essência, marcou um golo, mas isso não foi o suficiente. Não foi não.
Jonny (6) Fez o seu melhor jogo mas teve a infelicidade de ser numa partida em que a equipa não esteve particularmente inspirada.
Domingues (6) Teve a “vitoria” a passar-lhe nos pés mas não lhe conseguiu dar a melhor direcção. Lutou muito e desgastou-se mas esteve infeliz no remate. Até as tentativas de chapéu sairam muito mal.
Tony (5) Na defesa não falhou nem foi ultrapassado mas espera-se mais de alguns jogadores além do simples passe ao lado ou corte providencial. Tem de assumir mais...
Nando (6) Cumpriu, embora desta vez sem brilho, o seu papel. Ninguém passou por ele mas ele também não passou (ou tentou passar) por ninguém.

Enviado Especial: Tino Vilas

sexta-feira, 4 de novembro de 2005

HÁ UM ANO FOI ASSIM...


4 Novembro 2004, 21 horas

Adira, 3
Bayern Monchique, 8
Jogo na Arena do Gás, em Massarelos
Árbitro: Abel Benquerença
Adira – Edgar (1p.b.); Ilídio (1), Panta, Nuno e Pedro (1).
Jogaram ainda Cunha (1) e Reis
TR: Giovanni Trapalhoni
Bayern Monchique – Filipe; Toni (1), Nando (2), Nuno (2) e Arnaldo (1).

Jogou ainda Pedroto (1)
TR: José Meirinho
Marcha do marcador: 2-0; 2-7; 3-7; 3-8

Ainda houve um sorriso amarelo no alegre passeio dos bávaros

Demonstração de força mental

Num ambiente adverso, a formação do Bayern Monchique exibiu espírito de sacrifício, talento e inteligência, atributos que lhe valeram um triunfo inquestionável.

Noite gorda na Arena, em Massarelos. Frente-a-frente, duas equipas apostadas em vencer, após uma semana recheada de provocações mútuas, algo que fez aumentar a expectativa à volta do encontro.
E se não se pode classificar o espectáculo como algo do outro Mundo, o mesmo pode ser recordado como um embate muito digno entre artistas que se empenharam até à última gota pelo melhor resultado.
Melhor a equipa bávara, que saiu das quatro linhas com o triunfo no bolso, resultado da excelente reacção aos dois golos sofridos no começo da aventura.
Para dificultar a tarefa do conjunto monchiquês, os homens da ADIRA ocuparam o meio-campo normalmente preenchido pelos atletas de José Meirinho. Aliada à precipitação em alguns lances na zona de finalização e à boa exibição do guardião Edgar, eis a explicação para um início intermitente, condição aproveitada pelo adversário para se colocar em vantagem, golos de Pedro (belo jogador) e Cunha, o mal-amado da equipa.
Chegou a temer-se o pior, mas Toni, em noite irreverente e de grande personalidade, catapultou os seus companheiros para um período de gala.

A “remontada”…

Definidas as orientações, a equipa do Bayern reduziu finalmente a desvantagem, proeza de Nuno, após assistência de Arnaldo. Era o início da “remontada”. Toni, num dos seus actos surpreendentes, passou por tudo e todos, furou a defesa contrária, e fez o empate. Arnaldo, do meio da rua, ofereceu pela primeira vez a vantagem à sua equipa.
O conjunto da ADIRA nunca mais se encontrou. O ânimo inicial começou a diluir-se e as discussões entre os atletas começaram a surgir, factor que já se previa que pudesse acontecer em caso de desvantagem.
O Bayern, mais esclarecido, mais dinâmico, mais determinado, aproveitou as benesses e iniciou a expressão alargada do resultado, com golos de Nuno, Pedroto e… Nando, atleta que já não facturava há longos tempos. A equipa manteve-se coesa e no último assalto do adversário revelou inteligência, preferindo esperar pelo opositor à entrada da sua grande área. A frescura física já não era a mesma, mas o triunfo nunca esteve em causa.
Precisa agora esta crónica de um último parágrafo para sintetizar a história da partida: A lei do mais forte (Bayern) imperou num jogo em que a equipa da ADIRA ofereceu muita réplica e ainda provocou um susto nas hostes bávaras. Após se ter colocado em vantagem, a força mental do conjunto monchiquês fez a diferença, pois a equipa nunca mais permitiu grandes veleidades ao seu adversário, controlando a partida até ao apito final do árbitro Abel Benquerença.

Os homens da ADIRA

Balão esvaziou muito cedo

A vencer por duas bolas a zero, a equipa da ADIRA não conseguiu aguentar o ritmo do adversário, acabando por cair num quarto escuro mal sofreu o primeiro golo. O balão esvaziou muito cedo e a equipa nunca mais teve o mesmo discernimento, cometendo erros que se revelaram fatais. Edgar (6), na baliza, mostrou mãos de aço, adiando o primeiro golo do Bayern. Está em grande forma e mais uma vez comprovou o seu bom momento. Pedro (7) foi novamente o estratega. Dos seus pés saíram as melhores jogadas da equipa e apontou um golo, após remate desferido fora da área. Ilídio (7) é um senhor. Muito experiente, tentou impor o ritmo da equipa, mas nem sempre foi compreendido pelos companheiros. Panta (6) mostrou-se um jogador duro, no sentido positivo do termo, e tentou empurrar a equipa para o ataque, muito embora com pouco êxito. Nuno (5) e Reis (5) estiveram muito activos, mas alcançaram poucos resultados práticos. Cunha (5) apontou o segundo golo da equipa, limitando-se a dar sequência a uma boa assistência. Defende pouco, e, por via disso, acaba por provocar alguma destabilização na equipa.

Os homens do Bayern Monchique


Muito coração

Numa equipa que valeu, fundamentalmente, pelo seu colectivo, Toni (7) revelou-se um elemento importante, pois contagiou os seus companheiros com a sua enorme vontade de vencer. Bem nas tarefas defensivas, auxiliou devidamente o ataque e apontou um golo que entra directamente na galeria dos melhores do campeonato. Na baliza, Filipe (6) não conseguiu esconder algum nervosismo, sobretudo, no começo do encontro, mas depois recompôs-se, partindo para uma actuação colorida, defendendo alguns remates que levavam selo de golo. Naquele seu jeito peculiar, realizou um bom trabalho como atesta os poucos golos sofridos. Nuno (6), o box-to-box do Bayern, iniciou a partida algo apagado, com pouca reacção, mas depois também aumentou o volume, participando nas melhores acções ofensivas da equipa. Um jogo em crescendo. Nando (7) surpreendeu pelos dotes de goleador e foi ainda peça importante na segurança defensiva. No seu jeito antes-quebrar-que-torcer, realizou uma das melhores actuações ao serviço do Bayern. Arnaldo (6) começou a contenda a todo o gás, iniciando várias acções que levaram perigo à baliza adversária. Deu um perfume especial ao futebol da equipa, apontou um golo de calibre extra, aproveitando o mau posicionamento de Edgar, mas depois baixou de rendimento, acabando o encontro na zona defensiva, já que as pernas não davam para mais. Acabou por comprometer no último golo sofrido, após um passe defeituoso. Pedroto (6), o abnegado jogador, foi pau para toda a colher. Elemento precioso na rodagem da equipa e excelente em termos de carácter e espírito de grupo. Um jogador operário à imagem de José Meirinho.

O que eles disseram

Arnaldo – Jogador do Bayern

“Boa réplica”

“A vitória não merece contestação. Ainda assim, julgo que a expressão do marcador é exagerada face ao equilíbrio que se fez sentir em determinados períodos da partida. Defrontámos um adversário que nos obrigou a actuar nos limites. Parabéns aos jogadores da ADIRA, que nos ofereceram muita réplica. Estamos no bom caminho”.

Toni – Jogador do Bayern

“Vitória merecida”

“Penso que o jogo foi mais equilibrado do que o que o resultado indica, mas a vitória, conforme o esperado é mais que merecida. O nosso mister tinha nos avisado que a ADIRA tinha muitas dificuldades a atacar e talvez por isso tenhamos facilitado e descurado a defensiva nos minutos iniciais. Depois que acordamos foi sempre a dominar o jogo e limitar a controlar as acções ofensivas da Adira”

Parabéns, Bayern!



Foi há um ano que (oficialmente) tudo começou

Um dia especial para o emblema bávaro. O Bayern completa hoje um ano de existência e, curiosamente, a data coincide com um período feliz da equipa, que leva já um registo de três vitórias consecutivas. Parabéns a todos os elementos desta grande família e aos fundadores (o tio do Nuno El Capitán) que iniciaram há longos anos este fantástico projecto que com o entusiasmo e dedicação de todos tem evoluído e actualmente já é indispensável na vida de cada um de nós. Posto isto, venham lá as gajas! Aí está o prémio para amanhã!

quarta-feira, 2 de novembro de 2005

Noite (quase) perfeita dos homens de gelo



Taça Elite 2005 (1ª Mão da I Eliminatória)
31 Outubro 2005, 21.45 horas

Bayern Monchique, 6
AS4h, 2
Jogo na Escola Boa Nova, em Leça da Palmeira
Árbitros: Paulo Pereira
Bayern M. – Filipe; Tony (1), Canhão (1), Arnaldo (2) e Ricardo
Jogaram ainda: Domingues e Nando (2)
TR: Vítor Coutinho
AS4h – Kako; Joaquim, Claúdio, Tiago, Rodolfo, Ivo, Pedro, Orlando, Hernâni, Rogério e Paulo
Disciplina: Cartão vermelho a um jogador do AS4h
Ao intervalo: 1-0
Marcha do marcador: 2-0; 2-2; 6-2

Acreditem, Nando foi o herói da partida

A noite perfeita de sete cubos de gelo. Será este, muito provavelmente, o título que ilustra aquilo que foi a equipa do Bayern durante a partida de Leça da Palmeira. Sete (mais o mister e o Capitán) elementos cerebrais, concentrados, a roçar a perfeição na forma como assimilaram as palavras de Vítor Coutinho e as colocaram em campo. Um cubo de gelo é frio e racional, foi isso que o Bayern foi durante quase todos os minutinhos em campo. Mas foi muito mais. Foi fé, determinação, coragem, capacidade de sofrimento quando foi preciso sofrer (o AS4h não é uma equipa qualquer, meus amigos), mas também eficácia (no segundo tempo) e talento quando foi necessário puxar o lustro à lamparina e exibir em campo o virtuosismo de alguns dos seus jogadores.

Logo os campeões?
Não brinquem connosco…

O jogo era uma perfeita incógnita. As equipas não se conheciam. Mas sabia-se que o AS4h é o actual campeão da Liga Elite e, só por isso, o grande favorito à vitória. O Bayern, que reza a tradição entra sempre a perder nas provas em que participa, vestia a pele de «outsider» e tinha então a difícil missão de tentar surpreender a equipa maiata. E defrontar o campeão logo na primeira eliminatória é dose…
Era preciso travar a máquina adversária e a verdade é que o Bayern conseguiu colocar o necessário grão de areia a emperrar a estratégia contrária. Aliás, não colocou um, colocou cinco (mais dois). Um em cada jogador adversário. Depois, robotizou o seu sistema de jogo, ao ponto dos atletas transmitirem grande serenidade a quem assistia à partida. Assim foi. Rigor táctico durante o primeiro tempo, não permitindo que os rápidos jogadores adversários incomodassem muito Filipe. E quando o conseguiram, o número 21 esteve sempre à altura dos acontecimentos, efectuando defesas úteis e com a peculiaridade que o caracteriza. Pelo meio, o golo bávaro: Tony foi oportuno e recargou com êxito, fazendo a bola entrar ao segundo poste. A vencer, e mesmo já antes, Ricardo dispôs de ocasiões soberanas para ampliar a vantagem, mas, desta vez, o «puto-matador» não foi feliz.

Olha o Nando, olha o golo!

Pós-intervalo, alguma coisa mudou. O Bayern manteve a posse de bola, mas o adversário era cada vez mais agressivo, ousado e exercia forte pressão junto ao último reduto bávaro. Apertado por um defesa, Tony teve o discernimento suficiente para lançar Nando (passe longo) e este sobre a direita segurou o esférico e em vez de rematar puxou a bola ao lado (o que deixou o guardião fora do lance) disparando depois em habilidade para a baliza deserta. 2-0. O Bayern tinha o adversário pelo pescoço, bastava um sopro para o vergar de vez.

Estranho apagão

Faltavam dez minutos para o fim da partida. Era uma questão de esperar e trocar a bola. Mas, nesse período, a equipa sentiu a ausência de Arnaldo e Mingues (a descansarem no banco) e a verdade é que se apagou, permitindo ao adversário, embora com um futebol mais directo que trabalhado, chegar com perigo à baliza de Lipe. Assim, após uma série de ressaltos, Orlando reduziu e logo a seguir, na marcação exemplar de um livre, Hernâni fez o empate. O jogo estava relançado.

Outra vez Nando!

Aqui entra o capítulo sobre a sorte do jogo. Com as equipas empatadas, o terceiro golo podia ter pendido para qualquer um dos lados. Mas a verdade é que foi Nando a desequilibrar novamente os pratos da balança a favor do Bayern.
Foi ele o herói inesperado, ao marcar o novo golo (segundo na conta pessoal), agora após cruzamento de Ricardo. A bola passou por toda a defesa do AS4h e sobrou para o número 19 que resolveu o problema, com um remate colocado ao ângulo superior da baliza. O Bayern estava outra vez por cima.

Livres mortíferos

O conjunto forasteiro já tinha atingido as cinco faltas e uma entrada sobre Lipe originou o sexto castigo. Na marcação do livre de 10 metros, Canhão enviou a bola ao poste, mas Arnaldo, mais rápido que todos, recargou de primeira, fazendo o 4-2. Mais tarde, nova falta e, desta vez, Canhão não desperdiçou. Ao cair do pano, Domingues foi travado em falta quando seguia isolado (o jogador do AS4h acabou por ser admoestado com o segundo amarelo e consequente vermelho) e do livre Arnaldo dilatou novamente a vantagem, colocando a expressão do resultado numa margem hiperbólica, tendo em conta o valor das equipas e o equilíbrio que imperou em grande parte da partida. Arbitragem com alguns erros, mas sem interferência no resultado final.

Tudo em aberto

A partida vai a meio. O intervalo segue agora para as equipas reflectirem e retirarem as devidas ilações. A vantagem de quatro golos é boa para a estreante formação do Bayern, mas o campeão AS4h está de orgulho ferido e, a jogar em casa, diante dos seus prosélitos, num pavilhão que os bávaros não conhecem, tudo pode acontecer. E futsal é sinónimo de magia, uma definição para quem gosta de bola…

Os homens do Bayern

Uma equipa assim merece ser feliz

A diferença entre as duas equipas não está patente no resultado. O Bayern foi feliz em noite de inspiração de algumas individualidades que andavam escondidas. E ninguém pode dizer que a equipa não trabalhou para ser bafejada pela estrelinha da sorte:

Filipe (8) – De raiva
Redimiu-se (quase) por completo da última exibição. A defesa ajudou a filtrar o perigo mas mesmo assim foi posto à prova diversas vezes, conseguindo quase sempre dar a boa resposta. Continua a falhar na posição em que se coloca na marcação de livres e sofreu um golo dessa forma. Mas, de resto, esteve impecável.

Canhão (8) – Confiante
Protagonizou a melhor exibição desde que ingressou na família bávara. O mister confiou-lhe a titularidade e o jogador não hesitou em assumir o controlo das acções, exalando confiança, sem medo de partir para cima, ainda que por vezes a finta não lhe tenha saído bem. Teve oportunidade de mostrar a utilidade do seu «pé-canhão» na marcação de livres de 10 metros, originando assim dois golos. O título de melhor em campo não lhe ficava mal.

Tony (8) – Precioso
Denotou cansaço mas enquanto esteve em campo deu sempre o litro. O discernimento é que foi caindo com o decorrer dos minutos e quem o viu apenas na segunda parte poderá ter ficado um tanto desiludido. No entanto, foi ele que marcou o único golo da primeira parte, abrindo o caminho para a vitória, e teve a perspicácia e visão para lançar Nando no segundo golo. A defender, esteve intratável. Demonstração de espírito de sacrifício e grande dedicação em semana de debilidade física, face aos problemas que o afectaram nos últimos dias.

Arnaldo (8) – Fundamental
Já lhe chamaram pequeno génio. Desta vez, o maestro não teve jogadas de levantar o público, optando por um futebol mais pausado, inteligente, mas sempre a marcar o ritmo da orquestra e apoiando os atletas mais «trabalhadores». Foi fundamental. Está na origem do primeiro golo e inscreveu um «bis» na ficha dos marcadores. No período mais temperado da partida, 2-2, não teve pejo em segurar a bola e mostrar à equipa que podia contar com ele.

Ricardo (7) – Ansioso
A exibição menos feliz. No início falhou três ocasiões claras de golo e isso influenciou-o para o resto do jogo, pois ficou muito ansioso. Depois do primeiro golo, a estratégia modificou-se e o jogo deixou de ser propício ao seu futebol de fino recorte. Passou a ser um duelo para lutadores e menos apropriado aos seus pés de veludo. Apesar de não marcar (o que não é habitual) esteve implicado no terceiro e quinto golo. E deu tudo em campo.

Domingues (8) – Encheu o campo
Se passou despercebido foi mesmo para os que não percebem nada disto. Mingues fez um jogão. É um lutador e o adversário não pode facilitar quando o tem por perto. Anulou muitos lances e conseguiu provocar a expulsão de um adversário, após lhe ter roubado a bola e partido para a baliza. Foi gigante no empenho e fez um grandíssimo jogo. Passou ao lado dos golos que tanto gosta, mas bem merecia ter marcado.

Nando (8) – Noite de glória
Foi a noite «Nando». Sem Pascoal e Nuno, Nando tinha a grande oportunidade de se afirmar e mostrar que também pode ser uma peça importante e valiosa da equipa. E foi isso que aconteceu. Uma actuação impecável nas acções defensivas (atenção apenas aos carrinhos) e foi ele que infiltrado no ataque (!) acabou por garantir a vitória da equipa, apontando o segundo (driblou o guardião com toda a calma do mundo e depois fez um volley) e terceiro golo em momentos chaves. O melhor e mais decisivo elemento em campo!

Nokinhas e Tino Vilas
(enviados-especiais)