sábado, 24 de fevereiro de 2007

Não há duas (vitórias) sem três

Torneio Homenagem a Joaquim Batista – C.M.P. (1ª jornada)
24 de Fevereiro de 2007, 9 horas

Bayern Monchique, 4
Câmara Mun. Porto, 2
Jogo na Escola Sec. Francisco Torrinha
Árbitro: Tózé Ribeiro e Joaquim Neves

Bayern M. – Rui Sá; Tony, Nuno [cap.] (1) e Domingues; Cadu (2).
Jogou ainda: Jonny (1).
TR: Vítor Coutinho
C. M. P. – Gadelha; André, Nando, Joaquim [cap.] e Inginheiro (1).
Jogaram ainda: Alcindo, Vasco (1), Mateus e Carlos.
TR: Paco Fortes

Ao intervalo: 1-1
Marcha do marcador: 0-1; 2-1; 2-2; 4-2.

Bayern vence a Câmara pela terceira vez

Afinal os receios eram exagerados. Com apenas seis elementos disponíveis não foi por isso que os bávaros deixaram de cumprir com o que está escrito na história e voltaram a vencer a C.M.P., desta vez até com um resultado mais folgado que o anterior.

Foi no dia 24 de Fevereiro, nas já habituais e “doentias” 9 horas da manhã que o Bayern voltou aos torneios, após curto interregno. O plantel está substancialmente diferente, com a ausência de Arnaldo e Correia por exemplo e o ingresso de Rui Sá que se estreou na baliza e o regresso de Jonny. Quem diria, hein?!?!
Neste prelúdio da Primavera e prestes a fazer um ano (25 de Março) desde que foi campeão, o plantel bávaro aparece renovado física e mentalmente. Uma mutação que começa nos jogadores em si e acaba na mentalidade pela qual a equipa (ou a direcção) agora se rege. O objectivo principal não é agora vencer o torneio, embora esse desiderato esteja sempre presente, mas sim recuperar a alegria de jogar pelo jogo em si.
Após um primeiro e dois segundos lugares neste mesmo torneio, os bávaros apontam neste momento apenas aos quatro primeiros lugares da tabela, ou seja pelo menos igualar a “pior” classificação que alguma vez teve neste torneio. O Bayern entra portanto com objectivos mais modestos, talvez mais adequados á realidade actual da equipa, mantendo para já a fasquia num patamar acessível. O primeiro lugar continua a ser o sonho mas o próprio treinador bávaro aferiu que o importante é “estarmos juntos e as vitórias virão por acréscimo”.

Dos oito elementos que compõem o plantel fixo para esta competição apenas seis puderam marcar presença neste sabado. Jonny inclusive chegou atrasado e foi para o banco enquanto os seus colegas já concluíam o aquecimento.
Sem surpresas, Coutinho escalou Rui Sá para a baliza (na ausência de Lipe) e Nuno para jogar a fixo. Cadu, Tony e Domingues ocupariam os lugares mais adiantados da equipa.
Cedo se percebeu que era maior o respeito dos camarários do que a modéstia dos bávaros e rapidamente os homens do Bayern tomaram conta do jogo. Tony e Domingues andaram perto do golo e Rui Sá do outro lado apenas entrava em cena quando tinha de repor a bola em jogo. Apesar disso e totalmente contra a maré do jogo foram os homens de verde que inauguraram o marcador. Os bávaros não se intimidaram nem desuniram e continuaram a acreditar e a jogar da mesma forma, mas apesar de dominarem os acontecimentos e após vários lances de perigo incluindo uma bola no poste, só a cerca de três minutos do final é que o golo do empate apareceu.

Na segunda parte, sempre confiantes e ainda mais tranquilos com o empate alcançado os bávaros tinham tudo para serem felizes… e foram. Jonny assinalou o seu regresso com um golo “esquisito” dando justiça ao marcador mas não demorou muito a registar-se um novo empate e desta vez com a ajuda preciosa da arbitragem que achou por bem não ver um penalty sobre Cadu. No seguimento da jogada e perante o olhar atónito de alguns bávaros a C.M.P. fez o empate a dois. Moral da história: - não se pode parar a protestar!

O segundo tempo além de maior quantidade de golos trouxe também algum nervosismo extra por parte dos da Câmara. Algumas entradas mais duras e protestos exagerados em faltas banais indiciou que havia algo mais em jogo do que apenas três pontos. Havia aqui uma questão de honra. Afinal de contas era já o terceiro jogo entre os dois emblemas e para a Câmara nem um pontinho.
O Bayern continuou a carregar sobre o adversário na busca do golo. Apesar de contar apenas com seis elementos o cansaço nunca foi o maior adversário e a vitória estaria mesmo ao virar da esquina, por isso, era só mais um esforço. O golo lá surgiu, na marcação de um livre superiormente apontado por Cadu e depois disso os bávaros ainda deram a machada final por Nuno com Cadu novamente a protagonista principal.

Depois disso então, tempo para descomprimir e pôr o adversário a “cheirar a bola”. O Bayern foi (quase) sempre inteligente a trocar a bola e a chamar o adversário, mas este nem sempre respondeu afirmativamente. Mesmo a perder por 4-2 os funcionários da Câmara nunca arriscaram, dificilmente passando do meio campo quando andavam “atrás” da bola. A vitoria é justíssima e premeia o melhor futebol dos bávaros.

Destaque ainda nesta primeira jornada para Pascoal e os seus pupilos na equipa F. Rego. Pascoal que se havia estreado como treinador no torneio anterior, levando o Bayern Monchique ao 2º lugar da classificação e arrecadando os troféus de “Defesa menos Batida” e “Disciplina”. Agora comandando os seus colegas de trabalho garantiu uma saborosa e suada vitória por 3-2. Os outros vencedores da jornada foram a Farmácia Castelo Branco e o Café Novo Sport. Sogrape e Relopa empataram a dois golos, depois de os homens do vinho estarem a vencer por 2-0.


O Filme dos Golos

0-1 Bola bombeada para o meio campo bávaro. Nuno facilita e não consegue o corte nas alturas sendo depois ultrapassado pelo golpe de rins de Inginheiro que roda sobre o capitão bávaro e fica de frente para a baliza e com a bola a saltar á sua frente. O remate de primeira apanha Sá a sair da baliza e a bola passa caprichosamente por entre as pernas do guardião.
1-1 Jogada individual de Cadu que recebe a bola num lançamento de Jonny a meio campo e corre em dribles pelo meio campo camarário, rematando já dentro da área á saída do redes.

2-1 Nuno contra ataca pela esquerda, rematando fo te de pé esquerdo para defesa de Gadelha. A bola é então rechaçada para a direita embatendo nas pernas de Jonny e seguindo para a baliza.
2-2 Penalty não assinalado sobre Cadu que acaba por dar origem a um contra ataque mortífero. Vasco faz o remate de primeira depois de lançado em velocidade.
3-2 Falta a castigar entrada de carrinho sobre Tony na zona frontal da entrada de área da Câmara. Da linha de 10 metros, Cadu aponta um livre irrepreensível, fazendo a bola entrar no ângulo superior.
4-2 Resposta bávara a um contra ataque dos da Câmara, com Sá a desmarcar Cadu que ficara a queixar-se no meio campo contrário. Cadu recebeu na direita chamando a si o redes e isolou Nuno do lado esquerdo para um remate sem hipótese.


Os homens do Bayern

Rui Sá (6) Jogo infeliz para a sua estreia. Não teve muito trabalho mas foi o suficiente para sofrer dois golos e sem grandes hipóteses. Em ambos os golos teve de levar com os adversários sozinhos de frente e pouco mais poderia ter feito.
Nuno (7) O Capitán havia sido a estrela do último embate com a CMP mas desta vez nem foi preciso uma exibição sublime. Ludibriado no primeiro golo foi no entanto decisivo em dois dos quatro golos bávaros.
Tony (7) Bem tentou marcar mas não conseguiu. Não tanto por culpa sua mas por mérito do guardião contrário. Ainda assim foi muito importante pela garra e querer vencer agora que redescobriu o prazer de ser útil á equipa.
Domingues (7) Merecia ter marcado na primeira parte. Teve duas oportunidades de inaugurar o marcador (uma delas de cabeça) e já com a equipa em desvantagem atirou também uma bola ao poste. No segundo tempo foi decaindo de produção e não admirou vê-lo fazer cortes com pontapés para a quinta.
Cadu (8) Uma bela exibição deixando a sua assinatura em quase todos os golos dos bávaros. O golo do empate é o momento decisivo da partida pois apesar de dominar, o Bayern estava a experimentar grandes dificuldades para chegar ao golo. Foi ainda duramente carregado pelos adversários e viu-lhe ser negado uma grande penalidade.
Jonny (7) A sua entrada fez-se sentir no jogo da equipa. Correspondeu a um período de menor esclarecimento nas movimentações atacantes mas depois lá foi engatando. O golo premeia o sentido de oportunidade neste seu regresso ao plantel oficial 15 meses depois.

Enviado Especial: Tino Vilas

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Lançamento da jornada (1. C.M.P.)

Jonny foi desde logo a única escolha para preencher a vaga que havia

Começa no próximo sábado o torneio e aos bávaros está reservado um papel ingrato. Desde logo porque é um nome conhecido na competição, respeitado pelos adversários que conhecem o seu valor passado e vêm no Bayern um oponente de maior valor. Este facto faz com que as equipas se retraiam, remetendo as despesas do jogo para os bávaros. Resta saber se o actual plantel estará á altura dos acontecimentos.
Segundo ponto contra o sucesso dos bávaros, é começar o torneio jogando contra a “equipa da casa” se é que se pode chamar assim. A C.M.P. tem a honra de tentar vencer um torneio ao qual dá o nome e é de esperar que se apresente reforçada para o fazer.

Se no passado recente esta equipa nunca foi pêra doce (apesar de duas vitorias bávaras), agora a diferença entre os dois emblemas será ainda menor. Ainda não se sabe o plantel que a Câmara vai apresentar mas sabe-se que os bávaros estarão altamente debilitados, não podendo apresentar Arnaldo ou Correia por exemplo. A responsabilidade de defender a imagem criada pelo Bayern neste torneio assentará principalmente noutros históricos como Nuno, Tony e Domingues, assim como Filipe (o guardião menos batido do ultimo torneio).
Nos dois jogos disputados entre as duas equipas o Bayern venceu sempre. No primeiro confronto a 3 de Junho de 2006, o Bayern apadrinhou a estreia dos homens de verde e branco, brindando-os com um convincente 6-2. Na altura nessa equipa orientada por Tony, brilhavam alto Norberto (3 golos e MVP), Arnaldo (2) e Pascoal (1) e nem foi preciso uma grande exibição.

No segundo confronto, a 14 de Outubro, já sob o comando de Pascoal mas estando este ausente foi novamente Tony (na altura a recuperar de uma entorse) a orientar a equipa. O Bayern voltou a vencer mas pela vantagem mínima (2-1). Nuno brilhou intensamente nessa partida marcando os dois golos bávaros e arrecadando uma nota 9 nada habitual.

Os dados estão portanto lançados e só vão parar de rodar no fim do jogo. A estatística aponta para uma vitoria bávara mas a realidade poderá vir a ser bem diferente.
No Bayern além dos confirmados Nuno, Tony, Filipe, Domingues, Canhão, Cadu e Rui Sá, junta-se finalmente Jonny. Esse mesmo, o “firestarter”, incendiário de balneários que adora espalhar brasas por onde passa. Mais conhecido pelas bocas que manda do que pelos golos que marca, só agora Jonny se junta ao plantel embora se saiba que foi sempre a primeira escolha da Direcção para a única vaga que existia.
Além de Jonny que volta ao plantel 15 meses depois, saúda-se ainda para este torneio o regresso do treinador campeão. O Pastor Coutinho está de volta para tentar recuperar a mística perdida e foi dos que mais rejubilou com o plantel que lhe foi apresentado.

O escalonamento das equipas para este torneio foi como habitualmente mudado á ultima hora. FNAC, Assis Zaz e Esegur saíram do alinhamento, mas já foram substituídas. Fica aqui o quadro completo para esta primeira jornada:

9,00h BAYERN MONCHIQUE vs. CAMARA MUN. PORTO
9,50h F. REGO vs. LEÕES VENEZA
10,40h SOGRAPE vs. RELOPA
11,30h GRUPO 8 vs. FARMACIA CASTELO BRANCO
12,15h CAFÉ NOVO SPORT vs. DHL

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

Nokas começa a sorrir

Confissões três meses depois da lesão

Bávaro está a recuperar bem

No dia 2 de Dezembro, diante do Porto Cruz, sentiu a dor provocada pela rotura completa do cruzado anterior e viu a vida andar para trás. Foi preciso recorrer a toda a sua força interior – e das pessoas que o acompanharam – para vencer a crise existencial e reagir. Já se passaram três meses, e, finalmente, Nokas começa a sorrir, tal a evolução que tem vindo a registar na recuperação. A cicatriz no joelho direito promete ser agora o único elo de ligação com um passado recente sofrido que muito o perturbou.

- O que pensa quando reflecte sobre o que aconteceu?
- Penso no sofrimento que passei, ansiedade, angústia e muitas incertezas. A dor da lesão propriamente dita e todas as complicações daí inerentes, sobretudo a nível profissional. Foi uma tortura diária e fui-me abaixo.
- Como é que os seus pais lidaram com a situação? E, neste momento, apoiam-no ou fazem pressão para que deixe de jogar?
- A família foi incansável. Fizeram tudo para não me ir abaixo e ajudaram-me desde o começo. O meu pai continua a dizer que vou voltar a jogar, pois o Bayern precisa de mim [sorriso]. A minha mãe olha com desconfiança e tem receio que me possa voltar a magoar. É normal.
- Com apoio familiar, tudo fica mais fácil...
- Sem dúvida. Têm sido fantásticos. A minha mana passa a vida a pôr-me gelo [sorriso] e em relação à minha cara metade simplesmente não há palavras. Deu-me a sopinha no dia em que fui operado [sorriso]. É a mulher da minha vida.

“Vi quem são os verdadeiros amigos”

- Isso leva-nos ao tema do casamento. A Sandra poucas vezes tem assistido aos jogos mas pelos vistos está mesmo presente quando tem de ser...
- É difícil falar sobre o que tem feito por mim. Aturou e atura todas as minhas paranóias, dúvidas, deu-me sempre moral e confiança. Foi a que esteve mais próxima de mim durante este período e a que sabe verdadeiramente o que passei. Além disso, ajudou-me a tomar banho [sorriso]. Ajudou-me no momento em que mais precisei.
- Se fosse um jogador dizia já para a contratar. Sendo “apenas” a mulher da sua vida, imagino que esteja ansioso por se casar. E aposto que vai querer todos os seus amigos por perto nesse dia tão especial...
- Há sempre um pouco de ansiedade, admito. E claro que vou querer todos os meus verdadeiros amigos à minha beira. Os outros não interessam.
- Há amigos e amigos...
- Sim, é verdade... e é nas situações em que estamos por baixo que vemos os verdadeiros amigos e quem se interessa por nós. Quando estamos sensíveis, uma palavra muda tudo. E é nessas alturas que precisamos sentir que existem pessoas que se preocupam connosco. Amigos para a jabardice, há muitos, mas amigos nas horas complicadas há poucos.

“Até ao casamento, não jogo”

- Não precisamos de ser génios para adivinhar que um dos seus primeiros pensamentos e que, se calhar, se arrastou por algum tempo, quando soube da gravidade da lesão, foi “deixar de jogar a bola”. Neste momento ainda põe em causa a sua continuidade como jogador?
- Até ao dia 7 de Julho, não jogo de certeza, porque não quero arriscar ter mais algum azar antes do casamento. Isso é um dado adquirido. Depois, logo se verá. Claro que pensei em deixar de jogar, porque naquela altura a prioridade é voltar a andar e nem sequer se pensa em correr ou jogar. Queria e quero mesmo é voltar à minha vida normal.
- Mas depois de 7-7-2007?
- Vontade de jogar não me falta, agora o que sinto é que dificilmente voltarei a ser o mesmo. Aliás, já fui avisado pelo médico que o enxerto que me colocaram (semi-tendinoso) facilita a recuperação, mas é mais frágil que o tendão rotuliano. Logo, terei de ter sempre muito cuidado e fazer muita musculação (ajuda a sustentar e proteger o novo ligamento) para continuar a praticar desporto.
- Sentes-te mais compreensivo agora em relação à situação do Nuno?
- Fui sempre compreensivo em relação à situação do Capitán, sempre dei valor ao esforço dele. Não foi por ter passado por isto que lhe dou mais valor, pois já sei o que ele sofre para estar sempre presente. O Capitán tem um coração de ouro e suporta o sofrimento, porque jogar a bola dá-lhe prazer e ainda mais por ser no Bayern, onde tem amigos.
- Habitualmente, o Nuno apresenta queixas, mas continua a jogar com maior ou menor esforço. Contigo foi bem diferente...
- Não tem comparação.

“Só pedia a Deus para me ajudar”

- Sentiste imediatamente que tinhas feito uma lesão grave?
- Imediatamente. Senti um estalo muito forte e, naquele momento, só pedia a Deus para me ajudar.
- Mas já não é a primeira vez que tens problemas no(s) joelho(s)...
- Sim, mas nunca desta natureza. Tive um problema no menisco interno do joelho esquerdo, mas acabei por recuperar, embora tenha demorado mais tempo do que se previa. Esta situação é completamente diferente.
- Falaste em Deus há pouco. És mesmo crente ou trata-se apenas daquele cliché do jogador de futebol que se benze antes de entrar em campo?
- Sou crente. Tenho a minha fé e falo com Ele à minha maneira.

“Faço fisioterapia todos os dias”

- O que te lembras da operação?
- Lembro-me que no momento em que entrei para a sala de operações, pensei no meu casamento e imaginei a minha noiva a entrar na igreja [sorriso]. Lembro-me depois no recobro de estar a falar de filmes com os enfermeiros que estavam ao meu lado. Também me lembro que quando cheguei ao quarto estavam lá os meus pais e a minha irmã. E, claro, lembro-me do Tony e do Capitán terem ido visitar-se à noite e o grande António ter desatado a tirar fotos para actualizar o blog [sorriso].
- Dificuldades pós-operatório?
- Tomar banho era um filme. Obrar sem conseguir dobrar a perna era outro [sorriso]. Experimentem em casa e depois digam qualquer coisa. A perna parecia que pesava 500kg. Mas, aos poucos, o quadro foi melhorando.
- Actualmente, muita fisioterapia?
- Todos os dias. Fui operado a 18 de Janeiro, uma 5ª feira, e na semana seguinte comecei logo a fisioterapia. Desde aí tem sido todos os dias. Fins-de-semana e feriados não são excepção. Mais uma vez, tenho de agradecer ao meu pai e à minha pitéu, que têm andado comigo de lado para lado. E há outras pessoas que também quero mencionar e que estarei eternamente grato, mas não pode ser já.

“Saudades do balneário”- No teu rico historial, és com 74 jogos, de longe, o atleta mais utilizado no Bayern, estatuto que deverás perder nos próximos meses. Algum sentimento especial?
- Não ligo muito ao estatuto. Só tenho pena de não estar disponível para jogar, devido a lesão. Sinceramente, não me preocupa deixar de ser o primeiro ou segundo atleta mais utilizado.
- Mas a marca é motivo de orgulho?
- Naturalmente! Isso nem se coloca em causa. O Bayern estará sempre no meu coração. Já vivi lá grandes momentos e boas palmadas. Tenho muitas saudades da alegria e outras coisas do balneário [sorriso].
- Já nos golos, com 95 marcados, pareces estar num patamar inatingível...
- Não sabia que estava tão próximo dos 100...
- Essa barreira dos 100 golos ficará para depois do casamento?
- Sim, sim, porque como já expliquei até lá não jogo. Com muita pena minha, vou falhar o Torneio da Académica de Leça, prova que dá sempre muito gozo em participar.

“Resultados aquém das expectativas”

- Também nas assistências tens 56, mais 30 do que Domingues…
- É uma questão de qualidade [gargalhada]. Mas ouvi dizer que o Mingues tem evoluído a cada dia que passa.
- Consideras-te um jogador só de ataque?
- Não, claro que não. Quando é preciso defender, também sei fazê-lo. Acontece que no Bayern joguei sempre numa posição mais avançada, perto da baliza, daí os golos e assistências acontecerem mais frequência. Mas se for preciso também sei jogar a fixo.
- No 9º Torneio do CAC, foste o melhor marcador da equipa e segundo melhor marcador do torneio com 15 golos e ainda por cima considerado bávaro de ouro. Como viste agora a entrada da equipa nesta competição e o que sentiste por não haver uma única linha a falar de ti na crónica do primeiro jogo?
- Não ter havido uma única linha magoou-me, pois naquela fase estava muito frágil. Quanto à prestação da equipa, os resultados mostram que ficamos aquém das expectativas. E pior do que os resultados, foram os episódios de má organização que se sucederam, algo que o Bayern não está habituado. No ano passado, fizemos realmente um excelente torneio, com exibições muito positivas. E sinto que também estive bem, mas a organização não achou o mesmo [sorriso]...

“Ainda não ganhei coragem”

- Não tens assistido aos jogos do Bayern. Porquê?
- Porque sei que me vai custar muito Ainda não ganhei coragem para ver novamente um jogo da minha equipa. Mas, em breve, espero estar presente... na bancada.
- Como avalias o actual momento da equipa? Depois da tua lesão o Bayern somou duas vitórias, um empate e duas derrotas. 47% dos pontos em disputa portanto, quando o saldo médio da equipa está em 66%. A diferença está em Arnaldo?
- Sei que conseguia fazer a diferença, quando estava bem fisicamente. Mas não consigo responder com muito rigor a essa pergunta, pois não tenho visto os jogos. Acho que a falta de organização está a reflectir-se nos resultados. Isso sim, pode estar a fazer a principal diferença. Depois, o meu substituto, o Correia, também acabou por se lesionar. Se calhar, precisamos de ir ao mercado.
- Nos últimos tempos é quase uma tradição – jogador que está lesionado vai para treinador. Aconteceu com Tony e recentemente nos últimos treinos com o Domingues. Não te parece que este procedimento torna o Bayern um clube mais amador do que o desejável?
- Sim, estou de acordo. Deveria ser um elemento com mais experiência e capacidades na área técnica. Esta situação começa a ser uma espécie de tradição e própria dos clubes onde reina a paixão e amizade, mas para obter vitórias nos próximos torneios, se calhar, não chega.

“Um lugar no top-four”

- Falou-se que podias orientar a equipa neste torneio...
- Seria uma motivação extra pra mim, mas penso que deverá ficar pra outra altura (em que penso não estar lesionado), pois neste momento a fisioterapia ocupa-me todas as manhãs. Caso contrário, podiam contar comigo. Com todo o gosto e muito orgulho.
- Quer dizer que não vais querer orientar o grupo?
- Quero orientar o grupo. Acho é que não vou ter disponibilidade.
Seria uma honra orientar o meu Bayern. Mas o mais provável nesta fase é que não possa. Mas sei que um dia isso irá inevitavelmente acontecer.
- E que hipóteses terá uma equipa do Bayern sem poder contar com Arnaldo, Correia e Cadu (que ainda não está confirmado)?
- Depende muito das outras equipas. Acho que somos candidatos a um lugar no top-four e à Taça Disciplina. O primeiro lugar vai ser difícil, mas não impossível.

“Bayern precisa de Homens”

- A menos que esteja reservada alguma surpresa, parece-me que haverá aqui um grande défice atacante. Quem terá a responsabilidade de marcar golos?
- É um problema.... para o mister Coutinho resolver. O Mingues seria uma boa opção, mas faz falta no transporte de bola, das alas para o ataque. Sinceramente, não sei, mas, às vezes, é bom não depender de ninguém.
- Ainda agora no torneio do CAC, a equipa marcou apenas 9 golos em 5 jogos, uma média inferior a 2 golos por jogo, algo que nunca aconteceu...
- Que posso dizer? Que faço falta? Faço! [sorriso] Mas só conta quem pode jogar.
- Que te parece a hipótese Bizkoito?
- É muita ganza na cabeça. Não me parece mal, mas é aquele tipo de jogador que pode aparecer numa semana e desaparecer noutra. Acho que deviam existir outras alternativas. Mas, atenção, não coloco em causa a sua qualidade como jogador.
- Rui Sá é dado como um dos mais fortes candidatos a preencher uma vaga no plantel. Conheces o jogador?
- Conheço e agrada-me a sua capacidade combativa. Além de tudo, parece-me um verdadeiro Homem e o Bayern precisa de elementos desse calibre. Chavalada já estamos cheios.

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

Torneio homenagem á C.M.P. começa dia 24


Participação do Bayern está garantida mas ainda envolta em mistério

É já na próxima semana que (re)começa o Torneio do Júlio, cujo numero de edições se perde no tempo. Pouco conhecemos das mais de 50 edições passadas mas desde o final de 2005 o Bayern Monchique tem marcado presença assídua e recheada de prémios. Apenas na sua primeira participação os bávaros não alcançaram o Top 3 da classificação, tendo nessa primeira experiência ficado no 4º lugar. Nesse mesmo torneio no entanto, os bávaros arrecadaram o Troféu Fair Play selando com grande alegria um êxito retumbante a vários níveis. Foi uma participação charneira e enriquecedora que permitiu ganhar experiência e competitividade e ajudou a catapultar o Bayern Monchique para outros voos e patamares, alcançando sempre boas exibições e classificações.

Esta será já a quinta participação dos bávaros no torneio, sempre "acompanhados" pela “Esegur”, uma espécie de bombo da festa que dificilmente ultrapassa o meio da tabela mas que está sempre presente com renovados interesse e expectativas. Além disso rivaliza com o Bayern no troféu fair play tendo ambas as equipas duas vitórias nesse particular.

Apresentamos de seguida os vencedores das últimas edições:

1 de Outubro a 26 de Novembro 2005
Homenagem aos Bombeiros Voluntários
1º Finibanco; 2º Fidemaia; 3º Café Espaço 77; 4º Bayern M.
Melhor Marcador: 1º Filipe Rocha (Finibanco) 15; 2º Arnaldo (Bayern) 14
Melhor Defesa: Finibanco (18 sofridos)
Troféu Fair Play: Bayern Monchique
Melhores Bávaros: Arnaldo, Tony e Ricardo

21 de Janeiro a 25 de Março 2006
Homenagem ao Sr. Neto Costa
1º Bayern M.;
2º AXA; 3º Padaria Barbosa
Melhor Marcador: 1º Mário (AXA) 19; 2º Arnaldo (Bayern) 15
Melhor Defesa: Padaria Barbosa (19 sofridos)
Troféu Fair Play: Esegur
Melhores Bávaros: Arnaldo, Cadu e Filipe

3 de Junho a 29 de Julho 2006
Homenagem a Jorge Saraiva
1º Rest. Barriga (ex Padaria Barbosa); 2º Bayern M.; 3º C.M.P.
Melhor Marcador: 1º Ricardo (R. Barriga) 19; 2º Arnaldo (Bayern) 11
Melhor Defesa: Restaurante Barriga (11 sofridos)
Troféu Fair Play: Esegur
Melhores Bávaros: Norberto, Arnaldo e Pascoal

7 de Outubro a 2 Dezembro 2006
Homenagem a Eduardo Coutinho
1º AXA; 2º Bayern M.; 3º Porto Cruz
Melhor Marcador: 1º Diogo (AXA) 21; … 5º Arnaldo (Bayern) 8
Melhor Defesa: Bayern Monchique (16 sofridos)
Troféu Fair Play: Bayern Monchique
Melhores Bávaros: Domingues, Cadu e Filipe


Neste regresso em 2007 o torneio fará homenagem á Câmara Municipal do Porto e continua a contar com as participações do Bayern (que ficou em 2º), Sogrape (4º), Assis Zaz (5º), C.M.P. (8º) e Esegur (ultimo). Além destes regressa o Café Novo Sport e tanto quanto sabemos estreiam-se a Fnac, Relopa, Café Lionesa e F. Rego. A competitividade está garantida e a luta pelo primeiro lugar deverá ser nivelada (mas por baixo). Não há um candidato claramente assumido ou favorito á partida. O Bayern é sempre candidato mas não se conhece ainda o plantel que vai apresentar. Certo é que Arnaldo e Correia estão ambos KO para esta competição. Por aquilo que mostraram no anterior certame, Sogrape e Assis Zaz terão certamente uma palavra a dizer, agora que já tem um maior capital de experiência acumulada. A C.M.P. terá a honra de lutar por um lugar cimeiro neste torneio em sua homenagem. Apesar da fraca prestação no torneio anterior, tem potencial e matéria-prima para muito mais. A Esegur é das cinco repetentes a única que não terá pretensões a uma vitoria final.
O Café Novo Sport é um velho conhecido, facilmente lembrado pelas faltas de comparência e por apresentar muitas vezes apenas quatro ou cinco jogadores por jogo. Tem porém um outro lado mais perigoso. Apresenta habitualmente uma equipa recheada de jovens com grande qualidade técnica e que peca apenas por falta de concentração e competitividade como equipa. É de resto um nome que ficará para sempre ligado á história do Bayern. Foi contra esta equipa, na altura no auge da sua existência com o melhor plantel que lhe conhecemos até hoje, que o Bayern conquistou a 25 de Março de 2006 o único título de campeão do seu ainda curto historial. Reza a crónica que apesar de ser um adversário de valor, o Café Novo Sport caiu estrondosamente aos pés dos bávaros mercê de um esclarecedor 10-2.
Nos estreantes destaque para os corretores de seguros “F. Rego”. A firma onde trabalha o bávaro Pascoal que deverá orientar a equipa e quem sabe mesmo fazer uma perninha.
A Fnac é uma empresa sobejamente conhecida mas da qual nada sabemos em termos futebolísticos. A Relopa é uma empresa da área dos electrodomésticos e igualmente uma incógnita. Do Café Lionesa também nada se conhece mas tendo á partida um campo de recrutamento mais alargado que os outros participantes, poderá ser um dos principais candidatos.

O torneio abre ás 9 da manhã de sábado (dia 24) com o Bayern a defrontar a equipa da “casa”. Logo a seguir a F. Rego defronta o Café Lionesa.
Na equipa bávara o mistério é denso. O plantel ainda não está fechado e na realidade é ainda muito curto. Sabe-se que a direcção quer apresentar apenas 8 jogadores e este numero nunca deverá ser ultrapassado em cada jogo, mas confirmados estão apenas 6 nomes: Filipe, Nuno, Tony, Domingues, Canhão e Rui Sá. Cadu demonstrou interesse mas não foi possível nos últimos dias confirmar a sua participação. A confirmar-se restará uma vaga para ocupar mas nomes não se sabem ainda…
Até o treinador é ainda uma… sombra. Fala-se em Arnaldo Martins e no Pastor Coutinho mas até a continuidade de Tózé Ribeiro é ainda uma possíbilidade.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

Vermelho raiva!

Nuno viu um cartão pela primeira vez e logo o da pior cor…

10º Torneio do C.A.C. (5ª jornada)
4 de Fevereiro de 2007, 10,45 horas

Amigos do Loureiro / Bayern M., 2
FC Capa, 2

Jogo no Pavilhão Gimnodesportivo da Maia
Árbitro: Carlos D’Artagnan
Bayern M. –Domingues; Tony (1), Nuno [cap.] e Cadu; Canhão (1).
Jogou ainda: Pedrito.
Delegado: Alberto Rodrigues
Disciplina: Vermelho a Nuno por confrontação verbal
Capa – Ababbi; Alex, Santos [cap.], Marcos e Casal (1).
Jogaram ainda: Jorjão e Monteiro (1).
TR: Chico Capa Negra
Disciplina: Vermelho a Marcos por confrontação verbal
Ao intervalo: 1-1
Marcha do marcador: 0-1; 2-1; 2-2


O resultado era o menos importante. Tanto Bayern como Capa estavam condenados ao terceiro e ultimo lugar respectivamente. O jogo era para cumprir calendário e no caso do Bayern para dar mais algum tempo de jogo a alguns atletas, como Tony e Canhão que foram pouco utilizados na competição. O jogo no entanto acabou por ser mais competitivo do que se poderia pensar e a “estrela escarlate” do encontro acabou por ser a expulsão de Nuno que passou para segundo plano o resultado final. Por minutos, o branco da camisola de Capitán, diluiu-se no vermelhão que lhe coloriu as faces, mostrando uma faceta que não lhe conhecíamos.

O treinador bávaro não esteve presente devido a uma entorse. A escolha da equipa também não tinha continha grande ciência. Apenas cinco jogadores marcaram presença pelo Bayern e teriam de ser esses cinco a jogar. Pedrito, o jovem irmão de Cadu também se equipou para prevenir qualquer percalço.
O jogo começou e o Bayern logo tomou conta da partida, construindo as melhores jogadas e tendo mais tempo de posse de bola. Apenas com a “mascote” no banco cabia aos bávaros pautar o ritmo de jogo e dosear o esforço. O Bayern jogava melhor mas não conseguia abrir o activo. Brilhava Abibbi, deselegante mas corajoso guardião na baliza do Capa que defendia tudo, inclusive com a cara.

No ano anterior esta mesma equipa havia sofrido uma pesada derrota aos pés dos bávaros. Reza a crónica (de Peter Mike) que 12-0 foi o resultado há um ano atrás com Nuno a fazer um golaço de chapéu, Tony e Arnaldo a conseguirem um hat trick apenas na segunda parte e Domingues a manter a baliza inviolada. Bons tempos esses em que os bávaros saíam de um jogo no Fluvial e iam a correr para jogar no CAC. A diferença é que nesta altura nem Arnaldo está presente, nem Tony está no mesmo patamar de outrora.

Desta vez foi o CAC a marcar numa jogada de (dês)entendimento entre Nuno e Tony que nem pareciam já se conhecerem há mais de uma década. O golo no entanto nunca intimidou a equipa bávara que sempre confiou que o empate acabaria por surgir. Demorou foi um bom pedaço e só a 3 minutos do fim é que Tony logrou marcar, acabando com um jejum de 4 jogos e passando com este golo (o 35º pelo Bayern) a figurar isolado como segundo melhor marcador de sempre da equipa.

Na segunda parte, o Bayern tinha tudo para ser feliz mas Nuno com um acto irreflectido deitou isso a perder.
Tudo começou após um penalty de Marcos sobre Canhão. Penalty que existiu mas que deixou Marcos a protestar com o árbitro e a equipa adversária. Nuno pegou confiante na bola mas atirou… ao lado. Marcos regozijou de alegria e não se coibiu de mostrar a satisfação pelo que a seu ver se tratava de “justiça”. O facto terá incomodado o Capitán bávaro e mais incomodou ainda quando o mesmo Marcos começou a provocar constantemente Canhão. O Capitán confrontou Marcos com o facto, o que levou a que o árbitro parasse o jogo para intervir. Nem depois de avisado pelo árbitro que afirmara que “não teria problemas em expulsar os dois jogadores” Nuno se calou. Continuou a protestar com Marcos e quando lhe chamou “palhaço” selou o seu destino naquele jogo. O árbitro não mais hesitou e deu ordem de expulsão aos dois atletas, sendo que a penalização foi mais dura para os bávaros que tiveram de recorrer a Pedrito, ainda um teenager, que até deu o melhor de si.

Os bávaros continuaram a criar perigo, tendo Pedrito como homem mais avançado, mas o empate já pairava na mente dos bávaros como o mais que provável resultado final.
O golo de Canhão a cinco minutos do fim foi de certa forma uma surpresa, que já poucos esperavam. O Bayern punha-se pela primeira vez na frente do marcador, dando justiça a um resultado que até pecava por escasso. No entanto, o herói de há minutos atrás tornou-se num ápice em vilão. Canhão perdeu infantilmente uma bola no seu meio campo e o golo foi a penalização obvia por esse erro crasso. O Capa chegava novamente ao empate a escassos minutos do final e festejava esse empate como se de uma vitoria se tratasse. No fundo tinha razões para tal. Havia perdido todos os jogos anteriores e acabar com um ponto é sempre melhor que acabar a zero.

A ultima jogada do desafio foi um livre perigoso para os bávaros mas novamente Canhão, o “mau da fita” atirou disparatadamente para o ar…
O Bayern acabou a prova num “modesto” 3º lugar, com a particularidade de ter um goal average negativo e acabar com o pior ataque da prova, não conseguindo sequer uma média de 2 golos por jogo.
O Millennium venceu com toda a justiça a prova, tendo ainda os melhores marcador e guarda redes.
A competição não deixa saudades á direcção bávara que assistiu no decorrer da prova a episódios menos agradáveis e a que o clube não está habituado a presenciar.


+ info em www.cacorim.pt.vu



O Filme dos Golos

0-1 Bola bombeada para o meio campo contrário com Tony e Nuno a ficarem cada um na expectativa de o companheiro fazer o corte. Nenhum dos dois se fez á bola e com isso ganhou Casal que avançou na direcção da baliza e de primeira, á saída de Domingues abriu o marcador.
1-1 Canto cobrado por Tony na direita para Cadu. Este devolve a Tony que lhe passara nas costas. Tony controla a bola e flecte para o meio rematando em zona frontal com o pé esquerdo.

2-1 Canhão rouba uma bola no seu meio campo e corre para o ataque, só parando depois de um disparo fulminante.
2-2 Cadu e Canhão trocaram a bola no seu meio campo, altura em que Canhão decidiu fintar o adversário e foi ludibriado. Em situação de 2x1 contra Domingues de nada adiantou a corrida de Cadu para corrigir o erro de Canhão. A bola empurrada por Monteiro entrou mesmo, á segunda, mas entrou…



Os homens do Bayern

De bestial a besta em 3 minutos e segunda presença de Pedrito, 365 dias depois.

Domingues (7)



Espírito de sacrifício e dedicação. Não estava escalado para este jogo mas teve de se equipar para suprir as várias ausências na equipa. Não teve hipóteses nos dois golos que sofreu e ainda evitou outros tantos. Sobressaiu a jogar como libero da equipa.

Nuno (4)

“Um capitão não faz isto” foi uma das frases que se ouviu da boca de Marcos quando este foi expulso em conjunto com Nuno. A frase tem o seu fundo de verdade. Um capitão tem de ter a cabeça fria, mais do que os seus colegas e não pode enveredar pela provocação ou resposta a provocações. Poderia ter deitado “tudo” a perder, embora não houvesse muita coisa em jogo, mas ainda assim obrigou os colegas a um esforço suplementar. Ele que até essa altura tinha estado muito bem…


Cadu (7)


Acaba por ser o melhor em campo, não porque tenha sobressaído dos demais, mas porque soube no período de maior dificuldade para os bávaros depois da expulsão de Nuno, interpretar da melhor maneira a forma como a equipa deveria jogar, ora atrasando o tempo de jogo e guardando a bola, ora saindo rapidamente em contra ataque. Possui bom controlo de bola e isso foi fundamental para pôr essa mesma estratégia em pratica. Nunca andou verdadeiramente perto do golo mas serviu primorosamente os seus companheiros em ocasiões mais que suficientes para garantir a vitória.


Tony (7)


Á semelhança de quase todos os companheiros foi obrigado a jogar os 40 minutos, mais do que totalizara nos outros 4 jogos. Mostrou que poderia ter sido uma aposta mais regular e útil, ajudando a equipa tanto nas tarefas defensivas como ofensivas. Marcou o golo do empate numa jogada em que é useiro e vezeiro, puxando a bola para o centro e rematando de pé esquerdo. Teve oportunidade de marcar mais vezes mas o guardião contrário estava em dia de grande acerto.


Canhão (5)


Que besteira! Estava lançado para ser o MVP do encontro quando a corrida que protagonizou de área a área terminou num remate fulminante e consequente 2-1. Perdeu-se no entanto em sonhos de glória e subestimou o adversário que não teve dificuldades em roubar-lhe a bola, quando este apesar de ser na altura o jogador mais recuado da equipa, tentou sair a fintar. Deitou a vitoria a perder nessa jogada mas até poderia ter-se redimido do facto quando dispôs de um livre á entrada da área. Nem passou nem acertou na baliza. Mandou um balázio para as nuvens e o resultado saldou-se por um empate. Até aos 5 minutos finais tinha pautado a sua exibição por muito esforço e regularidade a atacar e a defender.


Pedrito (6)


Ao contrário do que se possa pensar, não se tratou da estreia do jovem irmão de Cadu. Essa ocorrera há precisamente um ano atrás (4 Fevereiro 2006), na goleada 12-0 ao “Café 3 Princesas” neste mesmo torneio do C.A.C., quando Pedrito contava apenas 15 anos. Nesse jogo até pouco tocou na bola mas nesta segunda aparição surgiu mais “robusto” que há um ano atrás e tendo oportunidade de jogar mais minutos até deu água pela barba aos jogadores mais recuados do Capa. Ainda não tem a maturidade suficiente para “travar o jogo” e levantar a cabeça quando é preciso, o jogo para ele é de sentido único á baliza contrária mas a verdade é que até poderia ter marcado, não fosse a grande exibição de Ababbi na baliza e ainda conseguiu roubar algumas bolas aos contrários. Uma evolução a seguir no dia 4 de Fevereiro de 2008…


Enviado Especial: Tino Vilas