sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Campeões dentro e fora do campo


Bávaros abraçam o "reveillon" com um sorriso nos lábios...

O ultimo dia do ano está a chegar e o blog do BM faz um balanço ao que ficou para trás nestes 365 dias do ano. Os troféus e demais motivos para regozijo são muitos.
Os bávaros participaram este ano em 6 torneios tendo amealhado 2 troféus de campeão, um 2º e um 3º lugar.

Mais importante ainda que os troféus, são os 2 nascimentos entre a familia bávara e ainda o anuncio de mais 2 para o ano de 2008.
2007 foi ano de meninas. Daniela e Beatriz encheram os corações bávaros de alegria e prometem fazer aumentar o apoio nas bancadas durante os próximos anos.

E se a claque já foi aumentada, os bávaros contam em 2008 voltar-se para o enriquecimento do plantel, desde logo com a adição de André e quem sabe ainda com o futuro rebento de Arnaldo e Sandra, do qual ainda não se conhece o sexo.


...e dinheirinho no bolso

A nível contabilistico, é a primeira vez em 3 anos de existência que o clube fecha o ano com saldo positivo. Também aqui os bávaros foram campeões... da boa gestão.
O clube fecha as contas com um saldo de 70 euros, dinheiro que poderá ser utilizado em 2008 na compra de bolas, equipamentos, ou até quem sabe... fraldas.
2008 promete ser mais um ano de sucessos.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Boas Festas!!!

O blog do Bayern Monchique deseja a todos os seus leitores e simpatizantes um Feliz Natal e uma excelente entrada no ano novo.
Agora olhem para a foto e formulem um desejo :)

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Bacalhau dá azia

As "férias" ainda não chegaram e o "fiel amigo" ainda nem está de molho mas o cheiro a bacalhau já anda no ar.
O mesmo é dizer que já não falta muito para o Natal.
Este ano ao contrário do habitual não há "Boxing Day", ou seja os bávaros não irão realizar qualquer jogo no periodo festivo pré e pós Natal. O próximo jogo (treino se preferirem) dos bávaros será só mesmo em 2008 mas antes do Bacalhauzinho cozido com batatas, os bávaros despediram-se de 2007 num mini torneio quadrangular correspondendo a um honroso convite da gerência do My Indoor.
Torneio não será o termo certo visto que nem havia árbitros nem troféus mas o factor competitivo estava lá...
O sorteio ditou Bayern Monchique vs. Vasku's & ARSQS vs. My Indoor.
Os resultados não eram o mais importante mas fica aqui o registo. Os bávaros perderam 4-3 num jogo que deu alguma azia entre os homens de Monchique, prova de que nem a feijões os tigres bávaros gostam de perder.
No outro jogo um empate a 3 bolas e o desempate nas grandes penalidades a dar passagem á final aos homens da casa.

Na final os homens do Indoor voltaram a vencer a "Equipa do Vasco" e na atribuição do 3º lugar que é o que mais nos interessa, o Bayern esteve a ganhar por 1-0 (golo de Cadu) durante grande parte do jogo mas na segunda parte fraquejou e sofreu 3 golos. Depois ainda conseguiu reduzir por Tony mas apesar de ter jogado bem acabou por voltar a perder pela margem minima.
A despedida de 2007 não foi a mais desejada mas acabou por ser o final possivel de um ano muito desgastante mas também recheado de titulos.
Nos bávaros apareceram Sá, Nuno, Tony, Mingues, Canhão, Filipe e Cadu, sendo que este ultimo foi o que mais se destacou no conjunto dos dois jogos.

Pró ano há mais!!!!!!!

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

É um pilas!!!

É oficial a partir de hoje: - O primeiro filho de Nuno "El Gran Capitán" e "pulguinha" Isabel é um menino. A ecografia realizada hoje foi conclusiva e deixava ver um "apendice" bastante pronunciado na zona genital do feto.
"Capi Junior" conforme é provisoriamente conhecido (não confundir com Fábio Junior, embora se preveja que venha a ser um engatatão como o actor/cantor brasileiro) é um motivo de grande orgulho para os futuros pais e representa uma grande esperança para a carreira futebolistica do pai, uma vez que com os enormes avanços da medicina, Nuno já estará a pensar na clonagem de uns joelhos para si a partir das celulas estaminais do filho.
É um caso a seguir com muito interesse nas próximas semanas embora o nascimento só esteja previsto para finais de Abril.
Para já os pais estão sem duvida de parabéns!!!!!!!!!


* Na foto (cortesia de Tino Ferrari) podemos ver o feliz casal com a "sobrinha" Daniela ao colo

sábado, 1 de dezembro de 2007

Conheça melhor o Timoneiro da ARSQS

Pela primeira vez neste espaço abrimos um parentesis para falar de "algo" ou alguém que não é propriamente Bayern Monchique mas cujos caminhos recentes tem sido traçados em paralelo com a equipa bávara.
Apresento-vos Carlos Rego, 29 anos, treinador, jogador e mentor de uma equipa de amigos, em muitos aspectos semelhantes ao Bayern, mais organizada e "profissional" que muitas que por aí andam e que dá por nome de ARSQS.

Olá Carlos, a primeira pergunta é um pouco óbvia. Estás satisfeito com o 2º e 3º lugar nos torneios que agora acabaram?
Antes de mais obrigado pela entrevista.
Quanto à pergunta, estou satisfeitíssimo.
Se formos a verificar o conjunto dos dois torneios só temos duas derrotas e ambas contra uma equipa chamada “Bayern Monchique” [risos].
No Torneio MyIndoor empatamos em pontos com o Valbom United (3º classificado), mas ganhamos em goal-average. No torneio em tua homenagem, empatamos em pontos com os Farmácia (2º classificado), mas perdemos em goal-average.
Mas de todos os troféus que recebemos e foram cinco até ao momento, o que me deu mais prazer foi a Taça de Fair-Play no torneio em tua homenagem. Aliás, tu estiveste presente na entrega dos troféus e foi o único troféu, até hoje, que pedi ao Deco (capitão da ARSQS) para eu substitui-lo na recepção deste. Se bem te lembras, e vou cometer uma inconfidência, numa das vezes que falamos no Messenger, eu tinha-te dito que podíamos não ganhar o Torneio, mas a taça de disciplina era nossa.
Eu tinha de honrar o convite que nos fizeste para este torneio.
Portamo-nos lindamente e o Sr. Júlio ficou nosso fã e nós dele [risos].

Preferes jogar na relva sintética ou em taco (ou no caso do torneio homenagem em piso sintético)?
Se me perguntares como jogador, sem duvida que prefiro a relva sintética. Digamos que é o “habitat” natural dos jogadores da ARSQS. Afinal, nós jogamos habitualmente nesse piso.

Em qual dos pisos te parece que a ARSQS rende mais?
As melhores exibições e melhores resultados têm sido realizados em “taco”. Por exemplo, a ARSQS neste torneio em tua homenagem, não foi com o seu melhor 10, e quais foram os resultados? 3º lugar e disciplina.
Só para teres uma ideia, neste ultimo jogo contra os “Maritangus”, fomos com cinco jogadores, ou seja, sem suplentes e acabamos por fazer na minha opinião o nosso melhor jogo do torneio.
Jogaram dois jogadores que costumam ser GR (Higuita e Zé Gato) e joguei eu [risos]. Ganhamos 1-0.
Quanto ao MyIndoor, apresentamos quase sempre os melhores jogadores e ficamos em 2º lugar.
É caso para perguntar: E se utilizássemos a melhor equipa no Torneio de Homenagem?

Acreditas que a relação de amizade que se estabeleceu entre ARSQS e Bayern Monchique seria igualmente forte se os campeões fossem os ARSQS e não o Bayern?
Eu acredito que sim. As amizades não se constroem com resultados ou classificações. A amizade da ARSQS com os Bayern Monchique não existe porque o Carlos é amigo do Tony e/ou vice-versa. Existe porque senti e sinto uma enorme afinidade e admiração dos meus colegas da ARSQS pelo vosso grupo e espírito. Tal como disseste quando conheceste o nosso fórum, somos uma espécie de “almas gémeas”.

“Almas gémeas” é um termo bonito e sem duvida apropriado. Ainda no tema da amizade faço aquela velha pergunta do copo meio cheio ou meio vazio. A bola é o ponto de partida e arrasta e faz crescer a amizade ou a amizade é que faz com que o pessoal se reúna para ir jogar a bola. Como foi com a ARSQS?
Existem os dois lados da medalha. Existem jogadores que apareceram e aparecem na ARSQS através da amizade que têm por um ou mais jogadores já existentes. E existem jogadores que caíram de “pára-quedas” na ARSQS, através da vontade de jogar futebol. O caso mais curioso e engraçado que temos é o do Guimarães. Nós jogávamos anteriormente no Power Soccer (em Francos) e o Guimarães pediu ao responsável dos campos para lhe arranjar um grupo de amigos “calminhos” que jogassem futebol regularmente. O responsável aconselhou-o a jogar connosco. Até hoje, ele joga connosco às quartas-feiras. Foi ele o responsável pela criação do nosso fórum. A ARSQS é um meio para os velhos amigos se encontrarem com regularidade. Se eu marcasse um jantar todas as semanas, nem metade dos jogadores aparecia.

Que jogador(es) do Bayern gostarias de ver na tua equipa?
De forma fria e improvisada, devo dizer que gostaria de ver na ARSQS, três dos vossos jogadores.
Gostaria de ver o Pedro Sousa, porque deu um festival de futebol no nosso ultimo confronto no MyIndoor.
Gostaria de ver o Norberto, porque é para mim o vosso melhor jogador.
Gostaria de te ver a ti [boca pró barulho!], mas como “Mister”.

Que jogador(es) da tua equipa se enquadraria(m) bem no perfil do Bayern?
Tal como está previsto nesta entrevista, não vou fugir às respostas que me podem colocar em situações mais constrangedoras. Devo até dizer-te que já pensei nessa hipótese e não a ponho de lado se um dia fizermos essa experiência.
Sendo assim, vou escolher um quinteto.
Sabendo que o vosso GR tem muito talento, levaria o Zé Gato como GR (o Higuita que me perdoe) porque está numa forma fantástica.
Levaria o Marcelo, porque é para mim, o melhor defesa do torneio MyIndoor.
Levaria o Deco, porque é o jogador com o melhor espírito de grupo que tenho na ARSQS.
Levaria o Luís, porque é um jogador talentoso e que deixa tudo em campo.
Por fim, levaria o Didier, porque é um jovem talentoso e que ao mesmo tempo é muito humilde.
Tudo isto é importantíssimo numa equipa que eu construa.


Afinal o que é que se passou com o Dani no jogo com o Bayern? Ele entrou de inicio mas depois desapareceu literalmente…
Esse é um caso que procurei fugir porque não queria criar atritos entre mim e o Dani e entre o Dani e os colegas.
O Dani saiu de campo por discordância comigo e talvez por ter sentido alguma falta de apoio nas suas ideias, quer por mim e quer pelos colegas.
Nunca condenei e nunca condeno uma crítica ou discordância
Condeno sim, que num torneio o jogador saia sem dar conhecimento. Ainda para mais num jogo importante como era esse.
Quem me conhece sabe que eu não “incendeio” essas situações. Procuro que esses “fogos” se apaguem com o tempo.
Para mim está resolvido, mesmo não tendo conversado com o Dani.

Mas qual era a discordância? O Dani queria atacar mais? Partir para cima do adversário?
O Dani é um jogador de enorme talento ofensivo. E como tal vê o jogo de futebol como um jogo virado para o ataque. O chamado futebol espectáculo. Eu também sou adepto desse tipo de futebol, mas o problema é que esse tipo de jogo é mais para o futebol de 11. No caso do futebol de 5, o campo é menor e tal como podemos marcar um golo do meio campo, também podemos sofrer de igual modo.
O Dani queria ficar no ataque, mesmo que os 4 jogadores do Bayern subissem. Até deu o exemplo de um canto, em que se nós tivéssemos um jogador plantado no meio contrário poderíamos ter a felicidade de roubar a bola e partir para o contra-ataque desse modo.
Eu não pude concordar! Estávamos empatados 0-0 e o jogo estava equilibrado. E primeiro é necessário ter a certeza que recuperamos a bola e só depois é que devemos "plantar" um jogador no ataque. Eu costumo ouvir os jogadores, mas não posso concordar com tudo.

Elege o melhor jogador da tua equipa no “torneio António Silva”.
É a pergunta mais difícil que fizeste até ao momento. Não porque tenha receio de individualizar, mas sim porque não vejo ninguém a destacar-se. Mas há um jogador que joga praticamente os jogos por inteiro na minha equipa e esse jogador é o Deco. Ele é o melhor jogador em termos de regularidade exibicional. Mas o Luís e o Camarinha estiveram muitíssimo bem neste torneio. O Higuita jogou mais à frente do que à baliza e penso que começarei a adapta-lo a essa função no futuro, se ele quiser, claro.

E já agora faz o mesmo em relação ao “Torneio My Indoor”.
O Marcelo! É um jogador fundamental na equipa. Solidifica a defesa da ARSQS e dá segurança aos colegas para “inventarem” no ataque.

Consegues eleger um “cinco ideal” em cada um dos torneios?

Se me perguntas acerca da ARSQS, aqui fica:
MyIndoor:
- Zé Gato ou Higuita (escolha difícil)
- Marcelo
- Deco
- Luís
- Didier

Torneio Homenagem:
- Camarinha
- Mário
- Deco
- Sérgio
- Luís

Se me perguntas em relação a todas as equipas participantes, tenho alguma dificuldade, mas aqui vai:
MyIndoor:
- Nelson (Valbom)
- Marcelo (ARSQS)
- Pedro Sousa (Bayern)
- Deco (ARSQS)
- Nº 9 (Underworld)

Torneio Homenagem:
- Sá (Bayern)
- Pedro Sousa (Bayern)
- Edu (Nº 7 da Farmácia)
- Deco (ARSQS)
- Rogério (Nº 8 dos Laranjinhas]

Dos jogos que vi não pude deixar de reparar em dois jogadores que me pareceram interessantes: - Bruno Silva e especialmente o Sérgio. Porque não apareceram mais vezes?
Bruno Silva?!?!? O Bruno Silva é o adjunto [risos]. Essa camisola é utilizada para emprestar a jogadores novos que não têm equipamento. Não sei de quem estás a falar ao certo. Não sei se te referes ao Freitas ou ao Gilson.
O Freitas tem tido algumas lesões ou então trabalha ao sábado. É um jogador com talento, mas que se entusiasma demasiado com a bola nos pés. Mesmo assim, não deixo de gostar do futebol que ele pratica.
O Gilson é um brasileiro. Nota-se que tem uma técnica “especial”. É um jogador que consegue fintar sem sair do sítio [risos], ou seja, é um jogador com muito pouca velocidade e resistência, mas não é fácil roubar-lhe a bola. Para além da excelente visão de jogo e passe que possui.

Refiro-me a um alto e esguio, se não me engano com um piercing na sobrancelha…
Ah, então é mesmo o Freitas.
Quanto ao Sérgio, posso dizer-te que é um excelente jogador. Segura muito bem a bola, o que dificulta ao adversário retirar-lhe a bola. Para além disso é um jogador muito tranquilo e agressivo a jogar e isso agrada-me.
Esses jogadores não aparecem frequentemente por duas razões, ou porque jogam noutras equipas e vêm dar uma “perninha” pela ARSQS ou então porque simplesmente não está previsto que sejam convocados regularmente.

ARSQS! Não te parece uma designação estranha e até difícil de pronunciar?
Sim, é difícil, mas não deixa de ser original.
É um nome que chama à atenção.
Mas, de tudo o que se possa dizer, o que acho mais engraçado é que provoca nas pessoas.....curiosidade.
Curiosidade de saber o que representa cada letra.
Após saberem o significado, acaba por despertar várias reacções (risos, indiferença, etc.,…)

Quando nasceu a ARSQS?
A ARSQS nasceu em 2004. Mas só começou a chamar-se assim em 2006.
Para não escrever um texto enorme aqui. Peço a quem estiver interessado que vá ao seguinte endereço:
http://arsqs.forumvila.com/arsqs-about34.html
Aí poderão ler quase toda a história da ARSQS.

Quando em 2004 já agora?
O Bayern como grupo de amigos que joga a bola já tem mais de uma década mas a primeira vez que foi designado oficialmente de “Bayern Monchique” foi numa crónica de um jogo que o Arnaldo fez em 4 de Novembro de 2004, curiosamente num jogo contra a minha empresa. Como tal assinalamos essa data como o aniversário do Bayern.
Sinceramente não assinalei essa data. Sei que foi mais ou menos quando mudamos do Power Soccer para o MyIndoor.
Sei que foi em 2006. Agora a data ao certo, não sei.
Posso assinalar a data da criação do fórum (9 de Novembro de 2006)

Porquê uma doninha no emblema. Há algum malcheiroso na equipa ou é só para incomodar os adversários?
Para te ser sincero, nem sei de quem foi a ideia. Se do Camarinha ou do Guimarães.
Devo dizer-te que nunca percebi o significado. Faço “mea culpa” por nunca ter procurado saber.
Espero que o responsável por essa criação, venha ao vosso blog explicar isso nos comentários a esta entrevista.
Neste momento temos um novo emblema. Poderão vê-lo no nosso fórum.

A rivalidade com o Valbom United tem sido um poço de picardias. Que opinião tens desta equipa?
A diferença entre os Bayern Monchique e o Valbom United é a humildade.
No primeiro jogo que fizemos contra eles, devo dizer que foi dos piores jogos que fizemos e nos quais tivemos muitas ausências de vulto. Isto porque, o jogo se disputava em Julho (época de férias) e tínhamos de gerir os recursos de duas equipas (A e B).
Eles ganharam com toda a justiça e nunca pus isso em causa. O problema foi não saberem ganhar. Nós ganhamos 5-0 aos UnderWorld esta época e ninguém nos viu a escrever que “o jogo foi suadinho, mas por causa do calor”. Admito que tenha sido uma brincadeira, mas caiu muito mal no seio da ARSQS. Eu sei que eles vão ler esta entrevista e aquilo que mais quero que fique bem frisado é que a ARSQS procura o Fair-Play com as outras equipas, mas não é só dentro de campo, é também fora de campo. E se no primeiro jogo eu não reagi às “provocações”, no segundo não consegui resistir ao simples facto de nem conseguirem escrever em condições o nome do adversário.
Espero que estas “picardias” como tu chamas, acabem.
Pode ser bom para quem está de fora, mas acredita que não é bom para quem está incluído. Não é o meu estilo. Se no futuro, as “provocações” se mantiverem, só tenho um remédio... ignorar.

Futebolisticamente achas que são melhores que a ARSQS?
Mentiria se dissesse que sim.
Nos dois jogos que efectuamos com eles e nos jogos que os vi a jogar com outras equipas só destaco dois jogadores que me parecem muito interessantes, o Nelson, o qual considero ser o melhor Guarda Redes do torneio MyIndoor e o Hélder, que me parece destacar-se dos colegas.
Penso que a mais-valia que eles têm é mesmo o colectivo.
A ARSQS tem individualidades com muito talento, mas falta-lhe colectivo, falta-lhe treino.
De todas as equipas que ARSQS defrontou em todos os torneios só existem duas equipas que considero melhores que a melhor equipa da ARSQS, são vocês e os “Heroes del Silencio” (campeões nacionais do torneio AGIT/JCP). Ambas têm talento e colectivo. Mas o ser melhor não chega, é preciso regularidade e isso foi o segredo para o vosso sucesso este ano.

Na ARSQS tu que és o treinador não jogas mas pagas como os jogadores. Explica lá isso melhor.
Antes de mais devo dizer a quem não sabe que faço quatro jogos semanais pela ARSQS. Jogos entre amigos. E isso faz com que chegue aos torneios e o maior gozo que me dá é orientá-los. Eu não sou treinador, nem gosto dessa palavra para definir a função. Acaba por “maltratar” os verdadeiros treinadores. Eu sou um “Gestor de recursos humanos”. Vou gerindo o esforço físico e o posicionamento em campo de cada jogador. A nenhum deles dou lições de futebol. Ambos são muito mais talentosos que eu.
Para poder ter alguma “autoridade”, ou seja, para eu poder ter poder de decisão, tenho de estar nas mesmas condições que eles. Ou seja, devo arcar com os mesmos custos que eles. Não faria sentido eu chegar ao campo, mandar “postas de pescadas”, fazer o que quero e no fim dizer “Ora bem, são 5 euros a cada um. Eu não estou incluído”. Nem me sentiria bem com isso. Os torneios têm custos que considero elevados, e quantos mais pagarem, menos custa a cada um. Não quero ser diferente de ninguém.

Quais os teus planos para o futuro? Ouvimos falar na organização de um torneio…
Existem vários planos para o futuro, mas a grande dificuldade para concretiza-los é a escassez de recursos humanos e financeiros.
Não faz sentido começar algo se não houverem pessoas que sustentem esse plano.
Por exemplo, não faria sentido eu entrar em torneios se não tivesse alguém que me tirasse a preocupação da organização dos jogos semanais da ARSQS.
Felizmente, tenho alguns colegas que me ajudam imenso nessa função e permitem que eu leve os torneios com mais seriedade.
Uma das ideias que estamos a pensar pôr em prática é a eliminação dos jogos às quintas-feiras e substitui-las por treinos da ARSQS. Onde poderemos fazer treino especifico ou confronto amigáveis com outras equipas.
Não nos faltam jogadores e equipas para tal. O que me preocupa é ter de fazer com que alguns jogadores deixem de ter o seu jogo semanal. Porque nem todos jogam nos torneios.
Outra ideia é a criação de um torneio anual, aliás propus-te uma “sociedade” nessa organização. Mas para tal teríamos de ter tempo, disponibilidade e conhecimentos. Penso que para já é cedo, mas não ponho de parte essa ideia no futuro. Estes são sem dúvida planos para o futuro que procurarei concretizar.

Se esta entrevista for publicada no blog do Bayern, por certo haverão alguns jogadores bávaros que pensarão “então eu ando aqui há anos e nunca fui entrevistado e agora vem este gajo, que nunca sequer jogou por nós e fazem-lhe uma entrevista?!?!”. Que sentimentos é que esta situação te desperta?
Acho que é natural. Há lugar para todos. Achei uma óptima ideia de fazerem-te a entrevista e senti-me lisonjeado pelo convite de me fazerem a mim. Acho que poderias expandir essa ideia a outros responsáveis de outras equipas. Sugiro-te por exemplo o responsável do Valbom United. Acredita que é uma óptima publicidade ao vosso blog. É uma bela ideia para o nosso fórum. Sei que estarei a plagiar-vos, mas não devemos ter complexos de inferioridade quando se imita as coisas boas que os outros têm.

Entrevistas é algo que já fazemos há algum tempo. É o que dá ter um jornalista no nosso colectivo. É uma forma de cativar ainda mais quem lê e essencialmente de ficarmos a conhecer melhor os nossos jogadores, treinadores… e agora também os nossos adversários. Mas aviso já que é algo trabalhoso, como quase tudo que se faz no e para o blog. Achas que vais ter tempo para mais esta tarefa?
Há sempre tempo, o que não há é, por vezes, cabeça ou paciência para fazer esse tipo de coisas. Eu gostava de ter mais paciência e cabeça, mas a minha vida pessoal e profissional não permite que chegue a casa ao final de todos os dias com a mesma disposição. Neste momento jogo 4 jogos semanais (2ª, 4ª, 5ª e sábado), se não contar com a “perninha” que fui dando ao longo dos jogos do Torneio em tua homenagem e aos domingos fazia única e exclusivamente o papel de “Mister”. São muitos jogos e muito tempo ao serviço da ARSQS. Acabamos por não ter cabeça para outras coisas que são tanto ou mais importantes. Tu sabes bem o que isso é.

Para quem joga 4 vezes por semana seria de esperar que estivesses em melhor forma, mas dá a sensação que apresentas uns quilinhos a mais. Será que o "Papai Carlos" como já vi te chamarem está a ficar velho?
Nunca reparei nisso [risos]. Estou a brincar. Sim, é verdade, realmente estou gordo. Como diria o Marcelo: "não estás nada mal dentro do tipo... obeso" [risos]).
Infelizmente, as pernas e o ritmo já não são os mesmos. Para alem disso o cuidado com a alimentação não existe. Lembro-me que, em 2004, quando começamos a jogar ao domingo até era dos melhores em campo.
Não corria muito, mas corria bem mais do que agora. Mas o trabalho e o comodismo fizeram-me abdicar da forma física. Sou mais um jogador "intelectual" do que "físico". E isso nota-se na forma calma como jogo. Por vezes olho para a equipa da ARSQS e vejo que lhes falta essa calma.

Sim, diria que és um jogador de processos simples, que não inventa e como tal útil para estabilizar uma equipa.
Sim, um pouco como tu. Revejo-me!
Agora, não me lembro de me chamarem "Papai Carlos" (risos). Quem foi o cromo?

Cromos neste caso. Uns tais de Higuita, Luís e Deco durante uma overdose de açúcar. Já tinham metido muita coca-cola. Por certo não disseram por mal [risos].
Para terminar, parece que o “jantar anual” correu muito bem. Alguma coisa que mudarias ou que gostavas que se tivesse processado de outra forma?
Agora que o jantar já foi efectuado, vou-vos contar um segredo. O local do jantar só foi marcado no Domingo anterior. A minha vida pessoal não me permitiu que andasse a “vaguear” pelo distrito do Porto à procura de um restaurante que me oferecesse as condições necessárias para aquilo que idealizei. Necessitava de uma sala exclusiva para a ARSQS, condições para poder ter pessoas a tocar, condições para poder oferecer os troféus, boa qualidade na comida e bom preço. Devo dizer-te que esteve quase tudo perfeito. Sem dúvida que melhoraria as condições climatéricas da sala (risos), melhoraria a qualidade da comida, não foi a que esperava, isto porque tinha lá jantado no Domingo passado. Mas tirando isso, só tive pena de num universo de 110 jogadores que passaram pela ARSQS este ano termos tido 29 presenças no jantar. No ano passado éramos 24, o que mostra algum crescimento. Mas como dizia hoje ao meu colega Guimarães, só no próximo ano é que podemos ter a repercussão do jantar deste ano.
Mas na minha modesta opinião acho que o jantar correu muito bem e agradeço uma vez mais a tua presença, da Lucília e de todos os presentes.