Torneio Homenagem aos Bombeiros Voluntários (5ª jornada)
29 de Outubro 2005, 9 horas
Bayern Monchique, 5
C. S. Tranquilidade, 4
Jogo no Pavilhão do Fluvial, em Lordelo do Ouro
Árbitros: Tózé Ribeiro e Quim Bexigueiro
Bayern M. – Filipe; Tony (1), Nuno [cap.] e Domingues (1); Arnaldo (1).
Jogaram ainda: Ricardo (1), Canhão (1) e Jonny.
TR: Vitor Coutinho
Tranquilidade – Laranjo; Davids (1), Tiago e Branco [cap.]; Magrela (3).
Jogaram ainda: Mário, Carlos e Pedro Pinhal.
TR: Pedro Tranquilo
Disciplina: Branco (Vermelho por mão na bola)
Ao intervalo: 3-3
Marcha do marcador: 1-0; 1-2; 3-2; 3-3; 5-3; 5-4.
Sempre que a Tranquilidade conseguiu chutar o Bayern levou “multa”
O jogo poderia ter sido mais “fácil” e o resultado mais expressivo, mas o guardião bávaro deu muitas abébias e o adversário nunca perdoou essas falhas. A Tranquilidade deu tolerância zero ao minimo erro bávaro e com isso fez os “Tigres” sofrerem até ao fim.
O Bayern entrou com Domingues no lugar de Ricardo, fazendo adiantar Arnaldo para o centro e até entrou muito bem. Logo aos dois minutos já vencia. Nuno rematou forte do meio campo contra as costas de um adversário. A bola sobrou para a frente e Tony não obstante a pouco significativa saida de Laranjo conseguiu com um toque em volley desviar-lhe a bola do alcance. O empate não demorou muito e surgiu com um golo de Magrela que rodou bem sobre Nuno e disparou. Lipe podia ter feito melhor dada a distância de onde o remate fora efectuado...
Domingues sempre raçudo roubou uma bola a Branco e preparava-se para se isolar quando o adversário no chão deu uma palmada na bola acabando com o perigo e com a sua participação no jogo. O árbitro deu-lhe o correspondente cartão vermelho pois além de nitido anti-jogo acabara de cortar em falta um lance de golo iminente. Com um jogador a menos adivinhavam-se dois minutos de forte turbulência para a Tranquilidade, mas tal não aconteceu. Os bávaros pressionaram o adversário mas não conseguiram criar grande perigo até porque a superioridade numérica durou apenas um minuto (vá-se lá saber porquê).
A surpresa veio pouco depois já com os quatro elementos de campo, com Davids a internar-se pelo meio e a chutar quase do meio campo. Uma bola meio enrolada á qual mais uma vez Lipe não conseguiu dar a resposta adequada. Tentou defender com o pé quando se exigia uma defesa com as mãos junto ao solo. A bola entrou no canto.
A equipa (ainda a inicial) revelava algum cansaço mas Vitor Coutinho insistia nos homens que escolhera, talvez por acreditar que ainda tinham mais para dar. De facto tinham e aos 13 minutos Domingues após lançamento lateral de Tony, recebeu a bola, rodou rápido sobre o adversário e disparou para novo empate. Após o golo Domingues saiu entrando Ricardo. Pouco depois foi Tony a ceder o lugar a Canhão. Em boa hora o fez pois após poucos minutos este pôs novamente o Bayern em vantagem. Um livre pertissimo da área, descaido sobre a direita, foi o mote para o golo. Canhão aplicou um petardo directo á baliza que passou pelo meio da barreira. Á Eusébio!
Foi já com 20,45 minutos na primeira parte que a Tranquilidade chegou novamente ao empate. Filipe nada tranquilo e ainda perturbado pelos golos sofridos fez a barreira para um livre mas deixou o buraco aberto. Magrela viu o buraco e aproveitou-o. O intervalo veio de imediato.
O capitão Nuno no descanso punha o dedo na ferida e salientava que “temos de marcar mais golos”.
Jonny já tinha entrado na primeira parte para o lugar de Arnaldo e foi assim que se entrou para uma segunda parte onde era necessário marcar mais golos que o adversário. Marcou o Bayern mas só aos 8 minutos. Domingues que parecia ser o mais confiante, fintou um adversário e fugiu pela esquerda, metendo então a bola na entrada da área onde Ricardo mais lesto antecipou-se e encostou para golo.
A Tranquilidade optara entretanto por um jogo mais directo com pouca troca de bola e muito solicitação por alto para Pedro Pinhal que era nesta altura aquele que punha a defesa bávara em sentido. O nº 11 da Companhia de Seguros é um atleta que recebe bem a bola e por duas vezes conseguiu mesmo rodar com perigo para a baliza. Uma sobre Tony e outra sobre Ricardo que entretanto trocara na posição de fixo com Tony.
Felizmente para os bávaros o resultado não se alterava e os minutos iam passando mas o Bayern também não conseguia sacudir a pressão. O minuto de descanso pedido por Vitor Coutinho ajudava a esse objectivo.
A claque de Monchique questionava o porquê de Arnaldo estar tanto tempo no banco e o treinador bávaro acabou por lhes fazer a vontade metendo novamente o atleta mais criativo do conjunto.
Foi já a 3 minutos do fim que Arnaldo de livre marcou o golo da... tranquilidade.
Tranquilidade essa que não durou muito tempo. Pedro Pinhal recebeu de costas para a baliza e fugiu para o lado direito. Canhão cobriu bem a baliza mas ao mesmo tempo derrubou o perigoso pivot á entrada da área. Os golos de livre estavam na moda durante essa hora e como não podia deixar de ser foi assim que a Tranquilidade reduziu a diferença. Filipe colocou a barreira a proteger o poste mais próximo e colocou-se ele próprio encostado á barreira para cobrir a restante baliza. Magrela, o jogador mais completo do adversário, fez o hat-trick com um remate forte onde foi notório o desviar de corpo de Filipe que permitiu a passagem da bola.
Até ao final muita calma e cabeça fria foi a receita para o sucesso do Bayern, não sem que os seus jogadores sofressem ainda algumas entradas mais duras.
A vitória do Bayern é justa mas demasiado sofrida contra um adversário que supostamente não teria argumentos suficientes para perder apenas por um golo. O Bayern mantém o quarto lugar, agora mais destacado e na próxima jornada vai defrontar o segundo classificado. Na tabela fair-play os bávaros continuam isolados na liderança com apenas um amarelo.
Os homens do Bayern
Lipe não deu tranquilidade á equipa.
Filipe (3) Há dias de manhã que nem de tarde se deve sair á noite. Lipe viveu hoje um desses dias. Se em certos jogos um jogador falha e o erro até passa despercebido, ora porque não dá em golo, ora porque se sofre o golo mas a equipa até acaba por golear, há outros jogos em que os erros notam-se e muito. Foi o caso deste jogo pois em todos os golos que Lipe sofreu, poderia ter feito mais e melhor. Mesmo muito melhor nalguns casos. Há dias assim, mas melhores dias virão...
Nuno (6) A Nuno cabia uma tarefa hercúlea. Marcar um jogador (Pedro Pinhal) que normalmente marca um golo em meia oportunidade que tenha. O saldo final é nesse ponto extramente positivo. Não foi por aí que se sofreram os golos. Apenas por uma vez o Capitán foi ultrapassado, ou por outra, o adversário conseguiu receber e virar para a baliza, mas mesmo aí a pressão exercida por Nuno impediu-o de mirar com sucesso as redes de Lipe. No empate a um golo também é sobre Nuno que Magrela roda mas aí a distância exigia que fosse Lipe a impedir o golo.
Tony (6) Mais um jogo esforçado onde nem tudo correu bem, principalmente ao nível do passe mas a conseguir com muito empenho diluir um ou outro lance menos conseguido. Teve duas oportunidades na segunda parte de marcar mas ambas esbarraram com mérito no redes.
Domingues (6) Talvez o mais decisivo do Bayern e talvez por isso também recaia sobre ele a escolha de o “Melhor dos Bávaros”, num jogo em que não era fácil esta eleição. O mais decisivo por ter feito o empate a dois rodando de forma superior sobre o adversário e por ter sido na segunda parte o criador das jogadas de maior perigo, dando inclusive a Ricardo o golo (4-3) que daria á equipa a vantagem no marcador que não mais perderia.
Arnaldo (6) Um remate de calibre extra na marcação de um livre deu um golo de belo efeito. Livre esse que deveria ser marcado de outra forma visto ter Domingues completamente só num dos postes. Preferiu o remate directo e fez assim o golo tranquilizador. Os génios tem destas coisas e a claque perdoa e apoia tais feitos. De resto passou muito tempo no banco e o publico notou isso, mas foi muito importante na forma como segurou a bola nos minutos finais.
Ricardo (6) Um tanto apático (um pouco á semelhança da equipa diga-se) mas deixou na mesma a sua marca na partida. Um golo importantissimo, pleno de oportunidade, um golo á matador.
Canhão (6) Finalmente canhão! De livre mandou um balázio que fez abrir a barreira e trair o redes. No resto esteve bem a defender e seguro a passar a bola.
Jonny (6) Estranho silêncio de um homem que trabalha na Comunicação Social, a fazer adivinhar um certo mal estar no balneário bávaro. Nota 6 em campo, nota 2 pela expressão taciturna.
Curtas
Lipe (sobre a nota que merece)
“Pronto, um 5!”
Nuno (sobre a marcação ao jogador mais perigoso)
“Comigo o Claudio Oeiras [n.d.r. – Pedro Pinhal] não fez nada.”
Tony (explica uma situação de 2 para 1)
“Tinha duas opções, passar ao Nuno ou ir eu para a baliza. Optei por ser guloso.”
Domingues (antes do apito inicial)
“Alguém tem de dizer ao Ricardo para se ir sentar no banco.”
Arnaldo (sobre a má exibição de Lipe)
“Tu hoje até me devias fazer um broche!”
Ricardo (noutra realidade?!)
“Ganhamos sempre á rasquinha.”
Canhão (para Tony)
“Para a semana diz-me outra vez que vou marcar.”
Jonny (???)
“...”
Vitor Coutinho (dá os parabéns no final)
“Não fizemos um grande jogo mas ganhamos que é o mais importante.”
Enviado Especial: Tino Vilas