Dever cumprido

Apesar da derrota os homens do Rego mantiveram-se no 3º lugar. Do outro lado os bávaros cumpriram com a sua parte mas foram atraiçoados pelo Café Sport que nem compareceu ao último jogo, entregando de mão beijada o título á Farmácia Castelo Branco.

Torneio Homenagem a Joaquim Baptista – C.M.P. (ultima jornada)
12 de Maio 2007, 9,00 horas

Bayern Monchique, 4
F. Rego, 2
Jogo na Escola Francisco Torrinha
Árbitro: Joaquim Neves e Tózé Ribeiro
Bayern M. – Rui Sá; Domingues (1) e Pedro (1); Tony [cap.] e Jonny (1).
Jogaram ainda: Canhão e Filipe (1)
TR: Tony Silva
F. Rego – Vítor Hugo; Ivo, Tony [cap.] e Bruno; Mário (2).
Jogaram ainda: Pedro Oliveira e Pascoal.
TR: Luís (Pascoal) Vicente
Ao intervalo: 3-1
Marcha do marcador: 1-0; 1-1; 4-1; 4-2


A manhã começou mal. A meia hora do início do encontro Canhão avisou que não poderia aparecer devido a problemas laborais. No dia anterior já Nuno confirmara que devido a uma recaída da gastroentrite que já o tinha afastado do jogo anterior, também não poderia comparecer. Assim, a escassos minutos do início, o balneário bávaro só tinha quatro homens. Tony, Domingues, Pedro e Rui Sá estavam sozinhos e só podiam esperar que o incendiário Jonny, ou Cadu aparecessem para pelo menos completar o cinco. Nem mesmo o treinador aparecia. Veio-se a saber mais tarde que um mal entendido na hora de começo do jogo ditou que Vítor Coutinho só aparecesse quando o jogo já tinha acabado.
Na última jornada e ainda com hipóteses de se tornar campeão, o Bayern Monchique experimentava aqui uma falta de organização gritante e nada habitual neste clube. Onde quer que estivesse, se Arnaldo Martins soubesse disto, haveria de estar a remexer-se de raiva, ele que é um dos maiores críticos da falta de organização…

Era preciso tomar medidas e medidas urgentes. O tempo urgia e decidiu-se contactar Filipe (guardião bávaro) para que viesse dar uma perninha. O jovem atleta assentiu logo em correr para o pavilhão, ansioso que estava de limpar a péssima imagem deixada no último domingo.

Em poucos minutos a coisa lá se compôs. Jonny apareceu e Canhão ligou a dizer que ainda vinha a tempo de jogar. Apesar disso, quando Tony se dirigiu ao meio campo para a moeda ao ar com o árbitro e o capitão contrário (por sinal também Tony Silva), ainda não figurava ninguém no banco de suplentes.
O Bayern até marcou cedo mas nem por isso os homens do Rego relaxaram. Para uma equipa que tinha a ambição de roubar o segundo lugar ao Bayern, os homens da Seguradora demonstraram demasiado receio e respeito pelos adversários. Mesmo depois de sofrer o segundo golo, nunca largaram as cautelas defensivas. Pascoal no banco pouco poderia fazer. A equipa não subia e no banco apenas Pedro Oliveira e ele próprio mas debilitado fisicamente.
A vitória dos bávaros foi mais que justa. No Rego destaque para Mário que marcou dois golos e carimbou definitivamente o seu nome como melhor marcador do torneio com 21 golos. A desilusão foi Bruno. Tem óptimos pés mas revelou-se sempre inconsequente, nunca sendo o playmaker que a equipa precisava para este jogo.


O filme dos golos

1-0 Livre no centro. Domingues passa a Pedro na esquerda, este penteia a bola para o meio e chuta forte com a bola a sofrer ainda um ligeiro desvio em Ivo.
1-1 Perda de bola no ataque por Domingues. Mário é lançado pela direita, aguentando a falta e seguindo. Rui Sá não é lesto a sair e o melhor marcador do torneio chega á vintena de golos com um toque por baixo do redes, ainda longe da área.

2-1 Contra ataque de 3 para 2 com Pedro a assistir Domingues na esquerda quando se esperava que isolasse Jonny na direita. Domingues atira de primeira já com pouco ângulo.
3-1 Um slalom impressionante de Pedro que finta 3 mais o redes e já com pouco ângulo serve Lipe para este concluir a centímetros do golo.

4-1 Domingues serve Jonny no ataque com uma trivela. Este roda bem e entrega em Tony na direita. Tony dá um toque para a frente e entrega novamente em Jonny que controla e remata por cima do redes.
4-2 Mário furta-se á marcação de Tony e acorre a um lançamento na diagonal para a entrada da área. Tony falha o corte e Mário remata de primeira depois da bola bater no chão.


Os homens do Bayern

Rui Sá (6)
Foi um espectador na maior parte do jogo, revelando atenção e concentração mas em ambos os golos poderia ter feito algo mais.
Pedro (8)
O melhor em campo, mais uma vez. É o grande motor da equipa nesta altura. Todas as jogadas de ataque passam por si. Muitas vezes é mesmo nele que começam e na maior parte das vezes é mesmo ele quem dá o ultimo toque ou faz o passe para golo. Reflexo disso foi o respeito que o adversário sempre lhe teve durante a partida.
Domingues (7)
Já se disse várias vezes que não sabe jogar mal, mas também comete os seus erros. Foi de um (mau) passe seu que nasceu o primeiro golo do Rego mas compensou com esforço, uma assistência e um golo.
Jonny (6)
Marcou um belo golo (o quinto da sua conta pessoal neste torneio) num lance de raiva mas continua a ser algo inconsistente durante a partida.
Tony (6)
Um passe inteligente para golo e pouco mais. Parece cansado e ainda teve participação negativa no segundo golo do Rego, falhando a intercepção do passe.
Canhão (5) Chegou tarde e na realidade… mal se viu em campo, excepto pela mania dos passes á Beckenbauer.

Filipe (6)
Estreia de Filipe como jogador de campo no seu jogo nº 50 pelo Bayern (é apenas o sexto a atingir a meia centena de jogos). Não poderia pedir mais para a estreia. Marcou um golo e esteve certinho nos passes.


A Curta

“Um golo do Lipe e outro do Jonny… foi mesmo cagar na cara do Pasc”

Enviado Especial: Tino Vilas