De preto para o enterro
Mais um jogo com o Sra. Hora. O Bayern queria “matar o borrego” e enterra-lo bem fundo. Esteve tão perto de o conseguir, mas parece que a maldição continua. Apesar de o Bayern aparecer “de luto” não houve funeral. Afinal de contas e apesar de derrotado nos penaltys, ambas as equipas transitam para a fase seguinte. Não houve enterro, mas no fim a sensação era de estar a abandonar o cemitério…
II Taça da Liga FutsalSport (1ª eliminatória)
30 de Novembro de 2013, 16 horas
Bayern Monchique, 3
C. S. Sra. Hora Futsal, 3(5-6 em penalties)
Jogo no Pavilhão do Instituto Politécnico do Porto
Bayern M. – Daniel; Litos
(1), Norberto e Taboada; Tony.
Jogaram ainda: Pedro (1p), Domingues (1) e Nuno [cap.].TR: Tózé Ribeiro
Disciplina: Pedro (amarelo por bocas e segundo amarelo por falta), Norberto (vermelho por bocas)
Ao intervalo: 2-0
Marcha do marcador: 3-0; 3-3
O Bayern estreou
finalmente o novo equipamento, mas o jogo não deixará boas recordações. A
actuação dos bávaros foi quase perfeita durante meia hora. Entrou bem, marcou
relativamente cedo, por Litos a passe de Norberto e controlou bem o jogo.
Daniel mostrava concentração na baliza e Pedro fez o 2-0 de penalty (bem
assinalado), já perto do intervalo.
Pelo meio apenas um
senão, com Pedro a levar um amarelo despropositado, por bocas ao árbitro.
Apesar de estar na frente do marcador, a tensão era palpável nestes “pequenos”
pormenores. Um amarelo completamente desnecessário que haveria de ser decisivo
mais à frente. Nada de anormal, já que já é habitual esta “sabotagem”
auto-inflingida da equipa. O jogo ainda nem aquecera e já nos estávamos a
fragilizar a nós próprios. Desta vez foi o Pedro mas já tem acontecido com
outros…
Com 2-0 ao intervalo a
equipa parecia e estava de facto bem. No recomeço a toada manteve-se e chegamos
ao terceiro golo por intermédio de Domingues, depois de uma grande jogada de
Pedro. Perfeito!
De imediato o Sra. Hora
começou a jogar com o guarda-redes na frente. Primeiro com o próprio Capão que
não mostrou muita segurança no passe e depois com um jogador de campo a
executar a função. Em três ou quatro ocasiões, os bávaros (mormente Norberto e
Pedro) poderiam ter “matado” definitivamente o jogo, com remates de pronto após
recuperação da bola, mas os remates saíram sempre ao lado.
Alguma sorte para o
Sra. Hora que teve no entanto o mérito de nunca desistir e de nunca se ter
desunido. Nunca perderam a cabeça e isso fez toda a diferença.A bem da verdade tem de se dizer que nesse período também tivemos alguma sorte. A bola andou a cheirar a nossa baliza e às vezes parecia milagre a forma como não entrava…
A meio da segunda parte
Pedro foi expulso por acumulação de amarelos.
A falta foi cirúrgica e
necessária. Ruben vinha embalado, obrigando Pedro, vindo de trás, a ceifa-lo.
Amarelo bem mostrado. Nada a dizer, excepto que se este foi necessário, já o
amarelo visto na primeira parte tinha sido desnecessário. No melhor pano cai a
nódoa como se costuma dizer.
O Bayern viu-se então com
menos um elemento durante dois minutos e amputado de um jogador decisivo para o
que restava da partida. Longos 10 minutos ainda…
Curiosamente o Sra.
Hora nem conseguiu marcar no período de superioridade numérica, mas marcou
depois, já com a equipa do Bayern recomposta. E depois de marcado o primeiro,
logo apareceram o segundo e terceiro golos, num espaço de 4 ou 5 minutos.
Notou-se desconcentração e falta de calma. O segundo e terceiro golos foram
marcados em contra ataque. Como pode?!?
É certo que não se pode
deixar de atacar e de procurar marcar o golo, mas uma equipa que esteve a
ganhar 3-0 e mais tarde 3-1 não pode sofrer golos desta forma.
Depois do empate mãos à
cabeça.
Com um ou dois minutos
por escoar o Bayern ainda chegou com perigo à baliza contrária. Num desses
lances Taboada sofre um toque no pé já dentro da área, mas este penalty já não
saiu…
A seguir um canto não
assinalado para o Bayern “estourou” com a paciência de Norberto que “descarregou”
no árbitro, acabando expulso, no último minuto de jogo.
À imagem do irmão
também não foi meigo nas palavras e o resultado, divulgado dias depois, é a suspensão
de 4 jogos para cada um. Regressam em Janeiro, depois das Festas Natalícias.
Por pouco o Sra. Hora
não consumou a reviravolta total no marcador, mas o jogo lá acabou finalmente.
O empate deixou os bávaros desolados. Desta vez não perdemos, mas foi como uma
derrota. Mais uma vez não conseguimos vencer uma equipa que é super favorita na
Liga, mas que está perfeitamente ao nosso alcance numa competição como a Taça.
Têm muitas soluções e
um plantel vasto, bem equipado para uma época longa. É uma equipa que entra para
ganhar, com um plantel já muito diferente do que disputou a I Liga FutsalSport.
Estão para ganhar e contra isso nada. Já o Bayern não tem os mesmos argumentos.
Num campeonato dificilmente conseguirá ter a mesma regularidade, mas num jogo
só, pode ser melhor que o rival. Tem-no sido aliás. Tanto neste jogo como no
anterior da Supertaça fomos superiores, mas não conseguimos “emocionalmente”
garantir as vitórias. É um problema que temos de resolver. Este foi já o sétimo
embate entre as duas equipas e vitórias do Bayern nem uma para amostra. O jogo
do próximo sábado, será o oitavo e para lá também caminha…
É que nem nos penalties
conseguimos vencer. Não era importante em termos de eliminatória, já que o
empate quase garantia a passagem das duas equipas aos quartos de final. Só uma
derrota ou empate nada provável do AC Gaia impediria que a equipa que perdesse
aqui nos penalties não fosse repescada. Seja como for, nem nos penalties
conseguimos vencer.
Na primeira série um
empate a 4 com Nuno, Taboada, Litos e Tony a converterem e Domingues a falhar.
Na segunda série Daniel marcou mas Taboada não o conseguiu. Paciência!
Fica o aviso (mais um),
para o futuro. Vamos parar de sabotar as nossas chances de ser felizes. Vamos
concentrar no jogo e cagar no resto. Estar a pensar no adversário ou no árbitro
só tira concentração e diminui as nossas hipóteses… por mais razãoque se possa ter.
A Estrela
Daniel – nota 7
A primeira
grande exibição de Daniel. Muito concentrado desde início e logo posto à prova
nos primeiros momentos do jogo, foi adiando o golo o máximo que pôde. Na
segunda parte, com o assédio crescente do adversário, houve alturas em que
parecia que não conseguiriam bate-lo, mas depois os golos entraram de rajada.
Foi um dos que não merecia este desfecho.
Nos penalties
ainda defendeu um e quando lhe tocou a ele marcar, fê-lo com sucesso. Era
difícil pedir mais….
Os outros bávaros
Norberto, Tony e
Nuno – 5
Litos, Domingues,
Taboada e Pedro – 6
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