Da braçadeira ao vómito, passando pelo golo
Uma tarde para Portero recordar. Os bávaros deram grande luta até 10
minutos do fim e mereciam bem melhor resultado. Depois houve um penalty não
assinalado que colocaria o Bayern em vantagem… e a seguir tudo ruiu.
3º Torneio S. C. Nun’Álvares (atribuição de 7º / 8º lugar)
19 de Julho de 2015, 21,30 horas
Bayern Monchique, 2
Lutadores F.C., 7
Jogo no Pavilhão do Complexo Desportivo SCNA, em Recarei - Paredes
Bayern M. – César; Tony, Domingues
e Tiago (1); Canhão.
Jogou ainda: Portero [cap.] (1).
TR: António Silva
Disciplina: Domingues (amarelo por atirar a bola para longe)
Ao intervalo: 1-1
Marcha do marcador: 1-0; 1-2; 2-2; 2-7
Demorou imenso tempo a sair esta crónica. O resultado foi altamente
desfavorável e o tempo para escrever muito escasso. Seja como for, cá está ela,
17 dias depois, a ilustrar o ultimo jogo de uma época de excelente memória, que
merecia um final melhor…
Para a discussão do 7º e 8º lugar apenas 6 bávaros se apresentaram ao
serviço, o que levou à deslocação de Portero para a frente. E foi uma tarde de
“sensações” fortes para Portero, com momentos altos e baixos, de resto à imagem
do que tem sido a sua carreira pelos bávaros.
Começou logo com a honra de envergar a braçadeira de capitão, neste que foi
“apenas” o seu 50º jogo, desde que se estreou a 23 de Fevereiro de 2008, ano em
que foi aliás o “Guarda Redes do Ano”. No ano seguinte seria o “Bidão”…
Portero começou o jogo no banco e desde cedo se viu um Bayern muito personalizado.
É certo que tinha dificuldades em chegar com perigo à baliza contrária, (afinal
de contas a quadra em Recarei é tão comprida…), mas cá atrás trocava a bola com
saber e à vontade, saindo com mérito das situações de pressão. O jogo parecia
controlado e o adversário acessível. Bastaria paciência.
O primeiro golo apareceu a meio do primeiro tempo, em novo momento alto de
Portero, acabado de entrar. O grande mérito foi de Domingues que no meio campo,
encostado à lateral direita, meteu a bola pela linha e foi busca-la pelo lado
de dentro, enganando o seu adversário. Depois foi só correr mais 3 ou 4 metros
e perante a oposição do último defensor, endossar o esférico “redondo” para
Portero do lado contrário. Este “só teve de encostar” na entrada da área, batendo
o guardião com um remate em jeito, a meia altura.
Infelizmente o empate não tardou, numa jogada em que a defensiva foi frouxa,
permitindo que o melhor jogador dos Lutadores percorresse muito terreno, numa
posição de aparente pouco perigo, mas que rapidamente transitou para um remate
caprichoso que surpreendeu César e companhia.
Ao intervalo o empate a uma bola penalizava o Bayern, que parecia ser mais
equipa, perante um adversário que tinha “apenas” mais força e mais intensidade.
Para o segundo tempo o Bayern deparou-se com um adversário extra temível.
Os raios de sol do fim de tarde, muito deitados, entravam pelas vidraças do
pavilhão e cegavam César na baliza e os companheiros que tentassem defender,
até à linha de meio campo. Não tardaria a fazer-se notar este handicap, com os Lutadores a fazerem o
1-2.
De pronto o Bayern chegou à igualdade, apenas 1 ou 2 minutos volvidos, com
Tiago a marcar dentro da área, a passe de Canhão.
Depois o Bayern teve uma oportunidade de ouro para chegar à vantagem, mas a
bola voltou a esbarrar na burrice dos árbitros e no braço de um defensor. Foi
num remate de Tiago de fora da área, em que a bola foi travada pelo braço
esticado de um defesa, dentro da área. Nenhum dos árbitros viu o lance, o que é
impossível mesmo com o sol. Os protestos não adiantaram nada e o jogo
prosseguiu. Duas jogadas mais à frente seriam os “da casa” a conseguirem o
terceiro golo, num lance em que faltou uma falta a meio campo para cortar o mal
pela raiz. A falta não aconteceu, nem aqui nem em toda a segunda parte… num
retrato claro da tal falta de intensidade dos bávaros…
Depois do terceiro veio o quarto golo e no banco pediu-se um minuto para se
travar a avalanche.
Domingues recebeu ordem
para preparar o “cinco para quatro”, mas quando se encaminhava para o balneário
para pegar numa camisola, teve de voltar para trás e entrar na quadra já que
Portero havia desaparecido, deixando a equipa órfã de um elemento para o
recomeço. Soube-se depois que estava a vomitar um “líquido tinto” que ingerira
ao almoço e que com as correrias (a que não está habituado), tanta volta deu no
estomago que acabou por sair.
Portero acabaria
por voltar ao banco e ao jogo, já depois de “aliviado”, mas a história do jogo
foi sempre a decair, com os bávaros sem força nem arte para contrariar a força
contrária, abrindo espaços e dando azo à goleada.
O oitavo lugar
final, apesar de curto, é ainda assim o melhor conseguido nestas três edições
da prova…
A época dos
bávaros terminou oficialmente a 25 de Julho. A oficina reabre a 19 de Agosto e
a 29 (sábado) já será a doer, no torneio da FSU a realizar em Macieira da Maia.
A SuperLiga
Masterfoot arrancará a 7 de Setembro. Já a 2ª época da Liga Power Futsal, ainda
sem data de estreia anunciada, só deverá arrancar em Outubro…
A Estrela
Pedro Domingues – nota 6
O mais
“equilibrado” entre os bávaros. Sem a velocidade e folia de Tiago, mas com a
inteligência e sentido posicional que os muitos anos de bola lhe garantem. O
golo de Portero é 90% mérito seu, após uma finta tão simples quanto
surpreendente…
Não fossem os
últimos 10 minutos de jogo e todas as notas subiriam um (senão mesmo dois)
valor(es).
Os outros bávaros
César, Tony,
Canhão e Portero – 5
Tiago – 6
No Geral,
Norberto sempre em nível altíssimo e sempre como MVP nos 3 jogos disputados, é
o Bávaro de Ouro deste torneio.
Tiago (Prata) e
Domingues (Bronze) completam as outras posições…
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