Ambiente de derrota no balneário, apesar da vitória
O Bayern venceu, mas o “ar” do balneário espelhava outra realidade, a da
eliminação. Foi uma vitória inglória, já que pela margem mínima, não chegou
para apagar o resultado “catastrófico” da primeira mão. Com um guardião
merecedor de nota 10 e muita eficácia no ataque, no momento certo, o Antas teve
grande mérito nesta passagem. No entanto não se pode ignorar a significativa
quota-parte de responsabilidade dos bávaros, que falharam muitos golos. Não só
neste jogo, mas na globalidade da eliminatória…
Taça da Liga Power Futsal (2ª mão – Meia Final)
27 de Abril de 2016, 23 horas
Bayern Monchique, 3
Antas Futsal, 2
Jogo no Pavilhão do Irene Lisboa, no Porto
Bayern M. – César; Zira
(1), Norberto (2) e Brito; Taboada.
Jogaram ainda: Domingues, Tony, Nuno [cap.] e Max [GR].
TR: Tózé Ribeiro
Disciplina: Domingues (amarelo por falta dura)
Ao intervalo: 1-2
Marcha do marcador: 1-0;
1-2; 3-2
Não se pode ganhar sempre, nem estar em todas as finais, mas depois de
passar a GDLU, nos quartos-de-final, numa eliminatória muito difícil e renhida,
ninguém esperaria que o Bayern não fosse à final, quando pela frente estaria o
ultimo classificado da Liga.
É fácil dizer que os bávaros perderam a eliminatória na primeira mão,
quando sofreram pesada derrota (7-4), mas a “remontada” era perfeitamente
possível, ainda por cima quando Zira colocou o Bayern a vencer, logo aos 35
segundos.
O Bayern entrou em campo solto e confiante. O golo deu ainda mais moral e
percebia-se que o Antas sentia o peso da responsabilidade, mas num ápice tudo
mudou.
De um lado não aparecia o 2-0 e começava a nascer mais uma grande exibição
de Luis na baliza. Do outro lado o Antas com aproveitamento de 100% em duas
singelas oportunidades, que não se sabe bem como surgiram, “entornou o caldo”.
Era o filme da primeira mão a passar à frente dos olhos…
Até ao fim da primeira parte e mesmo depois já na segunda, os bávaros
carregaram sempre, mas a confiança de Luis era cada vez maior. No contra ataque
do Antas era um “Deus me acuda”.
Com o tempo a passar o “coração” sobrepôs-se à cabeça e o jogo ficou muito
partido, com ataque e contra ataque constante e grande desgaste físico e
emocional.
Nuno não conseguiu emendar ao segundo poste e Tony falhou dois desvios na
área, entre outros falhanços… e o tempo a passar.
O Bayern só voltou a marcar nos minutos finais da partida, depois de várias
tentativas em cinco para quatro. Norberto fez os dois golos que viraram o
resultado. Demasiado tarde!
Antes disso, uma agressão de Pereira a Taboada passara impune, colorida com
um mero amarelo, mas já sabemos como é a arbitragem.
Esta época não há dobradinha para o Bayern, mais ainda há dois jogos para
disputar e troféus para conquistar, tais como o de melhor marcador e jogador.
O filme dos golos
1-0 Norberto vai
até à linha de fundo, pelo lado esquerdo. Perante a muralha de defesas, em
volley, assiste Zira do lado
contrário.
1-1 Zira corta
de cabeça e vai-se incorporar no ataque. O problema é que a bola é recuperada
pelo Antas e Taboada fica “sozinho” com Cesar, perante dois adversários. Marca Matias depois do dois para um com o guarda-redes.
1-2 Ataque de
Anes pela direita. Consegue passar no meio de dois bávaros e facilmente assiste
Pereira.
2-2 Brito pela
esquerda, passa a Tony na área. Este recebe e mete para Norberto no coração da
área. Norberto tenta o desvio de
calcanhar, mas só à segunda, já depois de rodar sobre o adversário, é que faz o
golo.
3-2 Em cinco
para quatro, Brito no meio entrega em Taboada na direita. Este atrai o defesa e
passa a Tony junto à linha, que devolve para o remate cruzado de Taboada já na
área. Norberto completa ao segundo
poste (embora a bola entrasse na mesma).
A Estrela
Norberto Sousa – nota 7
Dois golos e uma
assistência. Não se pode exigir mais, mas também ele falhou um ou outro golo
“feito”. Principalmente um na área, já depois de fintar dois adversários, mas
na cara do golo permitiu a defesa de Luis. Seria o 2-0…
Os outros bávaros
Nuno – 5
César, Domingues
e Tony – 6
Zira, Brito,
Taboada e Max – 7
O Balanço
Francamente é negativo. Quatro jogos disputados e apenas duas vitórias para
duas derrotas. O goal average é mesmo
negativo, com 17 marcados e 18 sofridos.
Para a habitual eleição dos 3 melhores bávaros, Norberto toma naturalmente
a dianteira, ele que foi o MVP em todos os jogos. O Bávaro de Ouro desta
competição, com 6 golos e 5 assistências nos 4 jogos realizados, é neste
momento um dos melhores marcadores da prova, embora não tenha já hipóteses para
o trofeu já que esá empatado com João Pinto da GDLU e este só disputou 2 jogos.
Logo, caso ninguém ultrapasse os 6 golos, o troféu irá para o capitão da GDLU.
Zira com 3 golos e 6 assistências nos mesmos 4 jogos fica com o Bávaro de
Prata! Na época passada, Zira só fizera um jogo da Taça, logo nem sequer
atingira o mínimo de presenças (pelo menos metade dos jogos realizados pela
equipa), para ser considerado. A Prata tinha ficado com Brito…
Para Bávaro de Bronze é que havia várias hipóteses, embora nenhuma delas
satisfatória. Brito por exemplo, sem nenhum golo e com apenas uma assistência,
muito abaixo dos 4 golos e 3 assistências da Taça 2014/15, não convenceu.
O Bronze acaba por ser entregue a Arnaldo que com 2 jogos apenas (o
mínimo), fez 2 golos importantes e ainda 1 assistência.
Na época passada, o Bronze ficou para Tony, o melhor marcador da equipa (6 golos) na Taça.
A propósito disto tudo quisemos ouvir Arnaldo hoje de manhã. Sem denotar
qualquer surpresa pela nomeação, disse ser “justíssimo”.
Referiu ainda “aceito o prémio, os números
não enganam”.
Conclui dizendo “penso que é um prémio merecido e que
demonstra o que tenho vindo a dizer há algum tempo. Esta equipa precisa de
sangue novo. Ser bávaro de bronze praticamente sem jogar obriga, no mínimo, a
uma profunda reflexão daqueles que jogam mais e têm um manto protetor. Partilho
o prémio com a minha família, fãs como o Zira, por exemplo, e o meu Presidente.”