Quando assim é, o mais certo é perder
Jogo muito mal conseguido, sempre em esforço e sempre atrás do prejuízo. O
adversário era perfeitamente acessível mas quando a “auto-sabotagem” é tão
grande, é quase impossível contrariar. Ninguém sobrevive a tantos erros assim.
Liga Oporto Masters +35 (3ª jornada)
22 de Outubro de 2016, 18 horas
Bayern Monchique, 4
Oporto Vintage, 6
Jogo no Pavilhão do Oporto Indoor, no Porto
Bayern M. – Daniel; Tony [cap.] (1), Pascoal
(1) e Canhão; Leandro (1).
Jogou ainda: Domingues.
TR: António Silva
Disciplina: Amarelo a Tony (por agarrar adversário) e Domingues (por
protestos no banco)
Ao intervalo: 2-3
Marcha do marcador: 0-1; 1-1; 1-2; 2-2; 2-4; 3-4; 3-5; 4-5; 4-6
Ao terceiro jogo na Liga de Veteranos, o terceiro resultado possível, desta
vez a derrota, já depois de vencermos e empatarmos. Nada o fazia prever nos
primeiros minutos e isso também ajudou à festa. O Bayern sentiu-se na “obrigação”
de tomar as rédeas do jogo e até se viu mais tentativas de fintas, quase nunca
com sucesso. Numa delas por exemplo e depois de perder a bola Tony viu-se
obrigado a agarrar o adversário, para não deixar que este embalasse sozinho para
a área.
Pode-se falar em “banho táctico”?
Talvez. O adversário não é uma equipa de futsal. Simplesmente “joga à bola”,
mas teve várias situações de 2 para 1 durante o jogo, numa das situações de
ataque mais básicas do futsal.
Os erros foram vários, em quase todos os golos houve uma falha de um ou
mais bávaros e depois, foi um jogo com escassez de recursos no banco, ainda
para mais quando o Bayern andou sempre atrás no marcador, tendo de correr muito
mais, principalmente na segunda parte, em que já era mais “coração” que outra
coisa.
Como “treinador” Tony já não perdia há 14 jogos, na que era a sua melhor
série de sempre, com 11 vitórias e 3 empates desde Maio.
Logo no primeiro golo há um erro tremendo de Leandro, que não acompanha o
seu adversário pela ala e o deixa aparecer sozinho à entrada da área.
Redimiu-se depois Leandro com o golo do empate…
Depois há um penalty (e a duvida é se é mesmo na área) que nasce de uma
jogada aparentemente inofensiva, ou que parecia controlada, com o adversário a
conseguir passar com a bola controlada por “entre” 3 bávaros, ficando depois
para Daniel o ónus de travar uma jogada, no caso em falta, que nunca deveria
ter chegado aquele ponto.
Depois de novo empate, os bávaros viram-se novamente em desvantagem, ainda
antes do intervalo, num lance em que Daniel aparentemente defende a bola, mas
esta escapa-se para a baliza.
No segundo tempo, mais uma jogada incrível logo a começar. O Bayern sofre
golo na jogada de saída, com “todos a olhar” e ninguém a fazer nada. Nem
Pascoal saiu ileso deste lance, não atacando o portador da bola, que à partida
seria o “mais perigoso” dos dois adversários que lhe sobraram. Aqui Daniel não
teve hipóteses.
Bastante mais à frente, Tony fez um grande golo, em jogada individual,
daquelas de “ferrar a língua” e ir com tudo. Podia ter sido o catalisador para
uma re(vira)volta, mas de novo um balde de água fria, com novo remate
caprichoso, a fugir para a baliza, quando parecia que Daniel já o encaixara. Há
tardes assim.
O Bayern voltou a marcar, já jogando de cinco para quatro, mas de novo voltaria
a sofrer, num lance de azar. Só faltava isso também, com Domingues a escorregar
sozinho, quando já tinha fintado o adversário e se preparava para lançar um
ataque em superioridade numérica, que poderia dar o empate aos bávaros.
Obviamente não deu. Deu mas foi mais um golo para o Oporto Vintage, em nova
situação de dois para um.
O Bayern perdeu 3-2 em cada parte. 6-4 no jogo e muita azia para quem lá
estava…
O filme dos golos
0-1 Bola metida
nas costas de Leandro e golo fácil.
1-1 Pascoal
segura na extrema direita, com o adversário nas costas. Leandro corta para a
baliza e Pascoal levanta-lhe a bola por cima das pernas de dois defensores.
Enquanto entra na área, Leandro
controla com um toque a bola e atira para baliza.
1-2 Penalty a
castigar falta de Daniel (dentro ou fora da área, fica a duvida…). Na marcação
a bola bate no poste e entra.
2-2 Volley de
Tony para a área, com Pascoal a
subir mais alto de cabeça, que o guardião com as mãos e a fazer um golo de belo
efeito.
2-3 Incursão
pela direita e remate em esforço, já com pouco ângulo. Daniel defende mas a
bola foge-lhe para a baliza.
2-4 Golo na…
jogada de saída. Canhão e Leandro vão ao meio, mas são surpreendidos pela
rapidez do adversário que coloca logo a bola na frente. Pascoal fica sozinho
sem saber a qual dos dois adversários acorrer e a bola é rematada de baixo para
cima, entrando junto à barra.
3-4 Tony
antecipa-se ao adversário no meio campo, cortando a bola de peito. De imediato avança para a área, com Domingues a correr
pela esquerda. Perante um adversário que sai ao caminho, Tony flecte ligeiramente para a direita e bate o guarda-redes à
entrada da área.
3-5 Remate forte
do lado esquerdo. Daniel mete as mãos à bola, mas não consegue desvia-la da baliza.
4-5 No cinco
para quatro é Canhão na direita a assistir Domingues
que desvia na área.
4-6 Ainda no cinco
para quatro, Domingues (o guardião) recebe na direita e enfrenta o adversário.
Ao fazer a finta para o meio escorrega e cai, deixando o adversário em situação
de dois contra Tony. Golo fácil!
A Estrela
Luís “Pascoal” São Vicente – nota 7
É sintomático e
preocupante quando é o elemento que esteve 4 anos afastado da equipa, a ter o
melhor desempenho táctico entre os bávaros.
Esteve certinho
a defender e bem a segurar e a trocar a bola no ataque. Marcou um golo (de
cabeça!!!) e fez uma grande assistência para Leandro.
Os outros bávaros
Daniel – 4
Canhão – 5
Tony, Leandro e
Domingues – 6
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