Grande vitória do Bayern com a equipa mais velha de sempre
Só lá para frente é que daremos o devido valor a uma vitória como esta. Com
apenas cinco elementos e um deles (Domingues) em muito mau estado, podendo “rebentar”
a qualquer momento, este jogo tinha tudo para correr mal.
Só com muito coração é que se conseguiu arrancar uma vitória e três pontos
que valem bem mais que isso.
Liga Oporto Indoor (6ª jornada)
15 de Maio de 2016, 17 horas
F.C. Presto, 3
Bayern Monchique, 4
Jogo no Pavilhão do Oporto Indoor, no Porto
Bayern M. – César; Tony
(1), Nuno [cap.] (1) e Domingues; Correia (2).
TR: António Silva
Ao intervalo: 2-1
Marcha do marcador: 2-0; 2-3; 3-3; 3-4
Mais uma convocatória difícil, com muitas ausências e de vulto. Com apenas
César, Tony, Nuno e Domingues disponíveis… tivemos de recorrer a um “jovem”
reforço. Paulo Correia, já com 56 jogos e 45 golos pelo Bayern. 4 Ligas e 1
Taça no currículo. O último jogo que fizera pelos Bávaros fora em 30 de Março
de 2011, num jogo da Liga Superfutsal. Entretanto abraçou a “carreira” de
treinador e deixou de ter disponibilidade. Regressa ao convívio dos bávaros
passados mais de cinco anos. Pelo meio ficou um pé partido, mas está de
regresso…
Já tínhamos o filho Tiago Correia como o jogador mais novo de sempre do
Bayern, ao estrear-se com 15 anos e 117 dias. Agora temos o pai Paulo com 43
anos e 10 meses. Possivelmente o mais velho de sempre a jogar pelo Bayern. (É provável
que Fernando Melo que jogou connosco como "convidado", em Março de 2014 na Masterffot, fosse ainda mais velho… a
confirmar).
O próximo passo é juntar pai e filho no mesmo jogo. Lá chegaremos…
Ora com isto tivemos uma equipa (eram mesmo só cinco) com uma média de
idades de 40 anos e 7 meses. Isto é absolutamente extraordinário e mais ainda
quando se obteve daqui uma vitória.
E o jogo até começou muito mal com o Bayern a sofrer cedo o golo. César foi
lento a sair, mas este até foi o único erro de relevo. A partir daí foi sempre a
subir e também ele foi decisivo em lances chave na segunda parte…
Apesar de estar em desvantagem o Bayern não vestia a pele de coitadinho e discutia
o jogo olhos nos olhos. Isolado por Domingues, Tony recebeu uma bola longa na
área e quase fez o empate.
Apesar disso foi novamente o “Presto” a fazer o golo, já na parte final do
primeiro tempo. Tony solicitou um minuto, para beber água e recompor energias.
Para os três minutos que faltavam pediu um golo aos companheiros. Correia
fez-lhe a vontade numa jogada plena de oportunidade e ratice.
O golo trouxe outro ânimo à equipa e no começo da segunda parte os bávaros
empataram. Novamente Correia, a acreditar depois de Tony partir os rins ao
adversário.
Começavam-se a enervar os homens da Prestopizza e mais se enervaram quando Nuno
fez o 3-2 e virou o resultado. O guardião Macedo foi um pouco mal batido mas há
mérito no remate cruzado de Nuno.
Estávamos com 30 minutos de jogo e o esforço era intenso. Faltavam as
forças e nem o minuto de tempo foi grande ajuda. O Bayern descia muito as
linhas e acabou por sofrer o empate num remate de fora de Márcio (sempre ele).
Carregavam os homens de preto, em busca da vitória, mas o Bayern ainda
tinha uma palavra a dizer. No último minuto Correia fugiu pela esquerda e na
colisão com o defesa e o guardião ainda conseguiu assistir Tony. De primeira à
entrada da área, Tony só teve de empurrar mas na altura do remate levou uma
tesourada do guardião e ficou a contorcer-se de dores. Podia ter partido a
perna.
Felizmente não foi grave. Deu para perder preciosos segundos de tempo e
ainda deu para continuar em jogo. Logo a seguir numa corrida desenfreada, ainda se atirou para cima de
Márcio, quando este se preparava para ultrapassar Domingues que acabara de “estourar”,
travando assim um contra ataque que ganhava contornos muito perigosos.
Foi uma vitória muito suada e sofrida mas estas é que dão gosto. O
adversário saiu da quadra visivelmente frustrado. Também ficaríamos se perdêssemos contra
uma equipa de “velhotes”… e também nos sentimos assim na semana anterior, quando perdemos um jogo que tínhamos condições (e obrigação) de vencer.
O Bayern segue em segundo e é a única equipa que ainda não viu qualquer cartão
na prova.
Aqui a “culpa” não é (só) nossa. Neste jogo devíamos ter visto dois
amarelos. Um no corte de Correia com a mão logo nos primeiros minutos e o outro
na falta por trás de Tony já no final. É verdade que o critério do árbitro foi
uniforme, mas preferimos o rigor ao facilitismo. Quando é para cartão tem de se
dar cartão!
O filme dos golos ao minuto
3m 1-0 Bola metida por alto a cruzar a área.
Correia deixa para César resolver mas este não é tão rápido a sair e Márcio antecipa-se, desviando para a
baliza.
16m 2-0 Correia tenta fintar na lateral mas
roubam-lhe a bola. Nuno tenta o corte mas acaba ultrapassado e no dois para um
com Domingues, Campota assiste Márcio
que bate César.
19m 2-1 Lançamento lateral de Domingues. Tony
tabela rápido e isola Domingues pela direita. Este foge dois metros e mete a
bola tensa na área. Correia controla
com um toque no coração da área e perante o guardião, escolhe onde meter a bola.
21m 2-2 De novo num lançamento lateral do lado
direito. Nuno mete cruzado em Tony na meia esquerda da entrada da área. Tony
pica a bola por cima da perna do adversário, penteia para a área e atira de
bico. Aparece Correia ao segundo
poste, no corpo a corpo com o defesa,
a desviar para dentro da baliza.
28m 2-3 Corte da defensiva do Presto. A bola vai
parar aos pés de Nuno que arranca
pela ala direita e dispara de fora da área. O guardião parece surpreendido e
não consegue evitar o golo.
34m 3-3 A defensiva bávara baixa muito as linhas e
acaba por dar espaço para o remate de Márcio
de fora da área. A bola sai rasteira e tensa ao poste mais distante.
39m 3-4 Contra ataque rápido. Domingues mete em
Correia que embala pela esquerda. Na intersecção com o defesa e o guardião,
Correia consegue meter a bola no meio onde aparece Tony, mais rápido que o guardião, a rematar para a baliza deserta.
A Estrela
Paulo Correia – nota 8
Que regresso,
mais de cinco anos depois do último jogo pelo Bayern. Está igual ao que era.
Rouba bolas, nunca dá um lance como perdido e puxa a equipa para a frente. Fez
dois golos preciosos e uma assistência de ouro para o golo da vitória.
Os outros bávaros
Nuno – 7
César, Tony e
Domingues – 8
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