Derrota difícil de engolir deita por terra o que foi feito antes
A sorte não quer nada com o Bayern, mas desta vez foi o Bayern que não fez
por ter sorte. Os bávaros caíram no erro de acreditar que eram melhores (e eram
efectivamente), mas não se esforçaram em todas as vertentes do jogo e quando
assim é, facilmente as coisas correm mal. Não basta ter um ataque concretizador
e mais qualidade individual (ou colectiva) se não se dá o máximo também a
defender. Ainda assim o Bayern deu tudo e fez o empate a um minuto do fim,
apenas para sofrer mais um golo, a escassos segundos do final…
Liga Oporto Indoor (7ª jornada)
22 de Maio de 2016, 21 horas
Bayern Monchique, 4
A. D. Unidos de Paiço, 5
Jogo no Pavilhão do Oporto Indoor, no Porto
Bayern M. – César; Brito
(3), Nuno [cap.] (1) e Kéké; Tony.
Jogou ainda: Domingues
TR: António Silva
Ao intervalo: 1-3
Marcha do marcador: 1-0; 1-3; 2-3; 2-4; 4-4; 4-5
Depois do jogaço que os bávaros fizeram na semana anterior, este resultado
só pode ser encarado como uma grande desilusão. Ganhar o jogo da jornada
anterior, com todas as limitações existentes e perder este, quando nos
apresentamos mais bem apetrechados, não faz qualquer sentido.
Desta vez sem Correia, mas com Kéké (melhor marcador da Liga) e Brito,
tínhamos obrigação de pelo menos ganhar o jogo. A explicação para a derrota é
muito simples. Provamos do nosso próprio veneno… e este sabe muito mal.
Não adianta muito ter qualidade no ataque se na defesa não nos esforçamos
convenientemente. Ficamos sempre sujeitos a estas surpresas.
Os bávaros marcaram primeiro e parecia que ia ser uma vitória fácil, contra
uma equipa com apenas cinco elementos, que se contentou em defender baixo, com
as linhas recuadas e a aproveitar os espaços que foram surgindo nas costas dos
bávaros.
O “filme” da primeira parte resume-se ao Bayern a porfiar, mas a embater na
parede defensiva do Paiço. Depois um golo dado e dois oferecidos, levaram os (efectivamente
“Unidos” do) Paiço para intervalo a vencer por 3-1.
Para a segunda parte a estratégia já estava delineada. Atacar, atacar,
atacar e se não houvesse alterações no resultado, usar o guardião avançado a
partir dos 10 minutos. E a verdade é que só a partir do momento em que Kéké
vestiu a camisola de guardião é que o Bayern voltou a encontrar espaços para
almejar convenientemente a baliza. Só assim é que se conseguiu bater o jovem
guardião do Paiço, que defendia tudo.
Brito fez dois golaços e relançou o Bayern na luta do resultado, mas à
semelhança do que acontecera no jogo com os Irriducibili, os bávaros não
tiveram uma pontinha de sorte. Conseguiram chegar ao empate, mas depois
sofreram a machadada final, já muito perto do apito para o fim.
Numa jornada em que podia ganhar pontos a um (ou dois) dos directos competidores,
já que amanhã jogam Omega e Irriducibili, pelo contrario o Bayern vai ver um ou
mesmo os dois rivais a distanciarem-se.
O filme dos golos ao minuto
1-0 Circulação rápida com Kéké a receber passe
lateral de Brito no meio campo. Kéké mete em Tony na meia esquerda da área e
este recebe e assiste Brito que
aparece do lado contrário.
1-1 Saida de bola com passe de Kéké para Nuno
na direita. Este mete no meio onde Brito tenta dar de calcanhar para Tony na
esquerda, mas a bola sai curta para os pés de Paulo que depois puxa para a direita e fuzila.
1-2 Perda de bola no ataque e golo em situação
de três para dois. Marcou Chico.
1-3 Novo conta ataque rápido. Dois homens do
Paiço para Nuno e golo de Paulo.
2-3 De cinco para quatro. Kéké para Brito na meia esquerda e remate ao
angulo.
2-4 Contra ataque rápido e golo de Marco.
3-4 Fotocopia do golo anterior com Brito a fazer o hat trick.
4-4 Kéké para Brito e este para Nuno fazer o golo junto ao poste.
4-5 A 30 segundos do fim Chris recebe na área a pivot, com Brito nas costas. Consegue rodar
e rematar com a bola a passar por Brito e Kéké na baliza.
A Estrela
Mário Brito – nota 7
Esteve nos
melhores momentos dos bávaros, mas também esteve nalguns dos piores. É ele que
dá a bola ao adversário para o empate a um e é ele que está a cobrir o marcador
do último golo. O hat trick que marcou (principalmente os dois remates ao
ângulo), mereciam melhor desfecho...
Os outros bávaros
Domingues – 5
César, Tony,
Nuno e Kéké – 6
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