Bávaros mantêm segundo lugar apesar da derrota
Jogo atípico e totalmente desenquadrado do que tem sido a prestação dos
bávaros na Liga. Os “Irriducibili” foram mesmo irredutíveis no que toca à
defesa da sua baliza. Entregaram o controlo do jogo ao Bayern, procuraram
fechar espaços e defender da melhor maneira possível. Foram muito eficazes no
ataque e contaram com uma tarde menos feliz de César e uma inspiradíssima da
sua “figura” Ricardo. Sofreram o empate depois de estar a vencer por dois
golos, mas acabaram recompensados com os três pontos no último minuto.
Liga Oporto Indoor (5ª jornada)
8 de Maio de 2016, 19 horas
Bayern Monchique, 4
Irriducibili 87, 5
Jogo no Pavilhão do Oporto Indoor, no Porto
Bayern M. – César; Brito
(1), Nuno [cap.] (1) e Kéké (2); Tony.
Jogou ainda: Domingues.
TR: António Silva
Ao intervalo: 2-2
Marcha do marcador: 2-0; 2-4; 4-4; 4-5
Era o jogo mais interessante da jornada. O Bayern apresentou-se desta vez com
seis elementos, mas foi como se estivessem cinco na mesma, já que Domingues não
estava em condições de forçar (e de jogar).
O jogo começou bem para os bávaros que aos cinco minutos venciam por 2-0.
Contrariamente ao esperado parecia que seria uma tarde descontraída e um jogo
fácil de vencer, mas logo “os ventos mudaram”. Bruno reduziu num lance que
parecia inofensivo e perfeitamente controlado… mas pelos vistos não estava.
Domingues entrou para testar como estava e dar dois minutos de descanso a
Tony e depois a Brito. Claramente não estava bem, tanto que foi ultrapassado,
sem conseguir arrancar no lance que deu o empate.
O jogo não tinha nada a ver com o da semana anterior, no qual o Bayern
respeitou muito mais o adversário. Aqui contra uma defesa mais compacta e raras
vezes descompensada, os bávaros tiveram dificuldade em penetrar e exageraram no
remate. Principalmente Kéké que já havia conseguido dois golos em remates de
fora da área, mas que depois disso não mais teve abertura para mirar a baliza.
E não foi por falta de tentativas, mas quase sempre a bola acertava no homem
imediatamente à sua frente. E não é que o Bayern nunca mais tenha conseguido
acertar na baliza. Conseguiu-o algumas vezes, mas aí o guardião, ora por
mérito, ora por sorte, ia conseguindo manter o resultado na mesma.
A segunda parte abriu com um golaço! Com o Bayern a insistir no ataque,
Ricardo (sempre ele) fez um remate espectacular, de uma baliza à outra, um
autêntico foguete que entrou no ângulo, como se calhar não consegue outro igual
nos próximos cinquenta que tentar.
É fácil culpar Cesar que estava adiantado, mas a verdade é que o guardião
do Bayern estava onde deveria estar, mais ou menos na linha de área. Culpar
César seria tirar o grande mérito do remate…
O Bayern não foi abaixo, mas continuou a esbarrar na muralha de gente na
frente da baliza e em vez de ser criativo e tentar trocar a bola com mais
velocidade, continuou a tentar o tiro ao meco, sem grande critério.
A meio da segunda parte, mais um golo de Ricardo que apesar da oposição de
Nuno e Tony, conseguiu que o remate passasse pelo meio dos dois e ainda por
cima, direitinho ao poste mais distante.
A perder por dois e sem soluções Domingues entrou para guarda-redes, a
jogar no meio campo contrário. O Bayern ficou muito mais perigoso. Logo na
primeira tentativa Brito na esquerda da área atirou ao poste…
Após um minuto de desconto pedido, o Bayern corrigiu o posicionamento.
Passou Kéké a ser o guardião e a jogar como jogador mais recuado no ataque.
Domingues e Nuno faziam as pontas, a trabalhar na área junto aos postes e Brito
e Tony ficavam nas laterais. O Irriducibili baixou muito as linhas e o golo não
demorou com Brito a chutar na linha de área.
Depois foi Nuno a fazer o empate a quatro e o mais difícil estava feito. O
Bayern queria mais e continuou a jogar de cinco para quatro mas a sorte não
quis nada com os bávaros, tendo sofrido mais um golo caricato no último minuto
da partida...
Mais do que a equipa em si, foi o “poker”
de Ricardo que destroçou o Bayern.
Injusto por todo o esforço feito mas ao mesmo tempo um castigo acertado
para uma equipa que foi neste jogo “menos equipa” que noutros jogos.
O filme dos golos ao minuto
3m 1-0 Nuno trava o contra ataque e Brito deixa
para Kéké. Este parte para cima do
adversário, finta para o meio e remata cruzado rasteiro.
5m 2-0 Canto de Tony na direita. Kéké recebe encostado à linha. Vai para
cima do adversário, puxa ainda mais para a direita e atira cruzado.
8m 2-1 Bruno
Neves recebe na frente, sobre o lado esquerdo. Controla a bola de costas
para a baliza e com Tony na marcação, consegue rematar em jeito e fazer a bola
passar por “toda a gente” até entrar rasteira junto ao poste mais distante.
11m 2-2 Pela esquerda Ricardo ultrapassa Domingues e consegue o remate em esforço. César
não consegue fechar o poste mais próximo e a bola acaba por entrar de uma forma
estranha.
21m 2-3 Chapéu de uma baliza à outra. O ataque dos
bávaros esbarra na muralha defensiva, em plena área. Ricardo de primeira engata um grande pontapé que faz a bola
sobrevoar César, adiantado, e entra junto ao ângulo superior esquerdo da baliza.
31m 2-4 Ricardo
recebe a pivot, com Nuno na marcação, ainda fora da área. Controla a bola sem
deixar cair no chão e roda para a baliza, rematando à meia volta contra o corpo
de Tony. A bola sobra para o mesmo Ricardo, que é mais rápido que Nuno e Tony e
remata de pronto, sem mais preparação, com a bola a ir entrar junto ao poste
mais distante.
34m 3-4 Em cinco para quatro, Kéké no meio dá um
toquezinho para a meia esquerda. Brito
controla a bola e chuta ao ângulo.
36m 4-4 Novamente no cinco para quatro, Brito no
lado esquerdo descobre Tony isolado do lado contrário. Com o defesa a sair ao
caminho, Tony assiste Nuno no
coração da área.
39m 4-5 Bola por alto para o meio campo. Brito
salta mas não chega à bola que sobra para Ricardo.
Depois foi só levar até à área e perante Kéké meter-lhe a bola por entre as
pernas.
A Estrela
Mário Brito – nota 6
Ninguém terá
ficado satisfeito com a sua própria performance pessoal e muito menos com o
resultado da equipa. Brito não esteve isento de erros como todos os colegas. O
remate na primeira parte saiu sempre torto e no lance do último golo fica toda
a gente à espera que ele corte de cabeça, mas não conseguiu chegar à bola.
Claro que aí já tinha quase quarenta minutos nas pernas…
Fica o bom golo
e a boa gestão de bola ao jogar de cinco para quatro…
Os outros bávaros
César e Domingues
– 5
Nuno, Kéké e
Tony – 6
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