No 1º de Maio a vitória tinha de sorrir aos que mais e melhor trabalharam
Os 5 bávaros viram o seu sacrifício premiado com uma vitória
importantíssima, principalmente dadas as circunstâncias, mas também porque foi
contra uma equipa que apesar de estar por baixo neste início de época, é com
legitimidade uma das aspirantes à vitória final. A vitória não foi fácil
obviamente, embora por 3 golos de diferença e os bávaros acabaram por ter
aquele bocadinho de sorte, tantas vezes determinante, numa altura crucial do
jogo.
Liga Oporto Indoor (4ª jornada)
1 de Maio de 2016, 18 horas
Spartak do Viso, 3
Bayern Monchique, 6
Jogo no Pavilhão do Oporto Indoor, no Porto
Bayern M. – César; Domingues
(1), Brito (1), Kéké (4) e Tony [cap.].
TR: António Silva
Ao intervalo: 1-3
Marcha do marcador: 1-0; 1-3; 3-3; 3-6
Jogo muito difícil para os bávaros, contra um dos candidatos à vitória
final. O Spartak foi o segundo classificado da época passada e venceu a Taça,
pelo que tem legitimas aspirações. No entanto as expectativas não têm sido
cumpridas, num início de época “complicado”, onde apenas conseguiu um empate
(2-2 contra “Irriducibili 87”, próximo adversário do Bayern) e uma derrota
tangencial (2-1 contra “Omega Team”, adversário dos bávaros na semana passada).
O facto de ter um jogo ainda em atraso com a IDERP também não ajuda à moral…
No Bayern, da semana passada para esta, o mesmo número de atletas
disponíveis, apenas 5, embora agora com uma média de idades mais favorável (35
em vez dos 38). Claro que a grande diferença não foi essa, mas sim a presença
de Kéké no elenco, o que logo à partida garantia todo um novo leque de
possibilidades, no ataque ao jogo e ao resultado.
Kéké haveria de comprovar isso em campo, mas antes disso já o Bayern
entrava praticamente a perder no jogo. Alguma moleza de Brito na abordagem ao
lance (é verdade que estava quente e abafado…) e o Spartak adiantava-se no
marcador.
O Bayern não foi abaixo nem se encolheu. Demorou a marcar e antes disso já
o Spartak tinha atirado uma primeira bola ao poste, mas assim que fez o empate,
logo se seguiu o golo da remontada.
No último minuto da primeira parte chegou mesmo ao 1-3, sempre com Kéké
como protagonista.
No segundo tempo os homens do Viso continuaram a cercar a área de César,
como lhes competia, mas os bávaros defendiam com afinco. Tanto que até aos
cinco minutos já tinham acumulado 3 faltas.
O golo do Spartak aparece precisamente por Tony evitar uma falta.
Ultrapassado no meio campo, mas com todos os seus colegas mais recuados, achou
que a probabilidade de se evitar o golo era alta…
O tempo encarregou-se de lhe ensinar o contrário. Bastaram uns segundos…
Entusiasmaram-se os “spartakians”
que continuaram a carregar, inclusive de 5 para 4. Os bávaros iam fazendo o que
podiam e evitando o golo. Quando não era por mérito defensivo, era por os
remates esbarrarem nos postes.
Não aguentaram assim muito tempo. Novamente Fabinho, agora a jogar como
guardião avançado, viu uma brecha e mandou bilhete ao ângulo. Empate a 3!
Podia ter sido o ponto de viragem no resultado. O Bayern fazia um grande
sacrifício em campo e o empate era uma facada no espirito dos bávaros, mas logo
no minuto seguinte foram bafejados com uma pitada de sorte. Tony aguentou uma
primeira carga mas caiu à segunda. O livre era de muito longe mas Brito
encheu-se de esperança e mandou um bico. A bola passou incólume pela confusão
na área sem que ninguém a cortasse ou desviasse e o próprio guardião, na
expectativa de um desvio, ficou a vê-la passar.
O “tiro” não foi propriamente de sorte. A bola foi muito bem metida. A
“sorte” aqui foi o guardião ficar a olhar…
O golo colocou de novo o Bayern na frente e a pressão toda no Spartak. Os
homens do Viso começaram a perder discernimento e a discutir mais com os árbitros.
A pressão resultou em faltas. Kéké deambulou pelo meio e sofreu a sexta
falta.
Na cobrança a bola saiu muito alta.
O Bayern continuou a defender bem e a ser venenoso no ataque. Num desses
lances Kéké fugiu pela esquerda e quando se isolava sofreu uma “tesourada”.
Kéké assumiu a cobrança de novo, mas desta vez bateu em jeito e fez o golo
que à partida selaria a vitória. Só faltava um minuto para o fim, mas ainda
houve tempo para uma expulsão no Spartak, por acumulação de amarelos e um golo
de classe de Domingues, a selar o resultado final.
Foi o final feliz que um feriado ao domingo merece. O Bayern segue em
segundo lugar, a um ponto do primeiro classificado. Na próxima jornada terá
mais um jogo complicadíssimo, contra uma equipa com muita raça, que ainda não
perdeu.
O filme dos golos ao minuto
1m 1-0 Entrada soft
de Brito sobre o adversário. Sérgio consegue
contorna-lo e fazer o golo.
11m 1-1 Intercepção de Brito na entrada da área.
Lança o ataque para Kéké mas este faz uma pausa. Entrega depois em Brito na
direita e este devolve para o meio onde Kéké
penteia para o pé esquerdo e remata cruzado.
13m 1-2 Na linha de meio campo, Brito mete a bola
tensa para Tony. Este deixa a bola correr, deixando o seu marcador fora da
jogada, entra na área e assiste Kéké
que estava sozinho no miolo.
20m 1-3 Kéké
rouba a bola no meio campo e parte para a baliza com dois adversários na
perseguição. Ainda antes de entrar na área manda um bico rasteiro para o golo.
26m 2-3 Fabinho
esquiva-se a Tony no meio campo. Em superioridade numérica o golo aparece numa
rápida triangulação.
32m 3-3 Em cinco para quatro, o “guardião” Fabinho vai da esquerda para o centro e
manda um tiro ao ângulo superior esquerdo da baliza de César.
33m 3-4 Falta (dupla) sobre Tony, dois metros à
frente do meio campo, sobre o lado direito. Brito bateu em bico, com a bola a passar rasteira pela barreira e a
ir entrar junto ao poste, sem que ninguém a tenha interceptado ou desviado.
39m 3-5 Livre directo sem barreira, a castigar
falta sobre Kéké quando este se isolava pela esquerda. O próprio Kéké se encarregou de converter com
remate tenso a bater na parte de dentro do poste.
39m 3-6 Muita classe de Domingues à aproveitar uma
bola que esbarrou na defesa bávara, enquanto o adversário jogava com o guardião
avançado. Na frente da sua área, Domingues
foi o mais rápido a reagir e fez um chapéu para o meio campo contrário. A bola
encontrou o solo ainda antes da área contrária e fez o seu trajecto com toda a
calma até às redes da baliza, enquanto um adversário ainda tentava (e quase
conseguia) lá chegar…
A Estrela
Miguel “Kéké” Gomes – nota 9
Hat-trick puro a
colocar o Bayern na frente do marcador, numa primeira parte muito desgastante.
Numa segunda parte necessariamente diferente, onde os bávaros tiveram de
mostrar ainda maior espirito de sacrifício, Kéké já não apresentou os mesmos
números e eficácia, mas voltou a ser determinante na forma como assegurou posse
de bola e continuou a causar perigo. Inteligente, soube explorar e forçar o crescente
numero de faltas do adversário, conseguindo dois livres sem barreira. O
primeiro deu “três pontos para o País de Gales”, mas no segundo, a escasso
minuto e meio do final, deu a vantagem de dois golos que o Bayern precisava
para gerir a vitória.
Exibição top e
com apenas dois jogos já é o melhor marcador da Liga com 7 golos!
Os outros bávaros
Todos nota 8
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