Passaporte carimbado

Apenas cinco “salamandras” não conseguiram impedir a vitória bávara.

Num grupo em que bastava uma vitória para garantir a passagem, os bávaros fizeram o que lhes competia, carimbando o passaporte para a fase seguinte. O Celta com apenas cinco elementos traçou o seu destino nesta partida, mas até poderá passar, dependendo do resultado dos bávaros na última jornada…


Taça SuperFutsal 2010/11 (2ª jornada – Grupo A)
14 de Dezembro de 2010, 23 horas

Celta Gaia, 1
Bayern Monchique, 5
Jogo no Pavilhão Municipal de Coimbrões

Bayern M. – Domingues; Taboada (1), Pascoal (1) e Tony; Arnaldo (1).
Jogaram ainda: Litos (1), Cadu (1) e Nuno [cap.] (1).
TR: Tozé Ribeiro

Ao intervalo: 1-3
Marcha do marcador: 1-0; 1-5.

Feliciano Lima voltou ao convivio dos bávaros e estes responderam com o regresso às vitórias. Já se fala em talismans...

O jogo acaba por não ter grande história, à parte de algumas curiosidades à volta dele. Com a ausência de Chumbo, Taboada passou a ser o único totalista entre os bávaros. Domingues teve de ocupar a baliza, relembrando os velhos tempos e Taboada voltou a ser a titular, conforme tem acontecido ao longo da época. A acompanha-lo estiveram Pascoal que perdera nos dois jogos em que participara, Tony que ainda não tinha começado de início esta época e Arnaldo.

Mais que isso, os atletas comentavam que a equipa só perdia quando o Feliciano não aparecia, pelo que a confiança estava em alta.
O inicio dos bávaros não foi muito bom, como é costume. Por um lado alguma apatia e pouco sucesso na criação de espaços e por outro lado alguma ansiedade em fazer o primeiro golo. A equipa é pouco paciente e acaba por arriscar mais do que o aconselhável com alguns passes a cruzar o meio campo que em caso de intercepção, costumam resultar em contra ataques perigosos.
Acabou por não surpreender que fosse o Celta a inaugurar o marcador, mas com apenas cinco elementos no jogo, o destino das “salamandras” estava traçado desde o início do jogo e seria apenas uma questão de tempo até os índices físicos baixarem.
O Bayern não se atemorizou com o golo e continuou a “partir pedra”, o mesmo que dizer que continuou a tentar o golo, fazendo pelo caminho com que o adversário se desgastasse. A entrada de Cadu fez maravilhas pelo ataque bávaro, dando-lhe mais mobilidade e os golos foram acontecendo.

Tozé ia rodando a equipa com mais frequência que o habitual e pairava no ar uma atmosfera de “jogo amigável”…
Com um critério muito largo a equipa de arbitragem foi “perdoando” algumas faltas, para um e outro lado, incluindo uma mão na bola de Arnaldo já no seu meio campo defensivo. Isto permitiu que os bávaros chegassem ao fim sem qualquer falta, o que será por certo a primeira vez que tal acontece.

Na segunda parte os bávaros só conseguiram mais dois golos, contrariando uma tendência mais ofensiva que apresentou ao longo desta parte. O período final do segundo tempo foi bastante partido, com contra ataques constantes e estranhou-se a fraca “afluência” de golos. Algumas más decisões estiveram na base do fraco pecúlio que impediu que o marcador disparasse para números invulgares.

O que não é invulgar e mais que isso é um facto que vem sendo posto à prova todas as semanas, é que o Bayern só perde quando o talisman não aparece. Para a semana há mais uma prova dos nove...

O filme dos golos ao minuto1-0 (5m) Contra ataque rápido de Carlos Filipe pela esquerda. EM situações de dois para dois, consegue meter a bola ao segundo poste onde aparece Jorge Proença a marcar.

1-1 (10m) Cadu “arranja” espaço por entre dois Celtas e conduz a bola até à entrada da área onde entrega em Arnaldo que de pronto coloca a bola à meia altura no outro lado da área. Pascoal encosta de pé esquerdo com remate à meia volta.

1-2 (11m) Jogada semelhante de Cadu mas desta vez a ver a bola ser interceptada pelo defesa à sua frente. Litos aparece de trás e apanhando a bola na sua trajectória descendente faz o golo.


1-3 (14m) Cadu rouba a bola na direita e foge pela linha. Flecte então ligeiramente para o meio e à saída do redes remata forte para o golo.


1-4 (26m) Taboada entrega em Nuno que em zona frontal, sem preparação, chuta colocadíssimo de fora da área.

1-5 (29m) Triangulações sucessivas entre Pascoal e Arnaldo com este ultimo já dentro da área a parar a bola de pé esquerdo e a rematar de bico com o direito. A bola ainda desvia num defesa e vai entrar no ângulo superior mais afastado.

A Estrela

“Cadu” Rodrigues – nota 7

Entrou com o gás todo sendo o dinamizador da reviravolta no marcador. Os “juízes” da partida fizeram-lhe justiça elegendo-o como melhor em campo que de facto foi, com participação directa nos três primeiros golos do Bayern. Na segunda parte não marcou nem assistiu mas continuou a dar nas vistas, principalmente no empenho que demonstrou a defender e a atacar…

Os outros bávaros

Todos nota 7

Mister Tozé: nota 7

2ª fase – como vai ser
A fase seguinte desta competição volta a ser em grupos. Apenas dois desta vez mas com quatro equipas cada. Os dois primeiros de cada grupo passarão às meias finais, a duas mãos.
A curiosidade principal desta segunda fase de grupos é a disposição das equipas.
No primeiro grupo estarão os primeiros lugares do grupo A e B, juntamente com os segundos classificados do grupo C e D. No segundo grupo a disposição das equipas inverte-se.
Em caso de vitória ou empate na próxima quarta feira, o Bayern ficará no 1º lugar do seu grupo, tendo com isto uma grande vantagem, pois fará todos os jogos do grupo seguinte em casa. Já o 1º lugar do Grupo B também receberá em casa os segundos classificados dos grupos C e D, mas na ultima jornada terá de ir a casa do Bayern (em principio).
É um pormenor ditado pela sorte que poderá fazer uma grande diferença…
Neste momento, com os grupos B e D já definidos, as perspectivas mais prováveis apontam para um “grupo da morte”, com quatro candidatos ao título, Bayern Monchique, AC Gaia, A. Vai Avante e FC Matosinhos a disputarem os dois lugares de passagem às meias-finais.