segunda-feira, 27 de fevereiro de 2006

50 Jogos, muitas record(ações)


Meus amigos, o Bayern Monchique acaba de completar a meia centena de jogos oficiais, ao longo de 8 torneios. Um percurso felizmente feito de mais vitórias que derrotas. Construido com a ajuda de 20 atletas, 4 treinadores (e mais 3 aspirantes a sê-lo) e ainda as Sereias Negras, quase sempre presentes.
50 jogos! Poderá parecer pouco para alguns, até porque a equipa ou o grupo de amigos já se reúne há mais de 10 anos. O Nuno é o elemento mais antigo. Uns entraram, outros sairam, mas o Nuno herdou do tio Paulo a “braçadeira” e a responsabilidade de reunir os jogadores, marcar o campo e falar com o adversário. Será que o Paulo sabe como isto anda agora? Será que imaginava...
50 jogos! Momento histórico e altura ideal então para se fazer um apanhado do que tem sido a vida deste Clube/Equipa de amigos, mais sério e profissional que muitos que por aí andam a jogar federados. Uma saga que começou (oficialmente) a 1 de Maio de 2005 e que ainda não tem fim á vista. Esperemos que se prolongue por alguns anos...
50 jogos! É muita fruta e a confiança é cada vez maior.

As linhas que se seguem são um resumo estatistico (e não só) do que tem sido a vivência do clube. Achei que toda a gente gostará de olhar para os dados e encontrar marcas notáveis, registos positivos ou simples curiosidades nesses numeros. Não se pretende aqui enaltecer ou menosprezar quem quer que seja. Claro que há uns que dão mais nas vistas que outros, mas se me permitem a expressão, todos temos colhões, todos somos Bayern.


Os Resultados

29 vitórias; 3 empates; 18 derrotas; 256 marcados; 135 sofridos.


Os Marcos significativos

I Mega Torneio Indoor Soccer
- 1º Lugar no Fair Play no Grupo B de Matosinhos
I Global Sports Futsal Cup
- Semi-finalista
Torneio Homenagem aos Bombeiros Voluntários
- Troféu Fair Play
- 2º Melhor Marcador (Arnaldo c/ 14 golos)
9º Torneio de Futsal do C.A.C.
- 2º Classificado
- 2º no Fair Play
- Defesa menos batida (empatado c/ 12 golos sofridos)
- 2º Redes menos batido (Domingues c/ 8 golos em 5 jogos)
- 2º Melhor Marcador (Arnaldo c/ 14 golos)
- Troféu Melhor Jogador – Carlos Rodrigues
- Troféu Melhor Redes – Pedro Domingues


Os Treinadores

Manuel Maria:
- 3 torneios; 15 jogos; 9 vitórias; 6 derrotas

Luis Vicente
- 1 jogo; 1 derrota


- 1 jogo; 1 empate

Quim Zé
- 1 jogo; 1 derrota

Vitor Coutinho
- 4 torneios; 19 jogos; 12 vitórias; 1 empate; 6 derrotas

Tózé Ribeiro
- 2 torneios; 11 jogos; 6 vitórias; 1 empate; 4 derrotas

António Silva
- 2 jogos; 2 vitórias


Os Records

- Arnaldo fez já 47 jogos (falhou apenas 3)
- Norberto e Zé apenas fizeram 5 jogos


- Arnaldo já marcou 65 golos (não há dois jogadores juntos que lhe façam frente)
- Zé é o unico que nunca marcou um golo

- Garcia já marcou 7 golos num só jogo (contra os Lobos da Noite)


- Arnaldo fez 41 assistências (mais do dobro do 2º da lista)
- Rui e Jonny apenas tem uma assistência (em 8 jogos); Filipe e Dinis (ambos redes) também já assistiram uma vez
- Arnaldo já por duas vezes fez 5 assistências num jogo


- Domingues esteve 3 jogos sem sofrer golos (num deles até marcou)


- Nuno foi Capitão 25 vezes
- Há 15 atletas que nunca foram capitães


- Arnaldo já foi por 11 vezes considerado o Melhor jogador em Campo
- Canhão nunca foi MVP apesar de já ter disputado 25 jogos; Rui e Jonny (com 8 jogos) também não


- Garcia e Arnaldo já viram o amarelo 3 vezes
- Litos já viu 2 vermelhos
- Tony nunca viu um cartão (em 44 jogos); Domingues, Filipe, Nuno, Nando, Pascoal, Carlos, Norberto e Zé também não


- Litos e Norberto já tiveram uma nota 9
- Calado teve nota 1 no jogo com o CRH em que foi expulso e andou á porrada


- Domingues já não corta a pêra há 1522 dias :)


Os Tops

Jogos:
47 – Arnaldo / 44 – Tony
36 – Domingues / 35 – Ricardo / 34 – Filipe / 32 – Nuno
25 – Canhão / 23 – Calado / 22 – Nando / 20 – Pascoal
17 – Garcia / 15 – Litos / 10 – Dinis e Carlos
8 – Rui, Jonny e Nunes / 6 – Hugo / 5 – Norberto e Zé

Golos:
65
– Arnaldo
28 – Garcia e Ricardo / 27 – Tony
19 – Nuno / 15 – Domingues / 14 – Calado / 12 – Carlos / 10 – Nunes e Pascoal
7 – Litos / 6 – Canhão / 5 – Norberto e Nando
3 – Rui / 1 – Hugo, Jonny e Filipe (redes)

Assistências:
41
– Arnaldo
20 – Ricardo
19 – Garcia / 18 – Domingues / 17 – Tony / 15 – Nuno / 14 – Carlos / 12 – Calado
9 – Nunes e Litos / 8 – Pascoal / 7 – Zé / 5 – Norberto, Hugo e Nando
2 – Canhão / 1- Rui, Jonny, Dinis (redes) e Filipe (redes)

Capitães:
25
– Nuno
13 – Arnaldo
10 – Tony
1 – Litos e Pascoal

MVP's:
11
– Arnaldo
5 – Domingues
4 – Nuno e Tony
3 – Nunes, Dinis, Litos e Pascoal
2 – Norberto, Hugo, Garcia e Ricardo
1 – Zé, Carlos, Calado, Nando e Filipe


As Séries

- Arnaldo fez já 34 jogos seguidos sem faltar (a ausência no 50º jogo acabou com a série)
- Filipe foi titular em 11 jogos seguidos
- Arnaldo esteve 10 jogos sempre a marcar (um total de 23 golos)
- Garcia e Nunes fizeram assistências durante 6 jogos seguidos


Bávaros de Ouro & Prata

Garcia & Pascoal – I Mega Torneio Indoor Soccer
Dinis & Litos – XI Torneio da Académica de Leça
Domingues & Pascoal – I Global Sports Futsal Cup
Arnaldo & Tony – Torneio Homenagem aos Bombeiros Voluntários
Arnaldo & Tony – Taça Elite Futsal 2005
Norberto & Calado – I Torneio da Amizade
Arnaldo & Nunes – 9º Torneio de Futsal do C.A.C.


Curiosidades

- Calado foi MVP apenas uma vez, mas logo na sua estreia.
- No jogo com a Equipetrol, Nuno foi o capitão mas foi para o banco e nem sequer jogou.
- Ricardo nunca foi capitão apesar de ser da “fundação”.
- Dinis foi sempre titular nos 10 jogos que fez
- O Garcia não marcou qualquer golo em 8 jogos mas nos outros 9 atingiu a marca de 28 golos
- Dinis sofreu golos em todos os jogos que fez
- Domingues foi o unico suplente da equipa na sua estreia, mas acabou sendo o melhor em campo
- No jogo seguinte, seria a sua estreia no torneio da Académica de Leça, mas Domingues nem saiu do banco
- Dos 9 jogadores que pela primeira vez vestiram oficialmente a camisola do Bayern, Pascoal foi aquele que atingiu a maior “longevidade” com 14 jogos seguidos
- Na única vez em que foi capitão de equipa, Litos conseguiu... ser expulso
- O Jonny apenas uma vez foi titular, apenas marcou um golo e apenas fez uma assistência
- A “pior” nota de Dinis foi um... 6
- Dos 47 jogos que Arnaldo fez, apenas por 6 vezes não foi titular
- Nuno foi titular e capitão de equipa em todos os nove jogos do Torneio Homenagem aos Bombeiros
- Litos foi 14 vezes titular nos 15 jogos que fez
- Pascoal foi capitão uma unica vez e logo contra uma equipa formada na sua maioria por jogadores do Perafita, clube que representava na altura
- Sempre que Jonny marcou ou assistiu a equipa ganhou; pena que isso só tenha acontecido uma vez
- Litos viu 2 amarelos em jogos seguidos e 2 vermelhos também em jogos seguidos
- Ricardo, o “faro de golo” apenas por uma vez marcou 3 golos num jogo e nesse jogo a equipa marcou um total de 25. De resto sempre 1 ou 2 golos apenas.
- O Nando apenas foi titular em 4 jogos
- Garcia foi dos mais indisciplinados da equipa. Viu 3 amarelos e 1 vermelho em apenas 17 jogos
- Arnaldo já cometeu a proeza de ser o MVP em 3 jogos seguidos (contra AS4h, Auto Sueco e Bulloni)
- Filipe não saiu do banco em 5 jogos
- O Jonny já teve uma nota 7
- Nuno foi titular e capitão de equipa em todos os sete jogos do Torneio do CAC
- Canhão nunca marcou mais que um golo por jogo
- O Nando só marcou em 3 jogos, mas em 2 deles fê-lo logo a dobrar
- Norberto foi MVP nos seus 2 primeiros jogos
- Tony assistiu para golo em 16 jogos mas apenas por duas vezes conseguiu fazer mais que 1 assistência no mesmo jogo (no caso 2)
- Apenas em 2 dos jogos que defendeu, Filipe não sofreu qualquer golo
- Num desses jogos Filipe até marcou 1 golo (de penalty)
- Norberto nunca “repetiu” a mesma nota (a saber 8, 9, 4, 7 e 5)
- Arnaldo só não fez o gosto ao pé em 12 jogos
- A unica vez em que Filipe foi o Melhor em Campo, curiosamente a equipa perdeu
- O Nando já teve duas notas 4 e logo em jogos seguidos
- Domingues nunca fez mais que 2 golos ou 2 assistências por jogo
- Carlos só não foi titular no primeiro jogo de cada torneio
- O Nunes foi MVP em 3 dos 7 jogos que fez
- Jonny nunca foi sequer considerado hipotese para “Melhor em Campo” :)

sábado, 25 de fevereiro de 2006

Bayern ganha em “dois campos” e isola-se na frente

Torneio Homenagem ao Sr. Neto Costa (6ª jornada)
25 de Fevereiro 2006, 9 horas

Charutas, 1
Bayern Monchique, 2
Jogo no Pavilhão do Fluvial, em Lordelo
Árbitro: Tózé Ribeiro e Joaquim Neves
Charutas – P’Quenino; Cesar, Dentinho (1) e Chico; Carlos [cap.].
Jogaram ainda: Pepe e Chibata.
TR: Carlos Silva
Bayern M. – Filipe; Carlos, Nuno [cap.] e Tony (2); Domingues.
Jogaram ainda: Hugo e Canhão.
TR: Vitor Coutinho
Ao intervalo: 1-0
Marcha do marcador: 1-0; 1-2.

Tony marcou e Carlos segurou

Foi um jogo muito disputado e equilibrado, onde o Bayern ganhou com justiça mas não sem sacrificio. Valeu o killer instinct de Tony e a eficácia defensiva de Carlos para virar e depois aguentar um resultado que era negativo no fim da primeira parte.

Sabia-se de antemão que a sexta jornada deste torneio seria uma das mais interessantes e importantes da competição. Nada mais nada menos porque se bateriam entre si as quatro equipas mais bem classificadas. Mais interessante ainda porque as três primeiras se encontravam empatadas com doze pontos. Dois pontos abaixo a AXA fechava o dito pelotão da frente.
A equipa de Lordelo apresentou-se na máxima força com destaque para o pivot Carlos, autor de cinco golos na jornada anterior e que com 10 golos no total ocupava o segundo lugar na lista dos melhores marcadores atrás do bávaro Arnaldo. Arnaldo esse que estava em duvida devido a uma lesão muscular acabou por não se equipar confirmado assim a sua ausência no grande embate.
Do lado do Bayern, apenas sete jogadores presentes, devido á ausência do seu melhor marcador e de duas baixas de última hora: - Nunes devido a uma constipação e Ricardo a contas com uma inesperada... dor de cabeça. E ainda há quem critique a abundância de opções...

O cinco inicial dos bávaros não surpreendeu. Coutinho apostou em Nuno a fixo, Tony e Carlos nas alas e Domingues no centro do ataque.
As duas equipas mostraram-se cautelosas de inicio. O Bayern trocava a bola até meio campo mas daí para a frente não era grande a clarividência. O lance de maior perigo bávaro aconteceu numa triangulação pela direita entre Domingues e Tony com este ultimo a rematar ainda afastado da baliza e P’Quenino a defender para canto.

Do lado contrário as dificuldades de penetração também eram grandes mas aos cinco minutos, em lance de felicidade á mistura, Dentinho penetrou aos repelões pelo meio, beneficiando de ressaltos e rematou para o fundo da baliza, de nada valendo a saída hesitante de Lipe e a presença de dois defesas.
Hugo entrou para o lugar de Tony e mais á frente foi Carlos a ceder o seu lugar a Canhão. Logo que entrou Canhão causou perigo. Domingues recuperou uma bola e isolou com um passe de trivela Canhão. Este teve tempo de virar e rematar de pé esquerdo. O redes não tinha hipotese mas a bola foi bater no poste esquerdo e saiu. Um minuto depois, novamente Canhão em foco. Desta vez lançado pela direita com um passe rasgado de Domingues, mas o remate saiu ao lado.
Já com Tony de novo em campo, no lugar de Domingues, Nuno protagonizou um dos lances chaves da partida. Furtando-se a dois adversários junto á linha lateral, o rejuvenescido Capitán bávaro fez um pique pela esquerda que só terminou com um tackle do redes contrário, que fez com que o capitão bávaro tivesse de abandonar a partida. O choque entre os dois atletas que causou uma entorse no tornozelo direito de Nuno nada teve de maldoso, mas a entrada de carrinho é faltosa em futsal e deveria ter sido sancionada com falta, mas tal não aconteceu apesar da proximidade do árbitro Tózé.
Nuno teve de sair e para o seu lugar entrou Carlos que se fixou na mesma posição do capitão. Pode parecer estranho, mas com esta aposta inesperada (Tony ou Mingues seriam as hipoteses mais provaveis para o lugar de fixo), Coutinho ganhou a partida! Carlos foi sempre superior ao seu homónimo adversário, antecipando-se amiúde e ganhando a maior parte dos lances que disputou com o pivot contrário, sem duvida o jogador mais perigoso dos Charutas.

Na segunda parte o Bayern entrou bem mais aguerrido e decidido a marcar. Tony foi o primeiro a criar perigo. A passe de Hugo, Tony recebeu de costas para a baliza, rodou sobre o adversário e ficou na cara do redes, mas o remate já em esforço saiu á figura de P’Quenino que saíra destemido tendo defendido para canto.
Foi mesmo de um canto que surgiu o golo do empate. Na esquerda Tony recebeu, preparou e chutou mas a bola bateu num adversário e voltou para o bávaro que novamente puxou para o meio e aplicou um remate forte e indefensável. 1-1 e a festa dos Ouro & Negro agora mais aliviados e motivados para a reviravolta.
O jogo ficou ao rubro e a equipa que marcasse, dificilmente saíria do recinto derrotada. Marcou o Bayern e o mérito do segundo golo é sem duvida de Domingues. Ele é que soube esperar o momento certo, chamar a si os defesas e guarda redes e passar então a Tony no lado esquerdo que também teve o mérito de acreditar no lance e só teve de encostar com o pé esquerdo na passada. O golo deu então origem a um festejo festivópaneleiro entre Tony, Mingues e Canhão.
Os Charutas vieram para cima do Bayern, ou pelo menos tentaram, mas estiveram sempre muito dependentes da boa recepção do seu pivot na frente, coisa que quase nunca aconteceu pois Carlos (recém descoberto fixo da equipa), esteve insuperável na marcação. Assim e apesar de alguma angústia nos minutos finais da partida, pese embora o adversário nunca tenha criado lances de verdadeiro perigo, o Bayern chegou ao fim do jogo - o 50º oficial - com mais 3 pontos na carteira e já alcançou a três jornadas do fim, o mesmo numero de vitórias (5) com que terminou o torneio anterior.

No jogo que fechou a jornada, a AXA levou de vencida uma equipa da Padaria Barbosa mais preocupada em pressionar mentalmente o adversário e a discutirem entre si, do que propriamente interessada em jogar futebol. Desta forma a dita Companhia de Seguros também ajudou os bávaros a isolarem-se no topo da classificação, agora a dois pontos... da própria AXA, que é neste momento o rival mais bem posicionado para poder destronar os bávaros. O jogo entre os dois titãs está reservado para a penultima jornada, mas antes disso o Bayern ainda defrontará a “incomodativa” equipa do Café Novo Sport.

Os homens do Bayern

Houve muita atitude, concentração e vontade de vencer

Tony vestiu a pele de Nokas
Carismático jogador apontou os golos do saboroso triunfo

Não há Nokas, há Tony. O carismático jogador bávaro regressou em boa hora à equipa, após um fim-de-semana à experiência no Marselha, e foi ele que apontou os golos do triunfo, fazendo esquecer a ausência de Nokas, o melhor artilheiro da equipa.
Mas seria uma tremenda injustiça não elogiar também o grande carácter e atitude dos restantes bávaros, com nota mais para Mingues, Cadu e Lipe. Capitan, Canhão e Hugo foram igualmente importantes, embora sem o brilho de outras ocasiões.
A equipa cumpriu as indicações de Vítor Coutinho e justificou a felicidade de dar a volta ao resultado, conquistando uma vitória muito saborosa que foi dedicada a Nokas, que ainda se encontra a recuperar de lesão.


Filipe (7) - Eficaz
Sempre ortodoxo, assinou uma exibição eficaz, à semelhança do que já tinha produzido a meio da semana, frente ao 803. Disfarçou algum nervosismo à medida que ia travando inúmeros remates com os pés, acabando por se tornar uma peça importante na conservação da magra mas preciosa vantagem.
Nuno (6) - Infeliz
Elemento mais recuado da equipa, Capitan sentiu algumas dificuldades na marcação ao nrº 10 da equipa adversária. Apesar do tremendo empenho, o jogo não lhe estava a correr de grande feição, contrariando as excelentes indicações deixadas no último treino. Em manhã infeliz, acabou por se lesionar, numa jogada em que entrou – surpreendentemente – com tudo numa disputa de bola com o guarda-redes. Não mais entrou em campo mas, felizmente, foi só o susto.
Carlos (8) - Versatil
Que grande jogo fez Cadu! Jogador de finas artes técnicas, com condão pelo golo, mostrou neste jogo que também sabe ser um jogador de equipa, de sacríficio, vestindo o fato-macaco numa surpreendente versatilidade até aqui desconhecida. Face à lesão de Nuno, assumiu o posto mais recuado e foi... enorme. Apesar da pequena mazela no pé, não se escondeu e fartou-se de cortar lances «in-extremis», fazendo uso de garra e grande agressividade. Está contagiado pelo espírito bávaro.

Tony (8) - Decisivo
Grande segunda parte do carismático jogador bávaro. Tony já merecia um jogo assim. Pelo empenho e dedicação que empresta à causa bávara. Foi, indiscutivelmente, a figura do jogo, não só pelos golos, mas também pelo grande coração que demonstrou ao longo da partida. Determinado no golo do empate, num remate forte à entrada da área, no sítio certo no tento do triunfo, após assistência soberba de Mingues. Cumpriu a sua promessa.
Domingues (7) - O carteiro
Está intimamente ligado à vitória da equipa e o lance do segundo golo marca decisivamente a sua grande exibição. Uma jogada onde mostrou grande leitura de jogo, sentido colectivo, experiência e muita qualidade. Recuperou a bola a meio-campo, ganhou posição e quando quase todos esperavam o remate final, eis uma assistência açucarada para Tony facturar. Foi mais que meio golo. De resto, uma atitude fantástica. É indispensável no seio do grupo.
Hugo (6) - Discreto
Espera-se mais deste miúdo promissor e com qualidades para ganhar um espaço mais consistente na equipa bávara. Hugo joga fácil, tem boa leitura de jogo, e defende e ataca na mesma medida. Não brilhou, mas também não teve oportunidades para isso. Essencialmente, também foi precioso na recta final, onde foi preciso toda a força do Mundo para aguentar a reacção adversária.
Canhão (6) - Perdulário
O primeiro lance retrata o resto da sua exibição. Mingues fez uma assistência perfeita, Canhão ficou na cara do redes e disparou ao... lado. Cena que se repetiu mais duas/três vezes, embora também tenha sido infeliz na bola que foi ao poste. A Bruna dá-lhe a volta à cabeça, mas os festejos à Lucho ficarão para outra ocasião. Breve, espera-se. Também ajudou no final a segurar o resultado, embora aparentemente tenha acusado alguma quebra física.

Resultados e Classificação

Petrogal 2 – 5 PT
Esegur 2 – 5 Café Novo Sport
Auto Sueco 2 – 3 Norteshopping
AXA 6 – 4 Padaria Barbosa






O Bayern está isolado no comando sendo perseguido por um equilibrado pelotão de 4 equipas encabeçado pela AXA. Na segunda metade da tabela, já muito afastados das grandes decisões, quatro equipas lutam pelo sexto lugar e ainda sobra a Auto Sueco que se destaca por não ter ainda sem qualquer ponto amealhado.


Melhores marcadores
Arnaldo do Bayern e Mário da AXA lideram com 11 golos. Seguem-se Carlos dos Charutas e Manuel Nogueira da PT com 10 golos.

Enviado Especial: Tino Vilas

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2006

Título fica a Norte...


Torneio Homenagem ao Sr. Neto Costa (5ª Jornada)
18 Fevereiro 2006, 9 horas

Bayern Monchique, 4
Norte Shopping, 2

Jogo no Pavilhão do Fluvial, em Lordelo
Árbitros: Tozé Ribeiro e Joaquim Neves
Bayern Monchique – Lipe; Capitán, Mingues, (1), Cadu e Nokas (2)
Jogaram ainda: Hugo e Dove (1)
TR: Vitor Coutinho
Norte Shopping – Worten; Fnac, Lusomundo, McDonalds e Rádio Popular; Jogaram ainda: Intimissi, Sport Zone e CA
TR: Belmiro Azevidini
Disciplina: Cartão amarelo a Arnaldo

Ao intervalo: 1-1
Marcha do marcador: 1-0; 1-2; 4-2

Conta foi pequena mas lucrativa

Regresso às vitórias do BM, após a frustrante ponta final do Torneio do CAC, onde a equipa terminou na segunda posição após ter alimentado legítimas esperanças de conquistar o trono. Também no Fluvial, a equipa bávara vinha de uma derrota inesperada frente à PT. Palavra de ordem: vencer para recuperar a moral e afugentar todos os fantasmas. Esta a principal mensagem de Mister Coutinho na palestra que antecedeu o encontro.

Eles já estão a aquecer!

Não deixou de ser curioso, já que normalmente a formação bávara, exemplo de profissionalismo e dedicação, costuma ser sempre a primeira a pisar as quatro linhas do verdadeiro congelador do Fluvial. Explicação: a porta do pavilhão abriu cedo, mas a comitiva ficou cá fora à conversa, sendo iludida pela presença de dois adversários que aparentemente também estava à espera que a porta se abrisse.
O Garganta chegou e entrou. Bastaram alguns segundos e confirmou-se o que ninguém esperava: a porta estava aberta e os atletas já podiam estar a equipar-se tranquilamente há mais tempo. Assim, foi uma «lufa-lufa», dado o adiantar da hora, e no acto da palestra do sábio mister Coutinho, o Garganta (não confundir funda) interrompeu o treinador para dar conta que a equipa adversário já estava a aquecer e o Bayern estava atrasado. Muita pressão…

Onde está o 8?

Mingues, que beneficiou da ausência de Tony (em testes no Marselha), recebeu instruções bem definidas: não deixar o nrº 8 jogar! Segundo indicações de mister Coutinho, este seria o elemento que poderia causar mais problemas à equipa bávara. Mingues recebeu a mensagem, mas logo no aquecimento viu-se em palpos de aranha, face a um problema detectado por Arnaldo: «Mingues, tás fodido! Onde está o 8? Não vejo ninguém com esse número!». Incrédulo, Mingues não escondeu a sua preocupação mas, igualmente sempre atento e profissional, descobriu a pólvora. O homem estava mesmo lá: o número é que estava nos calções. Na camisola, o dorsal era outro. Tudo para confundir o Bayern, mas até nisso a equipa foi grande!

Esperar por eles

Escaldado pelo último jogo, onde viu a equipa sofrer demasiados golos em contra-ataque, mister Coutinho deu indicações para estancar o jogo e não partir desenfreadamente para o ataque, pedindo mais esforço e consistência. Os jogadores aceitaram o repto e o jogo começou equilibrado. A formação do Norte Shopping, que ainda não venceu qualquer jogo, mostrou que estava ali para discutir o resultado e provou que é uma equipa com condições para criar embaraços a qualquer adversário. O início foi equilibrado, mas a espaços o Bayern ia criando perigo, sobretudo, por Arnaldo, o elemento mais rematador, embora com a mira algo desajustada.

Os golos

Na sequência de um lançamento lateral, Arnaldo combina com Carlos e, de ângulo apertado e em bico, desfere um remate indefensável, conseguindo um golo de belo efeito. Estava, assim, aberto o marcador. O adversário reagiu, mas sem conseguir ocasiões de verdadeiro apuro. Paradoxalmente, na sequência de um pontapé de canto a favor do Bayern, os lojistas chegaram ao empate. Bastou uma perda de bola, contra-ataque rápido, Hugo e Nuno não chegam à bola e um adversário intrometeu-se pelo meio, iludindo Lipe que ficou a ver jogar…

Brincar com o fogo

O início da segunda parte é o melhor período dos homens de Norte. Corolário de alguma pressão, o 1-2 obtido numa recarga, após a bola ter sido devolvida num primeiro remate pelo poste. O Bayern tinha, definitivamente, o resultado em risco.
Do banco, surgem incentivos e, após algumas tentativas, Dove empata partida, num lance em que há mérito de Nuno que desarmou, de forma aguerrida, um adversário. A partida estava relançada.

Só atacantes

Mister Coutinho lança novamente Arnaldo e retira Nuno. Na quadra, encontravam-se, então, para além do guardião Lipe, Arnaldo, Hugo, Dove e Carlos, elementos com grande propensão ofensiva. O risco era grande, pois todos atacavam e a defender ninguém se entendia. Coutinho manda Nunes recuar, mas era Arnaldo que se mantinha mais na rectaguarda. O lance que decide a partida tem dedo de Carlos e Nunes e marca definitiva de Arnaldo. Os dois atacantes lutam pela posse do esférico entre o guarda-redes e um defesa e bola fica a pingar. Arnaldo, que acredita no lance, grita para Carlos que deixa a bola para este rematar em jeito e forte na passada, fazendo a bola entrar novamente junto ao ângulo. Um golo muito festejado!

Enfim, tranquilos…

O Bayern estava na frente e o relógio jogava a favor. Não faltava muito para o final. A vitória era fundamental para manter as aspirações intactas. A equipa tentou segurar a bola e os lojistas, só em remates de longe, ameaçaram. Arnaldo, em mais uma acção individual, deixou por terra um adversário e na linha cruzou para Mingues, que qual «matador», sentenciou a partida, bastando um toque subtil para desviar a bola para o fundo das redes. Seguiu-se um abraço longo entre os dois carismáticos jogadores bávaros. O Bayern está vivo!
Amanhã, seguem-se os Charutas, equipa com os mesmos pontos e motivada pela possibilidade de atingir o primeiro lugar. Mas o Bayern também joga forte e tem as suas armas. Afinal, quem tem os XXXXXXX? Um belo jogo em perspectiva!

Um-a-Um

Houve empenho, alma e muito Nokas

Chamam-lhe estratega…

Lipe Arak (6): Por vezes inestético lá conseguiu levar a água ao seu moinho, conseguindo travar alguns remates de dificuldade relativa. Mas ficou preso na linha no primeiro golo, acabando por ser mal batido. No segundo, viu a bola bater no poste e, na recarga, não teve quaisquer chances. Na retina, uma bola aparentemente fácil que por pouco não passou por debaixo das suas pernas. Que susto!

Nuno Capitán (6): Desta vez, menos móvel e pouco confiante. Subiu de produção no segundo tempo, período em que «cresceu» no terreno e, inclusive, recuperou a bola que sobrou para o golo do empate obtido por Dove. Acabou por cima, após um período menos bom.

Pedro Domingues (7): Grande atitude competitiva e muita vontade de vencer. Mingues foi um elo de ligação entre os sectores e viu premiado o seu esforço com o golo da tranquilidade obtido ao cair do pano. Um passe errado em zona proibida não mancha uma actuação muito positiva.

Carlos Cadu (7): Não marcou, mas merecia, tanto o empenho que colocou em campo e a habilidade técnica que demonstrou em situações apertadas. Esmerou-se nas assistências estando na origem do primeiro e terceiro golo. Saiu lesionado, após choque com o guarda-redes.

Arnaldo Nokas (8): Mais um jogo em cheio de nrº 7 bávaro. Foi o motor da equipa, participando nas melhores acções e assumindo a responsabilidade de gerar jogo e arte. Dois golos de calibre extra, fazendo a bola entrar no sítio onde a coruja dorme. Assistiu ainda Mingues para o tento da tranquilidade.

Nunes Dove (7): Sentiu dificuldades em impor o seu jogo forte e feito na passada, face à reduzida dimensão do terreno. Não foi surpresa. Ainda assim, lutou muito e deixou a sua marca, iniciando a reviravolta no marcador, com um remate forte à entrada da área que resultou no 2-2.

Hugo (6): Já lhe vimos fazer melhor, mas ainda assim deu um contributo útil, demonstrando bom toque de bola e leitura de jogo. Esteve perto de marcar em duas situações, mas não foi feliz. Aos poucos, começa a estar mais entrosado com o grupo dentro e fora das quatro linhas.

Os golos

1-0: Um golo à… Arnaldo. Remate em bico cruzado a fazer a bola entrar no ângulo
1-1: Contra-ataque rápido e desvio subtil para Lipe ser mal batido
1-2: Remate forte à entrada na área, bola ao poste, e recarga fácil
2-2: Nuno faz pressão e recupera, sobrando a bola para um remate forte de Dove
3-2: Muita pressão à saída da área e Carlos deixa a bola para Arnaldo fuzilar
4-2: Arnaldo deixa para trás um adversário e cruza para Mingues finalizar

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2006

Ensaio muito positivo


Bávaros cilindram 803 em jogo treino

A meio da semana e depois de garantir a continuidade no primeiro lugar do Fluvial, com uma vitória sobre o Norteshopping, o Bayern deslocou-se á Senhora da Hora para defrontar um adversário de outro "escalão". O jogo treino com o 803 (agendado há mais de 15 dias) insere-se numa tentativa da SAD bávara de conferir á equipa e seus atletas mais experiência e traquejo. Esta politica relativamente recente de defrontar equipas de competitividade superior deve-se essencialmente aos planos futuros da equipa de Monchique. A médio prazo é já certo e sabido que os bávaros querem repetir a presença no certame de verão mais forte da Cidade do Porto e arredores. O torneio da Académica de Leça, a ter lugar em Junho, é já há alguns anos o palco mor do futsal no verão, agregando jogadores que vão desde os simples jogos a brincar até a alguns que fazem do futsal a sua profissão e passeiam a sua classe na I divisão do Futsal nacional. Além disto, também a curto prazo poderá o Bayern tirar dividendos destes treinos. A meio do torneio no Fluvial, é chegada a hora das grandes decisões e os responsáveis bávaros temem algum enfraquecimento a nível psicológico dos seus atletas. A direcção já colocou a fasquia lá no alto. A vitória no torneio é mesmo o objectivo numero 1 e para isso será necessária muita força mental, até porque a luta promete. As 5 primeiras equipas separadas por apenas 3 pontos deixam antever uma recta final escaldante. O recente segundo lugar no torneio do CAC deixou um sabor amargo, principalmente por se ter morrido na praia, ou seja na ultima jornada, logo após se ter conseguido atingir o primeiro lugar. Terá faltado algum estofo de campeão...
Este jogo de terça feira acabou no entanto por servir mais os interesses desta segunda vertente, do que propriamente da primeira. Jogadores como Litos e Norberto que deverão fazer parte do plantel em Leça não puderam marcar presença neste treino e como tal coube á habitual prata da casa, a tarefa de enfrentar a experiente equipa da Senhora da Hora.

Nelson Ribeiro, o treinador do 803, com muitos jogadores (14) á disposição optou por escolher uma equipa mista por assim dizer. Misturou algumas das primeiras escolhas habituais com jogadores que normalmente não fazem parte dos seus planos.
Já Tózé Ribeiro (nada de afinidades com o técnico adversário), sem muito por onde escolher, iniciou a partida com Filipe na baliza (que grande exibição) e Nuno, Tony, Domingues e Hugo na frente. No banco ficaram Arnaldo e Canhão que viria a ser decisivo na vitória bávara. Já Ricardo, esse faltou sem razão aparente...

O Bayern não entrou mal mas a verdade é que não demorou muito a sofrer o primeiro golo. Um remate cruzado e enrolado com destino á linha de fundo foi o suficiente para que o 803 se adiantasse no marcador. Tony não acreditou na perigosidade do lance e acabou por desguarnecer as costas onde apareceu um adversário a encostar.
O jogo porém acabou por correr de feição aos bávaros que mesmo não dispondo da mesma posse de bola do adversário, conseguiu com as suas humildes armas, levar de vencida o seu orgulhoso adversário, que não esperaria por certo perder contra uma equipa de amigos.
Canhão marcou de pé esquerdo o golo do empate. Domingues colocou o Bayern em vantagem e Tony já na segunda parte ampliou esse resultado. Pelo meio um golo (mal) anulado a Canhão por pretensa falta que não existiu. Hugo viu também um golo ser-lhe anulado e novamente mal, mas Domingues ainda fecharia o marcador fixando o resultado em 1-4.
O resultado é justo e deveria ter sido mais dilatado. O Bayern fez um bom jogo, com o sentido da baliza e aproveitou alguns erros a meio campo do adversário para garantir a vitória. O 803 com um futsal muito menos directo que os bávaros, mais apoiado e com muita troca de bola, poderá ter sido vitima da sua própria superioridade. Alguns jogadores terão relaxado quando se aperceberam que defrontavam uma "simples" equipa de amigos e isso terá sido fatal.
No Bayern, Filipe e Canhão estiveram em grande nível e repartiram a atenção das objectivas. Filipe esteve muito bem, muito atento e ágil a defender, tanto com as mãos como com os pés e o adversário não era nada fácil. Canhão (na foto) foi essencial na reviravolta do marcador. Com o seu cabelinho ao vento, demonstrou garra, velocidade e até pontaria, três factores muitas vezes desenquadrados das suas exibições habituais. Acabou por ser a estrela mais brilhante numa equipa onde também Tony e Mingues sobressairam, com 1 e 2 golos respectivamente. Hugo foi importante pela experiência e determinação, pelas bolas que roubou e pela forma como sempre lutou. Nuno impõe respeito atrás e contra equipas deste gabarito isso é muito importante. Ontem acabou por fazer o jogo todo numa prova cabal de que está em forma e que as dores nos joelhos são um mero reflexo no espelho, sempre presentes mas não impeditivas.
Por ultimo Arnaldo que não teve grande oportunidade de se mostrar. "Rasgou-se" após um sprint infrutifero. Uma lesão muscular atirou-o para o banco e lá ficou até final do jogo. A ver vamos se não será impeditivo de prestar o seu contributo no confronto importante que se avizinha.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2006

Árbitro protagonista, Bayern na penúmbra


9º Torneio de Futsal do C. A. C. (7ª e ultima jornada)
11 de Fevereiro 2006, 11.00 horas

Millennium BCP, 4
Amigos do Loureiro / Bayern Monchique, 2
Jogo no Pavilhão Municipal, em Moreira da Maia
Árbitro: João Sem Pescoço
Millenium – Sábio; Sergio, Anunciação [cap.] e Rui (1); Nuno (3).
Jogou ainda: Pedro
TR: Luis Milla
Disciplina: Anunciação e Nuno (Amarelo por entrada violenta)
Bayern M. – Domingues; Nunes, Nuno [cap.] e Carlos (2); Arnaldo.
Jogaram ainda: Zé, Canhão, Tony e Ricardo.
Disciplina: Arnaldo (Amarelo por protestos)
TR: Tózé Ribeiro e Vitor Coutinho
Ao intervalo: 3-1
Marcha do marcador: 3-0; 3-2; 4-2.


Eu estou aqui...

Sabia-se que a missão era dificil. O Bayern tinha de enfrentar um adversário de valor e a Pedreira tinha um adversário fácil no último jogo, tendo o maior favoritismo para decidir o campeão. Cabia ao Bayern pôr a pressão no rival, “apenas” tendo para isso que vencer o seu jogo, quer fosse por 10 quer fosse por 1. Não o conseguiu. Faltou um “je ne sais quoi...”

Foi uma jornada e um dia azíago para o Bayern. Ás nove da manhã defrontou e perdeu com a PT no torneio do Fluvial, pondo termo a uma série (inédita) de 7 vitórias consecutivas. Depois ás onze não conseguiu dar seguimento a uma bela campanha que protagonizou e perdeu pela primeira vez no torneio do C.A.C.

Durante a semana os bávaros apenas pensaram em ganhar. Ganhar por muitos... quanto mais melhor. Só que o jogo não se faz com apenas uma equipa. Como canta Abrunhosa na publicidade do Millennium, "Eu estou aqui..." e os homens do banco lá estavam. "Nós estámos aqui" terão pensado os seus jogadores e "estamos aqui para ganhar". Ganhar, não porque poderiam chegar ao segundo lugar (que já não podiam), mas ganhar, porque ninguém gosta de perder. Ninguém gosta de perder quando se joga a feijões e ainda menos se gosta quando se defronta um adversário que está em primeiro lugar.
Por fim há ainda a terceira equipa. Uma equipa que não deve ganhar ou perder jogos. Uma equipa que deve ser neutra mas que quase nunca o consegue ser...

Enfim, é certo que o árbitro foi um palhaço. Prejudicou os bávaros ao longo de quase todo o torneio e nesta partida em especial decidiu sobressair. Deu um amarelo ao capitão do Millenium quando a falta talvez exigisse ainda mais, mas pelo caminho amarelou também Arnaldo e cumulo dos cumulos, mostrou o segundo amarelo ao nº 11 contrário e... não o expulsou!?!?!
Para tentar compensar, foi ao longo da segunda parte perdoando algumas faltas aos bávaros, mas um erro não se compensa com outro.
É certo que o árbitro prejudicou os bávaros mas faltou também algo. Faltou provavelmente algum estofo... O Bayern nunca se viu nestas andanças. O máximo que alcançou foi uma meia final de um torneio, nunca tendo disputado até ao fim a decisão de um titulo. As pernas dos jogadores não tremeram, é verdade, mas faltou ali alguma calma e concentração para se conseguir virar um resultado que desde cedo se tornou negativo e gradualmente foi aumentando. Houve muitos erros defensivos, o ataque não funcionou e com isto o Bayern estendeu a passadeira vermelha á equipa da Pedreira que acabou por ser um justo campeão.
O balanço é no entanto francamente positivo. O 2º lugar é a melhor classificação de sempre dos bávaros numa competição oficial (e esta já é a sétima), apenas ficando o amargo de boca de se acabar com uma derrota. Para piorar, o Bayern perdeu também neste ultimo jogo, a possibilidade mais que justa de ver o seu guardião Domingues, vencer o prémio de melhor redes. Foi pena! O prémio não poderia ser mais merecido...

Os homens do Bayern

Domingues (5) esteve em dia não. Pouco defendeu e mesmo assim sofreu quatro golos. O capitão Nuno (5) esteve um tanto apático e deu muito espaço ao nº 11 para este poder marcar o primeiro golo. Nunes (5) batalhou muito, foi uma das revelações do torneio, mas no fim deste jogo poderia ter borrado a pintura com uma ou duas entradas maldosas. Arnaldo (5) não apresentou o habitual poder de explosão e não marcou qualquer golo deixando a equipa carente. Canhão (5) tentou mexer-se na frente mas nem sempre no melhor sentido. Tony (5) parece cansado e fez um torneio aquém. Ricardo (5) pouco se viu (ou cheirou...).
O destaque nesta partida vai para dois elementos: - Pela negativa, Zé (4) borratou a boa impressão que deixou no torneio, emperrando muito o jogo. Esteve muito distante do atleta experiente e muito rápido que surpreendeu colegas e adversários neste torneio. Neste ultimo jogo, só queria meter a bola na frente, nunca passando ao lado e preferindo guardar a bola, isto enquanto o tempo ía correndo contra o Bayern. Pela positiva e como melhor em campo dos bávaros, Carlos (6) que mesmo sem fazer uma grande partida, cumpriu até ao final com a tradição e marcou em todos os jogos, o que é de facto assinalável e merecedor desta ultima homenagem.

Enviado Especial: Tino Vilas

sábado, 11 de fevereiro de 2006

“Oferta Bávara de Aquisição” saiu gorada


Torneio Homenagem ao Sr. Neto Costa (4ª jornada)
11 de Fevereiro 2006, 9 horas

G. D. Portugal Telecom, 5
Bayern Monchique, 3
Jogo no Pavilhão do Fluvial, em Lordelo
Árbitro: Tózé Ribeiro e Joaquim Neves
PT – Lopes; Marques, Nogueira [cap.] (2) e Mummy (2); Costa (1).
Jogaram ainda: Oliveira e De Wilde.
TR: Arnaldo Silva
Bayern M. – Domingues; Tony [cap.], Nando e Arnaldo (2); Ricardo (1).
Jogaram ainda: Hugo e Canhão.
TR: Vitor Coutinho
Disciplina: Hugo (Amarelo por mão inexistente)
Ao intervalo: 3-1
Marcha do marcador: 1-0; 1-1; 3-1; 3-2; 5-2; 5-3.

PT recusou a... OBA

O Bayern começou mal o dia. A manhã que se esperava ser de festa e muito provavelmente o dia mais importante da história ainda curta do agremiado bávaro, começou cedo, com uma derrota justa, imposta pelos homens da PT, que mais uma vez demonstraram ser uma equipa/empresa forte e nada disposta a ser açambarcada por outros grupos ou empresas.

Com Vitor Coutinho de regresso ao comando tecnico no fluvial, os bávaros entraram dispostos a continuar na senda das vitórias (7) recentes. Do outro lado porém, uma equipa com outros planos. A PT partiu para esta jornada no 6º posto classificativo, fruto de duas derrotas contra o Café Novo Sport e a AXA e uma vitória sobra a Esegur. A parte inferior da tabela não faz justiça á equipa que o é de facto e bem organizada. Talvez o maior handicap dos homens das comunicações seja a média de idades, já algo elevada, mas nem por aí os bávaros conseguiram se superiorizar. Na realidade também só tinha sete elementos convocados (igual ao adversário) e não conseguiu pôr em prática uma táctica que poderia passar pelo desgaste contrário.
Não demorou muito para que a PT marcasse. Nogueira, o capitão dos azuis, fintou Tony no meio campo e rematou prontamente de bico, fazendo a bola passar por debaixo das pernas de Domingues.
O Bayern empatou por Arnaldo com remate forte e de bico ao ângulo. Um belo golo!
Depois foi o descalabro. Em contra ataque em clara superioridade numérica, Mummy atirou a contar com Domingues ainda a tocar na bola e a deixar a sensação de poder fazer melhor. Foi por esta altura que começou a ser protagonista o árbitro. O “Abominável Homem das Neves” mostrou o cartão amarelo a Hugo por pretensa mão na bola. A verdade porém é que Hugo cortou uma bola com o joelho e toda a gente foi testemunha disso, menos o árbitro. A Taça Disciplina não vai ser fácil com este abominável ser que precisa de óculos.
A PT chegou ao terceiro golo num livre. Erro de palmatória de Arnaldo que passou novamente a Domingues depois de este lhe ter passado a bola. Do livre que teve de ser marcado em cima do risco resultou o golo, o segundo de Nogueira, com um remate enrolado e feliz. 3-1 foi o resultado para o intervalo.

No recomeço da partida notou-se que o Bayern entrou com tudo e o adversário chegou a tremer, mas a pontinha de sorte de outras partidas faltou. Arnaldo ainda reduziu em remate cruzado e com sorte num ressalto mas depois falhou sempre algo. Entretanto o abominável continuava com a sua cruzada contra os bávaros, com faltas ao contrário e a marcação de um livre perigoso sobre uma falta que não existiu.
Canhão mandou uma bola ao poste e a partir daí a produção atacante foi descendo gradualmente até se instalar alguma angustia e ânsia excessiva em marcar. Para ajudar ao desvario a PT voltou a marcar em lance de alguma felicidade mas onde a defesa bávara também voltou a não ser eficaz. Lopes bombeou uma bola para o meio campo bávaro. O defesa foi batido e Costa teve espaço para o remate. Domingues defendeu para a frente e Costa completou.
O tempo urgia e a confiança na reviravolta diminuía. Num ataque bávaro a bola foi endossada a Mingues que tentava ajudar a equipa sendo mais um elemento de campo. Infelizmente Domingues controlou e chutou mas a bola embateu em Mummy que conseguiu apoderar-se da bola e rematar em jeito para a baliza fazendo o quinto golo e destruindo as já ténues esperanças do Bayern.
Antes do final, Ricardo ainda reduziu após triangulação com Arnaldo. Pouco depois chegou assim ao fim a tentativa do Bayern de levar os três pontos ou sequer um. Á oferta bávara os homens da PT fizeram uma contra-proposta e venceram.

Os homens do Bayern

Domingues (5) Jogo em que demonstrou pouco acerto. Defendeu apenas o possivel e esteve longe de ser o elemento preponderante que habitualmente é.
Nando (5) Muitos passes falhados. Passes longos que muitas vezes sairam sem nexo. De resto muito esforçado.
Tony (5) Nada de relevante a apontar além do lance do primeiro golo em que facilitou perante um adversário aparente e ilusóriamente sem pernas para fazer a finta que fez. Lutou mas sem consequências práticas.
Arnaldo (6) O melhor em campo! Esteve em todos os golos e continua a alimentar a sua candidatura a melhor marcador com... golos. Dois neste caso, que perfaz um total de nove e o deixa bem isolado na tabela dos artilheiros. Foi o unico pormenor positivo nas aspirações gerais da equipa.
Ricardo (5) Fez um golo já pertinho do final mas durante a maior parte do jogo também andou como os companheiros a lutar contra uma muralha dificil de ultrapassar. E não mostrou grande inspiração.
Hugo (6) A bola não lhe chegou muitas vezes em condições e quando chegou acabou por ter azar ou pecou por um toque a mais na bola. Ainda assim foi uma presença importante e esteve no melhor período da equipa.
Canhão (5) A bola que mandou ao poste foi decisiva. Poderia ter marcado o inicio da reviravolta mas assim não foi. Igual á maioria dos companheiros, esteve em plano médio baixo mas claramente insuficiente para o adversário em questão. Na realidade nem teve tempo suficiente para mostrar mais...

Resultados e Classificação

Padaria Barbosa 4 – 3 Café Novo Sport
AXA 4 – 6 Charutas
Auto Sueco ? – ? Petrogal (resultado ainda não conhecido)
Esegur ? – ? Norte Shopping (resultado ainda não conhecido)



A curta do dia

O “Abominável Homem das Neves” avisa Arnaldo
“Você sabe que tem de avisar a equipa de arbitragem se for embora ao intervalo? ... olhe que não foi nada fácil depois de vocês sairem.”

Enviado Especial: Tino Vilas

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2006

É linda, não é?


Vamos a ela, rapazes!

A adrenalina aumenta à medida que o grande dia se aproxima. Faltam menos de 48 horas para se saber se El Gran Capitan irá erguer a primeira Taça do Mundo Bávaro.
Será que o Mingues vai ser o melhor guarda-redes? Será que o se vai manter imperial na antecipação? Será que o Capitan vai voltar a facturar e terá forças para levantar o caneco? Será que o António irá espalhar o perfume das suas sapatilhas? E o Nokas continuará de mira afinada? E o Carlos sempre a acertar? E o Nunes sempre cheio de força e magia? E o Riquinha terá a Mangueira cheia? E o Canhão mantém o cabelo esquisito? E o Lipe jogará novamente adiantado? E o mister Coutinho continuará com o lema «É ganhar, ganhar ou ganhar»? Ou o mister Tozé vai aumentar os berros cada vez que se falha à boca da baliza. E o Presidente irá ao banho? Assim como o Benjamim? E as nossas Sereias? Essas, ninguém duvide, estarão lindas como sempre…
Assista a tudo «in-loco» e acompanhe a equipa bávara.

Bayern – Millenium, às 11 horas, no Pavilhão Municipal de Moreira da Maia
O JOGO DO ANO

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2006

Haja Tesão!


Torneio do CAC (6ª Jornada)
4 Fevereiro 2006, 11 horas

Bayern Monchique, 12
Café 3 Princesas, 0
Jogo no Pavilhão do Corim, em Águas Santas
Árbitro: João Continua Sem Pescoço
Bayern Monchique – Mingues; Capitán, Dove (5), Cadu (1) e Nokas (5)
Jogaram ainda: Zé, Mangueira (1), António e Benjamim
TR: Vitor Coutinho
Café 3 Princesas – Falbalá; Polvino, Sirilo, Lia e Socita
Jogaram ainda: Eletropaula, Mauriço, Vivi e Estér
TR: Fiona

Ao intervalo: 8-0
Marcha do marcador: 12-0

Nunca o Bayern esteve tão próximo de vencer uma competição

Dias de grande tesão no universo bávaro. O Bayern Monchique está a um pequeno passo de conquistar o primeiro título oficial da sua história. Sábado, ao final da manhã, já se saberá o final da «estória»: para já, há dois galos para um único poleiro: Bayern Monchique e Unidos à Pedreira. Quem sairá vencedor?

Pedem-se golos

À sexta jornada da prova, o Bayern ascendeu à liderança, contabilizando os mesmos pontos (16) que o Unidos à Pedreira, mas com a vantagem de ter um «goal-average» superior de 3 golos. A diferença, neste momento, encontra-se nos golos sofridos (o Bayern tem 8 e os Pedreiros têm 11), já que ao nível de remates certeiros as equipas também estão empatadas (50).
Este duelo de forças tem vindo a ser disputado desde a primeira jornada, quando as equipas empataram a quatro bolas, num jogo emocionante até ao apito final.
Na ocasião, recorde-se, tratou-se do jogo inaugural e o Bayern recuperou de duas desvantagens (2-0 e 4-2), com golos de Arnaldo (2), Ricardo e Carlos.
À partida para a última jornada, está tudo em aberto no que diz respeito ao vencedor. A avaliar pelos resultados das jornadas anteriores, será o «goal-average» a ditar o vencedor. O Bayern entra em acção, às 11 horas, defrontando o Millenium BCP. O Unidos à Pedreira fecha o torneio, às 12 horas, a defrontar o conjunto do Café 3 Princesas. Só aí se saberá quem irá sorrir…

Pontaria afinada

É o que se pede aos atletas bávaros para o derradeiro encontro do Torneio.
Além do indispensável triunfo, a equipa tem como objectivo apontar o maior número de golos para, assim, colocar mais pressão em cima do conjunto pedreiro. A par disso, será igualmente importante evitar sofrer golos, pois Pedro Domingues tem tudo para se sagrar o melhor guardião do Torneio, o que, indiscutivelmente, seria um prémio merecido para o jogador mais versátil do plantel bávaro.

De Princesas não tinham nada…

No último encontro, o Bayern não encontrou grandes dificuldades para golear a formação do Café 3 Princesas, equipa que lidera o Troféu Fair-Play, mas que neste jogo deixou uma imagem que não se coaduna com esse epíteto.
Alguns dos seus atletas mostraram mau perder e tiveram entradas mais duras sobre os atletas bávaros, com Arnaldo a ser um dos mais sacrificados. Isto sob a conivência do árbitro. Assim, é fácil ganhar a Taça Disciplina…

Um regalo

A primeira parte foi um regalo. O Bayern entrou a todo o gás e cedo chegou à vantagem, jogada de entendimento entre Arnaldo e Carlos, com este a fuzilar o guardião adversário. Depois, veio o «festival» Nunes, a assistir e a marcar, fruto do seu futebol feito em força, inteligência, a jogar para exportação. Os golos foram-se sucedendo, assim como algumas perdidas, e o intervalo chegou com o marcador a fixar um robusto 8-0.

Pouco gás…

Foi pobre a segunda parte do Bayern. A equipa não aproveitou convenientemente os 20 minutos que tinha para marcar golos e distanciar-se dos Pedreiros no «goal-average». Apontou apenas mais 4, com «bis» de Arnaldo e Nunes, após ter estado quase dez minutos sem acertar nas redes. Vítor Coutinho demorou a mexer na equipa e, verdade seja dita, a dinâmica ofensiva foi-se perdendo.
Numa das raras incursões de contra-ataque, o adversário podia mesmo ter reduzido, mas Domingues, em esforço, impediu o golo forasteiro.
Referência ainda para estreia de Benjamim, que actuou nos últimos minutos, e ainda contribuiu para o último golo da partida, ao abrir uma linha de passe, levando o adversário consigo.
No final, para além da natural satisfação da vitória e da ascensão à liderança, sobrou um certo amargo de boca, pois ficou a sensação que se podia ter apontado mais golos. Será que vão fazer falta?...

Um-a-Um

O Mundo fica mais belo

Dêem a bola a Dove

Pedro Domingues (8): Seguro, personalizado, maduro e muito astuto a sair da baliza. Nunca treme, mesmo nos jogos mais difíceis, e encontra sempre o timing certo para a defesa e para lançar o ataque. Já é uma voz de comando no grupo. Merece, sem dúvida, o epíteto de melhor guarda-redes do Torneio. Igualmente indispensável no chuveiro.

Nuno Capitán (7): Um fixo moldado ao longo dos tempos, que conhece as suas limitações físicas, e actua com grande inteligência e sentido posicional. Está muito confiante e merece levantar a Taça. Apenas por uma vez cometeu um lapso, deixando o adversário solto nas costas. Mescla recuperação com construção de jogo e preocupa-se em entregar a bola jogável.

Nunes Dove (8): Tremenda exibição de um jogador muito forte no um-para-um e que finaliza com elevada eficácia. Entende-se às mil maravilhas com Carlos e Nokas, formando um triunvirato que pode vir a dar que falar. Sente-se na atmosfera que, quando a bola está nos pés de Dove, o mundo fica mais belo.

Carlos Cadu (8): Começa a ser alvo de cobiça, mas o «FDP» já confessou estar rendido e apaixonado pelo universo Bayern. Um talento puro de cortar a respiração, feito de velocidade, técnica e personalidade. Apesar de franzino atleticamente (tem, no entanto, um bom cú) enche o campo com a classe do seu futebol, rasgando em diagonais rumo à baliza. Marcou em todos os jogos.

Arnaldo Nokas (8): Essencialmente, joga com alma. É um jogador que encontrou no Bayern o espaço e ambiente ideal para crescer e colocar as suas qualidades ao serviço da equipa. Por vezes, parece lento, mas na essência é um jogador cerebral, que abre espaços, tabela, finaliza, sempre numa atitude altruísta, colocando o colectivo acima do individual. Está em grande.

Zé Não se Ri (7): Um líder. Um jogador de carácter, valente fixo, com classe no corte e recuperação da bola, sem excessos de agressividade, mas com autoridade, saindo depois a conduzir a bola sempre de cabeça levantada. É raro vê-lo sorrir, tanto dentro como fora do campo, o que atesta a forma como encara todos os jogos. Oferece maturidade ao grupo.

Rica Mangueira (7): O herói do último jogo no Fluvial, onde apontou o golo do triunfo, também inscreveu o seu nome na lista dos marcadores, com um remate espontâneo, de fora da área, que surpreendeu o guarda-redes. Aos poucos, começa a ganhar mais fibra e alimenta o «vício» do golo. É jogador para evoluir ainda mais. Basta ter a cabeça limpinha e acreditar ainda mais no seu potencial.

Tony Silva (7): Um jogador que dá tudo ao clube. Um profissional a duzentos por cento. Joga, dirige, treina, é outro dos que mais merece uma grande vitória ao serviço do Bayern. Apesar de não ter marcado, andou lá perto e ainda exalou um naco do perfume que brotam das sapatilhas à… Deco. Empenhadíssimo.

Benjamim (5): O miúdo praticamente não tocou na bola, mas esteve envolvido na jogada do último golo, criando espaço para o remate de Nunes. Vai ser praxado no próximo encontro. Ai vai, vai.

Os golos

1-0: Carlos fuzila após assistência de calcanhar de Arnaldo
2-0: Arnaldo factura após oferta de Nunes
3-0: Nunes a passe de Carlos
4-0: Livre que sobra para Nunes facturar na recarga
5-0: Arnaldo encosta ao segundo poste após assistência de Nunes
6-0: Idem, idem, aspas, aspas
7-0: Nunes após abertura de Zé
8-0: Rica fecha a contagem da primeira parte num remate de fora da área
9-0: Arnaldo após assistência de Zé
10-0: Arnaldo finta o guarda-redes e remata
11-0: Nunes marca de ângulo apertado depois de jogada em esforço de Carlos
12-0: Nunes fecha a contagem a passe de Carlos

As curtas

No final do encontro, Guardião 3 Princesas abraça-se a Arnaldo e pede desculpa pelas bocas que mandou ao longo da partida
«Desculpa, passei-me. É uma humilhação muito grande sofrer tantos golos…»
Presidente no balneário após muita pressão de Nokas e Dove
«Eu pago o jantar aos atletas!»

terça-feira, 7 de fevereiro de 2006

Um balneário a arder


Crónica de J. Ribeiro* (joaomig.ribeiro@netcabo.pt)

O Tende Piedade FC cumpriu o esperado e averbou mais uma derrota na abertura do Torneio Inter-freguesias de 2006, num jogo que ficou marcado pelo regresso de Jonny à competição após uma irritante lesão no tornozelo.

Um ano após a última partida, o plantel do Tende Piedade voltou a reunir-se com a missão de dignificar a camisola branca celestial em novo torneio maiato. Com quase todo o plantel à disposição, o treinador Luís Vouga surpreendeu com ousada aposta em Jonny no cinco inicial.
O regresso do mau-feitio à competição foi animador, sobretudo após os três meses de paragem devido a uma entorse no tornozelo direito. Novamente a jogar fora da posição – a alta qualidade global deste jogador induz os treinadores a colocarem-no nas posições mais deficitárias –, a produção de Jonny saldou-se num médio plano.
Ao todo, o sapatilhas azuis cometeu apenas dois erros graves, mas ambos fáceis de entender. Primeiro, isolado frente ao guarda-redes – numa das raras vezes em que a bola chegou à entrada da área –, tentou colocar em arco com o pé direito. Asneira, pois teve medo do pé falhar, devido à recente lesão, e não arqueou a bola o suficiente. Depois, esqueceu-se do jogador que estava a marcar no canto que deu o segundo golo. Estava a olhar para o centro da área a corrigir as posições dos colegas.
Não obstante, Jonny foi dos mais inconformados e, por milagre, talvez mesmo o mais esclarecido no plantel branco celestial. Satisfeito pelo regresso normal à competição, o mau-feitio reivindicou o estatuto de espalha-brasas para defender a equipa e atacar o Bayern Monchique.
“Fui vítima de uma gigantesca panelinha”, recorda o «firestarter», alegando que a passagem pelos bávaros chegou num momento conturbado: “Todos queriam queimar o Toni, pois estão fartos da mania que ele tem de ser dirigente, mas como o Torneio do Fluvial começou a correr mais ou menos bem, acobardaram-se todos”.

Sem papas na língua, Jonny explica os dois meses angustiantes que viveu no Bayern. “Eu e o Canhão éramos os gajos novos no grupo e todos sabiam que a nossa missão era mandar o Toni embora. Como depois se acobardaram, decidiram queimar-me a mim e ao Canhão. Aproveitaram a minha lesão para rescindir contrato e agora estão a tentar manipular o Canhão com críticas ao cabelo esquisito”, sustenta.
Se dúvidas restassem, o mau-feitio lembra ainda a promiscuidade que reina no clube bávaro: “Onde é que há um torneio em que um dos árbitros seja, precisamente, o treinador de uma equipa em competição?”
Ninguém escapa à fúria de Jonny: “Vejam o plantel. O Arnaldo é egoísta. O Toni agora tem a mania que também é treinador. O Nuno é reumático e tem sempre qualquer coisa no joelho. O Dominguez só quer é palmadas. O Rica é indisciplinado. O Nando só quer mails de gajos. O Pascoal… Nem sei quem é, nunca aparece aos jogos. O Canhão tem aquele cabelo esquisito. Falta alguém? Ai agora têm reforços? Devem ser praí drogados”.
“O melhor é nem falar nos técnicos. No dia em que tiverem coragem de mandar o Arnaldo para a bancada, para aprender a soltar a bola, falarei deles”, acrescenta.
Ao mais alto nível, Jonny finaliza traçando os objectivos pessoais para a prova maiata, agora que já está em condições de competir: “Partir no mínimo uma perna e, depois, tentar empatar pelo menos um jogo”.

* Artigo de opinião da exclusiva responsabilidade do interveniente.

sábado, 4 de fevereiro de 2006

Já se sente a estrelinha de (futuro?) campeão


Torneio Homenagem ao Sr. Neto Costa (3ª jornada)
4 de Fevereiro 2005, 9 horas

Bayern Monchique, 6
G. D. Petrogal, 5
Jogo no Pavilhão do Fluvial, em Lordelo do Ouro
Árbitros: Tózé Ribeiro e Joaquim Neves
Bayern M. – Filipe; Domingues (1), Tony [cap.] e Arnaldo (2); Ricardo (1).
Jogaram ainda: Hugo (1), Nando e Canhão (1).
TR: Tony Silva
Disciplina: Canhão (Amarelo por protestos que não fez)
Petrogal – Redes [cap.] (1); Alexandre (1), Petrolina (1), Repsol (1) e Galp.
Jogaram ainda: Vinha, Matosas (1) e Móbil
TR: Pedro Galo
Ao intervalo: 4-1
Marcha do marcador: 0-1; 4-1; 4-4; 5-4; 5-5; 6-5.

Deus é bávaro!

O Bayern fez um bom jogo, mormente na primeira parte onde contou com Domingues e Arnaldo, aproveitando então para amealhar uma vantagem que certamente seria importante na segunda metade já sem os dois atletas. Felizmente além do bom jogo que fez contou ainda com o factor sorte que protegeu em alguns momentos importantes a equipa. Deus pode ser brasileiro mas tem uma costelinha bávara.

Foi uma vitória importante contra um adversário forte e que coloca os bávaros no primeiro lugar isolados. Na ausência de Vitor Coutinho, Tony que cumpriu aqui o seu 40º jogo escolheu uma equipa de cariz marcadamente ofensivo. A ideia era entrar muito forte sobre o opositor, marcar cedo e a partir daí acalmar o jogo e apostar no erro do adversário. Não aconteceu assim. A Petrogal adiantou-se primeiro. Uma bola metida directamente pelo seu redes foi parar á posse de um colega. Domingues bem se esticou mas fora surpreendido pelo lançamento e já não se conseguiu posicionar atempadamente. Filipe também tentou cobrir a baliza mas o remate passou-lhe pelo lado.
Nada de desesperos. O jogo ainda estava no inicio. Dois minutos depois saiu Tony e entrou Hugo.
O Bayern chegava com perigo á baliza e antes de chegar ao empate, mandou mesmo uma bola ao ferro. Arnaldo fez o golo do empate pouco depois, após remate de Mingues que o redes defendeu. O avançado bávaro recuperou então a bola e com um movimento á meia volta marcou.
O segundo golo foi em tudo semelhante excepto pelo movimento que não foi necessário. Os mesmos intervenientes, Mingues a chutar e Arnaldo a completar á boca da baliza.
Na segunda metade da primeira parte, já com Nando no lugar de Rica e Canhão em vez de Arnaldo assistiu-se ao momento mais belo do jogo. Canhão lançou-se pela esquerda e quando o banco todo pedia para ele ter calma e aguardar, foi isso mesmo que ele fez. Só que ainda fez melhor. Travou a progressão da bola com um toque para a direita, fazendo esta passar pelo adversário que seguiu em frente e aplicou de imediato um remate forte que fez a bola anichar-se no ângulo superior mais próximo, surpreendendo o redes contrário. Um golo de calibre extra que fez questão de festejar com Arnaldo.
Num contra ataque pela direita, Domingues tentou o remate de meia distância. A bola sofreu um pequeno desvio, mas grande o suficiente para trair o redes que já se atirava para o lado contrário. A boa fortuna começava a sair aos bávaros.
Ainda na primeira parte mas já muito perto do final, o árbitro Joaquim Neves cometeu uma “loucura”. Assinalou penalty por suposto agarrão de Canhão. Nem mesmo os homens da Petrogal esperavam tal atitude. Para piorar ainda mostrou um amarelo a Canhão por palavras que este... não disse. Enfim, uma injustiça muito grande que por obra e graça de Deus não se concretizou. A sorte bafejou novamente os bávaros pois o atleta matosinhense que cobrou o castigo atirou forte, de forma indefensável, mas para fora tocando ainda no poste. Um minuto depois terminou a primeira parte.

Vamos arriscar!

Durante o intervalo colocou-se uma questão delicada. Quem deveria seguir para o CAC com Domingues: Arnaldo ou Ricardo?
Estaria o jogo já ganho no Fluvial? Seria a vantagem de três golos suficiente? A tudo isto Tony respondeu “Vamos arriscar! Arnaldo, vai embora!” Coincidência ou... sorte, a decisão da partida viria a sair dos pés de Ricardo.

A casa vem abaixo

Apenas seis jogadores ficaram para a segunda parte. O facto aconselhava prudência. Sem os dois alicerces que acabavam de sair á pressa, não seria fácil manter a vantagem de pé. Ricardo entrou para o lugar de Mingues e Tony ficou no banco.
Assistiu-se a um periodo conturbado no meio campo bávaro. A Petrogal carregou sobre a defesa bávara e houve momentos de verdadeiro pânico. Uma casa a arder, ao bom estilo miragaiense. Logo no reinicio, a Petrogal reduziu e pouco depois Petrolina recebeu na imediação da área, rodou sobre Nando e rematou fazendo a bola passar por baixo das pernas de Lipe. A casa estava a cair e Tony sentiu a necessidade de entrar. Fê-lo para o lugar de Nando mas isso não impediu que alguns minutos volvidos a Petrogal fizesse o empate a quatro golos.
Não obstante o empate alcançado, os homens da Petrogal prometiam ainda mais e de repente para os bávaros a vitória já não era assim tão importante.
Foi nesse periodo de pressão contrária que o Bayern se conseguiu soltar e fazer um golo. Tony recuperou uma bola no seu meio campo e partiu para o contra ataque pelo meio tendo pela frente apenas um adversário. Nas alas perfilaram-se Canhão e Hugo para ajudar. Tony passou a Hugo e este deixou a bola correr até ao sitio que quis para poder rematar colocado. Faltavam ainda alguns minutos para o final. Muito tempo ainda...
Infelizmente o redes da Petrogal começara a subir no terreno para criar superioridade numérica. Ainda não o tinha conseguido fazer com perigo mas em lance aparentemente inofensivo um colega seu passou-lhe a bola para o meio campo e este arrancou um grande pontapé que só parou no fundo das redes, não sem que Filipe tenha ficado isento de culpas no golo.

“Levezinho” resolve

Renascia a esperança dos azuis, apostados que estavam na reviravolta. Do lado dos bávaros o empate parecia agora ser um resultado suficiente. Foi nesses três minutos que faltavam para o final e por entre as pressas da Petrogal em repôr rapidamente as bolas em jogo que Ricardo deu a machadada final na partida. O feitiço virou-se contra o feiticeiro e o Bayern já passou por isso muitas vezes. Na ânsia pelo golo da vitória a Petrogal acabou por descurar a sua baliza e áqueles a quem servia o empate, saiu a lotaria. Verdade seja dita, a sorte voltou a proteger os bávaros. O golo nasceu do infortunio do redes. Nando picou uma bola para a área. Ricardo acreditou e perseguiu o lance. O redes tentou aliviar a bola com o pé mas chutou na atmosfera e a bola foi-lhe ressaltar no pé de apoio. Ricardo foi lesto a pensar e marcou o golo da vitória a um minuto do final.
O golo destruiu a força animica dos adversários que não mais conseguiram voltar a criar perigo nos fugazes segundos que lhes restaram.

Os homens do Bayern

Noutras condições não se sofreria tanto

Filipe (5) Irregular e algo nervoso. Mostrou atenção e rapidez nalguns lances mas complicou noutros de fácil resolução. Não está isento de culpas no quarto e quinto golos.
Tony (7) Pouco tempo em campo. Apenas cinco minutos na primeira parte e cerca de dez na segunda para tentar acalmar a equipa. Muito bem no quinto golo da equipa.
Domingues (7) Uma bela exibição, a roçar o melhor em campo. Jogou toda a primeira parte e esteve em três golos. É certo que esteve envolvido no primeiro golo sofrido mas depois apagou claramente essa “imagem”.
Arnaldo (7) Foi essencialmente eficaz nas duas oportunidades que teve. Criou também muito perigo em jogadas individuais e já leva sete golos em apenas três jogos, ou seja, metade dos golos que conseguiu em nove jogos do ultimo torneio.
Ricardo (7) O “Levezinho” decidiu a partida com um golo pleno de oportunidade. Não fez o melhor dos jogos mas foi decisivo na hora do tudo ou nada.
Hugo (7) Novamente o melhor em campo. Lutou muito. Entrou aos cinco minutos da primeira parte e não mais saiu. Por vezes faz lembrar o saudoso Litos na forma como defende e ataca com a mesma intensidade. Foi essencial no periodo pós-Mingues/Naldo.
Nando (7) Petrolina partiu-lhe os rins uma vez na segunda parte, mas foi situação unica. Esteve quase intransponível, nem que para isso tenha tido que recorrer á falta por duas ou três vezes.
Canhão (7) Marcou um golo fantástico que se espera venha trazer mais confiança ao jovem bávaro. Levou um amarelo sem culpa nenhuma e no resto teve uma actuação positiva.

Resultados e Classificação

Auto Sueco 1 – 3 Padaria Barbosa
PT 10 – 2 Esegur
Norte Shopping 3 – 3 AXA
Charutas 2 – 1 Café Novo Sport (resultado ao intervalo)



A curta do dia
Vinha cumprimenta o velho conhecido Arnaldo
“Tu é que és o 7?!?!? Estavam a dizer no balneário para ter cuidado com o 7!”

Enviado Especial
Tino Vilas

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2006

Quinta vitória consecutiva já é um record


Torneio Homenagem ao Sr. Neto Costa (2ª jornada)
1 de Fevereiro 2006, 21,30 horas

Auto Sueco, 3
Bayern Monchique, 7
Jogo no Pavilhão da Volvo, em Vilar do Paraiso
Árbitro: Julio Garganta
Auto Sueco – Zenga; Ferrara, Ancelloti e Carlo [cap.]; Massaro.
Jogaram ainda: Jorgetti (2), Simone (1) e Vierchowod.
TR: Carlo Arrigo Sacchi
Bayern M. – Filipe; Domingues, Nando e Arnaldo [cap.] (3); Canhão (1).
Jogaram ainda: Carlos (2), Tony (1) e Hugo.
TR: Vitor Coutinho
Ao intervalo: 3-0
Marcha do marcador: 3-0; 3-7.

A qualidade é como o azeite...

Os bávaros voltaram a repetir a fraca exibição contra os homens da Volvo mas venceram. Erros defensivos e não só estiveram na base de uma primeira parte catastrófica mas a qualidade da equipa parece ser como o azeite: - vem sempre á tona da água.

Foi assim que se fechou a segunda jornada deste Torneio. O Bayern meteu água na primeira parte, andou mais de dez minutos a naufragar num mar de erros próprios, mas perto do final da primeira parte já era possivel vislumbrar umas goticulas de azeite a forçarem o seu caminho e a ganharaem o seu lugar á tona da água. Água essa muito turva pois até ao intervalo, os homens da Volvo conseguiram aproveitar as pouquissimas oportunidades que tiveram e sair para o descanso com três golos que seriam preciosos, não fosse a diferença entre as duas equipas tão acentuada. De referir que no torneio anterior, os bávaros tinham vergado a Auto Sueco perante uma vitória por 6-0, onde até Filipe marcou um golo (de penalty). Agora porém a equipa que defende o nome da Volvo apresenta algumas caras novas. É certo que já não conta com a ratice de Ravanelli, mas tem agora elementos mais jovens como Ferrara, Jorgetti e Simone. Foram aliás estes dois ultimos que marcaram os tentos dos visitados mas já lá vamos.
Devemos primeiro referir que o jogo tinha sido adiado no sabado passado e nesta nova data já não se realizou no fluvial. A Auto Sueco jogou em casa, literalmente, no pavilhão da Volvo em Gaia e também beneficiou dessa pequena vantagem.
O Bayern apresentou-se quase na máxima força, apenas sem Nuno, Ricardo e Nunes. Dizemos apenas porque o plantel tem neste momento onze jogadores. Tony chegou atrasado á concentração e com esse descuido terá perdido o lugar que teria reservado na equipa titular.
O Bayern entrou ao ataque mas esbarrou na muralha defendida por Zenga. Os espaços eram diminutos e mesmo quando se furava a defesa, Zenga punha cobro ao perigo. Já no contra-pé, Jorgetti pôs a Volvo na frente com um golo numa jogada em que correu meio campo (pressionado por Arnaldo) mas ainda teve força e engenho para colocar a bola no poste mais distante.
Foi já com Carlos e Tony em campo que a Auto Sueco chegou ao segundo. Tony tentou cobrir a bola e ganhar a falta mas Jorgetti foi mais lesto e tirou-lhe a bola in extremis, ficando apenas com Lipe para desfeitiar, o que conseguiu fazer. Uma infantilidade do veterano bávaro que mesmo a este nível competitivo poderia ter custado caro. Animavam-se os “brancos e azuis” e mais razões teriam para sorrir com o terceiro golo, fruto de um contra ataque venenoso que Canhão não conseguiu parar no corpo a corpo, tendo Simone assinado o golo com um remate forte e ao ângulo. Até ao intervalo quase só deu “ouro e negro” mas sem resultados práticos.

No descanso, Coutinho incentivou os seus atletas e logo no recomeço operou-se o milagre. Milagre não pois a diferença de valores era evidente. Digamos que foi uma justa reviravolta. Com golos de Carlos e Arnaldo e interessantes iniciativas de Hugo, o Bayern chegou rapidamente ao empate. Depois Tony colocou a equipa em vantagem a passe de Carlos e assistiu-se a partir daí a um certo relaxar que é natural embora não aconselhável nestas situações. Falharam-se alguns passes nesta altura e o arriscar de umas jogadas mais individuais punha o banco em alvoroço. O banco bávaro estava algo nervoso e esse nervosismo transmitia-se para dentro do campo, irritando alguns jogadores. O quinto golo que poderia tranquilizar mais a equipa demorou a aparecer mas lá chegou e com justiça, materializando uma superioridade da parte dos tigres que era agora por demais evidente, tanto a nível tecnico como fisico. Foi mesmo o golo mais belo da noite. Um canto marcado á Nando, com um biqueiro a sobrevoar a área e a pedir a critica facil, mas a encontrar Arnaldo solto que amorteceu a bola com a cabeça, fez esta passar por baixo das pernas de um adversário e rematou depois imparável. Estava ganho!
Até ao final, oportunidade ainda para aumentar a vantagem e colocar o score em numeros mais condizentes com as previsões iniciais de goleada. Primeiro Canhão e depois Carlos a passe de Canhão fecharam o marcador. A vitória do Bayern é justa e o sofrimento desnecessário. A arbitragem esteve ao nível... do sr. Julio. Quem pegasse na bola primeiro ganhava o lançamento...

Com esta quinta vitória consecutiva o Bayern quebra um record com 7 meses. Desde 12 de Junho que o Bayern não conseguia uma série de vitórias tão grande. Na altura foram quatro, nesta série já vão cinco. Será que é para continuar? A palavra passa para a Petrogal e para os bávaros claro.

Os homens do Bayern

Filipe (7) Não teve culpa nos golos é o melhor elogio que se pode fazer. Num contou com a “facada amiga” de Tony e os outros foram remates colocados. Teve ainda teve uma defesa de grande nível.
Nando (7) Não facilitou na defesa como é seu timbre, não deixando o adversário pisar em ramo verde. A atacar é que não foi grande ajuda e exagerou no pontapé para a frente.
Domingues (7) Passou algo despercebido pelo periodo mau da equipa (o que é bom) e apareceu bem no periodo forte com uma presença sólida e não alheia a sacrificios. Sabe estar!
Arnaldo (7) Agarrou-se em excesso á bola e pecou por isso. É certo que é o factor desequilibrador na equipa e ontem voltou a sê-lo com três golos mas tem de ser mais criterioso na altura de decidir-se pela finta ou passe. Dez a quinze jogadasas individuais num jogo é um exagero. Quatro ou cinco serão suficientes e mais efectivas se forem feitas nos momentos certos.
Canhão (6) Que se passa com Canhão? Está lento, desinspirado no remate, fraco no corpo a corpo e com um cabelo... esquisito. Irritou nalguns periodos em que jogou a passo quando a equipa perdia mas no final marcou e deu a marcar.
Carlos (7) Fez um bom jogo onde nem sequer faltou o corte precioso e a atenção defensiva. Voltou a marcar. Leva já seis jogos seguidos a fazê-lo. Porque será?
Tony (6) Entrada a frio e com a cabeça quente terão contribuido para que começasse no “nível” mais baixo. Depois foi subindo gradualmente mas não o suficiente para apagar da memória os passes falhados e o golo oferecido ao adversário. Não fosse a vitória...
Hugo (7) Segundo jogo pelo Bayern e o contacto com três novos companheiros que ainda não conhecia. Apesar disso e para quem não souber não se nota que ainda se está a adaptar a uma nova equipa e novos processos. Quando entrou as coisas começaram a mudar e na segunda parte foi evidente a sua qualidade na forma como pausou ou acelerou o jogo. Por tudo isto leva o titulo de melhor em campo e deixa a certeza já confirmada de que é reforço.

As curtas da noite
(Já tinham saudades, não?)


Nando incentiva (?) Tony
“Já acordaste?”

O jovem delegado Pedro Coutinho opina
“Ó pai, tira o Arnaldo!”

Tony explica o atraso
“Meti nojo! Sabes quando moras perto da escola e és o aluno mais atrasado?”

Boca vinda da “Garganta Funda”
“Na primeira parte vocês não jogaram nada!”

Enviado Especial: Tino Vilas

Para descomprimir...


Um rebuçado antes das grandes decisões

É um prémio mais que merecido para os bravos bávaros do Bayern. A equipa tem vindo a acumular uma série de vitórias significativas e atravessa um bom momento, estando na discussão de dois torneios, onde tem fortes possibilidades de conquistar títulos.
É também a prova que a malta não gosta apenas de palmadas e massagens colectivas, mas que aprecia igualmente os atributos de uma menina prendada, de boa família, como Fernanda Paes Leme, capa de Playboy de Dezembro.
Face à pressão que se aproxima, este será um dos melhores trunfos para suportar o “miedo escénico”, adjectivo que Gabriel Garcia Marquez criou para descrever o receio que, na hora de subir ao palco, afecta muitos músicos, actores de teatro ou outros artistas, receosos de falhar o que muito sonharam. E o Bayern não quer falhar. A Fernanda vai-nos ajudar…

P.S: Este artigo é dedicado especialmente a Nando, o «Patrick Vieira» do Bayern, que exige que lhe encham a caixa postal com mails de gajas.
Por favor, enviem gajas para o Nando (
fernando250@gmail.com).
A SAD agradece.