quarta-feira, 30 de abril de 2008

Vai uma laranjada?

Torneio Homenagem à Curtes (8ª jornada)
26 de Abril de 2008, 9,50 horas

Laranjinhas, 0
Bayern Monchique, 5


Jogo na Escola Sec. Francisco Torrinha
Árbitro: Tózé Ribeiro & Joaquim Neves
Bayern M. – Ricardo; Tony (1) e Rui; Cadu (1) e David (1).
Jogaram ainda: Nunes, Canhão [cap.] (2) e Arnaldo.
TR: Arnaldo Martins e Pedro Domingues
Ao intervalo: 0-3


O jogo era decisivo para definir (ou complicar as contas d)o campeão. Devido à vantagem pontual, o Bayern podia perfeitamente ter assumido uma postura expectante, com um sumo de laranja na mão, enquanto o adversário teria forçosamente de pegar nas rédeas do jogo, mas não foi isso que aconteceu. Os bávaros enfrentaram o adversário olhos nos olhos, não se limitaram a segurar um empate, partindo isso sim, sempre para cima do adversário na busca da vitória e de mais e mais golos.


No início da partida algumas surpresas, com os bávaros a apresentarem um equipamento híbrido (meio Desportreino, meio Lacatoni), fazendo sobressair o calção vermelho por entre o branco da camisola e meias. A surpresa principal no entanto foi a braçadeira de capitão no braço de Ricardo Silva, o “Canhão” desta equipa. O jovem pivot fazia o seu 84º jogo, marca que o deixa lado a lado com o eterno capitão Nuno e a direcção quis homenageá-lo promovendo-o nesta partida a capitão de equipa.
Homenagens à parte e Canhão foi mesmo para o banco depois de ter decidido campo ou bola, mas haveria de fazer das suas durante a partida.

Cedo se viu que os Laranjinhas não estavam na máxima força, mas tinham mesmo assim argumentos para tentar contrariar os bávaros. O jogo no entanto não demorou muito a engrenar para os bávaros. David abriu o activo aos 5 minutos num contra ataque rápido, mas já antes disso os bávaros tinham andado perto do golo, com algumas solicitações para a entrada da área que só pecaram pois o avançado chegou sempre milissegundos atrasado.
Até ao intervalo os bávaros acabariam por chegar ao terceiro golo, acabando com as esperanças dos Laranjinhas ou de qualquer outra equipa de ainda chegar ao título.

Na segunda parte haveria um pouco mais do mesmo, com a variante menos agradável de o jogo ficar bastante mais duro, na medida directa em que crescia também a frustração dos alaranjados. David haveria de ver um cartão amarelo (exagerado) mas para os adversários nenhum cartão foi mostrado. A admoestação deixa o Bayern longe da luta pelo Fair Play…

De resto houve tempo ainda para Arnaldo entrar e dos bávaros fazerem mais dois golos. Ricardo Portero voltou a não sofrer qualquer golo (é já o quinto jogo em oito disputados que tal acontece) e reforça a ideia de que o troféu para a “Melhor Defesa” vai mesmo continuar na posse dos bávaros.

O resultado final não é de maneira alguma exagerado. A uma jornada do fim, com cinco “laranjas” na baliza contrária, o Bayern consegue contra o 2º classificado o seu 2º melhor resultado da época, qual FCP em casa do Guimarães.

Aos bávaros basta um empate para revalidarem o titulo, mas até podem perder e ser na mesma campeões… seja como for será um campeão com classe.


O filme dos golos

0-1 Intercepção de Tony que parte para o ataque, contorna um adversário e fica na cara do redes que sai ao seu caminho. Tony toca então ao lado onde David aparece a finalizar com facilidade.
0-2 Cadu apanha a bola no ataque e entrega em Canhão sobre a esquerda. Este pára a bola e escolhe o remate forte, a entrar junto ao poste mais perto.
0-3 Por Cadu a passe de Nunes.

0-4 Por Canhão a passe de Nunes.
0-5 Lance de raiva. Tony fura pelo meio campo, sofre a carga mas prossegue com um passe para Nunes. Este amortece ao lado para a entrada de Tony que encosta na passada. Bola passa por baixo das pernas do redes…



A Estrela
Ricardo “Canhão” – nota 8
Um jogo para ficar na memória. Alcançou “El Gran Capitán” com 84 jogos e por isso foi “premiado” com a braçadeira de capitão nesta partida. Canhão não quis deixar passar a homenagem em claro e assinalou-a com uma bela exibição e dois golos. O beijinho na braçadeira, embora a pedido, ficou-lhe muito bem!

Arnaldo – nota 6; Portero, Rui e David – 7; Tony, Cadu e Nunes – 8
Viva o mister
Destaque muito importante neste torneio para a equipa técnica. A dupla chefiada por Arnaldo Martins tem feito um trabalho assinalável, com uma equipa muito fustigada por lesões. Arnaldo é mesmo um caso de sucesso, desde a sua estreia como treinador. Começou mal é verdade, com uma derrota contra o "Joga Bonito", mas a partir daí apenas um empate se intrometeu no meio de tantas vitórias. Com esta já são 17 em 19 jogos.

terça-feira, 29 de abril de 2008

Boa horinha!

Preparem-se, o Miguel vem aí

Anda daí, puto. Os tios, tias e primas do Bayern estão à tua espera pra te sacudir a pinguinha e ver esses joelhos de aço. Sabemos que não estás mal aí dentro, mas, caraças, a barriga da tua mãe parece que vai explodir e não dá jeito nenhum para os papás Capitán e Pulga praticarem o kamasutra (um dia mais tarde, eles explicam-te, senão vais ter com o tio António, que ele é especialista no assunto).

Hoje, a mamã Isabel Pulga está convocada para estar na maternidade, a partir das 8 horas (horário já adequado para o puto se habituar aos torneios do Júlio), e, ao que tudo indica, deverá ser-lhe induzido o parto (parece que está na moda), pois ainda só há um dedo de dilatação (alguém me explica isto?).

A família Bayern está, literalmente, em "Pulgas" e, se for necessário, todos estão disponíveis para dar um dedo ou a mão toda para o Miguel Capitán Júnior sair cá fora e começar a dar uns toques na redondinha. Pelo menos, no berço, já está lá uma bola à sua espera.

Boa Horinha, Pulguinha!

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Já brilha a estrelinha

Torneio Homenagem à Curtes (7ª jornada)
19 de Abril de 2008, 11,30 horas

Bayern Monchique, 1
A.P.D.L., 0

Jogo na Escola Sec. Francisco Torrinha
Árbitros: Tózé Ribeiro e Joaquim Neves
Bayern M. – Ricardo; Cadu (1), Rui e David; Canhão.
Jogaram ainda: Nunes e Tony [cap.].
TR: Pedro Domingues
Ao intervalo: 0-0


Foi mais um jogo à catenaccio! Como habitualmente a equipa adversária entrou com muito respeito pelo campeão, o que obrigou os bávaros a ter muita cabecinha e cuidados redobrados. Domingues estreou-se oficialmente à frente da equipa e deu uma lição de táctica a quem quis ver a partida.

A três jornadas do fim e com apenas um ponto de vantagem sobre o segundo classificado, este jogo com a APDL afigurava-se como muito importante e… difícil. Sabia-se que não seria de certeza uma vitória fácil, até porque esta equipa já havia vencido os Laranjinhas na jornada transacta mas o desejo de vitória esteve sempre presente na cabeça dos bávaros.
Domingues em estreia oficial como timoneiro da equipa (tem estado no banco mas como adjunto de Arnaldo) inovou, colocando Canhão no cinco inicial e deixando Tony no banco (atrasou-se a chegar à concentração da equipa). Ao mesmo tempo passou a mensagem de este ser novamente um jogo de muita paciência.
Após uma primeira parte cautelosa de ambos os lados mas com o Bayern a dispor das melhores oportunidades, a segunda parte seria forçosamente diferente, não quisessem os bávaros efectivamente vencer este jogo.
Assim, a meio da segunda parte, Domingues chamou a equipa e fez ver que um empate ou uma derrota não aqueciam nem arrefeciam. Levar um ponto deste jogo ou não levar nenhum, pouca diferença fazia para as contas do torneio. Já os 3 pontos seriam essenciais para a estratégia bávara do que resta disputar neste torneio.
Os bávaros passaram os últimos minutos a carregar em cima do adversário e acabariam por ver compensado o esforço com um golo de Cadu, a cerca de 1 ou 2 minutos do apito final. A vitória foi justa e pecou talvez por ser escassa.
Sorte diriam alguns, a estrelinha de campeão a brilhar, dirão outros. O certo é que os bávaros arriscaram e tiraram daí os dividendos.


É para o “bi-tri”

Dependendo de terceiros, uma vitória nos dois jogos que faltam poderá chegar para o Bayern se sagrar campeão. Bi-campeão pela primeira vez no torneio do Júlio e Tri-campeão se lhe somarmos o torneio Indoor. Será um “Bi-Tri”!

O filme do golo

1-0 Jogada que percorreu todos os elementos de campo dos bávaros. Na marcação de um canto para o adversário, Nunes recupera a bola e entrega em Tony. Este vira-se para o ataque e mete para David, lançando assim o contra ataque de 2 para 1. David não esteve com meias medidas e tentou isolar logo Cadu na cara do redes. O passe no entanto saiu muito para a frente o que permitiu ao guardião contrário ter uma palavra a dizer no lance. Apesar disso, a estrelinha (de campeão?) voltou a brilhar para os lados de Monchique e na disputa de bola, quando Cadu tentava reter a bola e o guardião tentava aliviar, o bávaro acabou por ser o mais feliz, vendo a bola tomar o caminho da baliza.


A Estrela
Ricardo “Portero” – nota 7
4º jogo em 7 realizados em que não sofreu qualquer golo. O facto é sem dúvida ilustrativo da qualidade defensiva do Bayern neste torneio, mas também do belo guarda-redes que os bávaros foram resgatar à “moribunda” GD ADIRA.
Num jogo em que as trocas de bola dos bávaros não estavam a sair, foi Ricardo quem segurou o resultado com um punhado de boas intervenções, até surgir o momento de inspiração (?!?) de Cadu.
Todos os bávaros tem nota 7


Lipe também “pode” ser campeão

Apesar de nunca ter sido oficialmente dispensado pelos bávaros, o certo é que o seu espaço na equipa começou a diminuir e Lipe não perdeu tempo a chorar. Ao invés disso rumou a outras paragens e decidiu ele próprio fundar a sua equipa. Juntou um grupo de miúdos (literalmente), adicionou-lhe um treinador campeão e aí está o Juventude Dream Futsal Club. Começou muito bem o torneio com uma vitória por 6-4 ao Ipanema mas logo na jornada seguinte perdeu o jogo devido a um erro (administrativo) de palmatória.
Daí até cá o Juventude somou derrotas em cima de derrotas até esta jornada, altura em que surpreendentemente bateu o pé (vitória por 4-3) aos Laranjinhas, um dos candidatos ao titulo e com isso poderá ter entregue de “mão beijada” o titulo à equipa que o fez crescer e lhe deu inclusive um titulo de melhor guardião num torneio do Júlio.
Desta forma, caso o titulo seja renovado pelos bávaros, Lipe também poderá dizer que ajudou à vitória.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Adeptos já acreditam!

Vitória dos bávaros mantém o Bayern num primeiro lugar que nem sabia ser seu desde a jornada transacta. De facto foi a surpresa da jornada anterior, a derrota dos Laranjinhas frente à APDL (curiosamente o próximo adversário do Bayern), mas os bávaros só tiveram conhecimento disso antes desta partida. A 3 jornadas do fim começa a ganhar forma o desejo de repetir o titulo de campeão, pese embora as expectativas humildes do tecnico Arnaldo Martins, aquando do lançamento do torneio, que apontavam para um modesto quinto lugar. A boa prestação da equipa vem provar que os bávaros tem valor para muito mais, dando razão aqueles que sempre acreditaram que poderiam estar no top 3, senão a lutar pela revalidação do titulo.


Torneio Homenagem à Curtes (6ª jornada)
12 de Abril de 2008, 9,50 horas

Bayern Monchique, 8
Ipanema Park Hotel, 4

Jogo na Escola Sec. Francisco Torrinha
Árbitros: Tózé Ribeiro e Joaquim Neves
Bayern M. – Ricardo; Tony [cap.], Rui (1) e David (5); Cadu.
Jogaram ainda: Nunes (2) e Arnaldo.
TR: Arnaldo Martins
Ao intervalo: 4-0
Marcha do marcador: 5-0; 5-1; 6-1; 6-3; 8-3; 8-4.


Duas metades de um mesmo jogo

Nunca um jogo dos bávaros teve duas partes tão distintas. Na primeira os bávaros fizeram um jogo sério, acabando com uma goleada por 4 golos. Na segunda, o jogo foi totalmente diferente, com os bávaros a jogarem com alguma displicência, sofrendo 4 golos e “empatando” a 4 bolas.

A primeira parte não teve de facto grande história. David entrou finalmente no cinco inicial e foi dos pés dele que se começou a desenhar a goleada, com os dois golos iniciais. O Ipanema raramente conseguia chegar perto da baliza de Ricardo e Nunes acabaria por fechar o marcador com mais dois golos até ao intervalo.
Na segunda parte dir-se-ia que se tratava de outro jogo, não fosse pelo facto dos equipamentos serem os mesmos e dos bávaros terem entrado em campo com a mesma forma de encarar o adversário. O descalabro aconteceu porém depois do primeiro golo sofrido pelos bávaros. Após mais de 140 minutos de jogo jogado sem sofrer qualquer golo, o objectivo de “tapar” a baliza do “Portero” passou para o fim das prioridades bávaras. Não por ordem da equipa técnica claro mas porque inconscientemente os jogadores terão sentido que o jogo estava ganho e mais que ganho e perderam concentração defensiva.

Já há 18 jogos que o Bayern não sofria 4 golos (em torneios do Júlio), sendo que a ultima vez que isso aconteceu, coincide com a ultima derrota dos bávaros nesta competição. Esse jogo fora contra a Farmácia Castelo Branco e a derrota por 4-1 selara o desfecho do campeonato a favor dos homens da Afurada.

Do mal o menos, o Bayern Monchique sofreu 4 golos mas é líder isolado da tabela. A manter este nível chegará à penúltima jornada com vantagem pontual sobre os Laranjinhas, bastando-lhe então um empate nesse jogo para se manter na frente.
Este campeonato no entanto assemelha-se cada vez mais ao Torneio Homenagem a Eduardo Coutinho (3 edições atrás), em que os bávaros com apenas um empate na prova, defrontavam a AXA, bastando na altura um empate para se manter na frente e a um pequeno passo do título. Os bávaros nessa data orientados por Pascoal não souberam gerir a vantagem e as emoções e acabaram por perder o jogo (6-3) e o título. Será diferente desta vez?


O filme dos golos

1-0 David rouba a bola na meia esquerda, finta um defesa para fora e remata para cima à entrada da área.
2-0 Tabelinha entre David e Cadu, com o primeiro a concluir.
3-0 Tony recebe à entrada da área sobre a esquerda, simula o remate mas entrega em Nunes no meio. Este ainda finta com o corpo antes de rematar para golo.
4-0 Jogada individual de Nunes pela direita, concluída com remate forte a subir, fazendo lembrar o primeiro golo.

5-0 Contra ataque muito rápido com Portero a servir David que recebe na linha de meio campo sobre a esquerda e segue isolado para a baliza.
5-1 Jogada esquisita a surpreender os bávaros, com o centro a passar por Tony e a encontrar o adversário que encosta nas costas de Rui.
6-1 Jogada de Tony para Nunes e conclusão de David.
6-2 Sem sinopse!
6-3 Sem sinopse!
7-3 Passe de Arnaldo e golo de David.
8-3 Roubo de bola ao redes por parte de Rui que corre para o ataque. O defesa que sobra preocupa-se mais com David do que com a baliza e Rui escolhe fazer o golo sem dificuldade.
8-4 Defesa algo destrambelhada de Portero, com a bola a subir muito. Com o redes no chão David facilita a vida ao avançado, prostrando-se por trás deste, que não tem dificuldade em encostar de cabeça.


A Estrela
Filipe Nunes – nota 7

A “eleição” pode ser polémica, afinal David marcou 5 golos, o que por si só seria o suficiente para derrotar o Ipanema, mas a questão é mesmo essa. Trata-se de um jogo colectivo, não de um homem contra a outra equipa e David a determinada altura esqueceu-se que estava a jogar em equipa e só queria marcar mais golos. Nunes por outro lado teve uma actuação mais equilibrada e pró-colectivo. Cheio de garra, foi o maior dinamizador das jogadas de ataque da equipa, acabando por marcar dois golos e fazer uma assistência.

À excepção de Ricardo (que até fez uma assistência) e Arnaldo (ambos com nota 6), todos os outros tem nota 7.

sábado, 5 de abril de 2008

Matar ou Morrer


Torneio Homenagem à Curtes (5ª jornada)
29 de Março de 2008, 9,50 horas

A.R.S.Q.S., 0
Bayern Monchique, 2


Jogo na Escola Sec. Francisco Torrinha
Árbitro: Joaquim Neves
Bayern M. – Ricardo; Tony [cap.] (1), Rui e Cadu; Canhão.
Jogaram ainda: David (1) e Arnaldo.
TR: Arnaldo Martins e Pedro Domingues
Ao intervalo: 0-0

Era mais um jogo de tripla em que se pedia aos bávaros muita cabeça, ataque bem planeado, concentração defensiva e contra ataques venenosos. Um jogo de matar ou morrer em que a primeira equipa que marcasse, conseguiria uma vantagem importante e provavelmente decisiva na conquista dos 3 pontos.

Foi isso mesmo que aconteceu! Aquilo que era pedido foi o que o plantel bávaro fez. Sempre concentrado, sempre tentando ter guardar a bola (nem sempre conseguindo) e sempre com os olhos na baliza contrária, ainda que sem descurar a segurança da sua própria baliza.
Baliza essa que parece bem entregue nas mãos de Ricardo “Portero”. Alcançou aqui o 3º jogo consecutivo sem sofrer qualquer golo, igualando uma marca notável e até aos dias de hoje ainda inultrapassável de Domingues, quando este defendeu a baliza bávara no 9º Torneio do CAC. O plantel da altura até nem era muito diferente. Contava com Ricardo e Filipe que jogam actualmente pelo Juventude Dream e o veterano Zé Augusto. De resto 7 jogadores do plantel da altura marcam presença no actual plantel bávaro. Na altura do CAC porém a equipa marcava bastante mais golos, tendo conseguido nesses 3 jogos um goal average de 34-0(!)
Agora a equipa está mais “comedida”, o próprio torneio é mais equilibrado e os bávaros têm também uma postura mais séria e competitiva.

O jogo foi sem dúvida equilibrado e emotivo, com algumas oportunidades de golos, repartidas pelos dois conjuntos e com várias equipas na bancada, a assistirem atentas ao desenrolar do jogo.

Do lado da ARSQS algumas baixas de vulto, tais como Higuita, Marcelo ou Luís. Já com duas derrotas na competição (e contra rivais directos), o jogo com os bávaros afigurava-se como uma última oportunidade de se manterem na corrida por um dos lugares cimeiros.
Do lado do Bayern também Rui Sá, Nuno, Nunes e Domingues não puderam dar o seu contributo. O primeiro ainda nem sequer se estreou na competição devido a uma entorse no tornozelo, o segundo não jogará mais este ano devido a operação ao joelho, Nunes passou mal a noite e Domingues que é ainda o melhor marcador da equipa, apesar de ausente nos últimos três jogos só tem regresso marcado para a sexta jornada.
Com esta manta de retalhos, Domingues (Arnaldo atrasou-se) escolheu o mesmo 5 da semana anterior para começar a partida. Como nota de destaque, Tony (capitão desde a lesão de Nuno) fez o 105º jogo pelos bávaros, igualando Domingues no comando dessa tabela. E acabou por ser Tony a inaugurar o marcador, já a segunda parte ia a mais de meio do seu percurso.
Depois de uma primeira parte repartida, no início da segunda metade os bávaros tiveram algumas dificuldades em sair a jogar com a bola. O cansaço físico aliado a algum crescer da confiança por parte do adversário, levou a que os bávaros recuassem um pouco no terreno e experimentassem algumas dificuldades em trocar a bola.
No banco Arnaldo e Mingues iam gerindo as emoções e o cansaço dos jogadores, até que Arnaldo decidiu entrar em campo. Sem a velocidade de outros tempos mas ainda senhor de uma visão e inteligência assinaláveis, Arnaldo acabou por ser pedra importante no caminho da vitória. Deu o primeiro golo a marcar e lançou o contra ataque que acabou no golo tranquilizador.
A “Associação Recreativa” nunca desistiu e chegou a ver o poste devolver um remate forte de Paulo, mas acabou por perder bem o jogo, pois o Bayern conseguiu “matar” na altura certa.

Este foi o 4º jogo oficial entre as duas equipas, que além de um empate (na primeira partida) regista já 3 vitórias para os bávaros. Com apenas menos 2 pontos, o Bayern (actual campeão) segue assim na peugada dos Laranjinhas e parece ser nesta altura a única equipa com hipóteses de discutir o título com os homens do Hotel Sheraton.


O filme dos golos


0-1 Jogada perfeita de 3 para 2! David agarra na bola e foge pela linha lateral direita até à linha de fundo. Perante a oposição do defesa cruza para trás para Arnaldo. Este à entrada da área e com um adversário na frente entrega mais à esquerda para Tony que de primeira encosta para o golo.
0-2 Recuperação de bola de Arnaldo no sector defensivo. Entrega para Rui que por sua vez lança David em corrida. David controla a bola sempre em movimento e á saída do rede mete-lhe a bola por baixo do corpo.


A Estrela
David Rouxinol – nota 7

Arnaldo disse a meio da segunda parte “vou entrar eu e o Rouxinol para resolver isto”. E assim foi! Um e outro estiveram nas jogadas dos golos, com maior preponderância para o benjamim dos bávaros que fez a diferença quando meteu a “rapidíssima” e acelerou para a vitória. É o segundo jogo (seguido) em que Rouxinol consegue ser o MVP. É uma lufada de ar fresco numa equipa muito experiente, mas à qual já parece faltar a velocidade dos vinte e poucos anos.