sábado, 31 de março de 2007

MP3 para atleta da casa


Domingues leva o prémio... mas só á "terceira".
O processo de entreg do prémio foi atribulado. Andou á roda no dia 26, pelas 22 da noite. Minutos antes do fecho das "inscrições" foram Filipe e Rui Sá a escolherem os ultimos numeros.
Dos 100 numeros a concurso havia de ditar a sorte que o primeiro a ser extraido era o 54. Apurado o seu "dono" registou-se com pesar que o mesmo não havia sido pago, apesar de "reservado". Após 5 dias de espera o prémio não foi reclamado nem pago e como tal por 1 Euro "alguém" perdeu um prémio avaliado em +/- 30 Euros. Foi pena...
Diziam as regras que em caso do primeiro numero não sair a ninguém, o prémio seria entregue ao segundo numero a ser sorteado. Apenas 13 (?!?!) numeros não foram escolhidos e nem de propósito, o segundo numero foi o 83, um desses numeros "sem abrigo".
Lugar então ao terceiro sorteado (numero 40) que finalmente correspondeu a todos os requisitos para que se entregasse o prémio. O felizardo foi Pedro Domingues que nem sabia que já era dono e senhor do espectacular aparelho. O atleta do Bayern revelou-se surpreendido e feliz. Havia jogado em 20 numeros "para ajudar o clube" mas nem sabia que numeros tinham saído.
A esta hora já deve estar a encher o leitor (com capacidade para 1Gb) de musicas. Ao menos uma alegria para colorir um dia negro...

quinta-feira, 29 de março de 2007

Em busca do Golo 400

Tudo começou numa bela tarde de domingo. 1 de Maio de 2005 foi o dia “D” para o Bayern Monchique. Foi nesse dia que o clube deu um passo de gigante na evolução natural de uma equipa que sempre quis algo mais do que apenas reunir amigos para jogar a bola.

O factor competitivo que foi adicionado a partir desse dia fez o clube crescer em entusiasmo e prestígio. Nesse mesmo dia e apesar da derrota, os bávaros somaram os primeiros quatro golos do seu já vasto historial.
Arnaldo (na foto) foi quem teve a “honra” de apontar o primeiro golo e desde esse dia, nunca mais os bávaros pararam de marcar. Existiram algumas “interrupções” é certo, mas apenas em 4 de 87 jogos que o Bayern já disputou é que os bávaros não marcaram qualquer golo.

De resto desde golos muito bonitos como a chapelada de Nuno contra o Capa (golo 201), a golos muito importantes como o da vitória sobre os Talhos Ruben por 2-1, marcado por Litos e que deu o 3º lugar á equipa bávara, aqui em defesa do nome do Jornal Matosinhos Hoje (golo 330), já se marcaram golos para todos os gostos e com mais de 20 atletas a assinarem o registo de presenças nessa lista.

A caminho do golo 400 – já só faltam 5 – aqui fica em jeito de homenagem os marcadores e os marcos mais importantes desta lista:

Arnaldo 95 golos (74 jogos) = 1,28 golos por jogo
Tony 37 (70) = 0,53
Ricardo 34 (41) = 0,83
Nuno 32 (63) = 0,51
Domingues 29 (70, mas 11 deles na baliza) = 0,47
Garcia 28 (17) = 1,65
Cadu 26 (28) = 0,93
Pedro 16 (14) = 1,14
Nunes 16 (16) = 1
Calado 14 (23) = 0,61
Canhão 14 (51) = 0,27
Pascoal 13 (32) = 0,41
Norberto 11 (17) = 0,65
Litos 10 (23) = 0,43
Nando 5 (22) = 0,23
Correia 4 (10, mas 6 deles na baliza) = 1
Rui Danho 3 (8) = 0,38
Jonny 2 (12) = 0,17
Serginho 1 (5) = 0,20
Hugo 1 (9) = 0,11
Filipe 1 (47, todos na baliza)


Golo / Marcador / Adversário / Torneio
50 Calado (5º, 8-3 vs. Nunigaia) Indoor
100 Tony (1º, 6-2, vs. Esegur) Bombeiros
150 Arnaldo (14º, 14-2, DHL) Bombeiros
200 Nuno (1º, 12-0 vs. Capa) CAC
250 Cadu (1º, 2-4 vs. Millennium) Neto Costa
300 Pedro (2º, 5-1 vs. Sinteme) Académica Leça
350 Nuno (5º, 7-0 vs. Esegur) Eduardo Coutinho
400 ???


Inimigos de longa data

Neste sábado há jogo grande na Torrinha. Logo pelas 9 da manhã defrontam-se dois grandes candidatos ao título. Bayern Monchique que está na primeira posição com 4 vitórias em 4 jogos e Farmácia C. Branco com 3 vitórias e um jogo em atraso.

O confronto entre as duas equipas tem já muita história. A primeira vez que se encontraram foi no Torneio Homenagem Neto Costa, logo na primeira jornada, com os bávaros a vencerem por 4-3 num jogo muito disputado e em que o Bayern apresentou apenas 5 elementos.
De resto, todos os confrontos entre estas equipas foram disputadíssimos e já lá vão 3 jogos. Todos eles foram ganhos pela margem mínima. Nesse primeiro torneio o Bayern acabou por vencer a competição. No segundo torneio foram os da Afurada a vencer por 3-2 e por conseguinte a ganhar a vantagem que lhes permitiu vencer o torneio. Á terceira o Bayern voltou a vencer (3-2) mas desta feita não conseguiu depois vencer o torneio, soçobrando aos pés da AXA…

A julgar pela estatística o jogo acabará com uma vitória tangencial, provavelmente por 3-2… e deverá ser a vez dos da Afurada vencerem. De uma maneira ou de outra será pouco provável que o Bayern alcance aqui a barreira dos 400 golos.

De entre os bávaros aquele que jogou sempre contra este adversário foi Arnaldo que neste sábado não estará presente. Canhão, Filipe e Domingues tem 2 derbys no currículo. Destes três Filipe não deverá estar presente, ele que falhou precisamente o jogo em que o Bayern perdeu. Dos elementos inscritos nesta competição pelos bávaros, apenas Rui Sá e Jonny serão estreantes.

Nos três jogos disputados pelas duas equipas, o ausente Arnaldo é o melhor marcador dos bávaros com 4 golos, tendo marcado em todos os 3 jogos. De referir que tirando os dois estreantes apenas Nuno não marcou contra esta equipa. Pode ser que seja desta…

O Pastor Coutinho é também um estreante neste derby pois nos jogos anteriores Tony (2 vezes) e depois Pascoal foram os treinadores de serviço.


O melhor Rookie


Outro ponto de destaque nesta partida será Rui Sá e a sua prestação em jogos oficiais pelo Bayern. Desde que se estreou venceu todos os encontros (4) que disputou. Se neste sábado conseguir a vitória ou pelo menos um empate será então o melhor estreante de sempre da história bávara, distinguindo-se aí de Zé Augusto que se havia estreado com 4 vitórias mas que perdera depois o quinto jogo.

Num registo “alternativo”, também Cadu teve um começo bastante positivo no seio do clube, no já longínquo final de 2005. Estreou-se pelos bávaros com um empate mas depois “aguentou” 6 vitórias seguidas até perder pela primeira vez contra o Millennium.

Neste sábado crucial para o destino do torneio, agora que se chega ao meio da competição e as posições finais se vão definindo, Rui Sá será sem duvida um dos jogadores mais em foco.

domingo, 25 de março de 2007

Onde pairas Bayern?

Pedro e Leitão olham o "espaço". Assim como a equipa bávara também a bola desaparecu por momentos

Torneio Homenagem a Joaquim Batista – C.M.P. (4ª jornada)
24 de Março de 2007, 9,00 horas

Bayern Monchique, 5
D. H. L., 4
Jogo na Escola Sec. Francisco Torrinha
Árbitros: Tózé Ribeiro e Joaquim Neves
Bayern M. – Rui Sá; Tony (1), Nuno [cap.] e Domingues (1); Cadu (1).
Jogaram ainda: Canhão, Pedro (2) e Jonny.
TR: Vítor Coutinho
DHL – Costa [cap.]; Tanque, Careca (1), Ramazzoti (1) e Cigano (1).
Jogaram ainda: Leitão (1) e Vareta.
TR: Paulo Costa
Disciplina: Costa (amarelo na primeira parte e vermelho na segunda, ambos por mão fora da área)
Ao intervalo: 2-2
Marcha do marcador: 1-0; 1-1; 2-1; 2-3; 5-3; 5-4

Só a espaços se viu a equipa em campo

Não se previa um resultado final tão equilibrado. Com os bávaros na máxima força (regresso de Cadu e ingresso de Pedro) e contra um adversário que não é mau mas também não aspira a mais do que o meio da tabela, os bávaros tinham obrigação de fazer mais e melhor. Erros vários e alguma falta de empenho tiveram como resultado quatro golos sofridos (tantos como nos outros três jogos) e um fantasma da derrota a pairar sobre os bávaros durante cerca de quinze minutos. A equipa andou perdida (na segunda parte) e foram as individualidades a resolver…

O panorama era animador. Cadu estava de volta, pelo menos para este jogo, e um reforço de peso (Pedro) juntava-se á equipa. Nas bancadas dois bávaros de corpo e alma assistiam á partida impedidos por lesão de ajudar os companheiros. Arnaldo operado ao joelho e Norberto em vésperas de ser operado á tíbia. Uma dupla maravilha que voltará por certo a encantar as plateias mas que para já enfrentam uns bons três / quatro meses de dura recuperação.

Dois retornados chegaram a passo. Outros haveriam de fazer o mesmo...
Vítor Coutinho apostou sem surpresas em Nuno a fixo e Cadu a pivot. Nas alas dois homens que completaram aqui cada um o seu 70º jogo pelos bávaros. Tony e Domingues, duas bandeiras do Bayern. Tão iguais e tão diferentes, um mais prático e outro mais técnico, um mais ponderado e outro mais impulsivo, um mais goleador e outro mais assistente, ambos haveriam de estar na génese do primeiro golo, abrindo caminho a uma vitória que poderia ter sido fácil, mas que se revelou suada e pela diferença mínima.

Os bávaros começaram bem e marcaram cedo aos 3 minutos. Aos 9 os homens da DHL repuseram a igualdade num lance onde a falha de Canhão acaba por ser preponderante, mas logo no minuto seguinte um bela triangulação pôs o Bayern novamente na frente. Assistiu-se então a um período equilibrado em que os bávaros não puseram o pé no acelerador, confiantes que o terceiro golo surgiria inevitavelmente. Ao invés disso, já no último minuto da primeira parte foi a DHL a marcar, levando o empate para o intervalo.

Perdidos num Buraco Negro
Tony bem tentou escapar ao magnetismo do abismo

Para a segunda parte o Bayern apresentou uma formação de ataque. Esperava-se um assalto á baliza contrária mas o golo madrugador da DHL, fruo de uma perda de bola de Pedro no meio campo deitou tudo a perder, atirando a equipa para um buraco negro, onde esteve durante um quarto de hora. Os bávaros bem lutaram e tudo fizeram para “voltar ao jogo” mas a habitual interferência da arbitragem e a falta de pontaria no remate fez com que os bávaros vagueassem no escuro, em busca de uma luz que tardou em brilhar.

Quase de seguida ao golo sofrido Tony marcou mas o lance foi anulado supostamente por a bola estar em andamento aquando da marcação de um lançamento por Domingues.
Da equipa de arbitragem já o Bayern sabe o que pode esperar mas quando mais era preciso, também a pontaria começou a atraiçoar os bávaros. Depois deste lance anulado vários se seguiram com os homens de branco e vermelho a atirarem ao lado ou á figura do guarda redes.

Guarda redes que teve de ser substituído após lance de contra ataque bávaro, tendo sido expulso por sair a defender com as mãos já bem longe da sua área e em lance de golo iminente. Para a baliza foi Careca mas nos dois minutos que se seguiram, a jogar contra quatro o Bayern não conseguiu fazer valer a superioridade numérica. Os dois minutos esgotaram-se num ápice sem que os bávaros conseguissem pelo menos um lance de verdadeiro perigo.

Só Domingues pareceu dar ouvidos ao Mister

Acabou por ser a qualidade técnica de Pedro a fazer a diferença numa altura em que a ansiedade já era muito grande e a derrota um resultado cada vez mais real. Num minuto (literalmente) tudo mudou com Domingues e Pedro a virarem o resultado e dois minutos depois novamente Pedro em jogada de génio deu definitivamente a vitória aos bávaros. Até ao final o Bayern limitou-se a controlar e ainda viu a diferença diminuir num lance de infortúnio de Sá que tinha estado bem até ao momento mas que esborratou aí a pintura.

O resultado é justo e aceita-se pelo que os bávaros lutaram e pela diferença de valores dos dois conjuntos, mas fica aqui a lição para o futuro…
Nas outras partidas a Farmácia venceu confortavelmente e vai lutar contra o Bayern na próxima jornada. No jogo grande desta semana, o duelo entre primeiros classificados pendeu para o Café Sport que venceu o F. Rego por 3-2. Café Sport e Bayern Monchique são agora os únicos comandantes com 12 pontos. Também a Farmácia só tem vitorias mas com um jogo a menos conta apenas 9 pontos.


O filme dos golos ao minuto

1-0 3’ Tony recupera uma bola na defensiva e lança imediatamente para Domingues que finta um adversário e contemporiza perante outro, até encontrar a nesga de espaço por onde assistiu Tony. Este de primeira bateu o guardião contrário.
1-1 9’ Livre a favor dos bávaros. Canhão dá um toque muito puxado para Nuno que no esforço extra para segurar a bola acaba por ser desarmado. O contra ataque com três homens é letal, até porque Pedro acabado de entrar escorrega, deixando o caminho para os adversários ainda mais facilitado e uma missão impossível para Sá. Cigano é quem conclui.
2-1 10’ Contra ataque rápido dos bávaros, com vários passes e o golo respectivo. Pedro conduziu e entregou em Nuno na direita. Este poderia rematar mas prefere um derradeiro e “estonteante” passe para Cadu que factura mais um (o sexto no torneio).
2-2 20’ Algum desvario posicional que permite á DHL chegar á zona frontal de tiro. Sá defende o primeiro remate mas o segundo de Careca, quase sem ângulo é um remate indefensável e de se tirar o chapéu.

2-3 22’ Bola perdida no meio campo de ataque. Leitão conduz pela meia esquerda, acompanhado por cigano no lado direito. Tony dá-lhe a linha e Pedro tenta socorrer mas Leitão dispara rasteiro fazendo a bola fugir a Sá e ir entrar junto ao poste mais distante.
3-3 36’ Pedro finta pela esquerda e assiste Domingues que finalmente marca á boca da baliza.
4-3 36’ Jogada em tudo semelhante á anterior mas com Domingues a retribuir a assistência a Pedro que conclui do lado esquerdo.
5-3 38’ Pedro pela direita ganha sucessivos ressaltos e finta vários adversários até chegar ao redes que também coloca fora da jogada com uma finta para o meio. Depois com a baliza aberta foi só empurrar. Foi o golo da tranquilidade e um golo de levantar a bancada (se lá estivesse alguém que fosse neutro).
5-4 39’ Rui Sá recebe um passe de um colega e ludibria um adversário que já se chegava para lhe roubar a bola. Infelizmente na finta adiantou em demasia a bola e Ramazzoti que chegava para a segunda carga rematou de primeira.


Os homens do Bayern
Por Arnaldo Martins


Individualidades superaram colectivo

Fabuloso mundo de Mingues

Domingues apontou o caminho

Mano «Argentino» determinante no triunfo

Inesperadamente suado. O triunfo bávaro não merece discussão, mas aguardava-se uma exibição mais segura, tendo em conta o número de elementos disponíveis (aliada à qualidade) e o potencial do adversário, manifestamente menor comparativamente ao Bayern. Altos e baixos numa vitória construída à custa das individualidades, pois o colectivo durou apenas cinco/seis minutos, momento em que se procedeu à primeira alteração e, a partir daí, a equipa nunca mais se organizou convenientemente. Mingues comprovou o bom momento que atravessa e Pedro, embora tenha demorado a acertar, foi determinante. Os homens do jogo.

Rui Sá (6) – Infeliz
Só a aparência já oferece uma segurança que antes não existia. Fala pouco, mas parece motivado e lentamente começa a perceber a mística bávara. Há imagens que provam isso. Nas quatro linhas, foi infeliz. Praticamente não teve culpas nos golos, mas encaixou quatro. No primeiro, surgiram-lhe três adversários pela frente; no segundo, não teve a devida compensação após uma boa defesa; no terceiro, o remate saiu enrolado e ainda bateu no poste; já o último o cronista não viu, porque foi interpelado pelo guarda-redes dos Leões de Veneza. Consta que foi um frango. Tentou sair a fintar e fê-lo com sucesso com o primeiro adversário mas adiantou demasiado a bola e perdeu-a…

Capitán (6) – Desligado
Arranhado nas costas (desconhece-se a origem), apareceu algo desligado e, talvez por isso, tenha sido acusado de andar a passo (a semana promete). Capitán não fez, de facto, um jogo sublime, mas também teve bons apontamentos, como a leitura de jogo que demonstrou no lance do segundo golo, ao assistir com eficácia Cadu. Foi também ele que “expulsou” Costa quando se preparava para isolar Tony. Foram os pontos altos de uma exibição intermitente que atingiu estes picos quando transmitiu um pouco mais de velocidade e empenho.
Ficou envolvido no primeiro golo do adversário, após ter sido «traído» pelo passe morto de Canhão, na marcação de um livre.

Tony (7) – Chama o António
Que bom ver António com a alegria e determinação de outros tempos. O histórico está a voltar ao que era (parece que já não manca) e até revela sentido matador, como atesta a simplicidade como abriu o activo, após assistência de Mingues. Fez roubos de bola e iniciou jogadas de contra-ataque (como aconteceu no seu golo). Foi crítico com os colegas, mas isso só demonstra o seu grau de exigência e ambição. Tony quer explodir e, nas bancadas, já se canta o célebre single de Toy «Chama o António, chama o António».

Cadu (6) – Distante
Apareceu apenas a espaços. Não teve o fulgor de outros tempos, mas deixou a sua marca a aparecer bem a finalizar no 2-2. Empenhado, lutador, mas inconsequente, numa exibição a deixar a ideia que podia estar com a cabeça noutro sítio algo distante. Cheira a gaja. Será?

Canhão (5) – Sono
Esteve muito apagado e apareceu com sono. Só na recta final apareceu mais activo inclusive rematando em jeito e com perigo, mas num momento em que tudo já estava decidido. O motor aqueceu tarde e podia ter saído caro. Displicente na forma como passou a bola para Nuno, num livre que acabou por originar um contra-ataque adversário e o primeiro golo da DHL.

Jonny (5) – Ovelha negra
Quando entrou, a equipa vencia (2-1). Quando saiu, a equipa perdia (3-2). Não entrou mais. Ainda bem. O segredo do triunfo. (Ah, é verdade, pressionou a defesa adversária durante dois/três minutos. A única coisa de jeito que fez).

Pedro (8) – Em crescendo
Escorregou mal entrou. Prenúncio para uma primeira parte menos conseguida, com falta de entrosamento (natural) com os colegas. Depois, face à qualidade inata que possui, desequilibrou e esteve na génese da reviravolta. Assistiu Mingues no 3-3 e depois bisou, sentenciando a partida. Uma exibição em crescendo de um verdadeiro reforço que pode e vai, concerteza, produzir muito mais. O “argentino” (apareceu com uma camisola da selecção das Pampas) honrou o talento do mano Norberto, que assistiu à partida ao lado de Nokas.


A Figura

Domingues (8) – Fabuloso

Sublime a jogada do primeiro golo. Tira o adversário do caminho, com soupless, e, depois, com a cabeça bem levantada, assiste Tony no meio. Um momento que define a sua exibição: classe. O Fabuloso só continua a pecar na forma como perde discernimento quando discute com os árbitros. Tem razão, mas face à experiência acumulada noutros torneios sabe como o «sistema» funciona e tem de saber dar o exemplo. Pode discutir, desde que facture. Duas assistências para a galeria (Tony e Pedro) e um golo importante (3-3).


As curtas

A bola vai para a bancada e os olhos dos jogadores viram-se imediatamente para Arnaldo e Norberto. “Berto” de muletas na mão dispara de imediato:
“Não estais á espera que a vá buscar, pois não?”

Jonny faz balanço positivo
“Neste torneio não tenho comprometido. Ao contrário de alguns históricos…”

Enviado Especial: Tino Vilas

Fotos: Arnaldo Martins

sábado, 24 de março de 2007

Lotaria dos Campeões


É já segunda que anda á roda.

Os ultimos numeros foram escolhidos por Norberto (66), Pedro (90), Jonny (73), Cadu (82) e Rui Sá (91), mas de referir que ficaram ainda por escolher 11 numeros, respectivamente 61, 63, 64, 71, 75, 83, 84, 86, 92, 93 e 95.

Caso o primeiro prémio da lotaria saia a um destes, o prémio (leitor de MP3) será atribuido ao segundo numero sorteado ou ao terceiro caso continue a sair um numero "sem dono". Posto isto e se continuar a não existir um premiado, não haverá então entrega de prémio.

sexta-feira, 23 de março de 2007

Boa sorte, Berto!


Operado segunda-feira

Na próxima segunda-feira, em unidade hospitalar ainda a designar, o nosso «box-to-box» Norberto é operado à tíbia. Emprestado à Universidade Lusíada, o jogador fez uma fractura de 2,5 cm, o que obriga o recurso à intervenção cirúrgica para debelar a lesão. Após Nokinhas, é a vez de Berto se deitar na sala de operações, onde, certamente, irá dar nas vistas quando estiver vestido só com aquela fininha bata azul. Berto está ansioso mas confiante e o universo bávaro já iniciou uma corrente positiva para que tudo corra na perfeição ao nosso Anaconda.
A recuperação deverá rondar 2/3 meses, sendo praticamente certo que será mais uma baixa para o mítico Torneio da Académica de Leça, prova onde a equipa bávara deu nas vistas no ano anterior, tendo Berto desempenhado um papel determinante. Mas isso são contas de outro rosário. O importante é Berto recuperar a cem por cento para depois estar apto a competir em… todas as frentes. Boa sorte, jogador!

Jonny encosta às boxes
Entretanto, amanhã, o BM enfrenta a quarta jornada do Torneio organizado por Júlio «Gargantola» e a grande novidade é a inclusão do promissor Pedro. O jovem atleta manifestou vontade de defender as cores da equipa, tendo pedido apenas (para além da boleia) que Tony lhe ligue às 7.30 horas para não adormecer. O reforço bávaro irá envergar o número 7 e já se mostrou honrado por vestir a camisola que pertencia a Nokas.
Com esta mexida, o mister Pastor Coutinho já não terá necessidade de utilizar o débil Jonny no decorrer da partida. O Bayern garante, assim, dois reforços de uma assentada: a inclusão de Pedro e o afastamento de Jonny.

quinta-feira, 22 de março de 2007

Da primeira vez foi assim…


Mudou aos 7, acabou aos 14

… Mas a DHL só tinha 4 jogadores

Foi a 26 de Novembro de 2005 que as equipas se encontraram pela primeira e única vez, naquela que foi a ultima jornada do Torneio Homenagem aos Bombeiros. Na altura como agora, sob o comando de Vítor Coutinho, os bávaros ainda lutavam pelo terceiro lugar e fizeram a sua parte vencendo uma DHL debilitada, com apenas 4 elementos em campo, mas que mesmo assim conseguiu marcar dois golos, inclusive o primeiro da partida. O resultado foi igual em ambas as partes, com a DHL a abrir o activo em cada uma das partes do jogo e o Bayern a responder de seguida com 7 golos.

O Bayern alinhou com Domingues; Tony (4), Nuno [cap.] (3) e Arnaldo (6); Ricardo (1).
Jogou ainda: Canhão.

O melhor em campo foi Nuno que com 3 golos (todos de fora de área) e 5 assistências fechou a participação do Bayern Monchique nesta primeira aparição no “Torneio do Júlio”. Mais tarde nessa manhã, o Capitão Bávaro haveria de levantar com orgulho o “Troféu Fair Play” desse torneio.

Além de Domingues que teve de ir para a baliza devido á ausência de Filipe, Canhão foi o único que não marcou nem fez qualquer assistência. Bem tentou e até chegou a mandar á barra mas não conseguiu marcar.

Quem queria marcar mas só o conseguiu por uma vez foi o pivot Ricardo. Na altura era o melhor marcador da equipa com 8 golos e perante a possibilidade de jogar contra uma equipa em inferioridade, a estratégia dos bávaros passava por ajudar Ricardo a ser o melhor marcador da competição. Infelizmente para Ricardo a baliza parecia amaldiçoada e só muito perto do fim é que este conseguiu marcar um golo. Entretanto, Arnaldo que também tinha 8 golos foi quem mais brilhou nesse capítulo, conseguindo 6 tentos e alcançando o primeiro lugar da tabela com um total de 14. No jogo seguinte porém, Filipe Rocha marcou 3 dos 4 golos com que o Finibanco venceu a Esegur e por conseguinte o torneio. Com esses 3 golos Filipe Rocha completou 15 e ultrapassou Arnaldo por 1 golo.

Neste sábado as duas equipas voltam a defrontar-se 15 meses depois da primeira vez. O Bayern segue no pelotão da frente com 3 vitórias em 3 jogos. Os homens da DHL por seu lado já conheceram os 3 resultados possíveis e seguem em 5º com 4 pontos.
Além deste jogo, a Fármacia C. Branco é favorita no confronto com Leões de Veneza, Relopa e CMP deverão protagonizar um duelo equilibrado, embora com o favoritismo a cair para a Relopa. Sogrape contra Grupo 8 também deverá ser um jogo interessante e a fechar a jornada o embate mais esperado com dois candidatos a encontrarem-se. F. Rego e Café Sport irão disputar o primeiro lugar.


Dia 26 anda á Roda


É a lotaria comemorativa dos campeões.

O Bayern Monchique faz dia 25 de Março um ano em que foi campeão, no Torneio Homenagem a Eduardo Coutinho e para celebrar o facto e também para ajudar as debilitadas finanças do clube, os bávaros vão sortear no dia seguinte (26), pela Lotaria Nacional, um leitor de MP3. A corrida ás rifas tem sido bastante concorrida mas ainda existem alguns números disponíveis.
Ainda vai a tempo de se habilitar e por apenas 1 EURO.

segunda-feira, 19 de março de 2007

Sofre coração

Torneio Homenagem a Eduardo Coutinho (8ª jornada)
25 de Novembro de 2006, 9,00 horas

Bayern Monchique, 2
Sogrape, 0


Jogo na Escola Sec. Francisco Torrinha
Árbitros: Tózé Ribeiro e Joaquim Neves
Bayern M. – Rui Sá; Nuno [cap.] e Tony (1); Domingues (1) e Canhão.
Jogou ainda: Jonny.
TR: Vítor Coutinho
Sogrape – Cesar; Mulato, Davids e Nesta [cap.]; Inzaghi.
Jogaram ainda: Miccolino, Servente, Russo e Gattuso.
TR: Francisco Uva
Ao intervalo: 1-0

Bávaros sobrevivem a mais um jogo á custa de uma defesa de betão e comprimidos… para o coração

Não foi nada fácil esta vitória. O golo de Domingues a meio da primeira parte deu a vantagem no marcador, mas fez também com que a Sogrape caísse em cima da defensiva bávara. A partir daí e devido á ausência de um playmaker, muitas foram as bolas despachadas para á frente e só muito perto do final é que o contra ataque bávaro conseguiu ser letal.

O jogo já se sabia não seria fácil para os bávaros. Com apenas seis elementos, os bávaros teriam uma árdua tarefa pela frente. O jogo foi sempre muito equilibrado e a vitoria bávara aceita-se devido á eficácia demonstrada. Na realidade, apesar da maior pressão dos “homens do vinho”, estes nunca tiveram oportunidades flagrantes de marcar. Os remates, quase sempre de fora da área, foram travados pela defensiva que se mostrou á altura, ou em ultima instância, quando o “bloqueio” foi furado, Rui Sá exibiu-se sempre a grande nível.

Na segunda parte assistiu-se a um pouco mais do mesmo. O golo tranquilizador tardou e até lá foi sofrer. A ausência de Cadu fez com que houvesse pouco pensamento na criação de jogadas e os bávaros quase sempre optaram por jogar para a frente, tentando manter o perigo longe da baliza de Sá.
No último pedido de desconto de tempo, já no último terço da segunda parte, o aviso de que no contra-ataque se ia matar o jogo foi dado… por Domingues. E assim foi. Depois de muito sofrer Domingues deu a melhor direcção a uma bola que acabaria no fundo das redes, depois do toque final de Tony.
O jogo acabou poucos minutos depois mas foi nessa altura que o resultado ficou decidido. O Bayern ultrapassou assim mais um obstáculo difícil e continua com 100% de vitórias. A escassez de soluções do plantel é que tem de ser revista. Jogos virão em que apenas a boa vontade dos seis elementos não chegará para garantir os três pontos. Um caso para reflectir…


O filme dos golos

1-0 Nuno recebe a bola na cobrança do lançamento e entrega em Domingues no lado esquerdo do meio campo ofensivo. Domingues com calma engata então um remate de bico, pelo buraco da agulha com a bola a entrar rasteira junto ao poste mais distante, fazendo de uma jogada perfeitamente inofensiva, um golo de se tirar o chapéu.

2-0 Contra ataque rápido dos bávaros, executado na perfeição. Rui Sá repõe a bola em jogo com um lançamento rápido com a mão para Domingues na direita. O único defesa corre para socorrer e Domingues consegue mesmo assim fazer o passe tenso para o centro da área, fazendo a bola passar por baixo das pernas do defesa e indo encontrar Tony solto de marcação. Foi só encostar.


Os homens do Bayern

Rui Sá (8) E á terceira foi de vez. Depois de duas exibições menos conseguidas, finalmente Rui Sá consegue uma de encher o olho e ainda premiada com zero golos sofridos. Foi o melhor jogador em campo defendendo tudo e até foram bastante os remates e pecando apenas por excesso de zelo, chegando até a defender bolas que já iam para fora. Foi o garante da vitória e esteve inclusive no lance do último golo, isolando Domingues com um lançamento longo.
Nuno (7) Um passe errado poderia ter originado o golo do adversário mas foi um momento de desconcentração único no jogo. Devido á falta de jogadores acabou por fazer várias posições no campo, notando nas pernas o cansaço dai decorrente. Podia ter feito o segundo golo mas deixou a bola fugir muito para a linha e já com pouco ângulo atirou á figura.
Tony (7) Marcou um golo fácil mas já havia feito por merecer esse “prémio”. Dois remates bem colocados de pé esquerdo, um ao poste mais distante e outro ao mais chegado sobressaltaram César que os conseguiu defender com dificuldade.
Domingues (8) Sem ser o melhor em campo acabou por ser o “homem do jogo”. Marcou o primeiro golo com muito mérito, surpreendendo a defensiva e o guarda-redes contrário. No segundo golo todo o mérito é seu, temporizando a jogada e colocando a bola com precisão na zona de golo.
Com o golo alcançou Garcia como 5º maior marcador dos bávaros com 28 golos e com a assistência “separou-se” de Cadu, sendo agora isolado o 2º bávaro com mais passes para golo (29).
Canhão (7) A pontaria continua fraca e talvez por isso não tenha utilizado muito o remate. Sobressaiu sim nos lances divididos utilizando o corpo com raça e muita inteligência. Completou 50 jogos e é já o 5º atleta mais utilizado do Bayern.
Jonny (6) Também ele teve uma ocasião de ouro para marcar o 2-0 já na segunda parte, mas o remate de pé esquerdo embateu no corpo de César. Foi pena! Seria o ponto alto de uma actuação que pecou por nem sempre ter solto a bola nos momentos certos e por alguma atrapalhação nos dribles.

Enviado Especial: Tino Vilas

quinta-feira, 15 de março de 2007

Lançamento da jornada 3

7-1 é uma miragem

Foi a 25 de Novembro (8ª jornada do torneio Eduardo Coutinho) que as duas equipas se encontraram pela primeira vez. Na altura a classificação fazia prever um jogo equilibrado. O Bayern era segundo com os mesmos pontos do primeiro e a Sogrape era quarta com menos um ponto apenas que os bávaros. O equilíbrio no entanto registou-se apenas até ao intervalo, altura em que o Bayern vencia por 2-1. Na segunda parte os bávaros dispararam no marcador com 5 golos sem resposta, arrumando de vez com as esperanças da Sogrape em chegar ao primeiro lugar.

As equipas alinharam:
Bayern M. – Filipe; Nuno [cap.] e Tony (2); Domingues (1) e Arnaldo (2).
Jogaram ainda: Cadu e Canhão (2).
TR: Luís Vicente
Sogrape – Cesar; Maldini, Davids e Faria Rocha [cap.]; Miccolino (1).
Jogaram ainda: Vendas, Servente, Russo e Khadafi.
TR: Francisco Uva

Nesse jogo brilharam dois jogadores que andavam arredados da ribalta. Tony (MVP) e Canhão, bem secundados por Domingues e Arnaldo foram as estrelas mor de uma equipa ferida no seu orgulho, que “perdera” o campeonato nas duas jornadas anteriores, mercê de um empate (Assis Zaz) e uma derrota (AXA).

Outra nota de destaque nessa partida foi o apoio dado pelas “Sereias Negras”, naquela que foi a ultima aparição oficial do colectivo feminino, que desde a sua origem tem marcado presença nos jogos e treinos da equipa bávara. Ultimamente as Sereias tem andado “divorciadas” dos jogos mas neste sábado até se espera que a equipe volte a ter a claque do seu lado.

Este sábado pelas 10,40, um resultado de 7-1 para qualquer uma das equipas será apenas uma miragem. Um resultado dificil de repetir. Algo que aconteceu uma vez na vida, deixando apenas uma certa nostalgia...

O equilíbrio parece agora ser ainda maior. A Sogrape terá subido uns pozinhos e o Bayern “desceu” em quantidade e qualidade desde o ultimo encontro.
A “equipa dos vinhos” tem agora mais experiência e é ponto assente que este factor é determinante no rendimento de uma equipa.
Os bávaros por seu lado vão se apresentar com apenas seis elementos sendo que Cadu (MVP da equipa nos dois primeiros jogos) é a grande ausência.

Sai Cadu e entra… Domingues, ou pelo menos será esta a substituição esperada. Não é crível que Jonny consiga a titularidade ou que chegue sequer a horas para o aquecimento.

Rui Sá na baliza, Nuno, Tony e Canhão completam o provável cinco inicial.

domingo, 11 de março de 2007

Vermelho?!? É Grupo!


Torneio Homenagem a Joaquim Batista – C.M.P. (1ª jornada)
10 de Março de 2007, 9 horas

Bayern Monchique, 4
Grupo 8, 2

Jogo na Escola Sec. Francisco Torrinha
Árbitro: Tózé Ribeiro e Joaquim Neves
Bayern M. – Rui Sá; Tony, Nuno [cap.] (1) e Cadu (3); Canhão.
Jogou ainda: Domingues e Jonny.
TR: Vítor Coutinho
Grupo 8
– Marelo; Besta, Nando e Cavalgadura [cap.]; Adriano (2).
Jogaram ainda: Alcino, Colina, Segurança, Ricardo, Almeida e Gorila.
TR: Marcos Octávius
Disciplina: Adriano (Amarelo por agarrar Tony)
Ao intervalo: 3-2
Marcha do marcador: 0-1; 1-1; 1-2; 2-2; 4-2.

Arbitragens continuam a ter um papel determinante na escassez de golos bávaros
O Bayern voltou a vencer por 4-2 contra uma equipa mais fraca que a da CMP, mas teve de lutar muito para ultrapassar a dureza excessiva do adversário e a fraca arbitragem que voltou a não assinalar penaltys (três) e uma expulsão claríssima, ficando-se pela amostragem do amarelo.
O grupo estava reforçado com a presença de Canhão. O adversário era uma incógnita. O equipamento voltou a ser o preto e o resultado do Bayern acabou por ser uma cópia da primeira jornada. O Grupo 8, empresa ligada ao sector da vigilância e segurança apareceu com onze jogadores. Um guarda redes e dez jogadores de campo.
Adriano foi sem duvida o melhor jogador dos “Seguranças” mas bastante antes de Adriano poder brilhar foi a Besta que jogou com o numero 10 que deu nas vistas. Isto porque logo no primeiro minuto teve uma entrada a pés juntos sobre Tony que felizmente não teve consequências. A equipa de arbitragem nem sequer marcou falta dando o mote para 40 minutos de jogo durinho.

Á semelhança da primeira jornada também aqui o Bayern entrou dominante, com mais posse de bola e jogadas de perigo, mas foram os adversários que marcaram primeiro, precisamente no primeiro remate que fizeram á baliza. O contratempo não fez os bávaros esmorecer e pouco depois chegaram ao empate mercê da inteligência de Tony e a qualidade técnica de Cadu.
Após recuperarem o empate os bávaros voltaram a sofrer novo “desgosto”. Novamente Adriano e de novo com Rui Sá a não ficar muito bem no retrato.
Apenas um novo percalço no caminho para a vitoria já que Nuno já com Mingues e Jonny em campo reporia o empate com um remate espectacular.
Antes disso, Jonny desperdiçara uma oportunidade de ouro após excelente jogada de Domingues…
Antes do intervalo Nuno saiu lesionado e pouco depois Cadu pôs o Bayern em vantagem.

Para a segunda parte a ideia de aumentar a vantagem, com o handicap de não poder utilizar Nuno. Sem o Capitán em campo Cadu “desceu” para fixo.
O destaque da segunda parte vai para a actuação da equipa de arbitragem que negou penaltys a Cadu (dois) e Domingues. Além disto, interromperam uma jogada de golo a Tony, apesar deste se conseguir desenvencilhar do agarrão do adversário e prosseguir isolado rumo á baliza. A lei de jogo diz que o jogador que travar em falta (ainda por cima a agarrar) a progressão de uma jogada de golo iminente deverá ser expulso. Além de não darem a lei da vantagem a equipa de arbitragem com culpa directa para o árbitro Joaquim Neves, recusou-se a amostrar o cartão vermelho ao jogador do Grupo 8.
Também Besta deveria ter visto pelo menos um amarelo quando atropelou Rui Sá na área, já depois de este ter a bola perfeitamente controlada nas mãos, já para não falar da entrada duríssima deste jogador a pés juntos logo no inicio da partida.
Quanto ao jogo em si, o Bayern quase se limitou apenas a controlar a vantagem apesar de Mister Coutinho pedir aos seus atletas um esforço extra para imprimir querer e velocidade.
O resultado é justíssimo mas peca por escasso.


O Filme dos Golos

0-1 Tabela no meio campo bávaro após perda de bola. Tony fica nas covas e Adriano isolado atira a contar com a bola a entrar rente ao poste.
1-1 Cadu conduz pelo meio e entrega a Tony na posição de pivot. Este roda para a baliza e passa novamente a Cadu na esquerda que marca.
2-1 Contra ataque rápido. A bola é lançada pelo redes para Adriano no lado esquerdo junto á linha. Nuno tenta cortar a bola mas é ludibriado pela recepção de Adriano que com um chapéu tira o capitão da jogada. Isolado e com espaço para e tempo para executar Adriano remata com a bola a passar por baixo das pernas de Sá.
2-2 Cadu cobra um lançamento no lado direito, perto da linha de fundo. O passe é tenso e rasteiro para Nuno que vem de trás e remata forte e colocado, com a bola a bater no poste antes de entrar.
3-2 Domingues penetra pela direita e remata forte. A bola é rechaçada pelo redes para o sítio proibido onde aparece Cadu a concluir com facilidade.

4-2 Lançamento mal executado pelos seguranças, permitindo a Cadu apoderar-se da bola. Com um defesa a respirar-lhe no pescoço Cadu consegue o remate mas a bola embate no poste desviando-se para a lateral direita. Jonny pressiona o defensor e consegue cortar-lhe a bola que caprichosamente vai na direcção de Cadu, aproveitando este para fazer o hat-trick.


Os homens do Bayern

Rui Sá (5) Voltou a não ser feliz e novamente sofreu na pele uma eficácia de 100% no ataque do Grupo 8 durante a primeira parte. Em ambos os remates Sá poderia ter feito melhor. No primeiro pareceu surpreso e demorou a sair da baliza. No segundo a bola passou-lhe por baixo das pernas. Melhorou na segunda parte…
Nuno (7) Quinquagésimo jogo de Nuno com a braçadeira de capitão. Efeméride comemorada com um grande golo do Capitán, ao seu estilo, com remate forte e tenso. Antes disso tinha sido ultrapassado pela ratice de Adriano no lance do 2-1.
Saiu pouco antes do intervalo após se ressentir de lesão no joelho mas voltou a meio da segunda parte para assegurar a manutenção da vitória.
Tony (7) Ficou associado ao primeiro golo adversário numa primeira parte que de uma maneira geral não correu muito bem aos bávaros. Na segunda parte foi o mais inconformado da equipa, não se contentando com a vitória por números tão escassos. Pela garra demonstrada no lance do amarelo a Adriano, merecia o golo ou pelo menos a consolação de ver o adversário expulso.
Canhão (6) Foi a surpresa do cinco inicial após ausência de algumas semanas devido a problemas de saúde. Saiu-se mal! Quase 100% dos remates foram biqueiradas sem sentido, desperdiçando entre esses um ou dois livres que poderiam ser perigosos de outra forma. Na segunda parte melhorou a exibição, talvez mesmo por ter abdicado de rematar.
Domingues (7) Começou surpreendentemente no banco, provavelmente devido ao atraso de Sá. Domingues seria o homem que substituiria o guardião bávaro em caso de ausência deste e com a chegada de Sá acabou por ir para o banco. Á imagem dos companheiros fez uma exibição a meio pau mas deu nas vistas numa jogada individual em que chamou a si o redes e o defensor para depois assistir primorosamente Jonny.
Jonny (7) Poderia ter voltado a marcar neste jogo mas o guarda redes Marelo opôs-se bem. Não marcou mas acabou por assistir ainda que se calhar não intencionalmente pois de um corte seu, surgiu o ultimo golo da partida. Com duas assistências e um golo em dois jogos já fez mais do que em todo um torneio há um ano atrás.


A Estrela

Cadu (9)
Esteve perto da perfeição, durante toda a partida, excepto por um toque de calcanhar infantil que isolou um adversário, felizmente sem consequências. Quando Nuno saiu, teve de ocupar a posição de fixo, desempenhando muito bem a função. De resto esteve em todos os quatro golos bávaros e isso diz bem da sua importância no jogo e no resultado. Lidera a tabela de melhores marcadores com 5 golos e empatado com Santos do F. Rego. Pena é que tenha anunciado após o jogo que dificilmente poderá comparecer nos próximos jogos devido a compromissos escolares… A confirmar-se será uma baixa de vulto e dificilmente colmatada pelos elementos do actual plantel.


Enviado Especial: Tino Vilas

terça-feira, 6 de março de 2007

"Regresso a uma casa onde fui maltratado"


* A entrevista foi feita via messenger e teve alguns intervalos, pois o entrevistador teve de parar para defecar, duas vezes.

Entrevista á personagem mais peculiar e controversa do universo bávaro (se é que tal existe de facto). Um conjunto de alfinetadas venenosas e certeiras de um homem que se auto define como jogador defensivo mas que respondeu sempre ao ataque. Um atleta que entra em campo para libertar os companheiros, sacrificando-se pela equipa mas que aqui disparou em (quase) todos os sentidos não poupando colegas nem treinadores deste clubezeco que não respeita mas também não larga, quiçá por se tratar de um projecto de estudo sociológico para este profissional da escrita.

Ame-se ou odeie-se… certo é que ninguém ficará indiferente.


O que sentiu no regresso ao Bayern 15 meses depois do último jogo?
O habitual, a angústia de tentar defender uma causa impossível, sabendo de antemão que não estou fisicamente apto a competir.

Causa impossível, como assim?
A primeira coisa que constatei no BM é que é uma casa a arder! Assinei contrato julgando que ia para uma equipa de amigos, mas a verdade é que há um núcleo – os chamados “históricos” - que impedem o clube de evoluir. Ali não jogam os melhores, mas os mais antigos, talvez por serem os únicos que os treinadores conhecem.

“O clube não me merece”

Então porquê regressar?
Custou-me imenso regressar a uma casa onde fui muito maltratado, mas uma incidência obrigou-me a ponderar calçar as sapatilhas para um último torneio. É óbvio que não retiro uma vírgula às críticas e sei que vou ser penalizado por dizer as verdades que ninguém quer assumir. Tive nota 7 neste primeiro jogo para, posteriormente, me acusarem de não estar a render aquilo que pretendiam. Só regressei mesmo por obrigação pessoal, visto que o clube não me merece.

Como é possível voltar a uma casa onde diz ter sido maltratado?
Não consegui resistir ao pedido do Arnaldo. Não sou daqueles que o vai visitar e faz uma grande festa só para o animar. Ele sabe que me preocupo e que pode contar comigo. Como é um animal, pediu-me para ajudar novamente o Bayern, por o clube não ter elementos suficientes. Só o fiz porque, embora não possa substituir o Arnaldo, consigo assegurar uma melhor cobertura defensiva. A parte ofensiva terá que ficar para outros, estou lá para os libertar para isso.

Mesmo a pagar 40 euros?
A minha amizade com o Arnaldo não custa 40 euros. Isso devo-lhe eu só nos ovos estrelados que comi em casa dele.

“Arnaldo é um péssimo jogador… mas não consigo substituir um “paralelo” que se cola ao segundo poste”

Não é habitual ouvi-lo dizer que não consegue substituir o Arnaldo. A sua auto-confiança leva os outros a acreditar que você acredita que pode substituir toda a gente. Não é assim?
E eram só ovos estrelados?
Estou a abordar a grande lacuna do Bayern neste momento. O Arnaldo é um péssimo jogador, simplesmente não sabe actuar em equipa e não defende. Só que a equipa habituou-se a vê-lo colado ao segundo poste e os golos lá iam aparecendo. Eu não estou habituado a jogar parado, eu gosto de procurar a bola e acertar nas pernas dos adversários. Só por isso é que não consigo substituir um paralelo que se cola ao segundo poste. Os ovos estrelados foram uma sucessão de episódios míticos. Há segredos que não devem ser revelados.

Quem são os históricos que impedem o clube de evoluir?
Não vou estar a dizer nomes, sobretudo porque o Tony ainda está no actual plantel. Quem quiser, que faça o trabalho de casa. Por exemplo, reparem na evolução do Canhão. Num clube a sério, teriam trabalhado a sua força mental, porque nos pés não lhe falta. O Canhão só não rende mais porque também é queimado. Não se pode esperar que um jogador se junte a um plantel que não conhece e domine logo o sistema de jogo de equipa e a dinâmica individual de cada elemento. Não é em três ou quatro jogos que se aprende que é necessário recuar para permitir ao Capitán subir com segurança. Ou que é necessário vir ao centro e parar de forma a abrir espaço junto à área onde possa entrar o Ricardo em velocidade, por exemplo.

A nota 7 foi injusta?
A questão não é a justiça de uma nota, mas dos critérios de toda a avaliação. Um golo ou uma assistência pesam mais do que o posicionamento táctico ao longo de todo o encontro, mais do que qualquer compensação defensiva para garantir o equilíbrio atacante. Constate-se pela descrição da última avaliação: fui acusado de emperrar atrás, mas ninguém refere a quantidade de vezes que o meu recuo permitiu libertar o Cadu e o Tony em velocidade.
Ninguém refere que o meu recuo também ajudou o Mingues a repousar minimamente.

O golo foi propositado?
Obviamente que o golo foi propositado. Todos esperavam um golo de primeira, mas preferi parar a bola e rematar. Como parei a bola para a frente e o guarda-redes estava no chão, sem tempo para reagir, preferi que ela rolasse devagarinho para a baliza. Foi mais humilhante. Só que ninguém comenta que eu acompanhei sempre a bola e, a qualquer movimento defensivo, bastava-me um toque apenas para marcar. Foi esquisito devido à forma como dominei a bola para a frente, mas foi mesmo para assegurar a humilhação. Era um momento importante num jogo em que entrámos a perder.

“Esta equipa não precisa de um Pastor, mas antes de um Diabo”

Pastor Coutinho é solução?
Não. Obviamente.

Porquê?
Uma equipa com vícios instalados não precisa de um Pastor, mas de um Diabo! Era preciso alguém com pulso firme, sem medo de arriscar. O Pastor Coutinho é uma excelente pessoa, foi campeão com justo mérito, mas não é um treinador para o Bayern actual. Põe-lhe um plantel curto à disposição, com jogadores lesionados e esgotados, e pedem-lhe o quarto lugar! Isto é absurdo e será um milagre tal acontecer. Aliás, já foi um milagre eu, o Cadu e o Mingues termos acabado a primeira jornada de pé.

Canhão caiu na armadilha e será sempre queimado”

Ser titular também seria um milagre?
Podem dizer-me que, na próxima jornada, vamos ter o Lipe e o Canhão no banco. Pior ainda! Não é que o Rui Sá jogue mal à defesa, mas o espaço dele é na baliza e o Lipe ainda tem de provar muita coisa para ser titular, sobretudo a fechar ao poste. Quanto ao Canhão, não há remédio. Caiu na armadilha e será sempre queimado no Bayern. É mais um jogador de ter a bola no pé e já temos vários. O Capitão, por jogar atrás; o Toni, por não saber jogar desde aquela lesãozita; o Mingues, por não aguentar cinco minutos como antigamente; e o Cadu, porque ainda não definiu bem qual a área de acção dentro do campo. Depois querem que eu corra na frente, quando já tinham obrigação de saber que não tenho características para pivot, sobretudo físicas.

“Pascoal é produto de marketing, como Dani do Sporting”
Este treinador é melhor que o Pascoal?
Pascoal faz-me lembrar o Dani, quando estava no Sporting e tinha uma grande campanha de marketing atrás.

Porquê?
Trata-se de um jogador/treinador banal com uma grande campanha de marketing. É capaz de enganar durante uns anitos. Não quer dizer que seja bom, apenas engana bem.

Mas dentro do balneário é rei, não acha?
Rei era, dizem, o Norberto. Não cheguei a partilhar o balneário com ele.

Há quem o considere o pior jogador que alguma vez defendeu as cores do Bayern. O que tem a dizer a esses críticos?

Jesus fazia milagres e também foi crucificado. A diversão da democracia é que podemos dizer as maiores barbaridades que há sempre alguém que nos leva a sério.


Será especial defrontar a F. Rego orientada pelo Pascoal?
Será especial pelo nome. Gostei do título da crónica que o Tony vai pôr, embora não o possa revelar.

Será «Levaram no REGO»?
Não convém usar a expressão “levantar a ponta” junto à palavra “rego”. Por uma questão de um mínimo de dignidade.
"Obviamente não sou um bom elemento para o grupo"

Mas acha mesmo que é bom elemento para o Bayern? Acredita mesmo nisso? Não ficou magoado por ter sido riscado em torneios anteriores? Como é possível voltar a uma casa onde diz ter sido maltratado? Quer provar alguma coisa?
É óbvio que não sou e, como já referi, só aceitei regressar devido a uma condicionante muito especial. Retirei-me das competições há cerca de uma década, não vou agora fazer de conta que o tempo não passa.

Quais as chances da equipa ficar entre os 4 primeiros deste torneio?
O Tony tem de perder o medo de jogar e o Mingues precisa de parar completamente e recuperar. Do Cadu não posso falar, tenho de avaliar melhor, um jogo foi pouco. O Capitán continua a ser um senhor. O Rui Sá esteve bem, mas é preciso alguém que marque golos.

Disse há pouco que Lipe ainda tem de provar muito para ser titular. Mas ainda no último torneio foi o guarda-redes menos batido. Como explica isso?
Alguma vez viu a série Ficheiros Secretos? Há coisas que simplesmente acontecem sem ter explicação conhecida.

É um mistério pior que o Código da Vinci?
Os mistérios simplesmente existem. Como explica que os Prodigy venham sempre actuar a Portugal depois de eu entrar num torneio pelo Bayern?

E o próprio Jonny não é um mistério?
Sempre foi. Há pessoas que deixam uma marca que só é visível na sua ausência.

Identifica-se com o jogador (não me lembro qual) que esta semana arrasou o campo de treinos da sua equipa com um tractor só por não ser titular? Era capaz de fazer o mesmo?

Obviamente que não. Eu arrasava o campo principal. Os treinos são irrelevantes.

Fez alguma coisa semelhante?
Para ser titular, não, mas fui um dos mentores da "revolta dos frangos". No meu penúltimo ano de competição (ainda era juvenil), fomos a um torneio em Águas Santas, tendo como patrocinador uma churrasqueira. Tínhamos uma equipa fabulosa que, se não tivesse sido desmembrada e queimada na transição para júnior, poderia estar agora a ditar cartas a nível nacional. O torneio correu-nos bem, como esperado, e chegamos à última jornada empatados com o Estrelas de Gaia. Quem vencesse seria campeão.
Durante todo o torneio, estávamos sempre a dizer aos directores que devíamos ter um jantar se ganhássemos. A última jornada foi emocionante, com um golo limpo que nos anularam alegando que o apito para o intervalo tinha soado, quando a bola já ia no ar.
Quando se ia para o banco descansar, divertíamo-nos a insultar o nº 9, que era uma bichona monumental. Um verdadeiro Nuno Gomes.
Certo é que ganhámos com um de vantagem e no regresso, em vez de pararmos no pavilhão, como habitualmente, parámos junto à churrasqueira. Eram 20h00. Entrámos e perguntaram-nos que sumo queríamos. Trouxeram o sumo e veio um bolo, que começámos a comer enquanto víamos lá os homens a pôr frangos na brasa.
Fomos todos telefonar para casa a avisar que não íamos jantar e continuamos na conversa e na paródia à espera dos frangos.
Pelas 21h00, os directores levantam-se e mudam de mesa. Então o dono veio ter connosco e pediu-nos para sairmos, porque ia precisar das mesas para os clientes. Os treinos nas semanas seguintes foram míticos. Logo no primeiro, deu-se o pontapé de saída e passaram-me a bola. Como estava revoltado com aquele episódio atrasei para o redes, mas sem força, para que o avançado ganhasse a bola.
Assim ele fez, mas não correu para a baliza, foi a passo. O outro defesa (na altura usava-se o 2x2) também não. Em frente à baliza, rematou para a linha lateral. Sem dizermos nada, percebemos todos que não ia haver treinos nas próximas semanas. Foi uma risota.
Bolas fora do ringue, remates falhados a meio metro da baliza, ninguém corria. Certo é que essa churrasqueira nunca mais nos patrocinou e, no ano seguinte, os juvenis tiveram outro treinador.

Sim, mas o que é que isso tem a ver com a sua titularidade?
É um exemplo de que, mais do que ser titular, interessa respeitar o grupo todo e ser respeitado. Algo que o treinador e a Direcção não fizeram.

Mas comeram os frangos ou não?
NÃO!

E no Bayern não há respeito?
Não. Os antigos queimam os novos para não terem os lugares em risco.

Lembra-se de ter recebido sms's a dizer «Chupa Jonny» quando o Bayern foi campeão?
Essa mensagem veio provar que deixei uma marca no clube. A partir da minha entrada, passou a haver sentido crítico. Já se analisam as situações. Ao tentarem provocar-me, estão apenas a tentar criar um espírito de grupo. Não sei é se tem resultado.

“Não tenho respeito por este clubezeco”

Gostava de ter um papel mais influente nas decisões da Direcção?
Obviamente que não! Não quero ter nada a ver com esse clubezeco.
Mas quem toma decisões tem de as assumir, para o bem e para o mal.

Clubezeco é cuspir no prato que come, não acha? Algo depreciativo...
Repito que só regressei por obrigação moral para com um amigo. Não por respeito ao clube.

Afinal, o que é que o Bayern significa pra si?
Um «case study» desportivo. Como a junção de alguns bons elementos individuais até pode render algumas vitórias. Como uma equipa pode jogar bem sem ter treinador. É também um bom «case study» a nível semiótico. Quem é que usaria um equipamento branco como aqueles? Se sai uma farpa com molho, lá se vai mais um calção.

Que cor devia ter o equipamento na sua opinião?
O preto é uma boa opção, tirando aquela linha dourada. Parece que não tinham mais nada para fazer a costura e pegaram na linha amarela. Agora branco com coisinhas vermelhas? Que paneleirice...

Apenas preto, portanto?
Por exemplo. Ou uma cor que fique bem com o preto, como o verde. Dourado é paneleirice.

A equipa passa bem sem treinador?
Alguma vez a equipa teve treinador?

No Torneio da Académica de Leça, a exigência era maior e Tozé Ribeiro geriu bem os recursos. Não acha?

Não consegui acompanhar esse torneio para comentar devidamente. Só posso confessar que tive pena de nunca trabalhar com o mister Tozé. Só de me ver jogar no primeiro torneio percebeu logo que estava fora da minha posição.

E a relação com o Capi. Porquê tanta empatia?
Como jogador, é exemplar. Não é um artista, mas defende bem e procura subir para desiquilbrar. Tem bom timming, apesar da falha no jogo com a Câmara, impõe respeito e sabe como alertar os colegas. É um daqueles elementos que, mesmo não sendo titular, cabe em qualquer equipa.

“Capitán cabe em qualquer equipa… é exemplar e passava-lhe um cheque em branco”

A braçadeira fica-lhe bem?
É o único que pode envergá-la.

Passava-lhe um cheque em branco?
Claro. A minha conta também anda sempre a zeros, não tinha qualquer problema.

Continua a achar que existe panelinha para o tramar?
Penso que a panelinha entornou para o lado do Canhão quando eu saí.

Umas massagens, que tal?
Dava jeito. Mas, como são sempre de madrugada, dá para acordar lentamente.

Quem é que gostava que lhe fizesse uma massagem?
A Ana.

Quem é a Ana?
A Ana foi sempre o meu fétiche.

A Ana Isabel?
Não.

Teve uma infância feliz?
A infância não é para aqui chamada.

Muitos traumas? Então, afinal, não é mesmo gay?
Gay é apenas um rótulo. Vejam o exemplo do Castelo Branco: teoricamente, é gay; teoricamente, tem um filho de uma mulher. Algo não bate certo.

Mas é gay ou não?
Elas sabem a resposta. A eles não interessa.

É uma resposta muito inconclusiva... não teme reacções adversas?
Só temo o meu mau-feitio. E os peidos do Tinóni.

Quer deixar alguma mensagem ao universo Bayern?
Isso é mais um engodo. Não existe um universo Bayern! Há apenas uma cambada de reformados que se juntam para jogar à bola e pensam que têm uma equipa. Depois lá convidam um ou outro amigo que realmente sabe jogar e os resultados vão aparecendo. Um dia, irão acordar para a realidade. E eu cá estarei para me rir. Às gargalhadas.

O Bayern é um flop?
A realidade dará essa resposta e será em breve. Acredito que será em breve.

“Gay é apenas um rótulo"

Neste torneio?
Não, neste torneio eu estou presente. Má figura não vamos fazer.

Vai chegar mais cedo pra semana?
Duvido. O chefe acabou de ler isto e posso ter que trabalhar até mais tarde na sexta-feira à noite.

Não se importou que, a meio da entrevista, o entrevistador fosse cagar?
Já estou habituado a que ele faça merda.

Então merda não é problema pra si?
Tenho lidado com o entrevistador há demasiados anos, por isso já deixou de ser.

Sabe-se que vai jogar com a camisola 6. Que lhe parece?
Tou a ser queimado!

Entrevista: Arnaldo Martins
Edição: Tino Vilas
Fotos: Tony Ferrari