domingo, 29 de outubro de 2006

Antes dos grandes embates um jogo fácil e…

Descontraído

Torneio Homenagem a Eduardo Coutinho (4ª jornada)
28 de Outubro de 2006, 9,00 horas

Bayern Monchique, 7
Esegur, 0


Jogo na Escola Sec. Francisco Torrinha
Árbitros: Tózé Ribeiro e Joaquim Neves
Bayern M. – Filipe; Domingues (2), Nuno [cap.] (2) e Arnaldo; Cadu.
Jogaram ainda: Nunes (3), Tony e Canhão.
TR: Luís Vicente
Esegur – Leve; André, Gordillo e Dioguito [cap.]; Gilberto.
Jogou ainda: Bigodes.
TR: Cú Adriano
Ao intervalo: 3-0


Com dois atletas que já não jogavam há bastante tempo e tendo em conta a debilitada capacidade física da equipa, foi a altura ideal para defrontar esta equipa simpática, que nunca põe grandes obstáculos aos bávaros. Foi essencialmente um jogo que serviu para adquirir confiança para os grandes embates que aí vem.

O Bayern Monchique já vai no seu quarto “Torneio do Júlio”. A Esegur juntamente com a equipa bávara é o denominador comum em termos de equipas presentes. Os jogos entre as duas equipas tem sido sempre pautados por goleadas bávaras, mas pela primeira vez, o Bayern conseguiu chegar ao fim do jogo sem sofrer qualquer golo. Interessante e significativo é também o facto de que os resultados têm sido gradualmente melhores. Inicialmente registaram-se vitórias por 5 golos (6-1 e 7-2), depois 6 (8-2) e finalmente 7 golos com esta goleada de 7-0. O goal-average entre as duas equipas é demonstrativo dessa diferença: 28 golos marcados; apenas 5 sofridos. Que o diga Arnaldo que nos 3 primeiros confrontos havia marcado um total de 5 golos. Com os dois golos marcados ontem, Nuno passou a ser o melhor marcador nesse particular entre as duas equipas, com 6 golos.

A estória do jogo é simples de contar. Pascoal repetiu o mesmo cinco dos últimos jogos. Neste aspecto faz lembrar o treinador campeão. O Pastor Coutinho concluía quase invariavelmente as suas palestras com a escolha dos mesmos cinco jogadores para titulares. Uma curiosa coincidência com um cheirinho a bom presságio. O Bayern parece estar na rota do titulo…
Os bávaros entraram com uma dinâmica forte e com pressão alta. Quer dizer… não tanto a pressionar mas pelo menos a ocupar espaços no meio campo contrário, obrigando o adversário a passes mais arriscados e consequentemente perdas de bola. Como no lance do primeiro golo que surgiu de um atraso (em falta) ao redes.

Os golos foram surgindo com naturalidade e sem grandes pressas. A segurança defensiva nunca foi descurada mas Lipe ainda teve de se aplicar numa mão cheia de ocasiões, quase sempre de meia distância.
O Bayern segue (para já) imparável na frente da classificação. Na próxima semana defronta a Prosegur (sétimo lugar provisório) que conta apenas com uma vitória e um empate, mas que irá fazer das tripas coração para vencer, não fosse contar com Paulo Correia no seu plantel.
A Esegur segue na ultima posição só com derrotas e apenas um golo marcado (curiosamente á AXA). Não deixa de ser engraçado, ser a “equipa da casa”, patrocinada pelo homenageado Eduardo Coutinho a ocupar a “lanterna vermelha”.
Também a nível do fair play, o Bayern está na frente com 0 pontos disciplinares e pese embora os meandros escuros por onde se decidem os vencedores deste troféu, se o Bayern se mantiver sem cartões arrisca-se mesmo a vencê-lo.


O Filme dos Golos

4m 1-0 Cobrança de um livre a penalizar atraso ao guarda-redes. Cadu bate forte num cruzamento remate que Domingues desvia para a baliza.
13m 2-0 Canhão escapa pela esquerda e atira forte para a baliza num remate cruzado que sairia ao lado. Nuno só teve de encostar.
17m 3-0 Tony lança Domingues pela esquerda. Este assiste Nunes que acabado de reentrar prepara o remate e chuta certeiro para o terceiro.

23m 4-0 Drible curto de Cadu a proporcionar que a bola fique ao dispor de Nunes. Este dispara uma biqueirada para a baliza.
26m 5-0 Livre na meia direita, á entrada da área. Cadu novamente a fazer a assistência para Nuno na esquerda rematar em jeito ao canto.
30m 6-0 Arnaldo assiste Nunes que faz um hat-trick.
31m 7-0 Inteligência de Arnaldo que dribla um adversário e o redes e passa atrasado para Domingues, que sozinho empurra para a baliza deserta.


Os homens do Bayern

Filipe (7)
Não foi sujeito a muito trabalho mas o que teve fez bem. No seu estilo de antes sacudir do que agarrar, foi parando os remates de dificuldade média que lhe foram surgindo e conseguiu chegar ao fim do jogo sem sofrer golos, o que não é muito usual em futsal. Mantém-se desde o início da competição como o Redes menos batido do torneio.
Nuno (7)
Mais solto que o habitual. Pelos “seus terrenos” pairaram Domingues e Tony, o que deu a oportunidade ao capitán de ir á frente e continuar a comprovar os seus dotes de goleador. Já leva 5 golos e é o artilheiro da equipa.
Domingues (8)
Voltou a estar em destaque. Quer a marcar (2) como a assistir (1) e apesar de não estar nas melhores condições físicas, tem sido um dos elementos mais destacados e importantes da equipa.
Arnaldo (7)
Agarrou-se um pouco em demasia á bola, num jogo que exigia passes rápidos e desmarcações. Cortaram-lhe um golo em cima da linha e por isso ficou em branco, mas deu azo a outra das suas especialidades com dois golos oferecidos de bandeja aos colegas, na segunda parte. Com 5 assistências é o melhor passador da equipa.
Cadu (7)
Á semelhança de Arnaldo, também não marcou mas vingou-se nas assistências. Fez três (duas de livre).
Nunes (8)
O melhor em campo devido essencialmente á eficácia dos remates. Ainda não é aquele jogador á imagem de Deco (que ganha todas as disputas de bola), que aprendemos a admirar mas já se notam melhorias no capítulo físico. Será que a sua prestação subiu porque o valor do adversário desceu? O próximo jogo o dirá.
Tony (7)
Regresso saudado após quase oito semanas de ausência forçada. Teve uma oportunidade flagrante mas decidiu-se pelo remate (defendido) quando tinha dois colegas mais atrasados para assistir. Resguardou-se na defesa e procurou ser o armador de jogo, desempenhando razoavelmente o papel. A exibição foi positiva… mas será que acabou o calvário do António?
Canhão (7)
Outro ausente nas últimas partidas mas por razões laborais. Não se sabe o que Pascoal lhe disse mas o lance do segundo golo é mérito seu, com um cruzamento-remate fortissimo somente a pedir um toquezinho para ser golo. Se era cruzamento ou remate, só ele poderá dizer…


Mister dixit

Regozijando-se com o segundo golo
“Viste as minhas indicações ao Canhão?”

Ao intervalo
“O Tony e o Arnaldo ficam juntos no banco e vão entrar ao mesmo tempo, a ver se se entendem. Já não estou a gostar nada desta merda, crl!”

Atleta da Esegur tenta o remate quase desde a sua baliza…
“F***-se! Os gajos já estão a abusar de crl!”


Enviado Especial: Tino Vilas

sábado, 21 de outubro de 2006

Mais parecia uma finalíssima…

Ódio de estimação

Torneio Homenagem a Eduardo Coutinho (3ª jornada)
21 de Outubro 2006, 9,00 horas

Bayern Monchique, 3
Gaz Tutti, 2


Jogo na Escola Francisco Torrinha
Árbitro: Joaquim Neves e Tózé Ribeiro
Bayern M. – Filipe; Domingues (1), Nuno [cap.] e Cadu (1); Arnaldo (1).
Jogou ainda: Nunes
Não utilizado: Tony.
TR: Luís Vicente
Gaz Tutti – Balizas; Marco Paulo (1), Paixão [cap.] e Pedro (1); Skinner.
Jogou ainda: Drula.
Disciplina: Marco Paulo (amarelo por entrada dura)
TR: Zé Pedro Paixão (treinador/jogador)
Ao intervalo: 2-1
Marcha do marcador: 2-0; 2-2; 3-2


Em pouco mais de 9 meses, as equipas do Bayern Monchique e Gaz Tutti geraram um sentimento de forte rivalidade que aumenta de jogo para jogo e faz deste encontro entre os últimos campeões deste torneio, um dos jogos mais apetecíveis e empolgantes. Após uma vitória para cada um dos lados, este tira teimas acabou favorável aos bávaros, mas ainda e sempre, com um resultado tangencial.
São duas equipas que já se conhecem de ginjeira, aquelas que deram inicio a mais uma jornada deste torneio Homenagem a Eduardo Coutinho. De um lado o Bayern, primeiro classificado da prova com duas vitórias e do outro os Gaz Tutti com apenas um ponto e a penúltima posição na tabela. Sortes diferentes portanto… mas nem sempre foi assim. Aliás o equilíbrio é uma nota dominante no confronto directo entre as duas equipas sendo que a historia desta rivalidade ameaça continuar até se perder no tempo.
Quando a 21 de Janeiro deste ano, Arnaldo gritou “Ganhámos!”, após o jogo de abertura do torneio em que o Bayern foi campeão, estaria longe de imaginar o ódiozinho de estimação que aí nascia para com o Bayern. O Bayern Monchique começava com uma vitória o segundo “torneio do Júlio” após um frustrante mas ao mesmo tempo encorajador 4º lugar no torneio anterior. O adversário desse jogo fora a Padaria Barbosa (da Afurada), já com vários títulos no currículo e que acabaria nesse torneio por ficar em 2º lugar atrás dos bávaros. Além disso acabaria por levar também o prémio de defesa menos batida. O resultado nesse jogo foi um equilibrado 4-3, tendo os da Afurada chegado ao empate depois de terem estado a perder por 3-0. Canhão daria já perto do fim a vitória aos bávaros.
No torneio seguinte o Bayern entrou para defender o titulo mas os homens da Afurada, desta vez denominados “Restaurante Barriga” haveriam de pôr fim a esse sonho num jogo equilibradíssimo, que poderia ser ganho por qualquer uma das equipas. O jogo foi tudo menos tranquilo. A pressão sobre a equipa de arbitragem foi inadmissível e também pesou na derrota dos bávaros por 2-3. Com o Bayern três pontos atrás os azuis da Afurada embalaram para um resto de campeonato tranquilo, só com vitórias e arrecadando ainda os prémios de melhor marcador e melhor defesa. O Bayern ficou em segundo e a Taça de Campeão foi entregue por Tony Silva (dos bávaros) a Zé Pedro Paixão num golpe diplomático á moda de Júlio Garganta. Sem sucesso pois o ódio mantém-se…
Finalmente, no torneio que agora decorre, oportunidade para um tira teimas. Os homens da Afurada mudaram novamente de nome. São agora “Gaz Tutti” e apresentam provavelmente o plantel mais fraco que já tiveram. A mudança de nome não estará alheia á falta de qualidade dos seus jogadores, muito distante do valor daqueles que representaram o campeão Restaurante Barriga. Não obstante o Bayern não se safou de vencer apenas por um golo de diferença e com um cheirinho a “tragicomédia” no ar. Trágico porque com seis minutos de jogo já venciam por dois golos e tinham o jogo perfeitamente controlado; cómico porque a arbitragem deste torneio só dá mesmo para rir. Mais uma vez o Bayern saiu prejudicado, não lhe sendo assinalado um penalty a favor.


O que podia ter sido...

Pascoal fez avançar os mesmos cinco da semana anterior. No banco ficaram Nunes e Tony (este apenas de prevenção, pois logo no aquecimento sentiu que ainda não estaria em condições). O Bayern entrou com um ritmo muito forte e logo dispôs de três grandes oportunidades para marcar. Infelizmente Arnaldo encarregou-se de desperdiçar todas elas. Primeiro servido na meia esquerda, atirou para as nuvens. Depois recebeu a bola na entrada da área, virou-se para a baliza e perante o redes que já temia o pior, chutou fraco e enrolado. Finalmente e após slalom da esquerda para o centro atirou forte… mas ao poste. Alguém que acredite em bruxas, tem mesmo de analisar este caso…


O (falso) momento

O golo porém não demoraria e á passagem do segundo minuto foi Domingues quem o marcou. Um bico de longe saiu colocadissimo e difícil de parar. Foi anichar-se na rede lateral, junto ao poste mais distante. Um belo golo de futsal usando a ponta da sapatilha para um remate seco. Esta era aliás a única forma que Domingues tinha de rematar. Ele que se queixara antes do inicio da partida de ainda não estar nas melhores condições e que teria por certo dificuldade se tivesse de rematar á baliza.
Aos seis minutos o Bayern chegou ao segundo golo. Tudo eram rosas, o Bayern criava perigo com relativa facilidade, controlava o jogo a seu belo prazer, e este tinha tudo para ser o momento do jogo. Isto porque era o segundo golo, o golo da tranquilidade e essencialmente porque fora Arnaldo a marca-lo. Ora se já estavam 2-0 e se Arnaldo até já marcava golos novamente, que problema é que poderia afectar o Bayern?
Deixamos a pergunta no ar para Filipe responder…


Encolher, encolher… até quase desaparecer

Aos dez minutos da primeira parte deu-se um volte face na partida. Drula, o numero 10 (embora nada artista) dos “pescadores”, rematou forte e fez o golo. Foi um grande frango de aviário, daqueles alimentados a produtos químicos para se tornarem maiores do que o normal.
Foi ainda um golo que teve o condão de fazer amochar o espírito bávaro. Daí até ao intervalo não mais se viu Bayern. Os bávaros foram desaparecendo de cena, não conseguiram criar perigo e quase se limitavam a defender a vantagem. Parecia estarem a defrontar uma grande equipa, algo que está a quilómetros da realidade como Monchique está distante da Afurada. Como se disse atrás, estes Gaz tutti não tem capacidade sequer para discutir os três primeiros lugares do torneio e o equilíbrio que se registou então teve mais a ver com aspectos psicológicos do que com o valor das equipas.


Esta é a parte para rir

No recomeço Pascoal voltou a apostar na fórmula inicial, com Nuno, Mingues, Cadu e Arnaldo, tentando por certo ressuscitar os primeiros minutos de futebol ofensivo que os bávaros haviam praticado. Conseguiu-o é certo mas coube á arbitragem pôr por terra essa superioridade, da mesma forma que o golo de Drula havia feito na primeira parte. A arbitragem e o azar. Isto porque em livre na zona lateral da entrada da área, Arnaldo conseguiu atirar ao poste. Apesar do golo que marcou o artilheiro-mor dos bávaros continua envolto numa áurea de azar…
O papel da arbitragem foi também determinante no sofrimento que haveria de seguir. Na tentativa de fazer um passe para o coração da área, Arnaldo atirou a bola contra a mão de Pedro. Até poderia ser bola na mão mas pasme-se, o atarantado jogador da Afurada chegou ao ponto de ficar com a bola nas mãos enquanto esperava assustado pelo veredicto do árbitro. Os árbitros, esses optaram pela “fuga para a frente”. Decidiram que a bola havia saído pela linha de fundo antes mesmo de se poder pôr em causa a existência de um penalty. De rir até ás lágrimas e de chorar, pois por causa disto o Bayern poderia ter perdido dois pontos nesta partida.


Minha nossa Senhora, o empate

Aos oito minutos da segunda parte consumou-se a tragédia. Quem não mata morre e foi quase isso que aconteceu ao Bayern. O Bayern sofreu o golo do empate. Este era claramente o objectivo dos “pescadores” que a partir daí limitaram-se a gerir o ponto conquistado, perdendo tempo nas reposições, acrescentando um “pauzinho de canela” á receita defensiva e aplicando a habitual pressão sobre a dupla de arbitragem.


“Golaço á Lampard” (o verdadeiro momento)

O empate servia a todos que nem uma luva. Servia aos “Gaz Tutti”, servia á AXA e á Prosegur, servia aos árbitros que assim evitavam problemas e servia ao Sr. Júlio que no fundo não gosta de ver ninguém desamparado ou triste. Servia a todos… excepto ao Bayern e ao seu treinador. Pascoal arriscou, mandou a equipa para a frente e nos minutos finais meteu mesmo a carne toda no assador. Tirou Nuno e deixou Mingues atrás sozinho, dando liberdade aos outros para atacar e levar a vitória para casa.
Apesar da intenção o cenário não se apresentou nada fácil. Em mais de dez minutos de que dispôs para marcar o golo da vitória, os bávaros mais não fizeram que um desfiar de remates ao lado do alvo, até que a um minuto do final, Arnaldo foi travado quando se preparava para ficar na cara do redes. Do livre saiu um passe remate de Cadu que fez tabela no adversário e trouxe á mente dos presentes o golo de Lampard no ultimo jogo do Chelsea na liga inglesa.
De imediato Nuno reentrou para segurar a vitória e pouco depois deu-se o fim da partida, com Zé Pedro Paixão a chatear o árbitro com protestos.
O Bayern venceu á rasquinha, é verdade, mas fez por merecer e ainda que sem fazer uma grande exibição a vitória no tira-teimas é justíssima. Resta é esperar que como das últimas vezes a vitória neste derby muito particular, signifique também a conquista do torneio para a equipa vencedora.


O filme dos golos ao minuto

1-0 2’ Arnaldo na direita faz um passe a rasgar toda a largura do terreno. Domingues recepciona e atira de bico ao poste mais distante. Fantástico!
2-0 6’ Ressalto na área e Arnaldo com a redondinha á sua mercê mata para o golo.
2-1 10’ Drula corre pela direita e remata de longe. Filipe faz-se ao lance mas parece traído pelo golpe de visto e retrai-se, permitindo que a bola entre pelo poste mais perto.

2-2 28’ Contra ataque rápido com Skinner a rodar e a meter na área para o remate na passada de Pedro. Arnaldo que acompanhava nas costas não conseguiu estorvar.
3-2 39’ Falta feia sobre Arnaldo á entrada da área. Cadú posiciona-se para rematar e tenta meter forte junto ao poste para o desvio de Arnaldo. Caprichosamente a bola desvia sim mas nas pernas de um adversário e entra.


Os homens do Bayern

Filipe (5)

Muito mal no primeiro golo sofrido. Um autêntico frango a fazer lembrar os “franguinhos da guia”. Depois redimiu-se. Evitou o golo em pelo menos três ocasiões de grande perigo, mas a sua actuação acaba marcada pelo grande frango que só serviu para dar moral ao adversário que já estava caído. Ainda assim, mantém-se como o guarda-redes menos batido da competição.
Nuno (6)
Não foi tão forte defensivamente como na semana anterior. Lembramos por exemplo uma bola á qual chegou primeiro mas perdeu para Pedro que ficou sozinho na cara do golo, tendo Lipe resolvido. No ataque também não conseguiu sobressair.
Domingues (6)
Difícil de escolher o melhor em campo numa exibição colectiva tão frustrante. Mingues leva o “prémio” pelo grande golo e pela inteligência e posicionamento em campo. O jogo torna-se até num marco histórico pois Domingues é agora o 2º bávaro mais utilizado com 56 presenças pelo Bayern.
Cadu (6)
O aspecto físico já parece bem melhor. Voltou a sofrer muitas faltas e foi ele que no final marcou o golo da vitória com muita sorte á mistura.
Arnaldo (6)
Temeu-se o pior. Parecia que ainda não seria desta que marcaria um golo, mas fez por merecer e lá o conseguiu. Pena é que tenha sido necessária mais de uma mão cheia de oportunidades para marcar um único golo. Entre (duas) bolas ao poste e remates para a quinta, o artilheiro bávaro continua numa onda de azar…
Nunes (6)
Apagado. Á semelhança da semana anterior continua a não conseguir ser aquele elemento desequilibrador e que ganha todas as disputas de bola em que se mete. Além disto tem algumas daquelas distracções que se pagam caras contra equipas de outro gabarito.


As Curtas

Pascoal surpreendido aos 30 segundos de jogo, após remate adversário do meio campo
“Eles já sabem qual é o nosso ponto fraco”

Tony aterrorizado após 3 falhanços consecutivos de Arnaldo
“Criei um monstro!”

Pascoal aconselha calma e posse de bola
“Calma Arnaldo, mete gelo”

Enviado Especial: Tino Vilas

sexta-feira, 20 de outubro de 2006

O Capitão de todos nós


Foi um elemento em destaque na ultima semana. Depois de quase pendurar as botas, voltou ao activo e já leva dois jogos completos neste torneio, sempre em alto nível. Motivos mais que suficientes para chegarmos á fala com o Gran Capitán do Bayern. Se isso não bastasse, está a duas semanas de festejar o 2º aniversário do clube bávaro junto dos amigos e a fazer uma das duas (?) coisas que mais gosta: tocar guitarra.
A 4 de Novembro portanto, terá oportunidade de se estrear com o colectivo de heavy metal "Cycles" e tocar para os seus amigos bávaros que por certo ajudarão a encher a plateia.
No discurso a humildade de sempre e uma grande paixão pela bola e os amigos.



"A bola é mais forte que eu"

"O Pascoal é um elemento muito importante no BM"

Antes de mais, 3 dias depois do último jogo como é que se sente?

"Sinto-me algo surpreendido pela minha prestaçao nesse jogo, até porque já toda a gente sabia como é que os meus joelhos estavam nessa altura."

É já a sexta vez que é considerado o MVP da partida, mas pela primeira vez teve uma nota 9. Acha que foi a sua melhor exibição de sempre pelo Bayern?

"Se calhar foi uma das melhores. Senti-me bem fisicamente e mentalmente, embora ache que só me realcei dos meus companheiros porque eles não estiveram tão bem como nos jogos anteriores."

Consegue recordar um jogo em que ainda tenha estado melhor?

"Assim de repente só no célebre jogo contra a Padaria Barbosa no torneio anterior do Júlio Garganta [risos]". [n.d.r. – Nuno não jogou nessa partida apesar de estar disponível no banco]

Porque é que repensou a sua decisão de abandonar as competições e aceitou entrar em mais este torneio?

"A bola é mais forte que eu... Também porque recebi muito carinho da massa associativa e dos meus companheiros."

A presença de Pascoal como treinador pesou nessa decisão?

"O Pascoal é um elemento muito importante no BM quer dentro, quer fora do campo. Não posso dizer que tenha sido a principal razão, embora tenha pesado na decisão."

É para continuar ou este é que é mesmo o último?

"A ver vamos..."

"É uma fase menos boa do nosso artilheiro"

"Nunca fui de festejar muito os golos"

"A experiência conta muito"

"Sempre confiei no Lipe"

Que lhe parece toda esta polémica á volta de Arnaldo, do(s) penalty(s) e da ausência de golos?

"É uma fase menos boa que o nosso artilheiro está a passar. Lembrem-se que no final da tempestade vem sempre a bonança, por isso esperem mais um tempo até ele se encontrar definitivamente."

Confirma que tem mesmo vontade de bater a próxima grande penalidade, dado o actual momento que Nokas atravessa?

"Confirmo. Tou confiante para bater o mais rapidamente possível (o penalti, é claro)."

Neste torneio parece mais “solto” e expansivo. Refiro-me concretamente aos festejos após o ultimo golo. Não foram exuberantes mas notou-se uma clara diferença em relação ao passado recente. Os adeptos podem acalentar esperanças de continuarem a vê-lo festejar dessa maneira?

"Claro que sim. Eu nunca fui de festejar muito os golos...mas também não sei bem a razão do porquê. Certo é que cá dentro sinto-me bem por ajudar a equipa cada vez que isso acontece... mesmo não festejando."

E a discussão com o adversário? O que se passou?

"O camarário alegou que eu tinha entrado de pé alto para ele, o que não foi verdade. Só prolonguei a discussão porque ele estava a ser incomodativo e queria explicar-lhe que era tudo desespero dele uma vez que estava em desvantagem."

Não lhe ocorreu que enquanto trocava galhardetes o jogo poderia recomeçar de repente e apanha-lo de surpresa?

"Estava tudo bem controlado... a experiência conta muito."

Pascoal disse que Lipe tinha de conquistar a confiança dos colegas. Confia em Lipe para defender as redes?

"Sempre confiei nas capacidades do Lipe, embora ele tenha um estilo inconfundível e estranho. Uma coisa que ele tem de melhorar é a recepção com as mãos porque acho que é a parte mais fraca dele."

"Queria o 7 mas ele já tinha dono"

"Sou principalmente amigo de todos"

Com quem se identifica no mundo do futebol?

"Como já sabem, um dos meus jogadores preferidos sempre foi o Timofte, embora no aspecto futebolístico não tenha nada de parecido com ele. Assim de repente talvez com o Jonny [risos]." [n.d.r. – isto é uma private joke abichanada]

Porquê o numero 8?

"Queria o 7 mas ele já tinha dono... Assim só sobrava o 6 ou o 8 e como sabe tenho os 2 números. Foram dois dos três números com que já tinha jogado federado (o outro foi o 2)."

Um sonho que falta realizar pelo Bayern?

"Federar o clube porque agora a carreira é sempre a descer."

Prefere jogar futsal ou tocar guitarra?

"Tenho de escolher??? Acho que prefiro as duas, honestamente."

Independentemente de jogar actualmente a fixo, qual é a sua posição preferida?

"Como já joguei em todas (menos a guarda-redes), não há uma que destaque como melhor. Simplesmente tenho de me ir adaptando conforme a minha condição física. Se estiver bem posso arriscar mais um pouco e jogar a ala, caso contrário fico-me pela retaguarda, não forçando muito os joelhos."

O que significa para si ser o capitão deste grupo?

"Sou principalmente amigo de todos. Se os meus companheiros acharam que deveria ser o capitão, só posso ficar lisonjeado por isso... é sinal de confiança, amizade e logicamente que só o facto de ser o mais antigo do clube poderá ter pesado nessa decisão."

Agora um pequeno conjunto de perguntas para ficarmos a saber o quanto o Nuno sabe da história do Bayern e da sua própria história no Bayern. Se não souber faça um cálculo mental e atire á “sorte”:

Quantos jogos oficiais o Bayern já realizou?

"À sorte... 80."

[Na realidade acaba de passar os 70. Têm 71.]

Em quantos torneios entrou?

"Novamente á sorte... 8."

[Por acaso este é já o 11º]

Quantos jogos fez o Nuno?

"À sorte... 70."

[Errado! Apenas 47 mas é o 4º mais utilizado. Arnaldo leva já 67 jogos]

Em quantos destes jogos capitaneou a equipa?

"E outra vez á sorte... 50."

[36, ou seja, metade dos jogos oficiais do Bayern]

Quantos golos já marcou?

"À sorte... 120."

[Nem de perto nem de longe. Marcou 27 golos, sendo o 5º melhor registo a 1 golo de Garcia e a... 60 de Arnaldo]

Quantas assistências fez?

"Ainda e sempre á sorte... 25."

[Quase. 25 tem Ricardo e Arnaldo 51. Nuno é o 5º com 19, a par de Garcia e mais uma que Tony]

quinta-feira, 19 de outubro de 2006

Nokas Faduncho


Por certo lembra alguém
Principalmente no 4º quadradinho
Todos o conhecem... mas quem?
E não me refiro ao "Levezinho"...

Falta o lance do penalty
E o numero não é igual
Mas comparado com o Affleck...
É mesmo tal e qual!

quarta-feira, 18 de outubro de 2006

À matador

A fazer lembrar alguém...

Minuto 90. Leça Balio-Valadares. Os balienses perdem por 1-2 e tudo indica que não há meio de dar a volta ao resultado adverso. Nesse instante, apareceu Pascoal – o nosso Mister – a evitar o pior para a sua equipa, apontando o golo do empate, após excelente movimento – a confundir o seu marcador directo –, que lhe permitiu surgir isolado ao segundo poste e depois, com o pé esquerdo, empurrar a bola para o fundo das redes. O momento foi captado por António Azevedo, fotógrafo oficial do Bayern, e é agora dado a conhecer à comunidade bávara. Deliciem-se. O nosso Mister até a marcar golos tem estilo.

domingo, 15 de outubro de 2006

Bastaram duas jornadas...

Líder Isolado!

Torneio Homenagem a Eduardo Coutinho (2ª jornada)
14 de Outubro de 2006, 12,15 horas

Câmara Mun. Porto, 1
Bayern Monchique, 2
Jogo na Escola Sec. Francisco Torrinha
Árbitro: Tózé Ribeiro e Joaquim Neves
C. M. P. – Figuelas; André, Nando, Joaquim [cap.] e Tó Mané (1).
Jogaram ainda: Alcindo, Vasco, Mateus e Carlos.
Disciplina: Alcindo (amarelo por falta sobre Cadu)
TR: Paco Fortes
Bayern M. – Filipe; Domingues, Nuno [cap.] (2) e Arnaldo; Cadu.
Jogou ainda: Nunes.
TR: Tony Silva
Ao intervalo: 1-2
Marcha do marcador: 0-1; 1-1; 1-2.


Foi um jogo disputadíssimo, provavelmente o melhor do torneio até ao momento. A (não) interferência dos árbitros em 3 lances capitais permitiu que os subalternos de Rui Rio sonhassem até ao fim, sendo que o Bayern venceu de forma sofrida, mas justa.

Para esta segunda jornada da competição, o Bayern debatia-se com o mesmo problema da semana anterior: plantel escasso e em deficientes condições físicas. Desta vez porém não lhes esperava um adversário em inferioridade numérica. Nada disso. A Câmara Municipal do Porto tem uma equipa organizada, sempre com oito ou nove elementos presentes e um elenco directivo bem composto, sendo a equipa acompanhada habitualmente por dois ou três elementos “administrativos”. Na cabeça dos atletas pairava com certeza o fantasma da derrota por 6-2 naquele que foi o jogo de estreia desta formação no torneio anterior. Não foi de estranhar que o capitão de equipa perguntasse logo por “aquele jogador [n.d.r. Norberto], cabelo cor de cenoura que fintava todos…”

De mister para mister

Á partida no Bayern logo uma baixa de vulto, na figura do seu treinador Luís Vicente, que impedido de comparecer por ter ele próprio jogo e estar nessa altura em concentração com os colegas, não deixou de enviar uma mensagem aos seus pupilos e em especial a Tony que o iria render no banco. Rezava assim a mensagem: “Minha picxxxx boa, conto contigo como mister interino para não defraudar os nossos objectivos… Não me mines! Bom jogo para todos!”
Além de Pascoal, também Canhão desta vez por motivos profissionais e Tony por lesão continuaram de fora. Nuno e Lipe estavam previstos chegar em cima da hora.

O prólogo

A jornada tinha começado bem cedo com a Prosegur a vencer 2-0 a Esegur, equipa que é patrocinada por Eduardo Coutinho, o homenageado do torneio. Mesmo assim, a Esegur não consegue nesta altura evitar de estar no último lugar do torneio.
No segundo jogo registou-se o momento alto em termos de disciplina. A débil equipa da Sogrape conseguiu golear os actuais campeões da prova. A equipa da Afurada, agora designada “Gaz Tutti” voltou a aparecer sem as suas maiores vedetas. Para piorar a situação, o seu capitão e melhor jogador, o temperamental Miguel Paixão veio para a rua ainda no começo da primeira parte, devido a três agressões que protagonizou. Depois disto ainda tentou agredir o árbitro Tózé Ribeiro que saiu da contenda apenas com a camisola rasgada. O atleta da Afurada está ao que tudo indica irradiado do torneio.
Ás 10,40 horas jogaram a AXA e a Assis Zaz. Os polícias conseguiram dar boa réplica até ao intervalo, altura em que se registava um equilibrado 2-2. Na segunda parte, aproveitando o desgaste físico dos contrários e contando com a inspiração de Mário, os homens da seguradora tomaram conta do jogo e dispararam para um parcial de 8 golos sem resposta. A AXA é mesmo candidata!
O penúltimo jogo não se realizou. O Porto Cruz não tinha elementos suficientes e como tal a Adira venceu por falta de comparência. Como a fome de bola é muita e o campo estava disponível, os homens da Adira aproveitaram para fazer uma peladinha entre eles e mais tarde contra os elementos da Assis Zaz que não satisfeitos com a recente derrota, ainda se encontravam por ali. Uma peladinha sem árbitros e sem interesse, “é disto que o meu povo gosta”.
Com a não realização do quarto jogo, logo começou a pressão para que o último confronto começasse mais cedo. Nada que interessasse ao Bayern que ainda esperava por Lipe e fez questão de começar apenas á hora marcada.

“É morto por morto”

O Bayern começou a partida com Nunes no banco. É certo que não demoraria a entrar. A estabilidade física de alguns dos seus colegas estava "presa por fios" e seria talvez uma questão de minutos até se ver o primeiro a “quebrar”. Ainda assim os cinco iniciais aguentaram 7 minutos. Primeiro foi Nuno que “ameaçou” depois de levar um toque no pé, mas recompôs-se e prosseguiu, tendo embalado para uma bela exibição. Depois foi Mingues que após remate de pé esquerdo mostrou com um esgar de dor que precisava de parar uns minutinhos. Por esta altura já o resultado estava em 1-1.
Nuno fez o 2-1 aos 12 minutos e os bávaros começaram então a tentar controlar o resultado. A cinco minutos do final Mingues rendeu Cadu que se encontrava muito desgastado. Como se disse no banco, foi trocar um jogador “morto” fisicamente por outro praticamente nas mesmas condições, sem que houvesse alguma intenção táctica envolvida.
Apesar de estar na frente do marcador o Bayern não deixava de tentar o golo e a um minuto do fim da primeira parte, em deambulação pela linha de fundo, Arnaldo atirou para a baliza mas viu a bola embater no braço de um adversário em cima da linha do golo. O penalty não foi assinalado apesar dos protestos bávaros…

O fantasma do golo

No segundo tempo apertaram os verdes da Câmara mas até foi o Bayern que dispôs das melhores ocasiões. Primeiro por Arnaldo que fintou o redes e com a baliza desprotegida conseguiu acertar de bico no único homem que em desespero de causa se “atirou” para a frente do golo. Parece haver um fantasma a pairar sobre o goleador bávaro. Depois foi Cadu a sofrer uma falta duríssima pelas costas quando se encaminhava isolado com Arnaldo para a baliza contrária. O adversário viu um amarelo mas devia ter visto um vermelho. A dureza do “golpe” e a iminência do golo justificavam plenamente essa cor, mas Tózé Ribeiro voltou a ser condescendente como é apanágio deste torneio. No banco era ver Tony a protestar com a “palhaçada”
Além deste lance ainda houve um novo penalty que ficou por assinalar. Houve um remate que tomou um destino caprichoso e resolveu cair em arco sobre a barra da baliza dos “verdes”. Um dos defesas havia saltado, como que suspenso pela trajectória da bola e segurara-se com as mãos na trave. A bola ao descer foi lhe bater nas mãos antes de sair para fora. Foi um lance estúpido é verdade, mas que não deixa de ser penalty por isso. A arbitragem mais uma vez é que nada viu.
Não se julgue porém que os verdes da câmara não criaram também algum perigo. Já na primeira parte Tó Mané enviara duas bolas ao poste e na segunda foi Joaquim que com um remate á meia volta na cabeça da área, fez a bola embater no travessão e sobrar para baixo. Os “Camarários” pediram golo mas a bola não chegara a ultrapassar a linha de golo.

O Epilogo

Esta segunda vitória na competição e uma junção de factores nos outros jogos deixam o Bayern isolado no topo da classificação. A Câmara Municipal do Porto encontra-se na antepenúltima posição mas possui uma bela equipa e certamente dará a volta. Recorde-se que no ultimo torneio a CMP teve o azar de defrontar o Bayern logo na primeira jornada e como tal começou logo a competição nos lugares de baixo. Depois foi conquistando pontos e subindo a pulso até ficar num honroso terceiro lugar, logo atrás do Bayern Monchique.


O Filme dos Golos ao minuto

5m 0-1 Nuno recupera a bola após um mau passe do adversário em plena cabeça da área e remata rasteiro e forte para o golo.
6m 1-1 Jogada confusa em plena área do bávaros. A bola sobra para Tó Mané que remata com o seu pé mais fraco (o direito) encostado ao poste mais próximo de Lipe.
12m 1-2 Novo golo de Nuno, muito parecido com o primeiro. É novamente uma recuperação que acaba por dar em golo ao segundo remate.


Resultados & Classificação

Prosegur 2 – 0 Esegur
Sogrape 4 – 0 Gaz Tutti
C. S. AXA 10 – 2 Assis Zaz
G. D. Adira 3 – 0 Porto Cruz (falta de comparência)
C. M. Porto 1 – 2 Bayern Monchique

1º Bayern Monchique = 6 Pontos
2º AXA e Prosegur = 4
4º Sogrape, Porto Cruz, Adira e Assis Zaz = 3
8º C.M. Porto e Gaz Tutti = 1
10º Esegur = 0

O Bayern tem para já a defesa menos batida, tendo Lipe sofrido apenas 2 golos, um em cada partida.
Na lista dos melhores marcadores, destaca-se Paulo Correia da Prosegur com 5 golos, sendo perseguido por um pelotão extenso, onde se encontram por exemplo Nuno do Bayern e Mário da AXA com 3 golos.


Os homens do Bayern

Filipe (6) Não fica isento de culpas no golo, antes pelo contrário. A bola não pode entrar pelo lado do poste e Lipe sabe disso. Seja como for teve duas intervenções preciosas, uma delas com muita sorte á mistura a evitar o empate a 2 golos.
Nuno (9) Na véspera havia afirmado estar ainda “cheio de dores nos joelhos” e que sentia que não conseguiria fazer o jogo todo, se tal fosse necessário. Enganou-se redondamente! Não só fez o jogo todo (foi totalista junto com Lipe) como foi dos seus pés que saíram os dois fogachos da vitória. Não fez um jogo isento de erros. Por uma ou duas vezes entrou de primeira sem sucesso, mas teve (?) o cuidado de o fazer nos lances em que não era o ultimo homem da defesa. No geral foi um muro na defensiva, bem complementado por Domingues e só foi pena no final ter se deixado arrastar para uma discussão que nada tinha de vantajoso para a equipa.
A sua exibição não foi isenta de erros mas leva o ponto extra pela importância dos seus golos, a fazer lembrar uma exibição de Tony contra os “Charutas” com vitória pelo mesmo resultado.
Domingues (7) Inteligente! Nos primeiros minutos ressentiu-se logo da ainda mal debelada lesão na coxa mas soube resguardar-se e fez um jogo de grande nível. Excelente no preenchimento dos espaços e na entrega ao papel defensivo.
Arnaldo (6) Continua sem marcar o que não seria nada de especial se não fosse já o sexto jogo consecutivo em que isso acontece. Incrível a forma como falhou um golo de baliza escancarada, depois de fintar o redes e de só ter em cima da linha de golo, um defesa desesperado. Apesar disso, atirou contra o obstáculo. Pese a falta de golos, esforçou-se como habitualmente, nalgumas vezes até demais mas noutras ocasiões sem o tino necessário.
Cadu (6) Ao nível da semana anterior com a importante diferença de neste jogo não ter tido oportunidades de marcar. A magia nos pés está lá mas o veículo físico que lhe permitiria potencializar essa magia não responde á chamada. A nível de marcação já pareceu menos perdido.
Uma falta duríssima sobre si fez o adversário ver o amarelo, embora o cartão correcto fosse o encarnado.
Nunes (6) Regresso saudado de Nunes á equipa, mais de seis meses depois da conquista do torneio Neto Costa que também ajudou a vencer. Completou apenas o seu 10º jogo oficial pelos bávaros mas esteve longe daquilo que pode render.


A palavra ao mister

“Foi um grande jogo o qual merecemos ganhar. É mais um osso duro que fica para trás e só foi pena não termos aproveitado mais o handicap do adversário que é o seu guarda-redes, mas não foi de facto um dia muito feliz em termos de concretização.
Por outro lado e infelizmente continuamos a ser prejudicados pela arbitragem que além de não ter expulso um adversário, sonegou-nos dois penalties que nos dariam muito mais tranquilidade, caso fossem convertidos, claro está.”


Enviado Especial: Tino Vilas

sexta-feira, 13 de outubro de 2006

Haja tesão!


História favorável aos bávaros

Na primeira e única vez que o Bayern defrontou a Câmara Municipal do Porto, na edição anterior do Torneio do Júlio, o resultado (6-2) foi favorável à equipa bávara, num jogo em que Norberto (3), Nokas (2) e Pascoal foram os marcadores de serviço. Um jogo de boa memória que marcou a estreia de António Silva à frente do comando técnico da equipa. Nessa partida, o Bayern alinhou com Paulo, Norberto, Nuno Capitan, Pascoal e Nokas. Ricardo Mangueira foi o sexto elemento. Ao intervalo, a equipa ouro-negra já vencia por 3-1, marca que repetiu no segundo tempo.
Amanhã, a história será, naturalmente, diferente, até porque dessa equipa apenas Nuno Capitan e Nokas estarão disponíveis. Mas quanto ao resultado ninguém se importaria que o mesmo se repetisse.

Nuñez confirmado

É a principal novidade em relação à semana anterior. Filpo Nuñez está recuperado e já confirmou a presença em mais um importante compromisso da equipa bávara. O Bayern terá, assim, novamente seis elementos disponíveis, já que Pascoal, por motivos anteriormente referidos, não poderá estar presente. Assim, face a ene de situações, o Bayern apresentar-se-á amanhã com os seguintes elementos: Filipe, Mingues, Capitan, Nokas, Cadu e Nuñez.

P.S: O mister pediu tesão! «Vai ser norma, antes da palestra, um atleta confessar uma fantasia sexual. Quero que a equipa entre em campo cheia de tesão pronta a comer o adversário» Lembram-se? A foto é só para ajudar os menos criativos e a coisa parece que não fica mesmo por ali…

É frágil e pode partir


Muitas limitações no plantel

Não liguem às fotos. É apenas para animar a malta e dar largas à imaginação (a coisa parece que não fica por ali), pois o actual panorama não está famoso e não se adivinham facilidades para o encontro frente à CM Porto, amanhã, às 12 horas. O plantel do Bayern está curto e limitado. Confirmados estão Lipe, Capitan, Mingues, Nokas e Cadu. Canhão e Nuñez estão em dúvida e Tony está mesmo fora do lote de disponíveis, devido à arrealiadora lesão que lhe continua a afectar o pé.
Durante a semana, não houve nenhum jogo-treino, devido à evidente falta de disponibilidade física do grupo-de-trabalho, e para piorar o estado de coisas o mister com mais estilo do torneio, Luís Miguel São Vicente, não deverá comparecer no pavilhão, porque às 13.30 horas tem de estar presente no Estádio do Perafita, onde, uma hora e meia depois, o “seu” Leça Balio, onde tem a responsabilidade de ser o capitão da equipa, defronta o Valadares.
É, neste contexto, que o Bayern Monchique parte para a segunda jornada do Torneio da Torrinha. E, assim, todo o cuidado é pouco. Até porque, desta vez, não deverá ser possível alguém dar-se ao luxo de desperdiçar penalties...

Situação actual de cada atleta

Lipe: Vai aproveitar a hora do almoço do trabalho para jogar.
Mingues: Anda doido, devido a excesso de trabalho. Nem tem tempo para visitar o blogue. Sintomático...
Capitan: Para além das limitações atávicas do joelho, anda atarefado com projectos musicais. Nokas: Ressentiu-se do pulso direito e tem de utilizar a esquerda. Vai trabalhar logo a seguir ao jogo.
Cadu: Tem jogado apenas com “meio-pulmão”. Fisicamente já teve melhores dias.

Em dúvida

Canhão:
Uma tosse brutal continua a inviabilizar o seu contributo à equipa. Parece que também tem de trabalhar.
Nuñez: As gueixas partiram-no todo e está em convalescença. Depende do parecer médico.

De fora

Tony: Já se fala em comprar um pé na morgue. Uma baixa que continua a ser muito notada dentro do campo. Pode assumir a função de treinador neste jogo, dada a indisponibilidade de Pascoal.
Pascoal: Compromissos do Leça Balio impedem a sua presença no encontro. Os jogadores, certamente, tudo irão fazer para lhe dedicar a vitória.

P.S: Todos os convocados devem apresentar-se munidos de equipamento preto. O original do clube. No caso do Cadu e Nuñez (se recuperar), os responsáveis do clube já salvaguardaram a situação e levam o equipamento.

quarta-feira, 11 de outubro de 2006

O Batedor


É o homem do momento no universo bávaro. Mau momento diga-se. Batedor de serviço no Bayern, é ele que bate habitualmente penalties, livres e… outras coisas. Está porém a atravessar um deserto em matéria de golos. Completou este sábado 5 (!) jogos sem marcar e o ultimo golo data já de 17 de Julho. Nunca antes estivera Nokas tanto tempo sem marcar. O seu pior período fora de apenas 3 jogos sem fazer o gosto ao pé e isto numa fase em que o próprio Bayern só marcara 1 golo nesses 3 jogos (contra Cofina, Rui Sousa e Flor do Almeiriga) há 1 ano atrás.
A contestação cresce na medida em que se torna mais evidente a completa inaptidão na marcação de grandes penalidades.
O Blog do Bayern Monchique não quis ser injusto e deu oportunidade ao craque de se justificar…

DESTAQUES:
"Identifico-me com o Van Bommel"
"Adoro o Pascoal!"
"Temos de aproveitar a maturidade e experiência adquirida no ultimo ano"
"Ficava preocupado se não tivesse ocasiões para marcar"
"Nunca fui um goleador"

Antes de mais, acha-se fisicamente parecido com o Hugo Viana?
Sinceramente, não. Há quem encontre algumas semelhanças, mas penso que sou mais parecido com o Ben Affleck [sorriso].

E no campo, encontra algumas semelhanças?
Só se for na gigantesca velocidade de execução [sorriso]. Também não encontro muitas semelhanças. Identifico-me mais com Van Bommel, que curiosamente está a jogar no Bayern... Munique, ou Rafa Marquez, o mexicano do Barcelona. Isto no futebol de 11. No futsal, acho que não sou parecido com ninguém.

Que dizer do novo técnico? Já conquistou os jogadores?
Sou suspeito. Adoro o Pascoal. É meu confidente e amigo. Do peito e da XXXX. Sou o principal responsável por o ter arrastado para a família Bayern e parece-me que também fui o primeiro a lembrar-me da hipótese de ele assumir o comando. Costumo dizer que é o meu mano. Identifico-me muito com ele e aprecio a sua postura e personalidade dentro e fora das quatro linhas. Já sei que vou levar com o Jonny a dizer que sou um puxa-saco e isto e aquilo, mas é a realidade. E todos os bávaros sabem disso. E definitivamente já conquistou o grupo há muito tempo. Não é por agora ser treinador que tem os atletas do lado dele. Vai ser bem sucedido. Não tenho quaisquer dúvidas.

É difícil assimilar as suas ideias, ou já deu para entender (num jogo) aquilo que ele quer dos jogadores?
Muito fácil. E acho que só temos a ganhar se o escutarmos atentamente. As ideias que expressou, no final da última partida, são excelentes. No fundo, temos de jogar com quatro linhas, de modo a bloquearmos o adversário e igualmente termos capacidade de atacar com mais gente, fazendo basculações nos dois sentidos, esquerda ou direita. Temos de aproveitar a maturidade e experiência adquirida no último ano e nos vários torneios em que participámos.

Para já a aposta de Pascoal em colocar Arnaldo como o melhor marcador da competição está a sair furada. Leva já quatro golos de atraso para Paulo Correia da Prosegur e dois para o seu colega Cadu. O que é que falhou?
Não falhou nada. O Bayern ganhou. Não falhou nada.

Mas não marcou nenhum golo...
Nem estou muito preocupado. Desde que o Bayern ganhe está tudo bem. Há fases assim. Qualquer um pode passar por isto. Ficava preocupado se não tivesse ocasiões para marcar. Agora, ter ocasiões e falhar isso acontece a todos. A verdade é que não tenho sido muito feliz com a Adira, mas pode ser que alguém pague a factura.

Também é um objectivo pessoal ficar no topo dos artilheiros? Sabemos que nas últimas edições ficou sempre em segundo…
Parece sina, não é? Nunca fui um goleador. Pelo menos, no futebol de onze, a minha melhor marca foi 7 golos num campeonato de 34 jornadas. Para um médio, numa equipa que procurava a permanência, nem foi mau. No futsal, jogo mais adiantado e, naturalmente, os golos acontecem com mais frequência. Se não estou em erro fui três vezes o segundo melhor marcador nos torneios do Júlio. É algo que me escapa, mas também é verdade que nunca foi um objectivo primordial. Aliás, na primeira edição, lembro-me que chegámos a jogar para o Rica Mangueira ser o artilheiro. Que lhe posso dizer? Acho que esse objectivo parte mais dos meus colegas, que acreditam em mim. Gostava de conseguir alcançar essa meta, mas estou mentalizado para dar mais à equipa que a equipa a mim. Ser melhor marcador está no último lugar das minhas prioridades. A principal ambição é apenas conquistar o primeiro lugar.

Em jogada de dois para um, vai escolher o passe para Cadu fazer o golo, ou vai partir você mesmo para o remate?
Resposta muito fácil: e quem me conhece sabe a resposta. Indiscutivelmente, opto pelo passe para o Cadu ou outro bávaro qualquer. O importante é que a equipa tenha tesão e isso só se consegue com as vitórias.

Para quando o próximo golo?
Não sei. Não quero estabelecer fasquias desse tipo. O que sei é que Bayern vai conquistar mais uma vitória na próxima partida. Se é com golos meus ou do Mingues isso não interessa. Até pode ser do Lipe, se bem que pra isso aconteça seria bom que ele cortasse as unhas pra conseguir rematar à baliza. Seria giro era ganharmos com um golo do António, que tanto falta faz à equipa dentro do campo. Volta depressa, Tony.

Considera que é mais difícil marcar golos agora que não tem Norberto para lhe colocar a bola no segundo poste?
Sim, é mais difícil. O Norberto é um fora-de-série e é muito fácil jogar com ele. Joga e faz jogar. Sabe as minhas movimentações, sabe como me posiciono [sorriso] e criámos uma empatia dentro das quatro linhas. Neste torneio, vai ser mais difícil aparecer a finalizar ao segundo poste, mas o importante é que a bola entre. Nem que seja com o cú. E isso vai acabar por acontecer.

DESTAQUES:
"Insisti no remate em força e não fui feliz"
"Pensei logo em assumir a responsabilidade"
"Fechar os olhos e chutar em bico"
"Se o mister quiser vou bater o próximo penalty"
"Os fracos é que se escondem"

E o penalty? Sentiu-se confiante quando partiu para a bola?
Muito confiante. Insisti no remate em força e, mais uma vez, não fui feliz. O guarda-redes também estava adiantado, mas isso não serve de desculpa. O que sinto é que esse momento acabou por marcar a partida e o próprio rescaldo do jogo. Ganhámos por 5-1, fomos melhores, inteligentes, mostrámos vontade de vencer e entreajuda, mas a verdade é que isso ficou para segundo plano, pois toda a gente fala no penalty que falhei. Devo ser mesmo craque! [sorriso].

Foi o mister que o mandou marcar ou assumiu por sua conta o risco?
As duas coisas. Quando vi o Mantorras a meter a mão à bola e, consequentemente, ser assinalada a grande penalidade pensei logo em assumir a responsabilidade. Penso que se passou o mesmo na mente do mister, pois ele estava ao meu lado e nem hesitou em dizer «Nokas, marca». Fiquei feliz pela confiança depositada. Infelizmente, não correspondi à expectativa e estou em dívida com ele e com os restantes companheiros. Podem fazer de mim o que quiserem [sorriso].

Sente que há já um descrédito da parte dos seus companheiros em relação a si e a este tipo de lances?
[Pausa] Descrédito... não sei se será isso. Só se for da parte do Tony. O Mingues também manda umas boquinhas, mas no fundo o que querem sei eu. Na verdade, alguns acham piada e se não tivesse falhado talvez não tivesse a dar esta entrevista [sorriso]. Eles é que podem responder, mas acho que o Capitan já disse que quer bater a próxima grande penalidade.

Desculpe continuar a insistir neste tema que sabemos ser “doloroso” para si, mas se o Arnaldo fosse ao mesmo tempo jogador e treinador, quem mandaria marcar o próximo penalty?
Eu! [gargalhada]. Nem hesitava.

Ainda sobre o penalty, se me permite, qual é a melhor forma de bater um guarda-redes neste lance tão especifico?
Fechar os olhos e chutar em bico. Estou a brincar. É um momento de inspiração e confiança. Escolher um lado e colocar é trivial, mas dizem que as hipóteses de sucesso aumentam. No meu caso, se soubesse qual era a melhor forma não tinha falhado no sábado.

Lembra-se de há cerca de dois anos atrás, Martin Palermo ter falhado 3 penalties num mesmo jogo? Era capaz de passar pela mesma situação? Ou seja, sabendo de antemão que já falhou dois penalties, mesmo assim ter por um lado a coragem e por outro a insensatez de ir marcar o terceiro?
Completamente. Iria sempre ficar na história. Todos os grandes jogadores passam por situações caricatas. No fundo, pra fechar este tema, o que tenho a dizer é que se o mister quiser vou bater o próximo penalty. Os fracos é que se escondem. E sim lembro-me do Martin... Palerma. Falei nisso num dos meus post’s.

É que de certa forma é isso que tem acontecido. Não num jogo só mas contabilizando os últimos penalties da equipa e que Arnaldo falhou sistematicamente. Arnaldo nem marca nem deixa marcar, correndo o risco de prejudicar a equipa com essa presunção de saber marcar penalties.
Calma. Não é não deixar marcar. Volto a repetir, quando surgir a próxima situação o mister é que decide. Se quiser, vou marcar. Se for outro, tudo bem na mesma. Tem é de marcar. Senão está fod... comigo [sorriso].

Para finalizar, de forma descontraída, prefere marcar um livre ou um penalty?
Descontraía-me melhor de outra forma, mas ainda tenho o pulso dorido. Quando fomos campeões no Torneio do Fluvial marquei dois ou três golos de livre. Mas, sinceramente, dá-me gozo marcar golos daqueles de encostar ao segundo poste.

"You, me and Dupree", ou se preferirem "Tino, Capi e o Emplastro"

Nome: Arnaldo Martins(Nokas)
Idade: 26
Número: 7 Forever
Fétiche: 2 gajas. Se forem mais, não há problema.
Posição preferida: Ao ataque ou a pantera. Depende.
Estado civil: Noivo
Uma prenda para o clube: Federar o Bayern
Bola: A Mikasa amarela.
Jornal: JN e Bola.
Comentador: Luís Freitas Lobo
Melhor recordação do Bayern: Vitória (3-2) e exibição contra o Talhos Ruben
Pior recordação do Bayern: Lesão média/alta gravidade na canela e os penalties falhados
Bayern: Uma família. Um exemplo. Uma paixão.

Eles andem aí!


Á primeira vista as semelhanças não são muitas. Viana é canhoto, Arnaldo é destro. O Nokas está em Portugal, o Hugo está em Valência. Um tem roupeiro, o outro pede á mãe para lhe lavar o equipamento. Um luta pelo primeiro lugar, o outro luta pela Uefa. O que joga no Mestalla é rico, o que joga no Torrinha tem ricos… amigos.
O Naldinho falha penalties, o Huguito falha… jogos.

Mas já alguém os viu a sorrir?!?!?
Digam lá se os traços faciais não são iguais.

sábado, 7 de outubro de 2006

Na estreia vitoriosa de Pascoal

Há dias assim…

Torneio Homenagem a Eduardo Coutinho (1ª jornada)
7 de Outubro 2006, 9,20 horas

Bayern Monchique, 5
Grupo Desportivo Adira, 1
Jogo na Escola Francisco Torrinha
Árbitro: Joaquim Neves
Bayern M. – Filipe; Nuno [cap.] (1), Pascoal (1) e Arnaldo; Cadu (2).
Suplente não utilizado: Domingues.
TR: Luís Vicente (treinador/jogador)
GD Adira – Parafuso; Paulo Casca, Mantorras [cap.] (1 pb) e Balu (1).
Jogaram ainda: Ricardo (GR) e Fábio.
Disciplina: Mantorras (amarelo por mão na bola)
TR: Joaquim Miranda
Ao intervalo: 3-0
Marcha do marcador: 4-0; 4-1; 5-1


Estreia caricata de Pascoal como treinador. Aconteceu de tudo um pouco, inclusive jogar contra apenas quatro adversários. Com uma exibição q.b. o Bayern está já na dianteira da tabela e deixou parta trás um osso que poderia ter sido duro de roer… mas não foi.

Pois é, há dias assim e também (h)A. Dias Ramos… mas pouco. O Grupo Desportivo Adira, em representação da Empresa A. Dias Ramos apresentou-se tarde e a más horas e ainda por cima com apenas quatro elementos. Uma equipa que poderia dar cartas neste torneio voltou a dar uma imagem muito pobre e desorganizada recebendo o contributo de um quinto elemento (por sinal o guarda redes) aos 8 minutos, quando a equipa já perdia por 2-0. Um sexto elemento viria a juntar-se pouco mais tarde.
A desorganização foi a nota dominante na abertura deste torneio e isso terá emperrado o jogo dos bávaros. O primeiro jogo começou com 20 minutos de atraso e mesmo assim sem que o guarda-redes da Adira chegasse a tempo. A equipa Tranquilidade cancelou á última da hora a sua participação no evento e foi substituída em cima do joelho pelos actuais campeões, o Restaurante Barriga da Afurada que assim apimenta o certame e terá oportunidade de defender o título conquistado em Junho passado.
Até no Bayern a desorganização foi evidente. Uma semana atrás e com um plantel a abarrotar de excedentários, nada faria prever que tivesse de ser Pascoal, o novo treinador a ter de fazer as vezes de jogador para colmatar ausências várias, sendo que algumas delas estão ainda muito mal explicadas. Com Litos obrigado a desistir (problemas nas costas), Paulo Correia a alinhar pela Prosegur, Tony lesionado e Domingues apto mas extremamente debilitado, o panorama já não era bom. Para piorar a situação, Canhão com uma tossezinha e Nunes mal disposto espalharam o caos na habitual bem organizada equipa bávara. Um assunto para reflectir…

Contra 4

O Bayern entrou de facto perro. Ao contrário do que se possa pensar nem sempre é fácil defrontar um adversário inferiorizado. Por vezes tornam-se nas equipas mais chatas, aquelas que sabem de antemão das limitações que possuem. Com apenas quatro elementos os da Adira lá foram defendendo da melhor maneira que podiam e Hélder Parafuso a desenrascar na baliza, lá ia fazendo a exibição da sua vida.
Por esta altura e com as defesas de Parafuso já se podia adivinhar que não ia ser fácil a Arnaldo marcar nesta partida. No lance ao seu estilo, o habitual “abono de família” dos bávaros passou por dois em slalom da direita para a esquerda, mas perdeu tempo de remate ao escolher o pé direito para tentar o golo.
O golo não tardaria mas seria Pascoal a marca-lo a passe de… Arnaldo.
Os bávaros não carregaram muito no acelerador. O tempo haveria de trazer os golos e no fundo havia a consciência de que também não havia ninguém no banco (além do fragilizado Mingues) para dar continuidade a um ritmo forte que se pudesse empregar dentro das quatro linhas.
Assim foi seguindo o jogo e o segundo golo até apareceu rapidamente, desta vez por Cadu.

5 contra 5

Foi nesta altura que apareceu finalmente o guardião da Adira. Miranda pediu então um minuto de desconto para poder atirar o recém-chegado pupilo “ás feras”.
Assistiu-se então a um equilibrar de forças, ainda que sempre sob o controlo dos bávaros e que só foi interrompido por um auto golo de Mantorras.
Lipe muito atento e a inoperância dos verdes da Adira nunca fizeram esperar por um resultado diferente ou uma reviravolta no marcador. Pelo contrário. Ainda que aparentemente pouco motivados eram os bávaros que chegavam á baliza contrária com mais perigo.

Segunda parte

No segundo tempo foi Nuno quem fez agitar novamente o resultado mas apenas aos 5 minutos e após erro clamoroso do guarda-redes contrário. A palavra de ordem era “controlar”. Os bávaros sabiam das limitações próprias e aspiravam apenas a ganhar o jogo. Ansiava-se no entanto por um golo de Arnaldo. Apontado pelo treinador como a grande referência goleadora da equipa estranhava-se que ainda não tivesse conseguido marcar em mais de 20 minutos de utilização.

O momento

Arnaldo viria a estar no momento do jogo. Não é que fosse decisivo. Dificilmente poderia haver um momento decisivo neste jogo, mas foi sem duvida importante e só o futuro o dirá mas também quem sabe… marcante.
Aos 6 minutos Arnaldo rematou em posição frontal e viu o golo ser-lhe negado (mais uma vez) por Mantorras, a sua sombra neste desafio. O corte no entanto foi feito com a mão e em situação normal teria valido um cartão vermelho ao esquerdino. Os torneios do Júlio no entanto, pouco tem de normal e nessa lógica de pensamento não é de estranhar que o cartão tenha sido apenas amarelo. Para a marcação da grande penalidade, Pascoal deu toda a moral a Arnaldo e Tony do banco enviou o mesmo voto de confiança: “Marca o Arnaldo!!!”
Arnaldo marcou… mas falhou. Redondamente! Atirou quase para o meio da baliza e ainda foi prejudicado por uma saída antes do tempo do guardião Ricardo. Há dias assim e este não era mesmo dia para Arnaldo marcar. Resta saber se o episódio irá deixar marcas…

Borratado

O quadro até estava bonito. Um pouco monótono mas bonito. Filipe encarregou-se de esborratar a pintura. Após 30 minutos de bom nível o guardião bávaro demorou muito a reagir e não se mandou aos pés de Balu para evitar o golo da Adira. Aquela que era apenas uma meia oportunidade, foi o suficiente para que os homens da Adira conseguissem o golo de honra.

Resposta imediata

Logo a seguir os bávaros marcaram o último golo da partida com Cadu a fechar a contagem a passe de Arnaldo. Até ao final foram mais cinco minutos de futebol monótono, com as equipas a ansiarem por motivos diferentes o final do jogo.

Entretanto…

Nos outros jogos o equilíbrio foi a nota dominante. C.M.P. e AXA empataram a dois golos, deixando boas indicações no ar. A C.M.P. será mesmo o próximo adversário dos bávaros num jogo que sofreu alteração de horário. Irá realizar-se apenas ás 12,15 ao invés das 9 da manhã previstas.
Paulo Correia (ex-bávaro que deixa saudades) foi a grande figura da jornada. Marcou os 4 golos da sua equipa no empate 4-4 com os actuais campeões.
No outro jogo a Assis Zaz derrotou a Sogrape por expressivos 6-2, sem que no entanto tivesse deixado no ar a demonstração de tão folgada superioridade.
No fecho desta edição ainda não se sabia o resultado da ultima partida e o Bayern é a par do Assis Zaz o comandante da prova. Os bávaros tem ainda a melhor defesa, resultado do único golo sofrido.


O filme dos golos ao minuto

1-0 6’ Canto marcado para a Adira mas com Nuno a interceptar e a lançar-se no ataque. No 3x1 Nuno mete em Arnaldo na esquerda e este assiste Pascoal, dando a oportunidade ao mister de inaugurar o marcador.
2-0 8’ Passe tenso de Pascoal desde o lado direito, a cruzar a área e a encontrar Cadú liberto ao segundo poste.
3-0 10’ Cadu na esquerda mete na área e Mantorras desvia para a sua própria baliza ao tentar cortar.

4-0 5’ Nuno pressiona (?!) o redes levando este a atrapalhar-se e a deixar a bola ao seu alcance. Depois foi só “empurrar” do meio da rua.
4-1 13' Balu completa um desvio fraco de Fábio, aproveitando a débil reacção de Lipe.
5-1 14' Arnaldo finta dois pela esquerda e mete em Cadú que volta a encostar no segundo pau.


Os homens do Bayern

Filipe (6) Actuação positiva apenas manchada pelo golo sofrido. Aí deveria ter sido mais ágil e coberto o poste de forma mais determinada. No resto esteve em bom plano, inclusive no habitual handicap das bolas aéreas. O adversário até conhecia essa pecha e tentou explora-la mas Filipe esteve muito atento.
Nuno (7) Mais uma boa exibição na senda do que tem feito nos treinos. Num jogo que deu em goleada, acabou por ser o melhor em campo a par de Pascoal devido á vertente defensiva da sua actuação. Esteve intransponível e fez muitos cortes cirúrgicos, acabando por facilitar um pouco mas só quando o jogo já estava plenamente decidido. Marcou um golo com a ajuda do redes contrário mas soube ter o mérito de acreditar.
Não se viu foi a braçadeira. Os bávaros já sabem que capitão há só um mas os adversários gostam de saber quem ele é.
Pascoal (7) “Treinador sofre!” Também podia ser “treinador faz das tripas coração para ganhar”, ou se preferirem, “Pascoal veste o equipamento e ajuda equipa a ganhar”. É assim, na falta de Tony, Mingues, Canhão e Nunes, todos eles lesionados ou com a “doença da época”, teve de ser Pascoal a entrar em campo para preencher o cinco inicial. Ganhou-se um jogador de elevada craveira mas sentiu-se a falta das suas indicações no banco. Abriu o caminho á vitória e foi mesmo o mais regular de todos os elementos em campo. Balanceou-se muito bem entre a defesa e o ataque.
Arnaldo (6) Há dias assim e hoje não foi de facto o dia de Arnaldo. Não marcou embora tivesse oportunidade de o fazer, inclusive na marcação de um penalti. É certo que sofreu apertada marcação de Mantorras que fazia o jogo da sua vida, mas Arnaldo voltou a mostrar fraca aptidão para rematar de pé esquerdo. Uma lacuna no seu rol de habilidades que até parecia estar resolvida nos últimos tempos.
Por outro lado não foi guloso e até deu dois golos de bandeja aos companheiros.
Cadu (6) O elo fraco da equipa no aspecto táctico. Foi fácil descortina-lo numa mão cheia de ocasiões a perder-se do seu homem e a confundir os seus companheiros com essas acções. Compensa porém com uma técnica individual muito apurada e a encostar para o golo esteve impecável.


A palavra ao mister

Pascoal: “Só nos faltou atitude. Se tivermos atitude o talento vem ao de cima.”

Miranda: “Este espanador está ao nível dos meus jogadores…”

Enviado Especial: Tino Vilas

Viemo-nos com 3 pontos!


Mister quer carácter, atitude e tesão

Entrada à campeão em mais uma edição do Torneio do Júlio. O Bayern venceu (5-1) a Adira e nem precisou de uma exibição de luxo para assegurar os 3 pontos. Bastou carácter, atitude e uma pitada de tesão, atributos que o mister São Vicente quer ver em todos os jogos. O mister abriu mesmo o activo, Cadu bisou, tendo sido seu o remate que deu origem a um autogolo, e Capitan também molhou a sopa. Nokinhas, desta vez, ficou em branco, tendo falhado mesmo uma grande penalidade, uma malapata que o tem perseguido há algum tempo. Mingues, limitado fisicamente, acabou por não dar o seu contributo à equipa, tendo vivido intensamente as incidências do jogo ao lado de Tony Silva, também a recuperar de lesão.

Crónica completa logo à tarde com Tino Vilas, enviado-especial