sexta-feira, 24 de fevereiro de 2006

Título fica a Norte...


Torneio Homenagem ao Sr. Neto Costa (5ª Jornada)
18 Fevereiro 2006, 9 horas

Bayern Monchique, 4
Norte Shopping, 2

Jogo no Pavilhão do Fluvial, em Lordelo
Árbitros: Tozé Ribeiro e Joaquim Neves
Bayern Monchique – Lipe; Capitán, Mingues, (1), Cadu e Nokas (2)
Jogaram ainda: Hugo e Dove (1)
TR: Vitor Coutinho
Norte Shopping – Worten; Fnac, Lusomundo, McDonalds e Rádio Popular; Jogaram ainda: Intimissi, Sport Zone e CA
TR: Belmiro Azevidini
Disciplina: Cartão amarelo a Arnaldo

Ao intervalo: 1-1
Marcha do marcador: 1-0; 1-2; 4-2

Conta foi pequena mas lucrativa

Regresso às vitórias do BM, após a frustrante ponta final do Torneio do CAC, onde a equipa terminou na segunda posição após ter alimentado legítimas esperanças de conquistar o trono. Também no Fluvial, a equipa bávara vinha de uma derrota inesperada frente à PT. Palavra de ordem: vencer para recuperar a moral e afugentar todos os fantasmas. Esta a principal mensagem de Mister Coutinho na palestra que antecedeu o encontro.

Eles já estão a aquecer!

Não deixou de ser curioso, já que normalmente a formação bávara, exemplo de profissionalismo e dedicação, costuma ser sempre a primeira a pisar as quatro linhas do verdadeiro congelador do Fluvial. Explicação: a porta do pavilhão abriu cedo, mas a comitiva ficou cá fora à conversa, sendo iludida pela presença de dois adversários que aparentemente também estava à espera que a porta se abrisse.
O Garganta chegou e entrou. Bastaram alguns segundos e confirmou-se o que ninguém esperava: a porta estava aberta e os atletas já podiam estar a equipar-se tranquilamente há mais tempo. Assim, foi uma «lufa-lufa», dado o adiantar da hora, e no acto da palestra do sábio mister Coutinho, o Garganta (não confundir funda) interrompeu o treinador para dar conta que a equipa adversário já estava a aquecer e o Bayern estava atrasado. Muita pressão…

Onde está o 8?

Mingues, que beneficiou da ausência de Tony (em testes no Marselha), recebeu instruções bem definidas: não deixar o nrº 8 jogar! Segundo indicações de mister Coutinho, este seria o elemento que poderia causar mais problemas à equipa bávara. Mingues recebeu a mensagem, mas logo no aquecimento viu-se em palpos de aranha, face a um problema detectado por Arnaldo: «Mingues, tás fodido! Onde está o 8? Não vejo ninguém com esse número!». Incrédulo, Mingues não escondeu a sua preocupação mas, igualmente sempre atento e profissional, descobriu a pólvora. O homem estava mesmo lá: o número é que estava nos calções. Na camisola, o dorsal era outro. Tudo para confundir o Bayern, mas até nisso a equipa foi grande!

Esperar por eles

Escaldado pelo último jogo, onde viu a equipa sofrer demasiados golos em contra-ataque, mister Coutinho deu indicações para estancar o jogo e não partir desenfreadamente para o ataque, pedindo mais esforço e consistência. Os jogadores aceitaram o repto e o jogo começou equilibrado. A formação do Norte Shopping, que ainda não venceu qualquer jogo, mostrou que estava ali para discutir o resultado e provou que é uma equipa com condições para criar embaraços a qualquer adversário. O início foi equilibrado, mas a espaços o Bayern ia criando perigo, sobretudo, por Arnaldo, o elemento mais rematador, embora com a mira algo desajustada.

Os golos

Na sequência de um lançamento lateral, Arnaldo combina com Carlos e, de ângulo apertado e em bico, desfere um remate indefensável, conseguindo um golo de belo efeito. Estava, assim, aberto o marcador. O adversário reagiu, mas sem conseguir ocasiões de verdadeiro apuro. Paradoxalmente, na sequência de um pontapé de canto a favor do Bayern, os lojistas chegaram ao empate. Bastou uma perda de bola, contra-ataque rápido, Hugo e Nuno não chegam à bola e um adversário intrometeu-se pelo meio, iludindo Lipe que ficou a ver jogar…

Brincar com o fogo

O início da segunda parte é o melhor período dos homens de Norte. Corolário de alguma pressão, o 1-2 obtido numa recarga, após a bola ter sido devolvida num primeiro remate pelo poste. O Bayern tinha, definitivamente, o resultado em risco.
Do banco, surgem incentivos e, após algumas tentativas, Dove empata partida, num lance em que há mérito de Nuno que desarmou, de forma aguerrida, um adversário. A partida estava relançada.

Só atacantes

Mister Coutinho lança novamente Arnaldo e retira Nuno. Na quadra, encontravam-se, então, para além do guardião Lipe, Arnaldo, Hugo, Dove e Carlos, elementos com grande propensão ofensiva. O risco era grande, pois todos atacavam e a defender ninguém se entendia. Coutinho manda Nunes recuar, mas era Arnaldo que se mantinha mais na rectaguarda. O lance que decide a partida tem dedo de Carlos e Nunes e marca definitiva de Arnaldo. Os dois atacantes lutam pela posse do esférico entre o guarda-redes e um defesa e bola fica a pingar. Arnaldo, que acredita no lance, grita para Carlos que deixa a bola para este rematar em jeito e forte na passada, fazendo a bola entrar novamente junto ao ângulo. Um golo muito festejado!

Enfim, tranquilos…

O Bayern estava na frente e o relógio jogava a favor. Não faltava muito para o final. A vitória era fundamental para manter as aspirações intactas. A equipa tentou segurar a bola e os lojistas, só em remates de longe, ameaçaram. Arnaldo, em mais uma acção individual, deixou por terra um adversário e na linha cruzou para Mingues, que qual «matador», sentenciou a partida, bastando um toque subtil para desviar a bola para o fundo das redes. Seguiu-se um abraço longo entre os dois carismáticos jogadores bávaros. O Bayern está vivo!
Amanhã, seguem-se os Charutas, equipa com os mesmos pontos e motivada pela possibilidade de atingir o primeiro lugar. Mas o Bayern também joga forte e tem as suas armas. Afinal, quem tem os XXXXXXX? Um belo jogo em perspectiva!

Um-a-Um

Houve empenho, alma e muito Nokas

Chamam-lhe estratega…

Lipe Arak (6): Por vezes inestético lá conseguiu levar a água ao seu moinho, conseguindo travar alguns remates de dificuldade relativa. Mas ficou preso na linha no primeiro golo, acabando por ser mal batido. No segundo, viu a bola bater no poste e, na recarga, não teve quaisquer chances. Na retina, uma bola aparentemente fácil que por pouco não passou por debaixo das suas pernas. Que susto!

Nuno Capitán (6): Desta vez, menos móvel e pouco confiante. Subiu de produção no segundo tempo, período em que «cresceu» no terreno e, inclusive, recuperou a bola que sobrou para o golo do empate obtido por Dove. Acabou por cima, após um período menos bom.

Pedro Domingues (7): Grande atitude competitiva e muita vontade de vencer. Mingues foi um elo de ligação entre os sectores e viu premiado o seu esforço com o golo da tranquilidade obtido ao cair do pano. Um passe errado em zona proibida não mancha uma actuação muito positiva.

Carlos Cadu (7): Não marcou, mas merecia, tanto o empenho que colocou em campo e a habilidade técnica que demonstrou em situações apertadas. Esmerou-se nas assistências estando na origem do primeiro e terceiro golo. Saiu lesionado, após choque com o guarda-redes.

Arnaldo Nokas (8): Mais um jogo em cheio de nrº 7 bávaro. Foi o motor da equipa, participando nas melhores acções e assumindo a responsabilidade de gerar jogo e arte. Dois golos de calibre extra, fazendo a bola entrar no sítio onde a coruja dorme. Assistiu ainda Mingues para o tento da tranquilidade.

Nunes Dove (7): Sentiu dificuldades em impor o seu jogo forte e feito na passada, face à reduzida dimensão do terreno. Não foi surpresa. Ainda assim, lutou muito e deixou a sua marca, iniciando a reviravolta no marcador, com um remate forte à entrada da área que resultou no 2-2.

Hugo (6): Já lhe vimos fazer melhor, mas ainda assim deu um contributo útil, demonstrando bom toque de bola e leitura de jogo. Esteve perto de marcar em duas situações, mas não foi feliz. Aos poucos, começa a estar mais entrosado com o grupo dentro e fora das quatro linhas.

Os golos

1-0: Um golo à… Arnaldo. Remate em bico cruzado a fazer a bola entrar no ângulo
1-1: Contra-ataque rápido e desvio subtil para Lipe ser mal batido
1-2: Remate forte à entrada na área, bola ao poste, e recarga fácil
2-2: Nuno faz pressão e recupera, sobrando a bola para um remate forte de Dove
3-2: Muita pressão à saída da área e Carlos deixa a bola para Arnaldo fuzilar
4-2: Arnaldo deixa para trás um adversário e cruza para Mingues finalizar

5 comentários:

Anónimo disse...

António, desculpa... :)

Anónimo disse...

Falta dizer que quando a equipa sobreu os 2 golos estavam no banco os 2 "craques" !!!! LOL!!!

Anónimo disse...

"Sobreu" - tou todo fo$&do

SOFREU

Anónimo disse...

N vamos desmoralizar ninguém, Mingues:)

Tony Silva disse...

Gostei da foto!