Mais vale um pássaro na mão!

Irriducibili não quis um ponto seguro e acabou por perder os três para o Bayern

Mas porque se fala em pontos? A Liga já começou?!? Não era este um jogo amigável?!?!?
Claro que sim, era apenas um “jogo a feijões” mas ninguém o diria a julgar pela aplicação e determinação dos Irrudicibili em vencer, quais “irredutíveis gauleses” das histórias do Asterix. Qualquer resultado se aceitava mas os homens da casa “teimaram” em não aceitar o empate e preferiram continuar a jogar, ao jeito de “quem marcar ganha”, acabando derrotados após o derradeiro tento de Norberto.
É caso para adaptar um velho ditado e dizer “mais valia um ponto na mão… que três a voar”.


Jogo amigável
7 de Setembro de 2011, 23 horas

Irriducibili 87, 10
Bayern Monchique, 11

Jogo no Oporto Indoor

Bayern M. – Domingues (1); Tony (1), Norberto (5) e Cadu (1); Nando (3).
Jogou ainda: Nuno.

Marcha do marcador: 1-0; 1-1; 3-1; 3-5; 8-5; 8-9; 10-9; 10-11


O jogo teve uma boa hora e vinte. Os bávaros sem guarda redes, fizeram alinhar Domingues na baliza, função que desempenha a preceito obviamente, mas que amputa a equipa de um dos seus elementos preponderantes na frente. Nuno começou no banco mas havia de ser o primeiro a “dar nas vistas”, com erro clamoroso num “passe” que desmarcou o adversário que fez o golo inaugural.
O Bayern rapidamente chegou ao empate com Nando, de cabeça (!), a emendar à boca da baliza um remate de Norberto que o redes rechaçou para a frente.
O 2-1 para os da casa voltou a nascer de um erro bávaro, com Tony a deixar deficientemente de calcanhar para um colega que nunca conseguiria chegar aquela bola. Aproveitaram os Irriducibili, apenas com Domingues pela frente, para fazer o 2-1…
Os erros defensivos foram aliás a principal razão para os golos que Domingues e mais tarde Nando foram sofrendo. Ora porque se deixava o adversário correr nas costas, ora porque não se acreditava que o remate de meia distância faria estragos, o certo é que os “facilitanços” foram-se sucedendo e sempre iguais…
O jogo disputou-se todo ele em bom ritmo, com dificuldades naturais para os bávaros que só dispunham de um suplente. Notou-se particularmente em Norberto e Cadu a falta da melhor forma física.

O parcial foi-se alterando com o decorrer do jogo, ora com o Irriducibili em vantagem, ora com o Bayern a passar para a frente.
Já passava bem da meia-noite quando os homens da casa, viraram o resultado de 8-9 para 10-9 a seu favor. Pensou-se que ficaria assim…
Os bávaros pareciam “satisfeitos” mas o jogo prosseguiu. Domingues conseguiu o empate e sugeriu-se ficar por ali.
Nada disso! “Quem marcar ganha”. E quem marcou foi Norberto, já depois de Tony que nos 10 minutos finais defendeu a baliza, ver uma bola embater no poste.

Qualquer resultado se aceitava. Os Irriducibili são uma boa equipa. Têm “cabeça” e trocam bem a bola. Malta porreira mas que talvez peque por levar um amigável demasiado a sério. Toda a gente gosta de ganhar mas, fazer “finca pé” por causa de um lançamento ou de uma falta que não foi marcada, num amigável, contra uma equipa com quem nunca privou, não é propriamente a forma de estar do Bayern Monchique…



Os bávaros

Domingues (7) Começou na baliza onde pouco podia fazer nos golos sofridos. Quando passou a jogador de campo mostrou argumentos que teriam sido úteis à equipa mais cedo.

Tony (6) A dedicação de sempre mas com magro resultado. Apenas um golo e uma bola na trave…

Norberto (8) O costume. Ainda que com 10kg a mais, tem um peso determinante no jogo da equipa. 5 golos, incluindo o da vitória e muitos passes a rasgar, daqueles que dão mesmo gozo receber.

Cadu (6) Mal fisicamente, deixou várias vezes os adversários correrem livres para a baliza, mas isto já na parte suplementar da partida. Enquanto teve força tentou por diversas vezes furar pelo meio e muitas vezes conseguiu, mas estava infeliz no remate. Perto do fim lá marcou o seu golo, mas muitos ficaram por marcar…

Nando (8) O elemento de quem se exigia menos foi aquele que mais se evidenciou de início. Marcou 3 dos 4 primeiros golos da equipa mas depois “cortaram-lhe as pernas”, mandando-o para a baliza. Aí foi menos feliz que Domingues. Sofreu 3 golos iguais em remates de longe, todos a entrar junto ao poste mais afastado. Mérito também para o adversário naturalmente.

Nuno (6) Começou com erro grave mas tal não define a sua exibição. Foi no entanto o único que não marcou qualquer golo e esteve “distante” do que o fez ser o “bávaro de ouro” do último torneio.