"Velhinhos" e "durinhos"

Péssima exibição, óptimo resultado…

No último jogo da fase de grupos, com tudo decidido, o Bayern deu uma imagem muito diferente daquilo que é. Passes falhados, muito transporte desnecessário de bola, muitas perdas de bola em zona proibida e a contrastar com tudo isto, uma eficácia assinalável no ataque.
Num jogo de contrastes, em que nada fez lógica, uma pobre exibição colectiva acabou numa vitória por goleada.


Torneio G. D. Bairro dos Pescadores (5º jornada)
12 de Agosto 2013, 22,30 horas

Cama / B.P.M., 2

Bayern Monchique, 7

Jogo no Bairro dos Pescadores de Matosinhos

Bayern M. – Veloso; Nuno [cap.] e Taboada (1); Leandro, Domingues e Brito; Vítor Hugo (5)
Jogaram ainda: Hélder (1) e Vítor.
TR: António Silva

Ao intervalo: 0-4
Marcha do Marcador: 0-4; 1-4; 1-7; 2-7


Antes do jogo começar, o “árbitro” ou o que se lhe queira chamar, reuniu as equipas no centro do campo. A mensagem que passou, especialmente dirigida ao Bayern, passava por fazer notar que a equipa B.P.M. (equipa da casa) é uma equipa de veteranos e como tal deveria ser “respeitada” e “cuidada”.
Mensagem bonita, mas pelo que se viu deveria ser dirigida à outra equipa, sempre muito dura na disputa de bola. Que o digam Helder e Vítor Hugo por exemplo…
Estes veteranos nunca deixaram de “meter o pé” e é até curioso ver como um veterano consegue levantar o pé “tão alto”.

Seja como for é uma sensação refrescante para a maior parte da equipa, entrar em campo e sentir que os veteranos estão na outra equipa e que durante aquela hora nós é que somos os putos. 


O jogo praticamente começou com o Bayern a marcar. Uma incursão de Vítor Hugo pela esquerda e um remate cruzado de bico, fez a bola entrar junto ao poste mais distante. Sem hipóteses.

Dois minutos volvidos Taboada solicitou a corrida de Vítor Hugo, novamente pela esquerda. Este controlou a bola e entrou na área, optando por assistir Taboada que entretanto correra meio campo. A bola foi interceptada por um defesa, mas este acabou por escorregar, deixando Taboada de posse do esférico e apenas o redes para desfeitear. 2-0 e uma entrada de Tigre a ferir de morte a presa.

O resultado poderia ter escalado a partir daqui, mas os bávaros começaram a “complicar”. Fintas em zonas proibidas, escorregadelas, passes para o adversário… houve de tudo um pouco, mas a equipa vermelha nunca conseguiu materializar. É certo que a “relva” estava molhada e a iluminação era ridiculamente fraca (aliás um dos postes de iluminação estava completamente às escuras), mas isso não pode ser desculpa para tudo. Neste período, sobressaiu Veloso (uma estreia) na baliza bávara, mas foram tantas as oportunidades desperdiçadas que pode-se dizer que “só por milagre” a bola nunca entrou.

Passou muito tempo neste “rame-rame” e só aos 18 minutos é que voltou a haver golo. Um remate acrobático de Helder, de pé esquerdo, a dar a melhor sequencia ao canto de Vítor Hugo.

O 4º golo entraria a 3 minutos do intervalo, com Veloso a assistir directamente em Vítor Hugo.


Na segunda parte manteve-se a toada. Mau jogo do Bayern e desperdício dos homens da casa, até que finalmente marcaram mesmo, num lance em que aparecem dois homens sozinhos na área de Veloso.

De penalty, ou melhor, na sequência deste o Bayern voltou a ampliar para 4 golos. Vítor Hugo bateu o penalty, para o meio, defendendo o guarda redes, mas ainda foi a tempo de completar para 5-1. Numa arbitragem tão fraquinha e tão tendenciosa para o outro lado, o que se estranhou foi mesmo a marcação da falta dentro da área…

O 6º e 7º golo, ambos pelo artilheiro de serviço, foram muito semelhantes. Passes longos de Brito e Nuno, aos quais Vítor Hugo tratou de dar o melhor seguimento.
Pese embora a paupérrima exibição da equipa, este 7-1 seria em termos absolutos o melhor resultado da equipa na competição, mas para o fim ficou guardado um frango de Veloso, ao deixar passar a bola por baixo do corpo, que colocou o resultado final em 7-2. Igual ao alcançado na primeira jornada com o Borussia.

Segue-se os quartos de final…


A estrela

Vítor Hugo – 9

Participou de forma decisiva em todos os golos da equipa, ora marcando, ora assistindo. Numa exibição colectiva tão pobre é claro que a prestação de Vítor Hugo neste jogo sai destacadíssima.
Vai embalado para ser o melhor marcador do torneio. Resta saber se conseguirá “dar boleia” ao Bayern para chegar ao pódio.


Os bávaros

Veloso – 7
Os outros – 6