Goleada das Velhas

Depois de duas exibições menos conseguidas e a primeira derrota no torneio, os bávaros precisavam de um resultado positivo e uma exibição convincente. O adversário revelou-se bastante mais “suave” do que o previsto e a equipa do Bayern, com apenas seis elementos, soube jogar simples e com velocidade para ultrapassar a “pesada” equipa adversária.
Para a história do torneio fica a maior goleada até ao momento.

Torneio Homenagem a Joaquim Baptista – C.M.P. (6ª jornada)
7 de Abril 2007, 9,00 horas

Relopa, 1
Bayern Monchique, 11
Jogo na Escola Francisco Torrinha
Árbitro: Joaquim Neves e Tózé Ribeiro
Relopa – Cardoso; Borges [cap.], Santos e Vítor Gomes; Rui Gomes.
Jogaram ainda: Doutor e Pedro Gomes (1).
TR: Jerónimo Barbosa
Bayern M. – Rui Sá; Domingues (1), Tony [cap.] (2) e Pedro (4); Canhão (1).
Jogou ainda: Jonny (3)
TR: Vítor Coutinho
Ao intervalo: 0-6
Marcha do marcador: 0-6; 1-6; 1-11

O adversário parecia ser de média dificuldade. Os resultados anteriores indicavam dois empates (contra Sogrape e DHL) e três derrotas (duas pela diferença mínima inclusive contra o Café Sport), sendo que apenas uma delas havia sido desnivelada (6-2 contra a C.M.P.). C.M.P. que de resto havia imposto uma vitória por 10-1 contra o Grupo 8 sendo este o resultado mais dilatado de todo o torneio. Ultrapassar esta fasqui seria algo de impensável no inicio deste jogo mas a primeira parte dos bávaros serviu para mostrar que tal não seria de estranhar.
O Bayern entrou com tudo! Quatro elementos de características ofensivas e um carrossel sempre a girar. Girou tanto que deixou os homens da Relopa orados e num ápice já os bávaros venciam por 2-0.
Saiu Tony e entrou Jonny e os golos continuaram. Depois saiu Canhão e reentrou Tony, sempre com a mesma avalanche atacante e sempre com a busca incessante de golos.
O Bayern jogou simples e com muitas triangulações. No fundo o resultado prático do que vem escrito nos livros. Quase todos os golos resultaram de triangulações já em plena área.
O resultado avolumou-se até á meia dúzia e ainda houve tempo para mais uma alteração, saindo Domingues e reentrando Canhão.
A Relopa era pouco mais que uma assistente atenta desta partida…

Na segunda parte entrou Domingues e sentou-se Pedro para descansar um bocado. Pedro era já nesta altura o melhor marcador dos bávaros com um total de 7 golos no torneio.
Sem Pedro em campo mas com o génio de Domingues á solta os golos continuaram a aparecer, não que sem antes os bávaros provassem um pequeno amargo de boca. Os homens da Relopa marcaram da única maneira possível que tiveram para chegar á baliza de Sá. Num lance de bola parada (um livre á entrada da área) os da Relopa marcaram o tento de honra.
Depois disso voltou a dar Bayern de forma ininterrupta. Já mais cansados os bávaros continuaram a apostar no ataque. A Relopa apostou por deixar um homem sempre na frente mas este nunca foi grande ameaça. O grande adversário era mesmo o cansaço e só por isso não se marcaram mais golos. Ainda assim o jogo foi uma festa para todos os bávaros que tiraram a barriga de misérias e aproveitaram para consular os pés. Jonny brilhou na parte final com três golos seguidos e a ideia de ter uma palavra a dizer nesta equipa.

A Festa dos golos

0-1 Tony recupera a bola no meio campo, simula a corrida e passa em Domingues na meia esquerda. Este também simula e mete em Pedro na esquerda da área. Pedro finta o redes e marca de pé esquerdo.
0-2 Grande passe de Pedro a rasgar toda a defensiva, da esquerda do meio campo para a meia direita. Na entrada da área Tony remata na passada.
0-3 Jogada individual de Pedro a fintar dois e a assistir Domingues.
0-4 Trocas de bola entre Domingues e Pedro até ao remate final de Pedro, fazendo assim o golo 400 na história do clube.
0-5 Mais uma triangulação com Tony na direita a assistir Pedro ao segundo poste.
0-6 Jogada em tudo igual á anterior mas com Canhão a assistir Pedro.

1-6 Livre á entrada da área bávara sobre a esquerda. Rui Gomes toca para o irmão Pedro e este remata forte.
1-7 Domingues tenta o remate de letra mas não sai bem. Recupera a bola e passa atrasado para Tony que remata em jeito ao poste mais distante.
1-8 Mais um passe de Domingues e Canhão remata ao ângulo, com lume.
1-9 Tabela de Domingues com Tony a rematar para defesa do guardião. Jonny recebe a bola no ressalto e marca.
1-10 Grande jogada individual de Pedro pela esquerda, a chamar os adversários e a passar a Jonny para este concluir.
1-11 Tony na esquerda tenta passar a Domingues na direita. A bola é interceptada por Pedro Gomes que no chão faz o corte para os pés de Jonny. Este de fora da área arranca um remate como não lhe conhecíamos e faz um belo golo.


Os homens do Bayern

Rui Sá (8)
Manhã de pouco trabalho onde o mais importante era estar atento. Sofreu um golo num remate de muito perto e difícil de suster e em tudo mais mostrou estar bem, saindo algumas vezes da baliza para cortar os lances e mesmo saindo a jogar.
Tony (8)
Ocupou a posição de Nuno como jogador mais recuado mas não se coibiu de atacar. Começou bem respondendo da melhor maneira a uma excelente abertura de Pedro. Depois falhou um golo de forma inacreditável permitindo que o redes defendesse no chão a um metro da baliza. Na segunda parte voltou a marcar mas também voltou a falhar em dois lances relativamente fáceis.
Marcou dois mas poderia ter sido uma mão cheia e deu dois a marcar.
Domingues (8)
Quem viu o jogo terá retido o pormenor dos remates de letra. Nenhum deu golo é certo. O primeiro foi defendido pelo guardião. O segundo não saiu bem mas emendou de pronto com um passe para golo de Tony e o terceiro saiu ao lado. O jogo (e o adversário) deu para tudo e destes pormenores se faz um bom espectáculo.
Só marcou um golo mas deu largas á veia de assistente com quatro passes para golo. Um máximo na sua carreira pois nunca havia feito mais de dois.
Pedro (9)
É o elemento que faz a diferença. Quer a bola e não tem medo de a ter. Parte para cima dos adversários e cria desequilíbrios. Foi assim na primeira parte em que participou em todos os golos, ora convertendo ora assistindo, jogando simples e sempre com tabelas e foi assim na segunda, embora aqui já com menos fulgor físico.
Foi sem duvida o melhor jogador em campo!
Canhão (8)
Começou a pivot mas procurou sempre os terrenos mais recuados, mormente na segunda parte.
Queria o golo 400 para fortalecer o ego e quiçá afastar o “mau-olhado”. Não o conseguiu mas marcou o golo 404 num remate ao seu estilo, cheio de fogo.
Jonny (8)
Quando entrou não demorou muito a falhar um golo certo, encostando de pé esquerdo mas sem força para defesa do guarda-redes. Parecia assim lançado para mais um jogo fraquinho mas a segunda parte provou o contrário. Ainda assim custou a engatar e só nos 10 minutos finais conseguiu marcar. Foram dele os três últimos golos da partida, num hat trick nunca antes assinado por si. Nos dois primeiros limitou-se a encostar, qual paralelo ao segundo poste, mas o ultimo golo foi mesmo fruto de um remate forte á entrada da área.
Neste jogo marcou mais golos do que nos treze jogos anteriores.

Enviado Especial: Tino Vilas