Tozé volta para pôr ordem na casa!

Depois de um “torneio do Júlio” em que por pouco o Bayern não “conseguiu” a pior classificação de sempre (igualou o 4º lugar da estreia, já lá vão 4 anos), a SAD bávara não esteve com meias medidas. Aproveitando a disponibilidade de Tozé Ribeiro, convidou o homem de Lordelo a retomar um projecto que embora bem sucedido, nunca chegou a ser coroado com um título. Tozé volta assim ao comando da equipa após 22 meses de interregno e depois de levar a equipa a um 2º e 3º lugares no CAC e ainda um 3º lugar na Académica, desta vez para tentar fazer… ainda melhor.

Vitória por “3 limpos” em estreia (auspiciosa) de Fernando.

Liga Futbaliense 2007/08 (1ª jornada)
30 de Novembro de 2008, 20,30 horas

Juventus Triana, 0
Bayern Monchique, 3

Jogo no Pavilhão da Senhora da Hora
Árbitros: Joaquim Mata e Álvaro Esfola
Bayern M. – Portero; Tony [cap.] (1), Domingues e Nunes (1); Canhão.
Jogaram ainda: Pascoal (1) e Fernando.
TR: António José Ribeiro

Ao intervalo: 0-2


Bayern contra Juventus faria por certo lembrar uma “final antecipada”, caso se tratassem das “casas-mãe” é claro. Mas nem era uma final nem se defrontavam as equipas de Munique e Turim, mas antes a primeira jornada de uma liga e a equipa de Triana contra a da Monchique. Nem por isso o jogo teria menos interesse ou competitividade com ambas as equipas a quererem entrar com o pé direito… ou esquerdo como vamos ver mais à frente.
Tozé lançou em jogo o “cinco” esperado. Tony levou nas orelhas por chegar atrasado mas integrou mesmo assim a equipa inicial, entregue à ala direita. Na outra ala ficou Nunes, com Canhão a pivot e Domingues a fixo. No banco ficaram Pascoal que não tem feito parte do plantel e Fernando, uma estreia.
Os primeiros minutos foram de estudo mútuo, com os homens da Maia, muito experientes a terem mais posse de bola mas sem criarem grande perigo.
Com calma os bávaros foram crescendo e chegaram ao golo, mas só depois de Tozé passar Domingues para a ala, recuando Tony. Foi aliás desse binómio que nasceu o primeiro golo. Tony subiu, desafiando o equilíbrio de forças no meio campo contrário e Domingues foi inteligente a assistir, permitindo a Tony marcar de pé esquerdo.
Fernando foi outro dos que desequilibrou a contenda, sempre muito activo e querendo pegar no jogo, acabou por ser ele a fazer o passe para Pascoal, aparentemente inofensivo na altura, mas que daria ao esquerdino a possibilidade de facturar, do meio da rua.

Depois do intervalo a Juventus voltou a pressionar mas sempre sem o melhor discernimento ou imaginação. Ainda assim Portero teve de se aplicar num bom par de remates.
Apesar da pressão, os bávaros controlaram sempre, agora com um futebol mais directo e o resultado até podia ter sido dilatado por duas ou três vezes. Por falta de pontaria porém o terceiro golo demorou muito a aparecer, tomando lugar apenas no último terço da segunda parte, num contra ataque inteligentemente lançado e concluidopor Nunes. Por esta altura já o jogo se tornara bastante mais duro, felizmente sem consequências evidentes a nível físico.

O Bayern venceu assim o primeiro jogo de forma justa, mas a Juventus mostrou ser um adversário complicado e a ter em conta.


O filme dos golos

0-1 Tony cria o desequilíbrio partindo da posição de fixo, fintando o opositor e entregando em Domingues na esquerda para depois subir para ir recolher. Domingues finta para a linha e à entrada da área entrega novamente em Tony. Este encosta de primeira com o pé esquerdo, fazendo a bola entrar no ângulo superior mais distante.
0-2 Pascoal tira um coelho da cartola (ou será que era um peru?!?!). Fernando entrega para trás e Pascoal 2 metros à frente da linha de meio campo arranca um remate certeiro, fazendo a bola entrar com força junto ao poste esquerdo da baliza. Bonito!

0-3 Bela jogada de contra ataque com Nunes a entregar em Canhão na esquerda do ataque. Este assiste Fernando no lado contrário que remata de primeira, mas ao poste. Na recarga e apesar da oposição do defesa, Nunes atira a contar.


A Estrela

Luís “Pascoal” – nota 8

À terceira foi de vez. Referimo-nos à escolha de Tozé para “fixo”. Começou com Domingues e por lá passou Tony mas só depois de Pascoal ocupar o lugar é que se viu a quem pertence. A tranquilidade e segurança do regressado “Pasc” foi essencial na segunda parte do encontro, período em que o Bayern jogou mais retraído, a gerir o resultado, não fossem os contrários pensar em virar o jogo.


Os outros bávaros

Portero (7) – Atento e seguro.
Domingues (6) – Pouco interventivo mas mortal no passe.
Tony (7) – Resistente e motivado
Nunes (6) – Actuação em crescendo.
Canhão (5) – Preso de movimentos.
Fernando (7) – Enérgico e audaz.