Tózé consolado!

Vitória por números categóricos deixou o treinador contentíssimo

O jogo era sem dúvida difícil, embora os números possam apontar os incautos num sentido errado, mas os bávaros tiveram o condão de o enfrentar com muita seriedade e concentração, facilitando a tarefa e aliando uma exibição de luxo a um resultado, que escalando na ponta final do encontro, se tornou espectacular.

Liga SuperFutsal 2009/10 (10ª jornada)
15 de Janeiro de 2010, 21,30 horas

G.D. Sol Nascente, 0
Bayern Monchique, 8

Jogo no Pavilhão da Escola António Nobre, em Paranhos
Bayern M. – Rui Sá; Brito, Norberto (3) e Domingues (1); Arnaldo (2).
Jogaram ainda: Pedro (1), Pascoal e Tony [cap.] (1).
TR: Tozé Ribeiro

Ao intervalo: 0-2



O jogo começou bem para os bávaros. Decorria apenas um minuto e dez segundos quando Arnaldo inaugurou o marcador. O Bayern defendia no seu meio campo, evitando abrir espaços nas costas da sua defesa, que Huguinho e Deco tanto gostam e tão bem sabem aproveitar. O Sol Nascente tentava trocar a bola para abrir brechas mas esbarrava numa defesa muito concentrada.

À passagem do quarto minuto Brito roubou uma bola a meio campo e partiu para o ataque, saindo a fintar o adversário que lhe apareceu. Perante o guardião permitiu no entanto a defesa a Motinha que foi lesto a sair.

Aos nove minutos entrou Pedro para o lugar de Arnaldo e não tardou a fazer estragos, combinando com o irmão para o segundo golo da partida.

Até ao intervalo o Bayern conseguiu controlar o jogo e o resultado.
Neste período os bávaros viram um contra ataque muito perigoso ser travado em falta, por Huguinho, quando Pascoal que puxara a bola para trás e se preparava para isolar Tony no lado esquerdo foi ceifado. O amarelo não ficaria mal aqui…

O início da segunda parte viu uma entrada muito forte do Bayern, com três lances de golo seguidos, tudo no primeiro minuto. Destaque para Pascoal que atirou à barra aos 30 segundos.

Aos 4 minutos Huguinho puxou Norberto, mas o amarelo ficou no bolso.

Antes do terceiro golo, aos cinco minutos e meio, Sá teve intervenção crucial, com uma grande defesa a remate de Pintarola.
Pintarola era por esta altura o mais perigoso e mais inconformado da sua equipa, conseguindo espaço para rematar fruto da sua força e velocidade de execução. Aos oito minutos haveria de pôr novamente Rui Sá à prova com um remate que Sá defendeu de forma espectacular, dando literalmente o peito à bola.

Mesmo antes desse lance Pedro sofrera uma falta dura no meio campo contrário, não assinalada pois a bola ficou depois em posse de Norberto, nem admoestada com cartão. Curiosamente no seguimento da jogada Norberto também sofreu falta.

A dupla de arbitragem não esteve em noite particularmente feliz neste jogo. Sem influência no resultado tiveram no entanto alguns erros de pormenor que acabaram por irritar mais os visitados do que propriamente os bávaros…

O Sol Nascente não reduziu aos oito e acabou por sofrer no minuto seguinte o quarto golo bávaro.
Estava mais ou menos garantida a vitória bávara mas o resultado acabou por ganhar contornos de goleada. Os homens da casa acabaram lesados pelo seu próprio espírito de “futebol (futsal neste caso) positivo”, assumindo sempre o jogo pelo jogo e pouco preocupados em perder por 4 ou por 40, acabando goleados por 8 golos, já que os bávaros mantiveram a postura e conseguiram mais 4 tentos nos últimos sete minutos.

A vitória é justíssima, mas a expressividade do resultado esconde o real valor da equipa adversária que já provou nesta liga ser uma equipa com muita qualidade e grande potencial. Na viagem de regresso, o treinador bávaro mostrava-se muito satisfeito. Finalmente os seus pupilos fizeram o que ele pedira…



O filme dos golos ao minuto

0-1 (1m) Recuperação de bola de Domingues que entrega em Brito. Este lança para Arnaldo que avança dois metros pela direita e dispara cruzado para o primeiro golo.
0-2 (9m) Finalização de Norberto após combinação com Pedro.

0-3 (25m) Pascoal corta um ataque e a bola acaba sobrando para Norberto que arranca para o contra ataque. Rodeado por três adversários consegue bate-los em velocidade e meter a bola por baixo do guardião que lhe saiu ao caminho, já fora da área.
0-4 (29m) Canto apontado por Arnaldo para Norberto, que devolve a Arnaldo junto à linha de fundo, tendo este encontrado espaço de ângulo reduzido, para meter a bola na baliza, apesar da oposição de Motinha.
0-5 (33m) Contra ataque rápido de 3 para 1 com Mingues a solicitar Tony já dentro da área. Este parou a bola, enquadrou-se com a baliza e chutou de bico, sem hipóteses de defesa.
0-6 (34m) Primorosa assistência de Arnaldo, com Domingues a ter apenas de encostar para golo.
0-7 (37m) Jogada muito semelhante ao 5º golo, com Pedro a solicitar Tony, mas desta vez este devolve a Pedro que faz o golo.
0-8 (39m) Norberto faz o último golo a passe do irmão Pedro.



A Estrela
Norberto Sousa – nota 10

Já quase tudo se disse sobre Norberto. As 6 nomeações como melhor em campo por parte da liga, que já amealhou em 10 jornadas demonstram bem o peso que tem na equipa. Neste jogo voltou a fazer das suas e até acabou como melhor marcador da partida. Ele que nem sequer é propriamente conhecido pelos dotes de goleador, fez 3 golos sendo que num deles (o 3-0) mostrou toda a força e mestria que emanam das suas pernas, saindo em velocidade num contra ataque onde teve de se escapar a um cerco de 3 jogadores para depois com toda a calma e simplicidade do mundo, fazer a bola passar por baixo do guardião Motinha que saíra a fazer a mancha.
É a segunda nota 10 da carreira e assenta-lhe tão bem!


Os outros bávaros
Brito, Domingues, Pedro e Tony – 8
Arnaldo e Pascoal – 9
Rui Sá – 10

Monte Aventino “cai” pela primeira vez e de Gondomar veio a surpresa

Era uma jornada muito aguardada, pois encontravam-se duas equipas do pelotão da frente. Logo aí a jornada adquiria um interesse especial mas poucos esperariam que a este ponto de interesse, se juntasse ainda uma surpresa num dos outros jogos. Meia surpresa será porventura mais justo já que o empate que Os Parceiros impuseram ao S. Vicente só poderá ser considerado uma surpresa total para aqueles que acompanham a Liga Superfutsal “à distância”.
Assim, o Monte Aventino tropeçou pela primeira vez frente a um Real motivado e a precisar de pontuar para não perder o comboio da frente e o S. Vicente acabou por se atrasar um pouco nesta corrida a cinco, pelo topo da classificação.
Estes resultados deixaram a liga ainda mais equilibrada e como tal mais competitiva.
Nos restantes jogos, destaque ainda para a vitória por números expressivos do Matosinhos, que confirma uma subida de forma que já se adivinhava, depois de fazer suar os bávaros na jornada anterior.

Resultados (10ª jornada):
Parceiros 4-4 S. Vicente
Real Portvscale 2-0 Monte Aventino
União 3-5 TRFL
Sol Nascente 0-8 Bayern M.
Black & White 4-10 Matosinhos



Três galos para um poleiro

A uma jornada do final da primeira volta, perfilam-se três candidatos ao epíteto de “vencedor da primeira volta”, mas… os prognósticos estão muito complicados. Se por um lado os campeões vão assistir ao jogo entre os outros dois rivais (o Monte Aventino recebe o Bayern), também é verdade que o seu adversário não é nada fácil. O Vai Avante poderá por isso ter alguma vantagem neste “triângulo amoroso”, mas terá de confirmar também em campo, vencendo o Sol Nascente.
Que melhor final poderia haver para esta primeira volta?


Próxima jornada (de 25 a 30 Jan.):

25 (22:30) Parceiros - União
29 (21:30) Sol Nascente – Vai Avante
30 (20:00) Matosinhos – S. Vicente
30 (22:00) TRFL – Real
30 (23:00) Monte Aventino – Bayern