domingo, 9 de janeiro de 2011

Gasolina sem Chumbo


Equipa bávara só começou a carburar após a expulsão do guardião

Com o piso muito húmido e escorregadio o Bayern andou a “pliçar” durante a primeira parte. Só no segundo período é que o “motor” dos bávaros começou a trabalhar de forma mais regular e consistente, conseguindo pela primeira vez que a utilização do guarda redes avançado, resultasse em algo melhor do que o acumular de mais golos sofridos…


Liga SuperFutsal 2010/11 (8ª jornada)
5 de Janeiro de 2011, 22,30 horas

Bayern Monchique, 5
C F C, 5


Jogo no Pavilhão do Choradinho, em Freixieiro

Bayern M. – Chumbo; Taboada, Nuno [cap.] (1), Brito (1) e Pedro (2).
Jogaram ainda: Domingues (1), Arnaldo e Tony.
TR: Tozé Ribeiro

Disciplina: Chumbo (vermelho por impedir um golo com a mão fora da área); Arnaldo (amarelo por mão na bola)
Ao intervalo: 0-4
Marcha do marcador: 0-4; 4-4; 4-5; 5-5.


Foi uma péssima entrada em jogo a protagonizada pelos bávaros. Fraca atitude competitiva, também conhecida por “atitude de merda” resultaram num golo sofrido logo aos 30 segundos de jogo. Outros dirão que não foi uma questão de atitude mas sim a influência do piso escorregadio que fazia os jogadores retraírem-se, principalmente na área bávara, o que prejudicava imenso o trabalho de quem se queria “agarrar ao chão” para poder defender em conformidade.
Aos 10 minutos de jogo já o Bayern perdia por três golos e não parecia conseguir fazer nada para contrariar a tendência. À semelhança daqueles motores antigos a gasóleo, o Bayern era uma equipa de grande cilindrada mas sem a cavalagem necessária para imprimir velocidade ao jogo.

A expulsão de Chumbo por volta dos 10 minutos acabou por ser o ponto de viragem do jogo e quiçá a “melhor coisa” que poderia acontecer ao Bayern naquela altura. Bem vistas as coisas Chumbo era o elemento que mais dificuldades aparentava sentir em campo. Ao cortar a bola com a mão, escassos centímetros fora da área, impediu que o C F C marcasse mais um golo e a verdade é que pelo andar da carruagem, o guardião bávaro dificilmente jogaria na segunda parte, pois era mais que certo que Tozé optasse logo pelo guardião subido no terreno.
Assim, Chumbo foi expulso e Domingues calçou as luvas. Defendeu o livre correspondente com o joelho, mas não conseguiu evitar o quarto golo um minuto depois. Ainda assim foi aí que o Bayern começou a mandar no jogo e a mudar a tendência do resultado. A entrada de Arnaldo e Tony também ajudaram a que a equipa jogasse mais no meio campo contrário e várias foram as oportunidades de golo que os bávaros não conseguiram materializar na primeira parte.

Na segunda parte quase só deu Bayern, também porque agora era o C F C a movimentar-se na área mais difícil da quadra e pode-se mesmo falar num festival de golos falhados, desde bolas ao poste até aqueles “golos feitos” que basta encostar ao segundo poste.
Apesar disso foi notória uma mudança de espírito e atitude. A vontade e velocidade já foram outras, como se tivesse havido uma mudança para uma gasolina com muitas octanas e o rendimento deste “motor” já foi outro. Seria uma questão de tempo até aparecer o golo e o que custou mesmo foi o primeiro aparecer, mas depois num ápice se marcou o segundo logo a seguir e em cinco minutos chegou-se ao empate a quatro bolas. Pelo meio uma mudança táctica, com Pedro a passar para guardião avançado no lugar de Domingues, o que permitia que Pedro ocupasse o vértice mais recuado do estranho pentágono, como estratega das jogadas de ataque.

Alcançado o empate e pese embora Tozé pedisse a mesma atitude e o mesmo assumir de riscos, o quinto para os bávaros não entrou. Na realidade foram os adversários a chegar novamente à vantagem com novo golo (o terceiro) de Pedro “Mizuno”. Tal não desmoralizou o Bayern, que tanto sofrera nesta partida e logo no minuto seguinte marcou-se o golo do empate a cinco bolas que subsistiria até final.
Nesses últimos minutos houve várias oportunidades de golo, mas outro resultado que não o empate seria penalizador para qualquer das equipas que mereceram sair daqui com pelo menos um ponto…



Vídeo dos golos disponível aqui ao lado na sua “BayernTV”

 
A Estrela

Pedro Sousa – nota 7

Marcou o primeiro e ultimo golo dos bávaros, aquele que deu o empate final ao Bayern, mas brilhou por ter sido o estratega da equipa no “cinco para quatro” e por ter assumido a defesa da baliza como se tratasse de um verdadeiro guarda-redes. Ainda sofreu um golo num lance que não teve hipóteses mas pode-se dizer que também salvou um ou dois golos de entrarem na baliza bávara.


Os outros bávaros
Nuno, Taboada, Brito e Domingues – 6
Arnaldo e Tony – 5
Chumbo – 4

Mister Tozé: nota 6


Nunca a liga esteve tão “acesa”

Em jornada de empates quem capitalizou foi AC Gaia, TRFL e Sol Nascente

A jornada começou na segunda-feira com dois jogos, ambos a darem empate a duas bolas. Se no jogo entre RPC e Matosinhos o equilíbrio de forças já era esperado, no jogo Vai Avante – Amigos, o empate foi uma surpresa.
No dia seguinte o TRFL cumpriu, vencendo por um golo, impedindo que mais uma vez o RDI alcançasse a primeira vitória na prova.
Na quinta feira o AC Gaia venceu, mas também por apenas um golo à renovada equipa do União.
Por fim o Sol Nascente recebeu e venceu a equipa do Celta por 7-3.


Nas 3 jornadas que faltam até ao final da primeira volta, existirão alguns duelos interessantes, com influência directa na classificação do pelotão da frente que conta agora com 7(!) equipas.
Já nesta semana haverá um Matosinhos – Sol Nascente & um AC Gaia – RPC.
Na semana seguinte jogam-se RPC – TRFL, Matosinhos – AC Gaia & Sol Nascente – Bayern.
Por fim, já depois de uma jornada dedicada à segunda fase da taça, joga-se a ultima jornada da primeira volta da liga com Vai Avante – TRFL & RPC – Sol Nascente.

O Bayern é a unica equipa que se mantém no Top 3 da liga desde o inicio da época. Veremos se é para se manter...

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