quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Sabotagem


De preto para o enterro

Mais um jogo com o Sra. Hora. O Bayern queria “matar o borrego” e enterra-lo bem fundo. Esteve tão perto de o conseguir, mas parece que a maldição continua. Apesar de o Bayern aparecer “de luto” não houve funeral. Afinal de contas e apesar de derrotado nos penaltys, ambas as equipas transitam para a fase seguinte. Não houve enterro, mas no fim a sensação era de estar a abandonar o cemitério…
 
 
II Taça da Liga FutsalSport (1ª eliminatória)
30 de Novembro de 2013, 16 horas

Bayern Monchique, 3
C. S. Sra. Hora Futsal, 3
(5-6 em penalties)

Jogo no Pavilhão do Instituto Politécnico do Porto

Bayern M. – Daniel; Litos (1), Norberto e Taboada; Tony.
Jogaram ainda: Pedro (1p), Domingues (1) e Nuno [cap.].
TR: Tózé Ribeiro
Disciplina: Pedro (amarelo por bocas e segundo amarelo por falta), Norberto (vermelho por bocas)

Ao intervalo: 2-0
Marcha do marcador: 3-0; 3-3
  

O Bayern estreou finalmente o novo equipamento, mas o jogo não deixará boas recordações. A actuação dos bávaros foi quase perfeita durante meia hora. Entrou bem, marcou relativamente cedo, por Litos a passe de Norberto e controlou bem o jogo. Daniel mostrava concentração na baliza e Pedro fez o 2-0 de penalty (bem assinalado), já perto do intervalo.

Pelo meio apenas um senão, com Pedro a levar um amarelo despropositado, por bocas ao árbitro. Apesar de estar na frente do marcador, a tensão era palpável nestes “pequenos” pormenores. Um amarelo completamente desnecessário que haveria de ser decisivo mais à frente. Nada de anormal, já que já é habitual esta “sabotagem” auto-inflingida da equipa. O jogo ainda nem aquecera e já nos estávamos a fragilizar a nós próprios. Desta vez foi o Pedro mas já tem acontecido com outros…
 
Com 2-0 ao intervalo a equipa parecia e estava de facto bem. No recomeço a toada manteve-se e chegamos ao terceiro golo por intermédio de Domingues, depois de uma grande jogada de Pedro. Perfeito!

De imediato o Sra. Hora começou a jogar com o guarda-redes na frente. Primeiro com o próprio Capão que não mostrou muita segurança no passe e depois com um jogador de campo a executar a função. Em três ou quatro ocasiões, os bávaros (mormente Norberto e Pedro) poderiam ter “matado” definitivamente o jogo, com remates de pronto após recuperação da bola, mas os remates saíram sempre ao lado.
Alguma sorte para o Sra. Hora que teve no entanto o mérito de nunca desistir e de nunca se ter desunido. Nunca perderam a cabeça e isso fez toda a diferença.
A bem da verdade tem de se dizer que nesse período também tivemos alguma sorte. A bola andou a cheirar a nossa baliza e às vezes parecia milagre a forma como não entrava…

A meio da segunda parte Pedro foi expulso por acumulação de amarelos.
A falta foi cirúrgica e necessária. Ruben vinha embalado, obrigando Pedro, vindo de trás, a ceifa-lo. Amarelo bem mostrado. Nada a dizer, excepto que se este foi necessário, já o amarelo visto na primeira parte tinha sido desnecessário. No melhor pano cai a nódoa como se costuma dizer.

O Bayern viu-se então com menos um elemento durante dois minutos e amputado de um jogador decisivo para o que restava da partida. Longos 10 minutos ainda…

Curiosamente o Sra. Hora nem conseguiu marcar no período de superioridade numérica, mas marcou depois, já com a equipa do Bayern recomposta. E depois de marcado o primeiro, logo apareceram o segundo e terceiro golos, num espaço de 4 ou 5 minutos. Notou-se desconcentração e falta de calma. O segundo e terceiro golos foram marcados em contra ataque. Como pode?!?
É certo que não se pode deixar de atacar e de procurar marcar o golo, mas uma equipa que esteve a ganhar 3-0 e mais tarde 3-1 não pode sofrer golos desta forma.

Depois do empate mãos à cabeça.

Com um ou dois minutos por escoar o Bayern ainda chegou com perigo à baliza contrária. Num desses lances Taboada sofre um toque no pé já dentro da área, mas este penalty já não saiu…

A seguir um canto não assinalado para o Bayern “estourou” com a paciência de Norberto que “descarregou” no árbitro, acabando expulso, no último minuto de jogo.
À imagem do irmão também não foi meigo nas palavras e o resultado, divulgado dias depois, é a suspensão de 4 jogos para cada um. Regressam em Janeiro, depois das Festas Natalícias.  

Por pouco o Sra. Hora não consumou a reviravolta total no marcador, mas o jogo lá acabou finalmente. O empate deixou os bávaros desolados. Desta vez não perdemos, mas foi como uma derrota. Mais uma vez não conseguimos vencer uma equipa que é super favorita na Liga, mas que está perfeitamente ao nosso alcance numa competição como a Taça.
Têm muitas soluções e um plantel vasto, bem equipado para uma época longa. É uma equipa que entra para ganhar, com um plantel já muito diferente do que disputou a I Liga FutsalSport. Estão para ganhar e contra isso nada. Já o Bayern não tem os mesmos argumentos. Num campeonato dificilmente conseguirá ter a mesma regularidade, mas num jogo só, pode ser melhor que o rival. Tem-no sido aliás. Tanto neste jogo como no anterior da Supertaça fomos superiores, mas não conseguimos “emocionalmente” garantir as vitórias. É um problema que temos de resolver. Este foi já o sétimo embate entre as duas equipas e vitórias do Bayern nem uma para amostra. O jogo do próximo sábado, será o oitavo e para lá também caminha…

É que nem nos penalties conseguimos vencer. Não era importante em termos de eliminatória, já que o empate quase garantia a passagem das duas equipas aos quartos de final. Só uma derrota ou empate nada provável do AC Gaia impediria que a equipa que perdesse aqui nos penalties não fosse repescada. Seja como for, nem nos penalties conseguimos vencer.
Na primeira série um empate a 4 com Nuno, Taboada, Litos e Tony a converterem e Domingues a falhar. Na segunda série Daniel marcou mas Taboada não o conseguiu. Paciência!
 
Fica o aviso (mais um), para o futuro. Vamos parar de sabotar as nossas chances de ser felizes. Vamos concentrar no jogo e cagar no resto. Estar a pensar no adversário ou no árbitro só tira concentração e diminui as nossas hipóteses… por mais razãoque se possa ter.


 

A Estrela

Daniel – nota 7

A primeira grande exibição de Daniel. Muito concentrado desde início e logo posto à prova nos primeiros momentos do jogo, foi adiando o golo o máximo que pôde. Na segunda parte, com o assédio crescente do adversário, houve alturas em que parecia que não conseguiriam bate-lo, mas depois os golos entraram de rajada. Foi um dos que não merecia este desfecho.
Nos penalties ainda defendeu um e quando lhe tocou a ele marcar, fê-lo com sucesso. Era difícil pedir mais….
 

Os outros bávaros

Norberto, Tony e Nuno – 5
Litos, Domingues, Taboada e Pedro – 6

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