Olha que dois!

2º BM All Stars Game 11 de Setembro 2006, 22,10 horas

Brancos, 6
Pretos, 7

Brancos – Lipe; Ricas (1), Nando (2) e Arnaldo (2); Canhão (1 pb)
Jogou ainda: Bruno (1).
Pretos – Mingues (1); Cadu, Nuno (1) e Paulo Sergio (2); Jonny (2).
Jogou ainda: Marco.
Marcha do marcador: 0-1; 3-1; 3-3; 4-3; 4-4; 5-4; 5-6; 6-6; 5-7

Entretido

Foi um jogo (treino) descontraído, aquele que opôs alguns jogadores novos, misturados com outros que já fazem parte do plantel mas que estão mais habituados a serem da mesma equipa e não a defrontarem-se entre si. Aí resulta a grande piada deste género de jogos. Ver como se adaptam os jogadores sem algumas muletas que habitualmente tem e por outro lado ver como reagem os jogadores defrontando outros que já conhecem bem, mas apenas quando vestem a mesma camisola.
Neste aspecto foi interessante de ver o confronto entre Nuno e Cadu, contra Arnaldo e Canhão. Os primeiros acabaram por ganhar o jogo, mas o resultado aqui nem é importante.

O jogo foi de facto entretido, mais virado para o ataque do que o da semana anterior. Também é natural esta diferença se notarmos que desta vez não estiveram presentes Tony, Correia e Calado, jogadores que encaram os jogos de uma forma mais “rigorosa”.

Ricardo faltou mais uma vez á chamada, riscando assim de vez o seu nome dos planos futuros. Nando voltou após intervalo de paternidade e voltou também Cadu, desta vez para ficar, após pseudo castigo a que esteve sujeito.

Os pretos acabaram por ganhar a partida, contando com a presença de Capitan, em grande forma apesar das férias.
Desde o inicio que foram os pretos a dar o mote com um grande golo de Jonny aos 3 minutos.
Os brancos reagiram e Arnaldo fez o empate com Mingues a ficar mal no retrato.
Nuno depois ainda tentou um chapéu de baliza a baliza mas sem sucesso. Ainda assim Jonny aplaudiu…
Os brancos impulsionados por Arnaldo continuaram com ritmo forte e chegaram aos 3-1 com golos de Ricas e Bruno.
Paulo Sergio reduziu e pouco depois foi Mingues que saiu da baliza com a bola nos pés, tabelou com Paulo Sergio e fez o empate.
Aos 38 minutos assistiu-se a um dos momentos do jogo. Autêntica magia á solta com Nando a driblar no centro e a atirar á barra da baliza. Os pretos protestaram a validade do golo mas Tony na mesa confirmou que era “legal”.
A exibição de Nuno começou então a ganhar outra dimensão, já com Cadu a tomar banho. Foi o Capitan que correu meio campo pela esquerda e cruzou para a baliza, tendo Canhão cortado o centro… mas para dentro da sua própria baliza.
Arnaldo voltou a repor a vantagem mas novamente Nuno e novamente pela esquerda passou dois e atirou ao poste rasteiro, de pé esquerdo, tendo a bola desviado para dentro da baliza.
Jonny começou e concluiu um contra ataque fazendo os pretos passarem para a frente, algo que já não acontecia desde o 0-1 inicial.
Nando ainda conseguiu novo empate mais foi Paulo Sergio que no final coroou uma exibição positiva com o golo da vitoria.

Os homens de Branco

Lipe
Esteve bem. Concentrado e eficaz, embora mais com os pés do que com as mãos, sobressaiu também com algumas subidas no terreno, mormente na marcação dos pontapés do canto. Nesse aspecto tem de melhorar significativamente no capitulo do remate, que sai sempre froxo e que pode originar contra ataques fatais.
Nando
Foi a par de Arnaldo o que mais sobressaiu na sua equipa. Mostrou invulgar (no seu caso) veia goleadora com dois remates certeiros. O seu primeiro golo até foi o melhor do jogo e teve ainda uma assistência brilhante para Arnaldo para Arnaldo concluir ao 2º poste.
No capítulo defensivo ainda não foi o Pitbull que conhecemos mas já esboçou perto do final um corte á Nando que por sorte não atingiu o alvo (P. Sergio).
Ricas
Abnegado, não poupou esforços a defender e a atacar, mas nem sempre o esforço foi bem direccionado. Alguns passes á queima deitaram a perder contra-ataques que poderiam revelar-se perigosos.
Nota-se que não tem medo de pegar na bola e no jogo, e saltou á vista uma curiosa empatia com Bruno, parceiro privilegiado para o passe.
Arnaldo
Como habitual cotou-se como um dos melhores marcadores da partida, embora para isso tenha bastado marcar dois golos. Foi notório porém uma tendência exagerada para o individualismo. Este é já um “handicap” antigo que ganha relevância quando não tem confiança nos companheiros de equipa, como aconteceu ontem.
Canhão
Uma das exibições mais pobres em campo. Tinha obrigação de fazer e mostrar mais do que alguns dos seus companheiros, mas isso não aconteceu. O capital de experiência que já tem acumulada não fizeram a diferença e nem no capítulo do remate apareceu. Aliás, não lembramos sequer nenhum remate á baliza, excepto um desvio que fez para o poste, que viria a dar o golo a Ricas.
Bruno
Mais um golito, a juntar aos dois que tinha marcado na semana anterior. Mostrou melhorias no capítulo físico. Nada de extraordinário mas o possível para apenas mais uma semana de “trabalho”.
Na retina ficou um passe de trivela a rasgar metade do campo até encontrar a cabeça de Arnaldo que atirou ao lado.
Aos 35 minutos falhou dois bons lances de contra ataque com remates que saíram muito tortos.


Os homens de Preto

Domingues
Ás vezes parece o Ravelli na forma expressiva como se dirige e “incentiva” os seus companheiros.
Mal batido no lance do primeiro golo de Arnaldo, compensou depois largamente mostrando concentração e segurança e na forma como em duas ou três vezes saiu a jogar, com perigo, com a bola controlada. Foi num destes lances que inclusive marcou o seu golo.
Nuno
O melhor da sua equipa e até do jogo. Seguro na recepção e troca de bola, com uma confiança que não lhe é habitual, foi ele que perto do final mais ajudou a manter vivo o sonho e catapultou a sua equipa para a vitória final. Fê-lo com dois lances que repuseram o empate nos resultados, antes da sua equipa conseguir voltar ao comando do marcador.
Já no balneário recebeu do seu gémeo (falso) o prémio de MVP.
Cadu
Devido á inactividade o seu pulmão está ainda muito contraído, mas a habilidade e a confiança continuam apuradas. Muito seguro a sair a jogar, espalhou perfume com alguns dribles ao seu jeito muito próprio. Não marcou mas andou lá perto, principalmente numa grande jogada em que rodopiou por entre dois adversários e tentou o chapéu a Lipe. Não foi golo… mas foi espectáculo!
Não será o seu terreno de eleição mas confirmou mais uma vez que tem características para se afirmar como alternativa fiável a Nuno na retaguarda, quando este precisar de descansar.
Paulo Sergio
Assumiu-se como goleador e assistente com 2 golos e 2 passes certeiros. Uma surpresa agradável para quem habitualmente remata muito forte mas mal direccionado.
É aplicado e voluntarioso. Se tivesse mais técnica, calma e experiência poderia fazer a diferença.
Jonny
A surpresa desta partida. Marcou 2 golos, o primeiro dos quais, fruto de um trabalho técnico muito bonito e que não lhe conhecíamos. Na ausência não prevista de Ricardo (qual é a surpresa?!) posicionou-se como o homem mais adiantado e cumpriu, com golos.
Leva o prémio de jogador que mais evoluiu (?) e seria interessante observa-lo novamente num jogo a sério.
Marco
No início da partida ainda tentou defender, mas cedo apercebeu-se que a condição física (longe da ideal) não lhe permitiria cumprir com essa função por muito tempo e então fixou-se na ala esquerda do ataque.
Foi dos poucos que não marcou neste jogo, mas nesse capítulo até teve algum azar. Já para lá da meia hora de jogo foi o protagonista de 3 oportunidades de golo que mereciam melhor sorte. Na mais flagrante dessas jogadas tirou mesmo Canhão da frente com um toque para o lado mas o remate foi parado por Lipe.

Enviado Especial: Tino Vilas