quarta-feira, 11 de maio de 2016

Bayern destroçado por Ricardo



Bávaros mantêm segundo lugar apesar da derrota

Jogo atípico e totalmente desenquadrado do que tem sido a prestação dos bávaros na Liga. Os “Irriducibili” foram mesmo irredutíveis no que toca à defesa da sua baliza. Entregaram o controlo do jogo ao Bayern, procuraram fechar espaços e defender da melhor maneira possível. Foram muito eficazes no ataque e contaram com uma tarde menos feliz de César e uma inspiradíssima da sua “figura” Ricardo. Sofreram o empate depois de estar a vencer por dois golos, mas acabaram recompensados com os três pontos no último minuto.




Liga Oporto Indoor (5ª jornada)
8 de Maio de 2016, 19 horas

Bayern Monchique, 4
Irriducibili 87, 5

Jogo no Pavilhão do Oporto Indoor, no Porto

Bayern M. – César; Brito (1), Nuno [cap.] (1) e Kéké (2); Tony.
Jogou ainda: Domingues.
TR: António Silva

Ao intervalo: 2-2
Marcha do marcador: 2-0; 2-4; 4-4; 4-5




Era o jogo mais interessante da jornada. O Bayern apresentou-se desta vez com seis elementos, mas foi como se estivessem cinco na mesma, já que Domingues não estava em condições de forçar (e de jogar).

O jogo começou bem para os bávaros que aos cinco minutos venciam por 2-0. Contrariamente ao esperado parecia que seria uma tarde descontraída e um jogo fácil de vencer, mas logo “os ventos mudaram”. Bruno reduziu num lance que parecia inofensivo e perfeitamente controlado… mas pelos vistos não estava.

Domingues entrou para testar como estava e dar dois minutos de descanso a Tony e depois a Brito. Claramente não estava bem, tanto que foi ultrapassado, sem conseguir arrancar no lance que deu o empate.

O jogo não tinha nada a ver com o da semana anterior, no qual o Bayern respeitou muito mais o adversário. Aqui contra uma defesa mais compacta e raras vezes descompensada, os bávaros tiveram dificuldade em penetrar e exageraram no remate. Principalmente Kéké que já havia conseguido dois golos em remates de fora da área, mas que depois disso não mais teve abertura para mirar a baliza. E não foi por falta de tentativas, mas quase sempre a bola acertava no homem imediatamente à sua frente. E não é que o Bayern nunca mais tenha conseguido acertar na baliza. Conseguiu-o algumas vezes, mas aí o guardião, ora por mérito, ora por sorte, ia conseguindo manter o resultado na mesma.




A segunda parte abriu com um golaço! Com o Bayern a insistir no ataque, Ricardo (sempre ele) fez um remate espectacular, de uma baliza à outra, um autêntico foguete que entrou no ângulo, como se calhar não consegue outro igual nos próximos cinquenta que tentar.
É fácil culpar Cesar que estava adiantado, mas a verdade é que o guardião do Bayern estava onde deveria estar, mais ou menos na linha de área. Culpar César seria tirar o grande mérito do remate…

O Bayern não foi abaixo, mas continuou a esbarrar na muralha de gente na frente da baliza e em vez de ser criativo e tentar trocar a bola com mais velocidade, continuou a tentar o tiro ao meco, sem grande critério.

A meio da segunda parte, mais um golo de Ricardo que apesar da oposição de Nuno e Tony, conseguiu que o remate passasse pelo meio dos dois e ainda por cima, direitinho ao poste mais distante.

A perder por dois e sem soluções Domingues entrou para guarda-redes, a jogar no meio campo contrário. O Bayern ficou muito mais perigoso. Logo na primeira tentativa Brito na esquerda da área atirou ao poste…

Após um minuto de desconto pedido, o Bayern corrigiu o posicionamento. Passou Kéké a ser o guardião e a jogar como jogador mais recuado no ataque. Domingues e Nuno faziam as pontas, a trabalhar na área junto aos postes e Brito e Tony ficavam nas laterais. O Irriducibili baixou muito as linhas e o golo não demorou com Brito a chutar na linha de área.
Depois foi Nuno a fazer o empate a quatro e o mais difícil estava feito. O Bayern queria mais e continuou a jogar de cinco para quatro mas a sorte não quis nada com os bávaros, tendo sofrido mais um golo caricato no último minuto da partida...
Mais do que a equipa em si, foi o “poker” de Ricardo que destroçou o Bayern.

Injusto por todo o esforço feito mas ao mesmo tempo um castigo acertado para uma equipa que foi neste jogo “menos equipa” que noutros jogos.




O filme dos golos ao minuto

3m     1-0     Nuno trava o contra ataque e Brito deixa para Kéké. Este parte para cima do adversário, finta para o meio e remata cruzado rasteiro.

5m     2-0     Canto de Tony na direita. Kéké recebe encostado à linha. Vai para cima do adversário, puxa ainda mais para a direita e atira cruzado.

8m     2-1     Bruno Neves recebe na frente, sobre o lado esquerdo. Controla a bola de costas para a baliza e com Tony na marcação, consegue rematar em jeito e fazer a bola passar por “toda a gente” até entrar rasteira junto ao poste mais distante.

11m   2-2     Pela esquerda Ricardo ultrapassa Domingues e consegue o remate em esforço. César não consegue fechar o poste mais próximo e a bola acaba por entrar de uma forma estranha.


21m   2-3     Chapéu de uma baliza à outra. O ataque dos bávaros esbarra na muralha defensiva, em plena área. Ricardo de primeira engata um grande pontapé que faz a bola sobrevoar César, adiantado, e entra junto ao ângulo superior esquerdo da baliza.

31m   2-4     Ricardo recebe a pivot, com Nuno na marcação, ainda fora da área. Controla a bola sem deixar cair no chão e roda para a baliza, rematando à meia volta contra o corpo de Tony. A bola sobra para o mesmo Ricardo, que é mais rápido que Nuno e Tony e remata de pronto, sem mais preparação, com a bola a ir entrar junto ao poste mais distante.

34m   3-4     Em cinco para quatro, Kéké no meio dá um toquezinho para a meia esquerda. Brito controla a bola e chuta ao ângulo.

36m   4-4     Novamente no cinco para quatro, Brito no lado esquerdo descobre Tony isolado do lado contrário. Com o defesa a sair ao caminho, Tony assiste Nuno no coração da área.

39m   4-5     Bola por alto para o meio campo. Brito salta mas não chega à bola que sobra para Ricardo. Depois foi só levar até à área e perante Kéké meter-lhe a bola por entre as pernas.




A Estrela

Mário Brito – nota 6

Ninguém terá ficado satisfeito com a sua própria performance pessoal e muito menos com o resultado da equipa. Brito não esteve isento de erros como todos os colegas. O remate na primeira parte saiu sempre torto e no lance do último golo fica toda a gente à espera que ele corte de cabeça, mas não conseguiu chegar à bola. Claro que aí já tinha quase quarenta minutos nas pernas…
Fica o bom golo e a boa gestão de bola ao jogar de cinco para quatro…




Os outros bávaros

César e Domingues – 5

Nuno, Kéké e Tony – 6

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