quarta-feira, 25 de maio de 2016

Provamos do nosso veneno


Derrota difícil de engolir deita por terra o que foi feito antes

A sorte não quer nada com o Bayern, mas desta vez foi o Bayern que não fez por ter sorte. Os bávaros caíram no erro de acreditar que eram melhores (e eram efectivamente), mas não se esforçaram em todas as vertentes do jogo e quando assim é, facilmente as coisas correm mal. Não basta ter um ataque concretizador e mais qualidade individual (ou colectiva) se não se dá o máximo também a defender. Ainda assim o Bayern deu tudo e fez o empate a um minuto do fim, apenas para sofrer mais um golo, a escassos segundos do final…


Liga Oporto Indoor (7ª jornada)
22 de Maio de 2016, 21 horas

Bayern Monchique, 4
A. D. Unidos de Paiço, 5

Jogo no Pavilhão do Oporto Indoor, no Porto

Bayern M. – César; Brito (3), Nuno [cap.] (1) e Kéké; Tony.
Jogou ainda: Domingues
TR: António Silva

Ao intervalo: 1-3
Marcha do marcador: 1-0; 1-3; 2-3; 2-4; 4-4; 4-5


Depois do jogaço que os bávaros fizeram na semana anterior, este resultado só pode ser encarado como uma grande desilusão. Ganhar o jogo da jornada anterior, com todas as limitações existentes e perder este, quando nos apresentamos mais bem apetrechados, não faz qualquer sentido.

Desta vez sem Correia, mas com Kéké (melhor marcador da Liga) e Brito, tínhamos obrigação de pelo menos ganhar o jogo. A explicação para a derrota é muito simples. Provamos do nosso próprio veneno… e este sabe muito mal.
Não adianta muito ter qualidade no ataque se na defesa não nos esforçamos convenientemente. Ficamos sempre sujeitos a estas surpresas.


Os bávaros marcaram primeiro e parecia que ia ser uma vitória fácil, contra uma equipa com apenas cinco elementos, que se contentou em defender baixo, com as linhas recuadas e a aproveitar os espaços que foram surgindo nas costas dos bávaros.

O “filme” da primeira parte resume-se ao Bayern a porfiar, mas a embater na parede defensiva do Paiço. Depois um golo dado e dois oferecidos, levaram os (efectivamente “Unidos” do) Paiço para intervalo a vencer por 3-1.


Para a segunda parte a estratégia já estava delineada. Atacar, atacar, atacar e se não houvesse alterações no resultado, usar o guardião avançado a partir dos 10 minutos. E a verdade é que só a partir do momento em que Kéké vestiu a camisola de guardião é que o Bayern voltou a encontrar espaços para almejar convenientemente a baliza. Só assim é que se conseguiu bater o jovem guardião do Paiço, que defendia tudo.

Brito fez dois golaços e relançou o Bayern na luta do resultado, mas à semelhança do que acontecera no jogo com os Irriducibili, os bávaros não tiveram uma pontinha de sorte. Conseguiram chegar ao empate, mas depois sofreram a machadada final, já muito perto do apito para o fim.

Numa jornada em que podia ganhar pontos a um (ou dois) dos directos competidores, já que amanhã jogam Omega e Irriducibili, pelo contrario o Bayern vai ver um ou mesmo os dois rivais a distanciarem-se.




O filme dos golos ao minuto

1-0     Circulação rápida com Kéké a receber passe lateral de Brito no meio campo. Kéké mete em Tony na meia esquerda da área e este recebe e assiste Brito que aparece do lado contrário.

1-1     Saida de bola com passe de Kéké para Nuno na direita. Este mete no meio onde Brito tenta dar de calcanhar para Tony na esquerda, mas a bola sai curta para os pés de Paulo que depois puxa para a direita e fuzila.

1-2     Perda de bola no ataque e golo em situação de três para dois. Marcou Chico.

1-3     Novo conta ataque rápido. Dois homens do Paiço para Nuno e golo de Paulo.


2-3     De cinco para quatro. Kéké para Brito na meia esquerda e remate ao angulo.

2-4     Contra ataque rápido e golo de Marco.

3-4     Fotocopia do golo anterior com Brito a fazer o hat trick.

4-4     Kéké para Brito e este para Nuno fazer o golo junto ao poste.

4-5     A 30 segundos do fim Chris recebe na área a pivot, com Brito nas costas. Consegue rodar e rematar com a bola a passar por Brito e Kéké na baliza.




A Estrela

Mário Brito – nota 7

Esteve nos melhores momentos dos bávaros, mas também esteve nalguns dos piores. É ele que dá a bola ao adversário para o empate a um e é ele que está a cobrir o marcador do último golo. O hat trick que marcou (principalmente os dois remates ao ângulo), mereciam melhor desfecho...


Os outros bávaros

Domingues – 5

César, Tony, Nuno e Kéké – 6

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