domingo, 25 de março de 2007

Onde pairas Bayern?

Pedro e Leitão olham o "espaço". Assim como a equipa bávara também a bola desaparecu por momentos

Torneio Homenagem a Joaquim Batista – C.M.P. (4ª jornada)
24 de Março de 2007, 9,00 horas

Bayern Monchique, 5
D. H. L., 4
Jogo na Escola Sec. Francisco Torrinha
Árbitros: Tózé Ribeiro e Joaquim Neves
Bayern M. – Rui Sá; Tony (1), Nuno [cap.] e Domingues (1); Cadu (1).
Jogaram ainda: Canhão, Pedro (2) e Jonny.
TR: Vítor Coutinho
DHL – Costa [cap.]; Tanque, Careca (1), Ramazzoti (1) e Cigano (1).
Jogaram ainda: Leitão (1) e Vareta.
TR: Paulo Costa
Disciplina: Costa (amarelo na primeira parte e vermelho na segunda, ambos por mão fora da área)
Ao intervalo: 2-2
Marcha do marcador: 1-0; 1-1; 2-1; 2-3; 5-3; 5-4

Só a espaços se viu a equipa em campo

Não se previa um resultado final tão equilibrado. Com os bávaros na máxima força (regresso de Cadu e ingresso de Pedro) e contra um adversário que não é mau mas também não aspira a mais do que o meio da tabela, os bávaros tinham obrigação de fazer mais e melhor. Erros vários e alguma falta de empenho tiveram como resultado quatro golos sofridos (tantos como nos outros três jogos) e um fantasma da derrota a pairar sobre os bávaros durante cerca de quinze minutos. A equipa andou perdida (na segunda parte) e foram as individualidades a resolver…

O panorama era animador. Cadu estava de volta, pelo menos para este jogo, e um reforço de peso (Pedro) juntava-se á equipa. Nas bancadas dois bávaros de corpo e alma assistiam á partida impedidos por lesão de ajudar os companheiros. Arnaldo operado ao joelho e Norberto em vésperas de ser operado á tíbia. Uma dupla maravilha que voltará por certo a encantar as plateias mas que para já enfrentam uns bons três / quatro meses de dura recuperação.

Dois retornados chegaram a passo. Outros haveriam de fazer o mesmo...
Vítor Coutinho apostou sem surpresas em Nuno a fixo e Cadu a pivot. Nas alas dois homens que completaram aqui cada um o seu 70º jogo pelos bávaros. Tony e Domingues, duas bandeiras do Bayern. Tão iguais e tão diferentes, um mais prático e outro mais técnico, um mais ponderado e outro mais impulsivo, um mais goleador e outro mais assistente, ambos haveriam de estar na génese do primeiro golo, abrindo caminho a uma vitória que poderia ter sido fácil, mas que se revelou suada e pela diferença mínima.

Os bávaros começaram bem e marcaram cedo aos 3 minutos. Aos 9 os homens da DHL repuseram a igualdade num lance onde a falha de Canhão acaba por ser preponderante, mas logo no minuto seguinte um bela triangulação pôs o Bayern novamente na frente. Assistiu-se então a um período equilibrado em que os bávaros não puseram o pé no acelerador, confiantes que o terceiro golo surgiria inevitavelmente. Ao invés disso, já no último minuto da primeira parte foi a DHL a marcar, levando o empate para o intervalo.

Perdidos num Buraco Negro
Tony bem tentou escapar ao magnetismo do abismo

Para a segunda parte o Bayern apresentou uma formação de ataque. Esperava-se um assalto á baliza contrária mas o golo madrugador da DHL, fruo de uma perda de bola de Pedro no meio campo deitou tudo a perder, atirando a equipa para um buraco negro, onde esteve durante um quarto de hora. Os bávaros bem lutaram e tudo fizeram para “voltar ao jogo” mas a habitual interferência da arbitragem e a falta de pontaria no remate fez com que os bávaros vagueassem no escuro, em busca de uma luz que tardou em brilhar.

Quase de seguida ao golo sofrido Tony marcou mas o lance foi anulado supostamente por a bola estar em andamento aquando da marcação de um lançamento por Domingues.
Da equipa de arbitragem já o Bayern sabe o que pode esperar mas quando mais era preciso, também a pontaria começou a atraiçoar os bávaros. Depois deste lance anulado vários se seguiram com os homens de branco e vermelho a atirarem ao lado ou á figura do guarda redes.

Guarda redes que teve de ser substituído após lance de contra ataque bávaro, tendo sido expulso por sair a defender com as mãos já bem longe da sua área e em lance de golo iminente. Para a baliza foi Careca mas nos dois minutos que se seguiram, a jogar contra quatro o Bayern não conseguiu fazer valer a superioridade numérica. Os dois minutos esgotaram-se num ápice sem que os bávaros conseguissem pelo menos um lance de verdadeiro perigo.

Só Domingues pareceu dar ouvidos ao Mister

Acabou por ser a qualidade técnica de Pedro a fazer a diferença numa altura em que a ansiedade já era muito grande e a derrota um resultado cada vez mais real. Num minuto (literalmente) tudo mudou com Domingues e Pedro a virarem o resultado e dois minutos depois novamente Pedro em jogada de génio deu definitivamente a vitória aos bávaros. Até ao final o Bayern limitou-se a controlar e ainda viu a diferença diminuir num lance de infortúnio de Sá que tinha estado bem até ao momento mas que esborratou aí a pintura.

O resultado é justo e aceita-se pelo que os bávaros lutaram e pela diferença de valores dos dois conjuntos, mas fica aqui a lição para o futuro…
Nas outras partidas a Farmácia venceu confortavelmente e vai lutar contra o Bayern na próxima jornada. No jogo grande desta semana, o duelo entre primeiros classificados pendeu para o Café Sport que venceu o F. Rego por 3-2. Café Sport e Bayern Monchique são agora os únicos comandantes com 12 pontos. Também a Farmácia só tem vitorias mas com um jogo a menos conta apenas 9 pontos.


O filme dos golos ao minuto

1-0 3’ Tony recupera uma bola na defensiva e lança imediatamente para Domingues que finta um adversário e contemporiza perante outro, até encontrar a nesga de espaço por onde assistiu Tony. Este de primeira bateu o guardião contrário.
1-1 9’ Livre a favor dos bávaros. Canhão dá um toque muito puxado para Nuno que no esforço extra para segurar a bola acaba por ser desarmado. O contra ataque com três homens é letal, até porque Pedro acabado de entrar escorrega, deixando o caminho para os adversários ainda mais facilitado e uma missão impossível para Sá. Cigano é quem conclui.
2-1 10’ Contra ataque rápido dos bávaros, com vários passes e o golo respectivo. Pedro conduziu e entregou em Nuno na direita. Este poderia rematar mas prefere um derradeiro e “estonteante” passe para Cadu que factura mais um (o sexto no torneio).
2-2 20’ Algum desvario posicional que permite á DHL chegar á zona frontal de tiro. Sá defende o primeiro remate mas o segundo de Careca, quase sem ângulo é um remate indefensável e de se tirar o chapéu.

2-3 22’ Bola perdida no meio campo de ataque. Leitão conduz pela meia esquerda, acompanhado por cigano no lado direito. Tony dá-lhe a linha e Pedro tenta socorrer mas Leitão dispara rasteiro fazendo a bola fugir a Sá e ir entrar junto ao poste mais distante.
3-3 36’ Pedro finta pela esquerda e assiste Domingues que finalmente marca á boca da baliza.
4-3 36’ Jogada em tudo semelhante á anterior mas com Domingues a retribuir a assistência a Pedro que conclui do lado esquerdo.
5-3 38’ Pedro pela direita ganha sucessivos ressaltos e finta vários adversários até chegar ao redes que também coloca fora da jogada com uma finta para o meio. Depois com a baliza aberta foi só empurrar. Foi o golo da tranquilidade e um golo de levantar a bancada (se lá estivesse alguém que fosse neutro).
5-4 39’ Rui Sá recebe um passe de um colega e ludibria um adversário que já se chegava para lhe roubar a bola. Infelizmente na finta adiantou em demasia a bola e Ramazzoti que chegava para a segunda carga rematou de primeira.


Os homens do Bayern
Por Arnaldo Martins


Individualidades superaram colectivo

Fabuloso mundo de Mingues

Domingues apontou o caminho

Mano «Argentino» determinante no triunfo

Inesperadamente suado. O triunfo bávaro não merece discussão, mas aguardava-se uma exibição mais segura, tendo em conta o número de elementos disponíveis (aliada à qualidade) e o potencial do adversário, manifestamente menor comparativamente ao Bayern. Altos e baixos numa vitória construída à custa das individualidades, pois o colectivo durou apenas cinco/seis minutos, momento em que se procedeu à primeira alteração e, a partir daí, a equipa nunca mais se organizou convenientemente. Mingues comprovou o bom momento que atravessa e Pedro, embora tenha demorado a acertar, foi determinante. Os homens do jogo.

Rui Sá (6) – Infeliz
Só a aparência já oferece uma segurança que antes não existia. Fala pouco, mas parece motivado e lentamente começa a perceber a mística bávara. Há imagens que provam isso. Nas quatro linhas, foi infeliz. Praticamente não teve culpas nos golos, mas encaixou quatro. No primeiro, surgiram-lhe três adversários pela frente; no segundo, não teve a devida compensação após uma boa defesa; no terceiro, o remate saiu enrolado e ainda bateu no poste; já o último o cronista não viu, porque foi interpelado pelo guarda-redes dos Leões de Veneza. Consta que foi um frango. Tentou sair a fintar e fê-lo com sucesso com o primeiro adversário mas adiantou demasiado a bola e perdeu-a…

Capitán (6) – Desligado
Arranhado nas costas (desconhece-se a origem), apareceu algo desligado e, talvez por isso, tenha sido acusado de andar a passo (a semana promete). Capitán não fez, de facto, um jogo sublime, mas também teve bons apontamentos, como a leitura de jogo que demonstrou no lance do segundo golo, ao assistir com eficácia Cadu. Foi também ele que “expulsou” Costa quando se preparava para isolar Tony. Foram os pontos altos de uma exibição intermitente que atingiu estes picos quando transmitiu um pouco mais de velocidade e empenho.
Ficou envolvido no primeiro golo do adversário, após ter sido «traído» pelo passe morto de Canhão, na marcação de um livre.

Tony (7) – Chama o António
Que bom ver António com a alegria e determinação de outros tempos. O histórico está a voltar ao que era (parece que já não manca) e até revela sentido matador, como atesta a simplicidade como abriu o activo, após assistência de Mingues. Fez roubos de bola e iniciou jogadas de contra-ataque (como aconteceu no seu golo). Foi crítico com os colegas, mas isso só demonstra o seu grau de exigência e ambição. Tony quer explodir e, nas bancadas, já se canta o célebre single de Toy «Chama o António, chama o António».

Cadu (6) – Distante
Apareceu apenas a espaços. Não teve o fulgor de outros tempos, mas deixou a sua marca a aparecer bem a finalizar no 2-2. Empenhado, lutador, mas inconsequente, numa exibição a deixar a ideia que podia estar com a cabeça noutro sítio algo distante. Cheira a gaja. Será?

Canhão (5) – Sono
Esteve muito apagado e apareceu com sono. Só na recta final apareceu mais activo inclusive rematando em jeito e com perigo, mas num momento em que tudo já estava decidido. O motor aqueceu tarde e podia ter saído caro. Displicente na forma como passou a bola para Nuno, num livre que acabou por originar um contra-ataque adversário e o primeiro golo da DHL.

Jonny (5) – Ovelha negra
Quando entrou, a equipa vencia (2-1). Quando saiu, a equipa perdia (3-2). Não entrou mais. Ainda bem. O segredo do triunfo. (Ah, é verdade, pressionou a defesa adversária durante dois/três minutos. A única coisa de jeito que fez).

Pedro (8) – Em crescendo
Escorregou mal entrou. Prenúncio para uma primeira parte menos conseguida, com falta de entrosamento (natural) com os colegas. Depois, face à qualidade inata que possui, desequilibrou e esteve na génese da reviravolta. Assistiu Mingues no 3-3 e depois bisou, sentenciando a partida. Uma exibição em crescendo de um verdadeiro reforço que pode e vai, concerteza, produzir muito mais. O “argentino” (apareceu com uma camisola da selecção das Pampas) honrou o talento do mano Norberto, que assistiu à partida ao lado de Nokas.


A Figura

Domingues (8) – Fabuloso

Sublime a jogada do primeiro golo. Tira o adversário do caminho, com soupless, e, depois, com a cabeça bem levantada, assiste Tony no meio. Um momento que define a sua exibição: classe. O Fabuloso só continua a pecar na forma como perde discernimento quando discute com os árbitros. Tem razão, mas face à experiência acumulada noutros torneios sabe como o «sistema» funciona e tem de saber dar o exemplo. Pode discutir, desde que facture. Duas assistências para a galeria (Tony e Pedro) e um golo importante (3-3).


As curtas

A bola vai para a bancada e os olhos dos jogadores viram-se imediatamente para Arnaldo e Norberto. “Berto” de muletas na mão dispara de imediato:
“Não estais á espera que a vá buscar, pois não?”

Jonny faz balanço positivo
“Neste torneio não tenho comprometido. Ao contrário de alguns históricos…”

Enviado Especial: Tino Vilas

Fotos: Arnaldo Martins

21 comentários:

Tony Silva disse...

Comecem mas é a correr, crl!!!

Anónimo disse...

Reportagem de luxo :) Nota 9 (faltam curtas e nota ao treinador pra ser nota 10:))

Reconheço alguma dureza na análise à exibição do Jonny, mas é o preço a pagar por ter a fasquia tão elevada :)))

Confesso que esperava alguma censura a nível fotográfico, mas o editor escapou ao buraco negro e n resistiu à publicação :)

Parabéns pela vitória, malta.

P.S: Mais uma vez, boa sorte Berto

Tony Silva disse...

FDX! Não há um gajo a olhar para o mister, excepto o Mingues. É um a calçar-se, o Nuno a "olhar" mas de olhos fechados, o resto do pessoal a olhar para o chão...
Como é q não haviamos de sofrer tanto para ganhar.

Anónimo disse...

" mas face à experiência acumulada noutros torneios sabe como o «sistema» funciona e tem de saber dar o exemplo "...

só dou o exemplo quando a braçadeira estiver no meu Braço !lol!

Anónimo disse...

desculpem tambem os golos falhados mas jogar com o jonny tira-me concentração.

so de saber que ele esta no no nosso plantel....... valha-me Deus!

Anónimo disse...

e atenção!!!! há gajos que andam no campo a pensar que estao na passerele!!! os chamados " aqueles que andam a passo"..... ja sao varios e parece que estao a crescer de jogo para jogo!

Anónimo disse...

Nao faço comentários...pq um dia q faça vai ser o fim do mundo.

Anónimo disse...

Deixem o Nuno correr !!!!

Anónimo disse...

Deixem o chutar o "sono" !!!

Eh eh eh!

o nosso canhaozinho tem mais um apelido!

Anónimo disse...

Capitan, isto é só um teste à tua força mental. Lembraste do que tentaram fazer cmg aquando da marcação dos penaties? :) Tem sp de haver qq coisa pra pegar. Estou admirado é com a tua de solidariedade do teu falso gémeo Jonny, o teu fã nr 1. Nem uma palavra de apoio...

MAIS IMPORTANTE: Falei com o Berto há 15 minutos. Já foi operado e correu bem, embora o médico tenha adiantado que a lesão era mais grave do que se pensava. Teve de levar 2 parafusos em vez de 1. Esperemos que as enfermeiras o animem nos próximos dias.

Anónimo disse...

Olá meninos!
Agora que o mp3 já foi sorteado, aqui fica mais uma sugestão para melhorar as finanças do Bayern, acho que era uma boa ideia rifar o Jonny mas têm que se esforçar mais desta vez para venderem as rifas todas, para não correm o risco de sair á casa…eheheheh


GOMITOS!!!!

Anónimo disse...

Ai quando eu começar a falar......

Tony Silva disse...

AS RIFAS NÃO SE VENDIAM. O PREJUIZO ERA MAIOR.

CAPI, NÃO COMECES A FALAR. COMEÇA MAS É A CORRER :)

Tony Silva disse...

O negócio do Jonny tá bem encaminhado. Os Leões de Veneza não se importam de ficar com ele mas estão a pedir 10 euros. O Bayern só quer pagar 5 mas havemos de chegar a um acordo.

Anónimo disse...

O Jonny anda desmoralizado. Parece q a vida dele anda a passo... :)

Anónimo disse...

o Mp3 saiu a quem??

Tony Silva disse...

isso não é importante...

Anónimo disse...

O importante era n sair ao Jonny...

Anónimo disse...

Sugeria que quem ande a passo nos próximos jogos pagasse uma multa...!!! :)

Vamos deixar de andar a passo e deixar o nosso suor em campo...
O colectivo só ganha com isso e o Bayern também...

Falem menos e corram mais...! :))

Ps: Mingues foi claramente o homem do jogo... afinal foi o único que não andou a passo... Se nao fosse o suor dele não teriamos levado de vencido o nosso adversário.

Anónimo disse...

Nao sei quem é o anonimo, mas é claro que percebe muito de futebol!!

precisamos de alguem assim no staff tecnico!!!

Anónimo disse...

Deixem o Pastor Coutinho trabalhar! O homem só leva vitórias e já impôs na equipa o lema «ganhar ou ganhar». Special Quem? Olhem pra carreira deste Senhor :)