segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Lição de humildade!


Equipa “Real” superiorizou-se às individualidades bávaras!


Num jogo em que se decidia o continuar ou não no comboio da frente venceu a equipa que aparentemente dispunha neste jogo de menos “recursos” mas que nunca virou a cara à luta e que jogou… como equipa.



Liga SuperFutsal 2009/10 (3ª jornada)
22 de Outubro de 2009, 22,30 horas

Bayern Monchique, 2
Real Portvscale, 4


Jogo no Pavilhão da Académica de S. Mamede
Bayern M. – Rui Sá; Cadu, Brito, Pedro (2) e Domingues [cap.].
Jogaram ainda: Arnaldo, Pascoal e Norberto.
Suplentes não utilizados: Nuno e Tony
TR: Tozé Ribeiro

Ao intervalo: 2-0
Marcha do marcador: 2-0; 2-4.



A terceira jornada da Liga Superfutsal trazia um dos jogos mais apetecíveis de toda a competição. O derby entre Bayern e Real era o jogo da jornada, pondo frente a frente os dois primeiros classificados da liga. Um embate com muita história para trás e que devido às baixas de vulto nos homens da Portvscale deixava sugerir mais uma vitória para os bávaros.
Domingues completou aqui o centésimo (!) jogo como titular (não que isso seja muito importante em futsal… mas fica o registo) e aparecia em jeito de “prémio” com a braçadeira de capitão. Nuno e Tony estavam no banco mas jáse sabia que não seriam utilizados.
Brito a fixo (Norberto estava atrasado) e Cadu na outra ala deveriam servir Pedro na ponta do ataque, posição que o goleador nunca ocupou.
Pedro que regressou à equipa após ausência prolongada por lesão, mas ainda debilitado com uma entorse no tornozelo. Ainda assim fez logo a diferença nos primeiros minutos de jogo. Em dois fogachos do jovem matosinhense o Bayern viu-se a vencer por 2-0. Poderia ter sido o ponto de partida para uma goleada, mas não foi. A verdade é que o Bayern até teve muitas dificuldades em chegar à baliza contrária, algo que não acontecia do outro lado onde Rui Sá tinha muito trabalho para suster os ataques do Real.
Tanto assim que os suplentes tiveram grandes dificuldades em entrar no jogo. A bola não chegava ao pivot, ressentindo-se Arnaldo disso e atrás Pascoal, que entrara (muito mal) a meio da primeira parte, acabava por “estorvar” a Pedro e Brito.
Ao intervalo e apesar de estar a vencer por 2-0 era já notório que o Bayern estava a fazer a exibição mais fraca desde o início da liga…
Tozé mexera mal na equipa não dando descanso a Pedro que ainda não está no nível físico que conhecemos e disso viria a sofrer na segunda parte.


Norberto que chegou com o jogo em andamento lá pôde entrar finalmente na segunda parte mas o jogo bávaro continuou fraco, demasiado apostado nos desequilíbrios individuais que não sortiam efeito. Logo na jogada de saída a bola chegou a Pedro na direita que fintou o defesa e o guardião mas atirou ao lado quando a baliza estava aberta. Foi o mote para a segunda parte.
Do outro lado estava uma equipa personalizada. Fisicamente mais disponível e sempre acreditando num resultado melhor.
A exibição de Rui Sá dava a ilusão de se ter o resultado controlado mas bastaria um golo para a “ilusão” cair.
Com alguma sorte à mistura o Real conseguiu reduzir e depois empatar. Voltava o fantasma de outros jogos. Depois de estar a ganhar o jogo “todo” o Bayern voltava a ter que trabalhar muito para marcar um golo, agora sob a pressão de um eventual fracasso.
Assistiu-se então a um período de domínio repartido. Durante mais de cinco minutos ambas as equipas tiveram oportunidades de marcar mas acabaria por ser o Real a chegar ao terceiro golo, fruto de um erro tremendo da defensiva bávara (Brito?) que ao atacar a bola na defensiva contrária permitiu que o Real aparecesse no ataque com 3 homens contra apenas Norberto. Depois de ultrapassado o ultimo defesa com um passe para o lado contrário foi Selas a fazer o mais fácil.
Com 3 minutos para se jogar, Tozé apostava no milagre e colocava Domingues na baliza, para jogar em 5 para 4. O tiro saiu pela culatra com Marcelo a aproveitar a baliza deserta e a fazer um grande chapéu a um minuto do fim.
Estava consumada a surpresa e pouco mais haveria a fazer. O Bayern ainda tentou mas Higuita e o poste revelaram-se fundamentais para garantir a vantagem.
A vitória do Real acaba por ser justa. Foi mais equipa que os bávaros e nunca baixaram os braços.
A vitória na liga acrescenta também mais pimenta ao próximo derby entre as duas equipas, já hoje para a Taça. Embora o resultado não seja decisivo para determinar quem passa à fase seguinte, a verdade é que nenhuma das equipas lutará por outra coisa que não a vitória. Espera-se que o Bayern tenha tirado daqui uma ou duas lições e que enfrente o jogo com um espírito de maior raça e menos sobranceria.




O filme dos golos

1-0 3’ Passe de Brito em volley. Pedro deixa a bola bater e apanha-a a jeito à entrada da área, disparando forte.
2-0 7’ Lançamento inofensivo de Domingues no meio campo. Pedro recebe e faz o compasso de espera, junto à linha com o adversário nas costas. Simula que parte para o meio e escapa-se pela linha. Avança cinco metros sozinho e decide-se pelo remate vitorioso quando a defesa se tentava reagrupar.

2-1 26’ Passe para a esquerda onde aparece Tiago Gonçalves a controlar a bola e a rematar com a bola a passar por entre as pernas de Sá..
2-2 31’ Jogada confusa com Tiago Cardoso a passar em sucessivos ressaltos por Pascoal e um companheiro até rematar e ver a bola passar por baixo de Sá.
2-3 37’ Contra ataque rápido com um “3 para 1” rapidamente a transformar-se em “3 para 0”. Selas completa a jogada perante um desamparado Rui Sá.
2-4 39’ Defesa de Higuita e jogada muito rápida a seguir. Com muita gente na metade do campo a estorvar e Domingues a correr para a baliza, Marcelo “tira um coelho da cartola” e faz um chapéu “sem espinhas”.



A Estrela
Rui Sá – nota 8

Sofrer 4 golos, perder o jogo e ainda assim ter o guardião como MVP diz muito do jogo e da equipa. No final da primeira parte estaria muito perto da nota 10, tal foi a quantidade de solicitações e a qualidade com que sempre respondeu. No fim do jogo e após 3 golos onde não teve grandes hipóteses e até teve algum azar, ficou com o amargo de ter feito uma grande exibição mas… insuficiente para garantir pontos.


Os outros bávaros

Brito, Arnaldo e Pascoal – 5
Cadu, Domingues e Norberto – 6
Pedro – 7

3 comentários:

Amigo do Bayern disse...

Amigos não se deixem abater por resultados menos positivos. Acreditem em voçes mesmos e nada vos fará perder. Um abraço de amizade.
Força para o próximo jogo.

Miguel Pereira disse...

Boas!!

Não quero aqui causar mais um conflito, mas o titulo da crónica assim o sugere. "Lição de humildade!" deve ser aplicada apenas e só ao treinador, depois de um jogador fazer uma exibição de encher o olho, marcar um golaço, no jogo seguinte ter um apoio extrondoso e incondissional da bancada só joga 5min?!Como pode?!Só pode dar em derrota.
Fico-me por aqui e tentarei apoiar o Arnaldo nas próximas ocasiões.

ARNALDO UM DIA VAIS SER GRANDE!!!

Abraço

Tony Silva disse...

E a estreia do Paulo Bossio?!?!?
O publico quer saber como correu!