Os Bêbados tropeçaram… mas não caíram

Golo de Domingues devolveu a esperança, mas os bávaros não “quiseram” ser felizes

Começa a ser frustrante. A barriga anda cheia de vitórias… morais, mas isso só, já não chega. Mais uma vez o Bayern voltou a fazer um bom jogo, fazendo uso das modestas armas que possui, mas apesar de alguns bons momentos, não conseguiram aproveitar as oportunidades q.b. que tiveram de virar o jogo.
Justificavam mais que nova derrota? Talvez, mas tem de fazer mais por o merecer.


Liga Oporto Indoor Games (7ª jornada)
3 de Julho de 2011, 19,00 horas

Os Bebados, 3
Bayern Monchique, 1
Jogo no Oporto Indoor

Bayern M. – Rui Sá; Tony, Nuno [Cap.] e Ricas; Domingues (1).
Jogaram ainda: Cadu e Pascoal.
TR: António Silva

Ao intervalo: 1-0
Marcha do marcador: 1-0; 1-1; 3-1


O prognóstico não era bom. Litos era a ausência mais notada que nem a presença de Pascoal fazia esquecer. Chumbo e Arnaldo, técnicos de “improviso” mas de méritos reconhecidos, também não estavam disponíveis e tudo isto na jornada em que o Bayern defrontava o líder da prova.
Acabou por ser Tony a “assumir as rédeas”, apostando de início nos cinco bávaros mais utilizados na prova, muito por “culpa” do atraso de Cadu que assim se viu relegado para o banco.
O começo foi complicado. Ainda os bávaros mal tinham tocado na bola e já estavam a perder. As coisas equilibraram-se a partir daí mas o comando do jogo foi sempre do “ébrio” adversário, que cheio de confiança não se coibiu inclusive de mostrar desagrado quando foi solicitada a troca de bola e como tal se perdeu alguns segundos no processo. Estariam provavelmente a querer embalar para uma goleada e a perda de tempo decorrente da troca de bola não lhes era favorável.

A segunda parte foi bem diferente. Tony “embaralhou” os jogadores e entrou com Nuno, Cadu e Domingues em campo. O ascendente mudou de mãos (ou pés) e passaram a ser os bávaros a criar melhores lances de perigo, culminando inclusive com o golo do empate. Enervaram-se os Bêbados que “endureceram” a forma de entrar à bola e ao jogador, mas o ascendente continuou do lado bávaro.
Ricas e Pascoal tiveram oportunidades de ouro de passar a equipa para a frente (principalmente Ricas), mas faltou qualquer coisa…
Quem não mata morre, ou pelo menos costuma ser assim e este jogo não foi diferente nesse aspecto. O Bayern não “matou” quando teve oportunidade e quando o adversário estava claramente abalado psicologicamente pelo empate e acabou por sofrer o duro revés.
O 2-1 a meio da segunda parte foi um duro golpe que deixou a equipa de rastos e o terceiro golo, já no minuto final, mais não foi que “aquele ultimo copo” que não aquece nem arrefece pois a “bebedeira” já está consumada.

No final, a festa que “Os Bêbados” fizeram provou que o jogo foi difícil e que a vitória foi mesmo suada…


O filme dos golos
1-0 No culminar de minuto e meio de forte pressão e já depois de verem uma bola bater na barra, num remate bem arrancado em zona frontal, com o defesa a dar muito espaço, Os Bêbados chegaram ao golo, embora Sá ainda tenha conseguido desviar um pouco a trajectória. A bola acabou por entrar depois de bater no poste.


1-1 Com o adversário balanceado para o ataque o Bayern conseguiu num contra ataque meter a bola em Nuno que com um defesa em cima, tocou de primeira a bola para o centro do terreno, onde Domingues teve tempo de se enquadrar com a baliza e escolher o lado esquerdo do guardião para lhe colocar a bola na baliza.

2-1 Novamente muito espaço dado em zona frontal e num remate espectacularmente bem colocado, a bola bate no poste mais distante e entra.

3-1 Já no minuto final da partida, uma pequena desatenção defensiva permitiu que um Bêbado aparecesse em plena área a desviar a bola de Rui Sá.



A Estrela

Pedro Domingues – nota 7

Todos os outros atletas com nota 6


Os bávaros
Rui Sá – Revelou atenção e foi sempre lesto a sair dos postes, evitando assim que os números fossem mais pesados.
Na outra baliza, solicitado a rematar num canto, saiu-lhe uma “rosca” que deu contra ataque perigoso mas prontamente travado por Pascoal…

Tony – Determinação e empenho é o que se pode esperar deste atleta. Assumiu a vontade de querer mudar as coisas na segunda parte e chegou a colocar Ricas na cara do golo mas este não aproveitou…

Nuno – Isolou Domingues na jogada do golo com um toque de primeira que muitas vezes se revela mais útil que o segurar a bola.
À parte disto continua inexcedível no “Fair Play”, como quando abdicou de uma jogada de ataque da sua equipa porque o adversário se queixava que o seu corte fora em falta.
Já no parâmetro “vamos ganhar esta merda caralho” apresenta índices fraquinhos, pois entra em conflito com a directriz “peço desculpa por me teres feito falta”…
Exige-se mais vontade ao capitão!

Ricas – Falhou um golo feito porque tentou dominar a bola em vez de encostar logo de pé esquerdo, deixando-se antecipar. No resto não comprometeu mas nessa vez que teve a oportunidade de fazer a diferença… não o fez.

Domingues – Apareceu mais afoito na segunda parte e passou algumas vezes pelo adversário criando perigo. Terá sentido a falta de mais apoio perto da área, mas a sua parte cumpriu-a bem e quando foi chamado a “matar” não vacilou.

Cadu – Não foi o elemento desequilibrador que se lhe pede, no entanto foi sempre útil na circulação de bola, já que é um jogador a quem a bola não queima nos pés. Ainda assim viu-se pouco…

Pascoal – Regresso saudado de um dos mais antigos atletas bávaros, um jogador que não sabe jogar mal, até porque joga simples e não inventa. No “seu” lance chave no ataque não inventou, rematando para um dos lados mas o guardião foi mais rápido a cobrir a sua baliza…