quarta-feira, 5 de julho de 2006

E lá segue o comboiinho

XII Torneio Académica de Leça (3ª jornada – Grupo B)
4 de Julho de 2006, 21 horas

Glórias Bom Pastor, 0
Matosinhos Hoje / Bayern Monchique, 1
Jogo na Escola da Boa Nova, em Leça da Palmeira
Árbitros: Álvaro Silva e Filipe Pereira
Bom Pastor – Bruno; André [cap.] Careca e Gaby; Pôpas. Jogaram ainda: Nójó, Bruno II, Joca e Cardoso.
TR: Ilídio
Disciplina: Gaby (amarelo por palavras); Nójó (vermelho depois de acabar o jogo); Bruno (vermelho depois de acabar o jogo).
Bayern M. – Rocha; Litos (1), Norberto e Pedro; Arnaldo [cap.]. Jogaram ainda: Pascoal e Domingues. Não utilizados: Tony e Greg
TR: Tozé Ribeiro
Disciplina: Litos (amarelo por palavras (???) e vermelho depois de acabar o jogo); Norberto (amarelo por perder tempo)
Ao intervalo: 0-1

Acredita, Serginho!

Foi uma noite à Bayern e um passo de gigante rumo à qualificação. Já o Bom Pastor viu praticamente as suas aspirações caírem e junto com estas também caíram o fair-play e a educação. Não se admite, por exemplo, que Gaby, um jogador de primeira divisão (FJ Antunes), alinhe pelo diapasão do seu pai (e treinador) que, no final da partida, disparou palavrões e insultos contra os heróis bávaros. Foi feio e não havia necessidade. Que bons pastores nos saíram estas “Glórias”!

Humildade e piças

Nem Luís Freitas Lobo, esse guru do futebol, seria capaz de definir tão bem a actual equipa bávara como fez recentemente Norberto Sousa, o grande motor do BM. «Uma equipa humilde e que só fala em piças». Esse é o segredo do Bayern, onde se encaixa também o já famoso comboiinho, uma espécie de ritual que os bávaros não dispensam antes do começo de cada partida. Os resultados estão aí. A equipa está a fazer história e está a um pequeno passo de confirmar a passagem à fase seguinte. Mas ainda nada está ganho…

Superar adversidades

Para os mais supersticiosos, a troca de balneário não indiciava nada de bom. Fêmea foi o primeiro a alertar para o pormenor. Também a escolha de campo foi favorável ao Bom Pastor e, ao contrário das duas primeiras partidas, o Bayern iniciou a partida no lado oposto. Afinal, a diferença foi pouca ou nenhuma, pois o Bayern voltou a vencer!

Vestir o fato-macaco

Tozé Ribeiro apostou no mesmo cinco (equipa que ganha não se mexe) mas a dinâmica inicial não foi a mesma. O Bom Pastor tomou conta do jogo e só em contra-ataques o Bayern conseguia criar perigo. Gaby era o elo mais forte da equipa negra e tentava furar a defesa bávara. Concentrados, os homens de Monchique vestiram o fato-macaco e foram anulando todas as acções contrárias. Rocha, na baliza, oferecia segurança e respondia de forma positiva a todos os remates. Num livre mal assinalado à entrada da área, o Bom Pastor esteve perto de marcar, mas Litos, após recarga de um adversário, sacudiu a bola da área.

Equilibrar as forças

Aos poucos, o Bayern foi levantando a cabeça e teve algumas situações de perigo. Numa delas, Arnaldo roubou a bola na raça a Gaby e criou uma situação de 2x1, optando por tentar o passe para Pedro em vez de rematar à baliza. O defesa acabou por adivinhar o lance e cortou o passe. O jogo estava agora mais equilibrado e o golo podia acontecer em qualquer uma das balizas.

Meu querido pé… direito

Tozé faz a primeira mexida, lançando Pascoal para o lugar de Arnaldo. Norberto iniciou a jogada e deu a Pascoal na esquerda que, à falta de ter um pé direito (!!!), optou, e muito bem, pela assistência para Litos que se encontrava no lado contrário. O “índio”, numa trivela à Quaresma, fez um excelente golo, colocando os bávaros em delírio.

Não está nada ganho

Foi esta a mensagem transmitida ao intervalo. A vantagem era curta e se era importante segurá-la também não se podia descurar a oportunidade de alargar o marcador.
A equipa foi-se aguentando bem e tapando todos os caminhos para a baliza de Rocha. Quando a primeira barreira era ultrapassada, o keeper bávaro mostrava toda a sua agilidade entre a baliza, defendendo os perigosos remates de Gaby. Em contra-ataque, o Bayern esteve próximo de sentenciar a partida, mas Pedro (que se fartou de ser carregado pelos adversários) não conseguiu desfeitear o guarda-redes, permitindo a defesa para canto. O jogo começou a entrar uma toada ríspida, com entradas mais duras e provocações, sobretudo por parte dos jogadores do Bom Pastor e do treinador Ilídio.

Aguentar 5x4

Numa última tentativa de evitar a derrota, o Bom Pastor passou a jogar de 5x4, com Gaby a vestir a pele de guarda-redes avançado. Aí, a experiência de Norberto a comandar os seus companheiros foi determinante e o Bom Pastor só conseguia remates de fora da área. Rocha controlava bem a direcção do esférico e o tempo ia correndo. Os nervos foram-se apoderando dos jogadores contrários e o treinador Ilídio, no banco, chegou mesmo a pontapear uma bola, com o jogo interrompido. Uma atitude reprovável e despropositada que passou em claro aos olhos do árbitro! Com cabeça e muita alma, o Bayern acabava por segurar a magra mas preciosa vantagem perante o desespero de jogadores e técnicos do Bom Pastor. Agora, acredita Serginho! A equipa conta contigo para a segunda fase. Falta pouco e queremos estar lá!

Mau perder

Após o apito final, jogadores e, principalmente, o treinador do Bom Pastor, Ilídio, revelaram mau perder, insultando alguns atletas bávaros. Face a estas situações, o árbitro acabou por expulsar o técnico e o guarda-redes do Bom Pastor, assim como o nosso Litos, que foi mais vítima que outra coisa de uma situação principiada pelo treinador da equipa do Ameal.
Para a próxima partida, segunda-feira, às 22 horas, frente ao candidato Rest. Flor Almeiriga, a equipa bávara continua a estar privada de Serginho, a recuperar de lesão, e agora de Litos, devido a castigo. Um problema para Tozé Ribeiro resolver da melhor forma possível.

Os homens do Bayern

Inesgotável Litos

Uma Rocha na baliza

Rocha (8): É uma promessa do futsal nacional e em boa hora aceitou defender as cores bávaras nesta prova. Sabe posicionar-se, tem leitura de jogo, atitude e coragem. Atributos que estiveram na base de uma excelente exibição, com defesas de elevada categoria. Uma Rocha!
Norberto (8): É um jogador completo. Um líder dentro do campo, que joga, faz jogar, pauta o ritmo e seduz. Contagia os companheiros com a sua enorme vontade de vencer e nunca, mas mesmo nunca, vira a cara a luta ou dá um lance por perdido. No duelo com Gaby, levou quase sempre a melhor. Nem deu para perceber quem joga na I Divisão.
Litos (8): O melhor e mais decisivo em campo. Correu quilómetros, roubou bolas, cortou, provocou, irritou, numa atitude guerreira que desequilibrou mentalmente o adversário. Para além disso, apontou o único golo da partida, oferecendo os três pontos à equipa. Num lance de raiva, esteve perto de apontar o segundo. Acabou o jogo esgotado e não merecia a estúpida expulsão já depois do encontro ter terminado.
Pedro (7): Fartou-se de levar porrada, pois só dessa forma conseguiam travar o seu futsal feito de explosão e dribles curto, sempre com olhos postos na baliza. Não fez o segundo golo, mas teve o mérito de construir a jogada. Desta vez, não marcou, mas deixou a sua marca de indiscutível qualidade. A rever apenas alguns excessos nos protestos ao árbitro.
Arnaldo (6): Lutou, trabalhou, num jogo em que não foi figura de destaque nem teve grandes oportunidades para brilhar. Cumpriu sempre que foi chamado e manteve o discernimento até ao apito final. Na retina, um roubo de bola a Gaby que deu origem a uma jogada de perigo que acabou por não dar em... nada.
Pascoal (8): Ao contrário das duas primeiras jornadas, entrou muito bem na partida e incorporou-se melhor no ataque. Isto na primeira parte, onde foi figura de cartaz ao fazer a assistência para Litos apontar o único golo da partida. Na segunda parte, manteve-se mais recuado e nunca se precipitou nos desarmes, evitando as faltas. Um jogo muito positivo a defender e decisivo a atacar.
Domingues (7): Entrou numa fase difícil, onde o ritmo era elevado, mas disfarçou essa dificuldade ao colocar a sua experiência em prol da equipa, conseguindo segurar a bola no ataque, dando tempo para a equipa respirar. Numa das raras vezes em que conseguiu rodar para a baliza esteve perto de facturar mas já faltaram as forças na hora do remate. Como sempre, boa atitude.

As frases do mister

[Sobre o árbitro]
“Não fala. Na primeira parte, só me perguntou se “queria um minuto”. Deve ser mudo!”

[Sobre o Pedro]
“Está a enervar-me. Apetece-me foder-lhe com o banco”.

[Para o Litos]
“Anda meu piolhoso que pensei que ias marcar o segundo”

6 comentários:

Tony Silva disse...

Então não era o Rocha o Melhor em Campo?!??!

Tony Silva disse...

Já percebi. Foi para dar moral ao Litos que vai estar na bancada na próxima semana.

Tony Silva disse...

Atenção que a carruagem do meio é o Arnaldo :)

Anónimo disse...

lá vou eu ter que resolver no proximo jogo......

Anónimo disse...

Mingues, vamos resolver já no sábado...isto se o Mister António me puser a jogar...

Anónimo disse...

Só temos o Litos e... Serginho para a segunda fase!

Temos de fazer das fraquezas forças.

Mingues, tá mesmo na hora de explodires!