terça-feira, 25 de outubro de 2016

Demasiados erros para emendar

Quando assim é, o mais certo é perder

Jogo muito mal conseguido, sempre em esforço e sempre atrás do prejuízo. O adversário era perfeitamente acessível mas quando a “auto-sabotagem” é tão grande, é quase impossível contrariar. Ninguém sobrevive a tantos erros assim.


Liga Oporto Masters +35 (3ª jornada)
22 de Outubro de 2016, 18 horas

Bayern Monchique, 4
Oporto Vintage, 6

Jogo no Pavilhão do Oporto Indoor, no Porto

Bayern M. – Daniel; Tony [cap.] (1), Pascoal (1) e Canhão; Leandro (1).
Jogou ainda: Domingues.
TR: António Silva
Disciplina: Amarelo a Tony (por agarrar adversário) e Domingues (por protestos no banco)

Ao intervalo: 2-3
Marcha do marcador: 0-1; 1-1; 1-2; 2-2; 2-4; 3-4; 3-5; 4-5; 4-6


Ao terceiro jogo na Liga de Veteranos, o terceiro resultado possível, desta vez a derrota, já depois de vencermos e empatarmos. Nada o fazia prever nos primeiros minutos e isso também ajudou à festa. O Bayern sentiu-se na “obrigação” de tomar as rédeas do jogo e até se viu mais tentativas de fintas, quase nunca com sucesso. Numa delas por exemplo e depois de perder a bola Tony viu-se obrigado a agarrar o adversário, para não deixar que este embalasse sozinho para a área.

Pode-se falar em “banho táctico”?
Talvez. O adversário não é uma equipa de futsal. Simplesmente “joga à bola”, mas teve várias situações de 2 para 1 durante o jogo, numa das situações de ataque mais básicas do futsal.

Os erros foram vários, em quase todos os golos houve uma falha de um ou mais bávaros e depois, foi um jogo com escassez de recursos no banco, ainda para mais quando o Bayern andou sempre atrás no marcador, tendo de correr muito mais, principalmente na segunda parte, em que já era mais “coração” que outra coisa.

Como “treinador” Tony já não perdia há 14 jogos, na que era a sua melhor série de sempre, com 11 vitórias e 3 empates desde Maio.

Logo no primeiro golo há um erro tremendo de Leandro, que não acompanha o seu adversário pela ala e o deixa aparecer sozinho à entrada da área.
Redimiu-se depois Leandro com o golo do empate…

Depois há um penalty (e a duvida é se é mesmo na área) que nasce de uma jogada aparentemente inofensiva, ou que parecia controlada, com o adversário a conseguir passar com a bola controlada por “entre” 3 bávaros, ficando depois para Daniel o ónus de travar uma jogada, no caso em falta, que nunca deveria ter chegado aquele ponto.

Depois de novo empate, os bávaros viram-se novamente em desvantagem, ainda antes do intervalo, num lance em que Daniel aparentemente defende a bola, mas esta escapa-se para a baliza.

No segundo tempo, mais uma jogada incrível logo a começar. O Bayern sofre golo na jogada de saída, com “todos a olhar” e ninguém a fazer nada. Nem Pascoal saiu ileso deste lance, não atacando o portador da bola, que à partida seria o “mais perigoso” dos dois adversários que lhe sobraram. Aqui Daniel não teve hipóteses.

Bastante mais à frente, Tony fez um grande golo, em jogada individual, daquelas de “ferrar a língua” e ir com tudo. Podia ter sido o catalisador para uma re(vira)volta, mas de novo um balde de água fria, com novo remate caprichoso, a fugir para a baliza, quando parecia que Daniel já o encaixara. Há tardes assim.

O Bayern voltou a marcar, já jogando de cinco para quatro, mas de novo voltaria a sofrer, num lance de azar. Só faltava isso também, com Domingues a escorregar sozinho, quando já tinha fintado o adversário e se preparava para lançar um ataque em superioridade numérica, que poderia dar o empate aos bávaros. Obviamente não deu. Deu mas foi mais um golo para o Oporto Vintage, em nova situação de dois para um.

O Bayern perdeu 3-2 em cada parte. 6-4 no jogo e muita azia para quem lá estava…



O filme dos golos

0-1     Bola metida nas costas de Leandro e golo fácil.

1-1     Pascoal segura na extrema direita, com o adversário nas costas. Leandro corta para a baliza e Pascoal levanta-lhe a bola por cima das pernas de dois defensores. Enquanto entra na área, Leandro controla com um toque a bola e atira para baliza.

1-2     Penalty a castigar falta de Daniel (dentro ou fora da área, fica a duvida…). Na marcação a bola bate no poste e entra.

2-2     Volley de Tony para a área, com Pascoal a subir mais alto de cabeça, que o guardião com as mãos e a fazer um golo de belo efeito.

2-3     Incursão pela direita e remate em esforço, já com pouco ângulo. Daniel defende mas a bola foge-lhe para a baliza.


2-4     Golo na… jogada de saída. Canhão e Leandro vão ao meio, mas são surpreendidos pela rapidez do adversário que coloca logo a bola na frente. Pascoal fica sozinho sem saber a qual dos dois adversários acorrer e a bola é rematada de baixo para cima, entrando junto à barra.

3-4     Tony antecipa-se ao adversário no meio campo, cortando a bola de peito. De imediato avança para a área, com Domingues a correr pela esquerda. Perante um adversário que sai ao caminho, Tony flecte ligeiramente para a direita e bate o guarda-redes à entrada da área.

3-5    Remate forte do lado esquerdo. Daniel mete as mãos à bola, mas não consegue desvia-la da baliza.

4-5     No cinco para quatro é Canhão na direita a assistir Domingues que desvia na área.

4-6     Ainda no cinco para quatro, Domingues (o guardião) recebe na direita e enfrenta o adversário. Ao fazer a finta para o meio escorrega e cai, deixando o adversário em situação de dois contra Tony. Golo fácil!



A Estrela

Luís “Pascoal” São Vicente – nota 7

É sintomático e preocupante quando é o elemento que esteve 4 anos afastado da equipa, a ter o melhor desempenho táctico entre os bávaros.
Esteve certinho a defender e bem a segurar e a trocar a bola no ataque. Marcou um golo (de cabeça!!!) e fez uma grande assistência para Leandro.


Os outros bávaros

Daniel – 4
Canhão – 5

Tony, Leandro e Domingues – 6

Sem comentários: