sexta-feira, 4 de novembro de 2005

HÁ UM ANO FOI ASSIM...


4 Novembro 2004, 21 horas

Adira, 3
Bayern Monchique, 8
Jogo na Arena do Gás, em Massarelos
Árbitro: Abel Benquerença
Adira – Edgar (1p.b.); Ilídio (1), Panta, Nuno e Pedro (1).
Jogaram ainda Cunha (1) e Reis
TR: Giovanni Trapalhoni
Bayern Monchique – Filipe; Toni (1), Nando (2), Nuno (2) e Arnaldo (1).

Jogou ainda Pedroto (1)
TR: José Meirinho
Marcha do marcador: 2-0; 2-7; 3-7; 3-8

Ainda houve um sorriso amarelo no alegre passeio dos bávaros

Demonstração de força mental

Num ambiente adverso, a formação do Bayern Monchique exibiu espírito de sacrifício, talento e inteligência, atributos que lhe valeram um triunfo inquestionável.

Noite gorda na Arena, em Massarelos. Frente-a-frente, duas equipas apostadas em vencer, após uma semana recheada de provocações mútuas, algo que fez aumentar a expectativa à volta do encontro.
E se não se pode classificar o espectáculo como algo do outro Mundo, o mesmo pode ser recordado como um embate muito digno entre artistas que se empenharam até à última gota pelo melhor resultado.
Melhor a equipa bávara, que saiu das quatro linhas com o triunfo no bolso, resultado da excelente reacção aos dois golos sofridos no começo da aventura.
Para dificultar a tarefa do conjunto monchiquês, os homens da ADIRA ocuparam o meio-campo normalmente preenchido pelos atletas de José Meirinho. Aliada à precipitação em alguns lances na zona de finalização e à boa exibição do guardião Edgar, eis a explicação para um início intermitente, condição aproveitada pelo adversário para se colocar em vantagem, golos de Pedro (belo jogador) e Cunha, o mal-amado da equipa.
Chegou a temer-se o pior, mas Toni, em noite irreverente e de grande personalidade, catapultou os seus companheiros para um período de gala.

A “remontada”…

Definidas as orientações, a equipa do Bayern reduziu finalmente a desvantagem, proeza de Nuno, após assistência de Arnaldo. Era o início da “remontada”. Toni, num dos seus actos surpreendentes, passou por tudo e todos, furou a defesa contrária, e fez o empate. Arnaldo, do meio da rua, ofereceu pela primeira vez a vantagem à sua equipa.
O conjunto da ADIRA nunca mais se encontrou. O ânimo inicial começou a diluir-se e as discussões entre os atletas começaram a surgir, factor que já se previa que pudesse acontecer em caso de desvantagem.
O Bayern, mais esclarecido, mais dinâmico, mais determinado, aproveitou as benesses e iniciou a expressão alargada do resultado, com golos de Nuno, Pedroto e… Nando, atleta que já não facturava há longos tempos. A equipa manteve-se coesa e no último assalto do adversário revelou inteligência, preferindo esperar pelo opositor à entrada da sua grande área. A frescura física já não era a mesma, mas o triunfo nunca esteve em causa.
Precisa agora esta crónica de um último parágrafo para sintetizar a história da partida: A lei do mais forte (Bayern) imperou num jogo em que a equipa da ADIRA ofereceu muita réplica e ainda provocou um susto nas hostes bávaras. Após se ter colocado em vantagem, a força mental do conjunto monchiquês fez a diferença, pois a equipa nunca mais permitiu grandes veleidades ao seu adversário, controlando a partida até ao apito final do árbitro Abel Benquerença.

Os homens da ADIRA

Balão esvaziou muito cedo

A vencer por duas bolas a zero, a equipa da ADIRA não conseguiu aguentar o ritmo do adversário, acabando por cair num quarto escuro mal sofreu o primeiro golo. O balão esvaziou muito cedo e a equipa nunca mais teve o mesmo discernimento, cometendo erros que se revelaram fatais. Edgar (6), na baliza, mostrou mãos de aço, adiando o primeiro golo do Bayern. Está em grande forma e mais uma vez comprovou o seu bom momento. Pedro (7) foi novamente o estratega. Dos seus pés saíram as melhores jogadas da equipa e apontou um golo, após remate desferido fora da área. Ilídio (7) é um senhor. Muito experiente, tentou impor o ritmo da equipa, mas nem sempre foi compreendido pelos companheiros. Panta (6) mostrou-se um jogador duro, no sentido positivo do termo, e tentou empurrar a equipa para o ataque, muito embora com pouco êxito. Nuno (5) e Reis (5) estiveram muito activos, mas alcançaram poucos resultados práticos. Cunha (5) apontou o segundo golo da equipa, limitando-se a dar sequência a uma boa assistência. Defende pouco, e, por via disso, acaba por provocar alguma destabilização na equipa.

Os homens do Bayern Monchique


Muito coração

Numa equipa que valeu, fundamentalmente, pelo seu colectivo, Toni (7) revelou-se um elemento importante, pois contagiou os seus companheiros com a sua enorme vontade de vencer. Bem nas tarefas defensivas, auxiliou devidamente o ataque e apontou um golo que entra directamente na galeria dos melhores do campeonato. Na baliza, Filipe (6) não conseguiu esconder algum nervosismo, sobretudo, no começo do encontro, mas depois recompôs-se, partindo para uma actuação colorida, defendendo alguns remates que levavam selo de golo. Naquele seu jeito peculiar, realizou um bom trabalho como atesta os poucos golos sofridos. Nuno (6), o box-to-box do Bayern, iniciou a partida algo apagado, com pouca reacção, mas depois também aumentou o volume, participando nas melhores acções ofensivas da equipa. Um jogo em crescendo. Nando (7) surpreendeu pelos dotes de goleador e foi ainda peça importante na segurança defensiva. No seu jeito antes-quebrar-que-torcer, realizou uma das melhores actuações ao serviço do Bayern. Arnaldo (6) começou a contenda a todo o gás, iniciando várias acções que levaram perigo à baliza adversária. Deu um perfume especial ao futebol da equipa, apontou um golo de calibre extra, aproveitando o mau posicionamento de Edgar, mas depois baixou de rendimento, acabando o encontro na zona defensiva, já que as pernas não davam para mais. Acabou por comprometer no último golo sofrido, após um passe defeituoso. Pedroto (6), o abnegado jogador, foi pau para toda a colher. Elemento precioso na rodagem da equipa e excelente em termos de carácter e espírito de grupo. Um jogador operário à imagem de José Meirinho.

O que eles disseram

Arnaldo – Jogador do Bayern

“Boa réplica”

“A vitória não merece contestação. Ainda assim, julgo que a expressão do marcador é exagerada face ao equilíbrio que se fez sentir em determinados períodos da partida. Defrontámos um adversário que nos obrigou a actuar nos limites. Parabéns aos jogadores da ADIRA, que nos ofereceram muita réplica. Estamos no bom caminho”.

Toni – Jogador do Bayern

“Vitória merecida”

“Penso que o jogo foi mais equilibrado do que o que o resultado indica, mas a vitória, conforme o esperado é mais que merecida. O nosso mister tinha nos avisado que a ADIRA tinha muitas dificuldades a atacar e talvez por isso tenhamos facilitado e descurado a defensiva nos minutos iniciais. Depois que acordamos foi sempre a dominar o jogo e limitar a controlar as acções ofensivas da Adira”

4 comentários:

Tony Silva disse...

Amanhã, vamos meter o Finibanco "num quarto escuro" :)

Anónimo disse...

Como nunca é tarde expresso desde já a minha enorme felicidade por pertencer a este fabuloso grupo.
MUITOS PARABÉNS.
Espero k continuemos unidos por mts e mts anos e k a cada dia k passe o NOSSO BAYERN seja cada vez mais conhecido e falado, eu Acredito e vocês?
VIVA O BAYERNNNNNNN

Anónimo disse...

Amanhã vamos praticar o crime perfeito, vamos assaltar o "banco"...
Até os comemos...
BAYYYYYEEEEERRRRRNNNNN

Anónimo disse...

É... mas o golpe saiu por água abaixo:) Mas hoje é dia de festa! O resultado é o que menos conta (pois n é bem assim):)

Mas acho q a malta vai levantar a cabeça e dar uma boa resposta logo à noite no Sarrabulho:)

Hoje perdemos pq n fomos inteligentes. Apenas isso. Mas parabéns a tds pelo esforço e agora alguém há de pagar a factura. Jogamos melhor de orgulho ferido:)